sábado, 28 de abril de 2012

Destilaria de ódio.



Parece que a CPI do Cachoeira e Cia Ilimitada se transformou numa destilaria de ódios onde políticos sedentos de vingança vão tentar tirar a forra.
Lula mal esconde o prazer de ver o nome de Marconi Perillo envolvido nesta mixórdia atual, afinal, ele teve a extrema ousadia de desmentí-lo quando afirmou que de nada sabia acerca do mensalão. Perillo , na época, foi sucinto ao discordar de Lula, lembrando que 3 meses antes do escândalo estourar havia alertado o presidente deste problema.
Vi hoje o semblante do ex-garotão Collor se retorcer de ódio ao jorrar palavras contra a imprensa como se ela fosse a culpada pelos fatos vergonhosos que se repetem neste país...
Collor, quero lembrá-lo de uma coisa: quem conduziu como gado a multidão de caras-pintadas às ruas para bradar pelo seu impeachment não foi a imprensa, mas sim a militância deste governo do qual hoje você é um aliado tão alienado.
Se dependesse de mim, sua participação nesta Comissão Parlamentar de Inquérito seria vetada...me causa espanto e vergonha.
PS: hoje não existem mais cara-pintadas porque não interessa ...a militância que cassou Collor quer mais é que o PT permaneça indefinidamente no poder.
*Mara Montezuma Assaf, por e-mail, via Resistência Democrática
COMENTO: Mara está certa! Mas esqueceu de dizer que este país se tornou um paraíso de patifes. O reino do mau caráter.
Não precisa ser decente e honesto para ser aliado do governo. O importante é ser aliado! Aí as transgressões e os crimes que tenham praticado tornam-se, automáticamente, meros "malfeitos"...
É impressionante como tem gente medíocre e "ficha suja" neste governo.
É bem verdade que nada disso tira a culpa daqueles que estando na oposição cometeram ou venham cometer crimes comuns ou eleitorais.
Para todos a lei! Mas isto é uma utopia. A lei não se aplica aos aliados. Já aos oposicionistas sim! E não só a lei, mas a infâmia, a perseguição e utilização de todos os métodos mais abjetos para desmoralizar. É uma velha tática esquerdopata.
Todos que se opõem a este desgoverno esquerdopata estão,de uma forma ou de outra, monitorados pela "Polícia Política" governista que envergonha àqueles que respeitam e tem plena consciência dos deveres e a ética aplicável ao mister da Polícia Administrativa.
Só os tolos não percebem. Só os viciados, como os que hoje estão sendo investigados na CPI, não acreditaram. Que se rebentem, então!
Este país está podre. Qualquer pessoa pode ser vítima do grupo dominante, às vezes até sem ter culpa direta ou dolo.
O que eles querem é aniquilar a oposição e atingir o totalitarismo. Collor também gosta disso, mas sabe que não tem muita força pois será um dos primeiros a ser escorraçado para fora do sistema socialista que querem implantar no país.
O PT odeia Collor. Só o tolera enquanto usa seu Jornal e suas emissoras de rádio e televisão para fazer propaganda governamental enganosa. Já ele sabe muito bem, que se não bajular, perderá breve as suas concessões pois os petistas são vorazes, e não perderiam tempo em aniquilá-lo. Se ainda não o fez é porque ainda não encontraram respaldo total na sociedade para tornar o país numa grande Venezuela.

Paraibanos Ilustres

 Nasceu na cidade de Itabaiana e após concluir os seus estudos ingressou na Faculdade de Direito do Recife, concluindo o curso em 1937. Além de ser advogado, sempre demonstrou veia jornalística; escreveu em diversos jornais em Pernambuco. Em João Pessoa, foi redator de A União. Também foi diretor do Departamento de Estatística e Publicidade; procurador adjunto da República; diretor da Rádio Tabajara; professor de Literatura do Liceu Paraibano; diretor do Departamento de Educação. Foi secretário do Interior e Justiça da Paraíba, foi ainda diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e do Instituto do Açúcar e do Álcool.Com o advento do Estado Novo em 1937, foi nomeado prefeito de Itabaiana, sua cidade natal, cargo no qual permaneceu até janeiro de 1938; prefeito nomeado de João Pessoa em 1946 e 1947.Em 1950 foi eleito suplente do senador Rui Carneiro, vindo a exercer o mandato por duas vezes. Nas eleições de outubro de 1958 foi eleito deputado. Abelardo Jurema chega a ocupar a importante liderança do governo Juscelino Kubitschek na Câmara dos Deputados. Reeleito deputado federal pela Paraíba em 1962, Abelardo licencia-se do mandato em junho de 1963 para assumir a pasta da Justiça do governo João Goulart. porém, teve o mandato cassado e teve os direitos políticos suspensos com base no Ato Institucional nº 1. Em seguida, partiu para o exílio no Peru. Era membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano IHGP. Recebeu o título de Professor Honoris Causa da UFPB. - O ex-ministro da Justiça Abelardo Jurema morreu no dia 9 de fevereiro de 1999. Seu  nome foi lembrado no prédio que obrigou durante muitos anos o IPASE vizinho ao Palace Hotel em João Pessoa e pela Secretaria de Cidadania e Administração Penitenciária – Secap – que denominou a sala onde funciona a Procuradoria Jurídica da Pasta com o nome do mesmo.
ABDIAS DOS ANTOS PASSOS
 Nasceu em Serra Redonda na Paraíba no ano de 1920 e faleceu na capital no ano de 1959. Foi advogado, comerciante e político.Foi vereador em João Pessoa, suplente de deputado e professor no Liceu paraibano.
 ABDON CHIANCA
Nasceu na cidade de Areia, sendo o primeiro membro da família Chianca a residir na capital. É nome rua no Bairro dos Estados na capital paraibana.
  ADERBAL (DE ARAÚJO) JUREMA,
Advogado formado pela Faculdade de Direito do Recife, seria posteriormente ali professor. Diretor do Serviço de Informação Agrícola do Ministério da Agricultura (1946-1947) e secretário do ministro João Cleofas de Oliveira, além de Secretário de Educação nos governos de Etelvino Lins e Cordeiro de Farias.Ingressou na carreira política via PSD sendo eleito deputado federal em 1958 e 1962 chegando ao posto de vice-líder da bancada. Deposto o governo João Goulart e instituído o regime bipartidário pelos militares em meados dos anos 1960, Aderbal Jurema migrou para a ARENA por cuja legenda foi reeleito em 1966, 1970 e 1974. Senador biônico em 1978 migrou para o PDS e para o PFL sendo eleito presidente do diretório regional deste último em Pernambuco. Faleceu no curso do mandato vítima de câncer. Seu irmão, Abelardo Jurema, foi deputado federal pela Paraíba e Ministro da Justiça do governo João Goulart, sendo cassado logo após a deposição deste em 1964. Aderbal Jurema é um edifício de grande porte, o terceiro na lista de edificações mais altas do município brasileiro do Recife, estado de Pernambuco. Está localizado na Rua Real da torre no bairro da Madalena.
 ALCIDES (VIEIRA) CARNEIRO,
Começou seus estudos em Princesa Isabel,  prosseguindo em Fortaleza, estado do Ceará, no Instituto São Luiz e no Liceu Cearense. .Iniciou o curso de Direito na capital cearense, mas bacharelou-se no Recife, em 1926, aos 20 anos de idade. A partir de 1930 começou a sua escalada como homem público. Antes de transferir-se para o Rio de Janeiro, foi nomeado prefeito de Princesa Isabel, após a morte do presidente João Pessoa, não chegando a tomar posse no cargo porque o município foi ocupado pelas Forças do Exército, por ordem do Ministro da Guerra. Foi nomeado, então, interventor do município paulista de Itápolis. Outros cargos que exerceu: Inspetor do Ensino Secundário, no Rio de Janeiro; Procurador da República, no estado de Espírito Santo; Oficial de Gabinete do Ministro da Educação; Consultor Jurídico do Ministério da Educação e Advogado da Polícia Militar, no Rio de Janeiro; Curador de Massas Falidas, no Rio de Janeiro. Exerceu, ainda, as Curadorias de Menores e de Família e Procurador de Justiça. Quando faleceu, era Ministro do Superior Tribunal Militar e Presidente da Campanha Nacional das Escolas da Comunidade.Além de advogado e político, Alcides Carneiro era, acima de tudo, um grande orador, seus discursos sensibilizavam qualquer público. Era também, poeta e trovador. Membro da Academia Carioca de Letras, Delegado da Academia Paraibana de Letras, junto à Federação das Academias Brasileiras de Letras do Brasil.
 AMAURY VASCONCELOS
Amaury Vasconcelos nasceu em Alagoa Grande  em Alagoa Grande de em 5 de outubro de 1928 e faleceu em João Pessoa e, 21 de agosto de 2007.O prefeito Plínio Lemos,  convidou o bacharelando em Direito, Amaury Araújo de Vasconcelos, para o seu Secretariado no Governo Municipal de Campina Grande. O mesmo deixou a cidade de Areia, onde residia, para fixar residência definitiva em Campina Grande. Amaury Secretário Municipal e Amaury bacharel em Direito poucos meses depois, pois a sua colação de grau na Universidade de Alagoas, Maceió, aconteceu naquele mesmo ano de 1953. No ano seguinte, que foi 1954, disputava uma cadeira na Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba pelo Partido Libertador, porém não se elegeu. Aliás, Amaury Vasconcelos em seu livro EU COMIGO – MEMÓRIAS II, editado em 2002, relata a sua frustração com a política. Amaury voltou a ser candidato a deputado estadual no pleito de 1966, doze anos depois, e mais uma vez não foi eleito.  Além de Campina Grande, os municípios de Areia e Guarabira também lhe concederam o título de “Cidadão Honorário”. Amaury Vasconcelos conquistou as graduações em Ciências Sociais e Jurídicas pela Faculdade de Direito de Alagoas, da Universidade Federal de Alagoas. Como advogado militante havia se especializado em Direito da Família, adquirindo este aprendizado em duas importantes instituições de Ensino da Europa, que foram Universidade Católica de Portugal e Sorbonne, na França. Herdou do pai o dom da oratória e da vocação para o ensino. Coroou a sua vida no magistério como professor da Faculdade de Ciências Econômicas de Campina Grande, pertencente na época a Universidade Federal da Paraíba, onde também ocupou o cargo de Diretor, além de ter participado do quadro de professores da nossa Universidade Estadual da Paraíba, tendo lecionado no curso de Direito.Amaury. Galgou posições políticas importantes, relembrando aqui o cargo de Secretário da Administração na Prefeitura de Campina Grande, onde também foi Procurador Geral, além de Chefe da Casa Civil no Governo Ernani Sátyro.Como destacado homem das letras com várias publicações, o escritor, poeta e historiador, pertenceu à Academia Paraibana de Letras, onde ocupou a Cadeira nº 19, Patrono Irineu Pinto, tendo sido também vice-presidente da entidade; Academia de Letras de Campina Grande, Cadeira nº 11, Patrono Elpídio de Almeida; Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba, cadeira nº 42, Patrono Horácio de Almeida; Academia Paraibana de Poesia, cadeira nº 38, Patrono Antonio Bemvindo de Vasconcelos. Restaurou o Instituo Histórico e Geográfico de Campina Grande, ocupando também a presidência do órgão.
A Academia de Letras de Campina Grande não teria existido, se não fosse à pertinaz vocação acadêmica de Amaury Vasconcelos em fundá-la. O projeto se tornou realidade em pouco tempo, pois, no dia 9 de abril de 1981 estava fundada a Academia de Letras de Campina Grande, e no dia 1º de agosto do mesmo ano, no Teatro Municipal Severino Cabral, numa Sessão Solene, tomavam. Além dos cargos e títulos já mencionados, Amaury também foi Conselheiro da Seccional da OAB Paraíba por 20 anos e Conselheiro da OAB Federal por 3 anos; Aluno e Orador Oficial da ADESG na Paraíba; Presidente do Lions Centro de Campina Grande; Governador do Lions Clube na região Nordeste; Membro da Academia Brasileira dos Municípios; Membro do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica; Membro da Academia Paraibana de Poesia; Membro da Associação Brasileira de Escritores, onde recebeu o prêmio escritor Paraibano de 1983; Membro da Associação Paraibana de Imprensa; Membro do Instituto Cultural do Oeste Potiguar, de Mossoró e Sócio Honorário do Instituto Histórico e Geográfico do Cariri Paraibano. Além dos títulos de cidadania recebidos em Areia, Guarabira e Campina Grande, Amaury Vasconcelos foi agraciado com a Medalha Argemiro de Figueiredo, pela Associação dos Advogados de Campina Grande; Medalha Tiradentes, pela Loja Maçônica Regeneração Campinense; Medalha de Ouro, pelo Lions Internacional; Também recebeu a Comenda “José Maria dos Santos” outorgada pelo Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba e a Comenda Mérito Cultural, da Academia Paraibana de Letras; do Exército Brasileiro recebeu o Diploma de Colaborador Emérito.Com mais de 30 publicações entre livros e plaquetas.
 ANAYDE BEIRIZ,
Formou-se na Escola Normal em maio de 1922, aos dezessete anos de idade. Passou, assim, a lecionar, alfabetizando os pescadores da então vila de Cabedelo. A época, particularmente na Paraíba, Anayde não era bem vista por causa das idéias progressistas que alimentava: como poetisa, participava ativamente do movimento intelectual; como cidadã, defendia a participação das mulheres na política, em uma época em que sequer podiam votar; Em 1928, Anayde iniciou um relacionamento amoroso com João Dantas, político local ligado ao Partido Republicano Paulista, que fazia oposição ao então presidente do Estado (governador) da Paraíba, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. Depois do violento confronto político que foi chamado República de Princesa, João Dantas acabou se refugiando no Recife. João Pessoa, acuado pelos adversários, reagiu e mandou a polícia revistar as casas dos revoltosos e suspeitos, em busca de armas que pudessem ser utilizadas em uma revolta armada. Um desses locais foi o escritório de João Dantas na cidade da Paraíba, invadido em 10 de julho de 1930. Embora não tenham sido encontradas armas, os policiais depredaram as instalações e arrombam o cofre, onde foi encontrada a correspondência de Dantas, inclusive cartas e poemas de amor recebidos de Anayde. Tais cartas foram divulgadas junto a algumas pessoas da sociedade, visando atingir a honra de Dantas. Em 26 desse mesmo mês, João Dantas, acompanhado de um cunhado, Augusto Caldas, entrou na Confeitaria Glória, no Recife, onde se encontrava João Pessoa e disparou contra o peito de João Pessoa, matando-o, sendo também ferido levemente por um tiro disparado pelo motorista do presidente assassinado. Anayde sentiu-se acuada após o assassinato, abandonou a sua residência na Paraíba e foi morar num convento no Recife. Dantas foi encontrado morto em sua cela, em 3 de outubro do mesmo ano, no início da Revolução de 1930. Embora tenha sido declarado o suicídio como causa mortis à época, as lesões em seu corpo e no seu cunhado Augusto Caldas, desmentem tal versão. Anayde veio a falecer, dias depois, aos 25 anos de idade, supostamente por envenenamento provocado por ela, quando sob os cuidados de freiras.
ANTONIO LUSTOSA CABRAL
Nasceu na cidade de Patos-PB no ano de 1902 e faleceu no Rio de Janeiro em 1970. Foi advogado e funcionário do Banco do Brasil, presidene do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e foi ainda membro do Conselho Fiscal do Instituto de Pensões e Aposentadorias dos Bancários – IAPB, no Rio de Janeiro. É nome de rua em Tambaú na capital paraibana.
ANTONIO (MARQUES DA SILVA) MARIZ,
 (João Pessoa, 5 de dezembro de 193716 de setembro de 1995) foi um político brasileiro.Foi prefeito de Sousa (1963-1969), deputado federal (1971-1983 e 1987-1991), senador pela Paraíba (1991-1994) e governador da Paraíba de 1 de Janeiro de 1995 até 16 de setembro de 1995, quando morreu.Foi sucedido pelo seu vice, José Targino Maranhão. 
APOLONIO SALES DE MIRANDA - nasceu em Alagoa Grande- PB em  14 de julho de 1916 e faleceu em 18 de março de 1963. Foi funcionário público e também,  um polemico político paraibano. Adulto se transferiu para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal e tomou-se  funcionário do Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores do Estado.Foi prefeito de João Pessoa de 30 de Novembro de 1955 a 30 de Novembro de 1959, sendo preso durante o mandato o que gerou forte realção popular. Elegeu-se deputado federal, pelo PSD, legislatura 1959-1963.Em sua homenagem, uma praça leva o seu nome no bairro do Mandacaru, em João Pessoa, e uma escola pública na sua cidade natal

ARGEMIRO DE FIGUEIREDO,
Argemiro de Figueiredo (Campina Grande, 9 de março de 1901 — Campina Grande, 14 de dezembro de 1982) foi um político brasileiro, que se destacou como governador do estado da Paraíba, deputado federal e senador da república. Filho de Salvino Gonçalves e Luíza Viana Figueiredo, era irmão do político Bento Figueiredo e pai do deputado federal Petronio Figueiredo. Foi casado com Alzira Ramos de Figueiredo.Advogado, foi eleito deputado estadual em 1929 e Secretário do Interior e Justiça da Paraíba até 1934. Eleito governador em 1935, permaneceu no cargo até 1940, mesmo durante a vigência do Estado Novo do presidente Getúlio Vargas. Entre as suas principais realizações, duplicou a produção de algodão do estado e diversificou a produção agrícola, mecanizou a lavoura e estabeleceu parcerias com pequenos agricultores de todo o estado. Foi eleito deputado federal na Assembléia Constituinte de 1946, e foi um dos 21 membros responsáveis pela elaboração do texto constitucional. Em 1954, foi eleito senador pela UDN, assumindo a vaga de Assis Chateaubriand. Reeleito senador em 1962, passou pelo PTB e filiou-se ao MDB após o Golpe Militar de 1964, onde permaneceu até o fim do mandato em 1970. Grande orador, as sessões plenárias em que discursava eram sempre concorridas, e bastante comentadas e aparteadas pelos senadores.
André Vidal de Negreiros – militar e governador colonial. Foi também herói da Insurreição Pernambucana
Anésio Leão – poeta, escritor, político
Ariano Suassuna – romancista e dramaturgo,membro da Academia Brasileira de Letras secretário de Cultura de Pernambuco
Assis Chateaubriand – jornalista e empresário, fundador dos Diários Associados e do MASP, membro da Academia Brasileira de Letras
Augusto dos Anjos – poeta.
Aurélio Lira – militar, presidente da Junta Militar de 1969.
Barros de Alencar – cantor
Cláudia Lira – atriz.
Celso Furtado – economista, fundador da Sudene, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras.
Chico César – cantor e compositor.
Duarte Gomes da Silveira – herói da conquista da Paraíba.
Epitácio Pessoa – Jurista , político, Ministro do Supremo Tribunal Federal, Juiz da Corte Internacional de Justiça e Presidente da República (1919-1922). Único brasileiro a ocupar a presidência dos três poderes da República, no Brasil.
Elba Ramalho – atriz e cantora.
Elpídio Josué de Almeida – historiador e político.
Fábio Gouveia – surfista profissional.
Félix Araújo – poeta e político.
Flávio José – cantor e compositor.
Genival Lacerda – cantor e compositor.
Geraldo Vandré – cantor e compositor.
Herbert Vianna – cantor e compositor, líder da banda “Os Paralamas do Sucesso”
Humberto Lucena – Senador, presidente do Senado Federal, por duas vezes.
Índio Piragibe – herói da conquista da Paraíba.
Ingrid Kelly – modelo internacional.
Jackson do Pandeiro – cantor e compositor.
João Câmara – pintor.
João Pessoa – ex-governador do estado, candidato a vice-presidente da República na chapa de Getúlio Vargas.
José Américo de Almeida – escritor, poeta, político, advogado, folclorista, professor universitário e sociólogo.
José Dumont – ator.
José Lins do Rego – romancista e membro da Academia Brasileira de Letras.
José Nêumanne Pinto – jornalista e escritor.
Kaio Márcio – nadador
Lúcio Lins – poeta.
Luiza Erundina – deputada federal (PSB) e ex-prefeita de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores.
Maílson da Nóbrega – ex-ministro da Fazenda.
Manuel Arruda Câmara – frade carmelita, além de médico e botânico(dá nome a uma rua de Recife).
Marcélia Cartaxo – atriz de teatro, cinema e televisão.
Moacir Japiassu – jornalista e escritor.
Padre Rolim – cientista, professor e missionário do Alto Sertão no século XVIII
Paulo Pontes – dramaturgo
Pedro Américo – pintor
Péricles Leal – jornalista, cartunista, escritor e pioneiro da TV no Brasil
Renata Arruda – cantora e compositora
Roberta Miranda – cantora e compositora
Sivuca – músico
Toddy Holland – Fotógrafo e Publicitário
Vladimir Carvalho e Walter Carvalho – cineastas
Wills Leal – jornalista
Zé Ramalho – cantor e compositor, primo de Elba Ramalho
 BALDUINO MINERVINO DE CARVALHO,
Foi médico e deputado constituinte da Assembléia Legislativa. Com o afastamento do médico José Gomes da Silva do exercício permanente da medicina na região de Itapoaranga. Pôr conta de sua eleição para a Câmara Federal. Um nome começou a surgir no cenário médico e político do Vale do Piancó: Balduíno Minervino de Carvalho. Em 1932, ainda estudando medicina, alistou-se como voluntário na Revolução Constitucionalista de São Paulo, sob o comando de Bertoldo Klinger e Agildo Barata. Natural do então distrito de Olho D’Água, município de Piancó, mas radicado em Itaporanga Balduíno de Carvalho Com a queda da ditadura Vargas e, consequentemente, a redemocratização do País, decidiu ingressar na política e foi eleito Deputado Constituinte à Assembléia Legislativa da Paraíba e como parlamentar permaneceu até 1970 sempre seguindo a orientação política dos irmãos Janduy e Ruy Carneiro. Foi ainda o responsável pela emancipação política dos distritos de Boa Ventura, Diamante, Curral Velho, São José de Caiana e Pedra Branca (pertencentes à cidade de Itaporanga). Na casa em que morou, na praça que leva o seu nome, existe um pequeno museu com objetos relacionados com a medicina e sua atuação política.
BARTÔ GALENO
Bartolomeu da Silva nasceu em Souza, na Paraíba em 20/5/1950, mas com dez anos mudou-se com a família para Mossoró no Trio Grande do Norte. O seu primeiro sucesso foi lançado no fim da década de 70, a música denominada: No Toca-Fitas do Meu Carro, que é um de seus maiores sucessos até hoje. Em 78 Bartô lançou o disco: Só Lembranças, seu disco de 78, emplacou Cadeira Vazia e Amor Vagabundo, ambas divididas com Carlos André, seu parceiro mais freqüente.Em mais de 20 anos de carreira romântica, foi regravado pelos Trios Irakitan e Nordestino, além de ter varrido o país com outro hit, Amor com Amor se Paga.Bartô GalenoLogo cedo, o garoto começou a compor. Já adulto mudou-se para para o Rio de Janeiro, onde conseguiu gravar cerca de 40 músicas Bartô encaminhou seus filhos também para a arte. Bartôzinho já faz sucesso há muito tempo, é contratado da TV Diário, de Fortaleza, como cantor e como ator. Compõe e canta. Agora desponta o mais novo, Daniel Galeno, que está lançando CD na praça.
BILIU DE CAMPINA
Nasceu em Campina Grande em 01/03/1949. Formado em Direito, deixou a profissão de advogado para ser forrozeiro. É um referencial e um patrimônio cultural da cidade.
. Biliu lançou três discos independentes: Tributo a Jackson e Rosil; Forró O Ano Inteiro e Matéria Paga. E lançou dois CDs independentes: Do Jeito Que O Diabo Gosta e Forrobodologia. Em 2002 mantendo seu lado irreverente, lança: Diga Sim A Biliu de Campina, trocadilho da campanha nacional do Combate a Pirataria: Diga Não a Pirataria. O Forró de Biliu tem toda a essência dos forrós tradicionais, com um suingue característicos dos discípulos de Jackson e uma irreverência no duplo sentido das letras que mostra bem toda a malicia e o bom humor nordestino.Como abomina aqueles que fogem do chamado forró tradicional costa classificá-los como “Travestis do forró”.
CANHOTO DA PARAÍBA
Francisco Soares de Araújo, o Canhoto da Paraíba, nasceu no dia 19 de maio de 1928. Cresceu em uma família de músicos, mas como era obrigado a compartilhar instrumentos com os irmãos, não podia inverter as cordas: tinha que tocar um instrumento afinado para destros. Teve que aprender tudo sozinho, o que o levou a desenvolver um estilo único de tocar. Em 1959, foi para o Rio de Janeiro, onde pela sua técnica e talento, despertou a atenção de Jacob do Bandolim, Pixinguinha, Radamés Gnattali e Paulinho da Viola. Gravou em 68 seu primeiro disco, “Único Amor”. Em 77 lançou o famoso “Canhoto a mais de mil” e, na companhia de Paulinho da Viola, seguiu em excursão pelo Brasil no Projeto Pixinguinha, tendo ainda na sua vida se apresentado com João Bosco, Sivuca e César Camargo Mariano.. Outros discos que gravou foram “O violão brasileiro tocado pelo avesso”, de 1977, e o CD Canhoto da Paraíba Pisando em Brasa, lançado nacionalmente por Paulinho da Viola, e que conta com a participação deste e de Raphael Rabello.
CARLOS DE GOUVEIA COELHO (DOM),
D. Carlos Gouvêa Coelho( João Pessoa, 19077 de março de 1964) foi um bispo católico brasileiro. Durante seu governo à frente da diocese de Niterói, o Papa João XXIII criou a diocese de Nova-Friburgo, desmembrando-a da então elevada arquidiocese de Niterói, e das dioceses de Campos e Valença. Divisa: “In caritate Christi” (No amor de Cristo).Filho dos educadores Dr. José Vieira Coelho e D. Maria Emerentina de Gouvêa Coelho, estudou no Seminário da Paraíba e, uma vez ordenado sacerdote, foi designado para cooperar no episcopado de seu tio, D. Moisés Sizenando Coelho, arcebispo da Paraíba, tendo exercido as funções de secretário do bispado, vigário cooperador e diretor do Colégio Padre Rolim, de Cajazeiras.Em seguida, foi catedrático do Seminário da Paraíba. Capelão do Colégio Pio X de João Pessoa e de N. Sra. de Lourdes^ e diretor do departamento de Educação da Paraíba. Foi também presidente da Comissão de Educação da CNBB, sócio e presidente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano.Em 1948, foi nomeado bispo de Nazaré, de onde foi transferido para Niterói, em 1954, e, daí, para a Arquidiocese de Olinda e Recife, em 1960.Submetido a uma intervenção cirúrgica, veio a falecer em decorrência da mesma, devido a complicações no campo da anestesia.
CÁTIA DE FRANÇA
Paraibana de João Pessoa (13/2/1947) Nascida Catarina Maria de França Carneiro, desde menina dominava vários instrumentos. Foi professora de música por algum tempo, até começar a compor em parceria com o poeta Diógenes Brayner. Participou de festivais de música popular na década de 60, época em que viajou à Europa com um grupo folclórico. De volta ao Brasil, contatou outros músicos nordestinos, como Zé Ramalho, Elba Ramalho, Amelinha e Sivuca. O primeiro LP solo, 20 Palavras ao Redor do Sol, foi lançado em 1979, com músicas compostas com base em poemas de João Cabral de Melo Neto. Uma música da cantora foi trilha sonora do filme Cristais de Sangue, de 1975.Sua música tem como fonte a literatura, fazendo referências à obra de Guimarães Rosa, José Lins do Rego, Manoel de Barros, além do citado João Cabral de Melo Neto. Foi parceira de palco de Jackson do Pandeiro durante a primeira versão do Projeto Pixinguinha, em 1980. Cátia gravou três LPs: Vinte Palavras ao Redor do Sol, Estilhaços e Feliz Demais, e dois CDs: Avatar (com participações de Chico César e Xangai ) e Cátia de França canta Pedro Osmar.O primeiro LP solo, “20 Palavras ao Redor do Sol”, foi lançado em 1979, com músicas compostas sobre poemas de João Cabral de Melo Neto. Gravou outros discos nos anos 80 e em 1997 lançou o primeiro CD, “Avatar”, com composições baseadas nos poemas de Manoel de Barros e na literatura de José Lins do Rego.
  CYNTHIO CILAIO RIBEIRO         
Mais conhecido por Cilaio Ribeiro, nasceu no dia 4 de dezembro de 1902, na Rua Mata Negro (hoje Cardoso Vieira), em João Pessoa, Capital do Estado da Paraíba, filho de José Ribeiro do Prado Andrade e Júlia Ribeiro. Vindo de uma família de artistas natos, a começar por seu pai José Ribeiro e por seus tios Nilo e Genésio de Andrade (atores amadores dramáticos), desde menino já demonstrava talento para as artes, brincando com bonecos e marionetes, dedicando-se com afinco, à arte da ventriloquia.           Todos os anos, em fins de julho a cinco de agosto, no período em que se realizava a festa da padroeira da cidade – Festa das Neves – Cynthio Cilaio Ribeiro retirava sua fantasia de homem normal e assumia o papel de ator, capricho de sua imaginação criadora e transformava-se em Cilaio Ribeiro – o ventríloquo. Sua casa de espetáculos era um anexo ao Mosteiro de São Bento, cujo palanque era patrocinado pelos comerciantes locais e ficava na mesma rua onde fixava residência. Costumava chamar seus bonecos pelos nomes, que ele mesmo batizava: Benedito, Zezinho, Caviloso e Dona Genoveva. Nas creches, asilos e orfanatos, as crianças e idosos os cognominaram carinhosamente de “Vovô Cilaio”.     Ainda muito jovem Cilaio foi convidado por Dr. Gomes Jardim, diretor da Companhia Dramática Itália Fausta, a fazer parte da companhia, mas não conseguiu consentimento de seus pais. Entretanto, algum tempo depois, fez excursão com a Companhia Conceição Ferreira, onde trabalhava nas comédias e também como ventríloquo.     Sempre apaixonado pelas artes cênicas, foi diretor artístico de vários grupos teatrais de amadores, destacando-se “Sociedade Lítero-Dramática 25 de Dezembro”, “Grupo Genésio de Andrade”, “Renascente” e “Teatro de Amadores da Paraíba”. Dentre as peças em que atuou, representou importantes papéis em “O Coração Não Envelhece”, “Olhos Sem Luz” e “Rosa de Nossa Senhora”. Sua última apresentação foi aos 73 anos de idade, na peça “Hoje a Banda Não Sai”, de Marcos Tavares.encenou várias revistas, entre elas, uma montada em 1930, cuja temática era uma crítica a uma concessionária de serviço público – Empresa de Tração Luz e Força, de propriedade do senhor San Juan. Tal foi o sucesso dessa nova empreitada, que em 1931, juntamente com uma plêiade de foliões, entre eles o ainda tenente Otílio Ciraulo, fundou um bloco carnavalesco cuja meta era criticar os fatos de maior evidência do ano. O bloco explorava o fornecimento de energia e transporte com bondes puxados a burro. O bloco ficou conhecido com as iniciais E. T. L. F., do nome Empresa Tração Luz e Força.Cilaio tinha um carisma tão forte que os diretores de cinema o convidavam para seus filmes sem necessidade de testes, e ele desempenhava tão bem como qualquer estrela do eixo Rio-São Paulo. Foi assim em “Salário da Morte”, de Linduarte Noronha e “Menino de Engenho”, de Valter Lima Jr.”. Este último, drama lançado em 1965, onde Cilaio contracenava com atores locais e nacionais como Geraldo Del Rey, Rodolfo Arena, Sávio Rolim, Anecy Rocha, Margarida Cardoso, Maria Lúcia Dahl, Atônio Pitanga, Lucy Campello, Agnaldo Azevedo, Klício Brayner, Nautília Mendonça, Elpídio Navarro, entre outros.
DAMASIO BARBOSA DA FRANCA-Nascido em 16/09/1918, em João Pessoa, Realizou seus estudos no Colégio N.S. das Neves, transferindo depois para o Pio X e concluindo o curso secundário no Liceu Paraibano. Desenvolveu intensa atividade estudantil. fundou e dirigiu por quatro vezes o Centro Estudantil da Paraíba fundou a Casa do Estudante da Pb.  1947, se elege vereador pela UDN, exercendo a liderança na Câmara Municipal 1951, assume a presidência da Câmara 1951, assume em 13/11 à 30/11 a prefeitura de João Pessoa, tendo em vista a renúncia do Prefeito Oswaldo Pessoa_ 1966, em 21/04 assume pela segunda vez a prefeitura, motivado pela cassação do prefeito Domingos Mendonça Neto. É nomeado prefeito pelo governador João Agripino, assumindo pela terceira vez o cargo de prefeito, sucedendo a si mesmo. Logo após é nomeado Conselheiro do Tribunal de Contas da Pb.Em 1979,, assume a prefeitura pela 4ª vez, por ato de nomeação do Gov. Tarcísio Burity, concluindo o mandato em 15/03/1983.Tabelião público e escrivão vitalício do 5º Ofício da Fazenda Estadual e Municipal, Damásio exerceu o cargo de Secretário da Casa Civil do Governador(Wilson Braga), Secretário de Viação e Obras do Estado(João Agripino), foi duas vezes vice-presidente do Tribunal de Contas,  e a presidência de dezenas de clubes e órgãos de classe de nosso Estado. Cidadão Benemérito da Cidade de João Pessoa, em 8/03/1971. Foi agraciado com o Grau de Comendador do Ipiranga, conferida pelo Governo do estado de São Paulo, em 1981.

JOSÉ DE LIMA SIQUEIRA
Foi um maestro e acadêmico brasileiro fundador de vários institutos de música e arte. Maestro, compositor e acadêmico brasileiro nascido em Conceição, no Vale do Piancó, alto sertão do Estado da Paraíba, regente e compositor reconhecido em nível internacional, de suma importância como educador, pelo papel de liderança que exerceu no meio musical de sua época e pela participação da criação de várias entidades de classe e culturais, tornando-se uma das grandes figuras da música brasileira no século XX. Filho de um mestre da banda Cordão Encarnado, em sua cidade natal, que lhe ensinou a tocar diversos instrumentos como saxofone e trompete. Durante sua juventude, atuou em bandas de música de várias cidades do interior da Paraíba. Foi para o Rio de Janeiro (1927), então capital da República, como integrante das tropas que tinham sido recrutadas para combater a Coluna Prestes e logo ingressou na Banda Sinfônica da Escola Militar, como trompetista. Estudou (1928-1930) composição com Francisco Braga e Walter Burle-Marx, no antigo Instituto Nacional de Música, e formou-se em Composição e Regência (1933) e iniciou sua brilhante carreira de compositor e regente no Brasil e no exterior, em grandes orquestras dos Estados Unidos, Canadá, França, Portugal, Itália, Holanda, Bélgica e Rússia, entre outros países. Regeu nos Estados Unidos grandes orquestras como a Sinfônica de Filadélfia, Detroit, Rochester. Na França regeu a Orchestre Radio-Symphonique, de Paris, e em Roma, a Sinfônica de Roma, entre outras. Foi professor da Escola de Música da Universidade do Brasil, hoje da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fundou a Orquestra Sinfônica Brasileira (1940) e formou-se em Direito (1943). Viajou pelos EUA e Canadá e fundou a Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro (1949), fechada 2 anos depois. Quando esteve em Paris (1953) freqüentou o curso de musicologia da Sorbonne. Oficializou junto ao prefeito Miguel Arraes, a Orquestra Sinfônica do Recife, a mais antiga do país. Idealizou e criou a Ordem dos Músicos do Brasil, assumindo a sua Presidência (1960). Fundou a Orquestra Sinfônica Nacional (1961) e da Orquestra de Câmara do Brasil (1967). Exilado pela Ditadura Militar  exilou-se na extinta União Soviética, onde regeu a Orquestra Filarmônica de Moscou e participou como jurado de grandes concursos de música internacionais. Também foi em Moscou que boa parte de sua obra foi editorada e preservada. Deve-se a ele ainda a criação da Orquestra de Câmara do Brasil, Sociedade Artística Internacional, o Clube do Disco e a Ordem dos Músicos do Brasil.Também publicou vários livros didáticos tais como Canto Dado em XIV Lições, Música para a Juventude, em quatro volumes, Sistema Trimodal Brasileiro, Curso de Instrumentação, entre outros. Faleceu aos 78 anos, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 22 de abril (1985). A cadeira nº 8 da Academia Brasileira de Música, fundada (1945) por Heitor Villa-Lobos, nos moldes da Academia Francesa, foi alocada para ele como co-fundador, depois que o efetivo da Academia se reduziu de 50 para 40 cadeiras.
 GAZZI DE SÁ .Gazzi de Sá [1901-1981] é o autor de um conceituado e inovador método de musicalização que proporciona um estágio avançado de consciência coral. O compositor, pianista e educador esteve ligado não só a grandes cargos artísticos da Paraíba, como também, abriu caminhos, mobilizou a opinião pública e sensibilizou vocações e valores. Chegou a estudar Medicina, no Rio de Janeiro, mas seu amor pela música foi maior. Gazzi de Sá foi. Fundou a Escola de Música Antenor Navarro que formou grandes instrumentistas e ensinou música a uma grande parcela do clero paraibano. Em 1937 fundou o Coral Villa-Lobos que marcou o desenvolvimento musical no Estado. Em 1947, foi convidado pelo maestro Villa-Lobos para integrar o corpo docente do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico e chegou a substituir o maestro na direção do conservatório. Seu trabalho contribuiu para que o presidente da República Juscelino Kubitschek decretasse o reconhecimento do canto orfeônico da Paraíba, em 1960. Segundo depoimento de José Lins do Rego (A União – 1948), “Gazzi de Sá abandonou sua província, mas deixou na terra boas sementes plantadas”.

HUMBERTO LUCENA (1)
Humberto Coutinho de Lucena nasceu na cidade da Paraíba, atual João Pessoa, no dia 22 de abril de 1928. Seu avô, Solon Barbosa de Lucena, foi presidente da Paraíba em 1916 e de 1920 a 1924. No pleito de outubro de 1950 elegeu-se deputado estadual. Nesse mesmo ano bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade de Pernambuco. Reeleito em 1954, durante sua permanência na Assembléia chegou a ser Líder de seu partido. Em 1958, elegeu-se deputado federal pela mesma legenda, tendo sido reconduzido à Câmara dos Deputados por mais três vezes, nas eleições de 1962, 1966 e 1974. No pleito de novembro de 1978, foi eleito senador, tornando-se Líder do MDB e da Minoria em 1979.
Foi Líder do PMDB de 1982 a 1984 e Líder do PMDB e do Governo em 1985. Retornou à Liderança de seu partido no biênio 1991-1992.
Humberto Lucena assumiu a presidência do Senado pela primeira vez em 1987, para mandato de dois anos, a ela retornando no biênio 1993 -1994.
Humberto Lucena faleceu em 13 de abril de 1998, no exercício de seu terceiro mandato de senador da República, quando presidia a Comissão Especial de Reforma Política e Partidária.
IVAN BICHARA SOBREIRA
1918 – Nasceu no dia 24 de maio de 1918 em Cajazeiras – PB.Estuda no Instituto São Luiz, em Cajazeiras, onde conclui o curso primário.
Faz o exame de admissão para o curso ginasial no Colégio Padre Rolim, educandário tradicional daquela cidade. Passa a trabalhar no Hospital da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, em São Gonçalo, sob a direção do Dr. Otacílio Jurema. 1934 – 1936 – Muda-se para a Capital e inicia sua carreira jornalística. 1937 – Faz concurso público para o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Industriários – API. Concorre para os exames vestibulares em Alagoas e é aprovado para o curso de Direito, mas faz apenas o primeiro ano naquele Estado, transferindo-se para a Faculdade do Recife, onde se tornará Bacharel, em dezembro de 1.945. No ano de 1947 elege-se deputado estadual pela UDN, mandato que assume até 1.950,  sendo um dos constituintes dessa legislatura. É reeleito deputado estadual.1951 – Assume a Presidência da Assembléia Legislativa. Torna-se professor da Faculdade de Direito da Paraíba.1955 – Elege-se Deputado Federal pela legenda do Partido Libertador. Nessa legislatura, é vice-líder da maioria – UDN-PL.1958 – Novamente, candidato, a deputado federal, fica como primeiro suplente, tendo assumido na vaga do deputado João Agripino, escolhido Ministro de Minas e Energia, no governo Jânio Quadros.1961 – É nomeado vice-presidente do Conselho Superior das Caixas Econômicas Federais. Assume a Chefia de Gabinete do Presidente do Banco. 1969 .  Eleito pela Assembléia Legislativa, Ivan Bichara toma posse no cargo de Governador da Paraíba. 1978 – Apesar de ser o candidato mais votado para Senador pela ARENA, em consequência da soma das sublegendas, não é eleito. 1980 – Publica o ensaio José Vieira e os caminhos do seu romance(A UNIÃO).1984 – Publica, pela José Olympio, o romance Carcará, prefaciado por Antonio Carlos Vilaça.1988 – Escreve o romance Tempo de Servidão, também editado pela José Olympio.1995 – Publica Joana dos Santos, lançando em evento na Fundação Casa de José Américo, com apresentação do acadêmico Flávio Sátiro Fernandes. 1997 – Falece, enlutando a Paraíba.
JAIRO AGUIAR
Jairo Alves de Souza Aguiar nasceu 11/9/1937 João Pessoa, PB – Iniciou a carreira na década de 1950, cantando na Rádio Clube Pernambuco. Em 1954, participou do concurso “Primeiro Campeonato de Cantores Novos”, promovido pela Rádio Nacional e apresentado por César de Alencar. Ficou em primeiro lugar, cantando músicas do repertório de Jorge Goulart e Carlos Galhardo. Em 1956, foi contratado pela gravadora Copacabana onde estreou com sucesso cantando o samba “Uma noite no Rio”, de sua autoria em parceria com Aôr Ribeiro e Mário Mascarenhas. O outro lado do disco trazia a valsa “Sussu”, de Joubert de Carvalho. Em 1958 gravou de sua autoria e Benil Santos o samba “Devoção” e de Assis Valente o samba “Lamento” e da dupla Raul Sampaio e Benil Santos o bolero “Noites cruéis”. O samba “Lamento”. Em 1960 gravou de Blecaute a marcha lamento “Lamento do triste adeus” e de Nássara e Jair Amorim o bolero “Minha estrela é você”. No ano seguinte registrou o bolero “O despertar da montanha”, de Eduardo Souto com letra de Francisco Pimentel. No outro lado do disco, a mesma música foi interpretada pela Orquestra Copacabana. Em 1962, gravou o chachacha “O homem do bombô”, de Getúlio Macedo. Pela gravadora Copacabana lançou 20 discos de 78 rpms, 10 compactos e 12 LPs, perfazendo quase 200 músicas, muitas composições de sua autoria. Seus maiores sucessos foram: Atuou no Teatro de Revista e também em filmes produzidos por Carlos Imperial. Na década de 1960 excursionou pela Argentina e o Uruguai. Voltou ao disco em 1990, lançando “Emoção maior”, pela somarj. Em 2001, lançou o CD “Jairo Aguiar reconquista sucessos”.

JOÃO RODRIGUES CORIOLANO DE MEDEIROS
nasceu no dia 30 de novembro de 1875, no sítio Várzea das Ovelhas, município de Patos, Paraíba. Era filho de Aquilino Coriolano de Medeiros e Joana Maria da Conceição; faleceu em João Pessoa no dia 25 de abril de 1974, em sua residência, à Rua do Sertão, 232.. Seus pais deixaram o sertão e fixaram-se na capital do Estado. Pouco tempo depois seu pai faleceu, desfazendo o sonho do menino Coriolano que, sentindo a responsabilidade de ajudar a mãe, trocou os estudos pelo trabalho.Ainda freqüentou o Liceu Paraibano, concluindo os preparatórios em 1891, tendo ingressado na Faculdade de Direito do Recife, freqüentando-a até o 3º ano. A necessidade obrigou-o a procurar emprego. Trabalhou no comércio e, depois, como funcionário dos Correios e Telégrafos, de 1889 a 1900. Em 1905, casou-se com a pianista Eulina Medeiros, retornou ao comércio, a princípio como caixeiro da Tabacaria Peixoto e mais tarde com o seu próprio estabelecimento.Durante muitos anos Coriolano manteve-se como professor particular, depois foi nomeado Escriturário da Escola de Aprendizes Artífices (Escola Técnica Federal, hoje CEFET), chegando a exercer sua direção, em 1922, aposentando-se nesse cargo.Sensível às letras e às artes, colaborava nos jornais A Imprensa e o Comércio. Fundou a Academia Paraibana de Letras. Era sócio fundador do Centro Literário Paraibano; membro da Associação dos Homens de Letras (sociedade acadêmica com 30 membros efetivos, criada por sugestão do Presidente Camilo de Holanda); fundador do Gabinete de Estudos de Geografia e História da Paraíba; sócio correspondente dos Institutos Históricos e Geográficos de Sergipe e de São Paulo; membro do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano. Era detentor da Medalha DEODORO DA FONSECA.Professor, poeta, jornalista e romancista, Coriolano de Medeiros está na lista dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, criado a 7 de setembro de 1905, tendo ocupado vários cargos de sua Diretoria, inclusive a Presidência quando foi eleito para o período 1937/38, embora tenha renunciado na metade do mandato.São de sua autoria: Dicionário Corográfico do Estado da Paraíba, 1944; Do Litoral ao Sertão, 1917; O Tesouro da Cega, 1922; Mestres que se foram, 1925; O Barracão, 1930; Manaíra, 1936; A Evolução Social e a História de Patos, 1941; Sampaio, 1955.
JOAQUIM PEREIRA DE OLIVEIRA
Joaquim Pereira nasceu em Caiçara e logo cedo revelou forte vocação musical e ainda menino tocava flauta nas festas que eram realizadas pela Paróquia daquela cidade e certo dia, estando o mesmo com 15 anos foi ouvido pelo regente da banda de música da Polícia Militar, que com muita insistência conseguiu tirar Joaquim do seio da Família e das atividades de auxiliar de marceneiro junto ao seu genitor e trazê-lo para a capital, onde o mesmo com tão pouca idade, foi trabalhar como arquivista da banda de música, aprendendo ali diversos instrumentos musicais. Antes mesmo de completar 20 anos de idade, Joaquim Pereira, já era sargento e regente da banda de musica, com a responsabilidade de substituir o grande tonheca Dantas, que havia se aposentado. Perdia-se um marceneiro e se ganhava um maestro e inspirado compositor, que durante a sua vida, produziu mais de 200 músicas, entre dobrados, valsas, frevos, hinos, sinfonia e outros gêneros. Sendo algumas delas executadas inclusive no exterior.Depois da Banda da Polícia Militar Joaquim foi convidado a ingressar no Exército, saindo da condição de sargento e regente, indo para ali como simples soldado, pois sabia ele que logo conquistaria o seu espaço, como de fato aconteceu. Algum tempo depois, o mesmo já promovido a tenente foi transferido para a AMAN – Academia Militar de Agulhas Negras em Resende – Rio de Janeiro, onde permaneceu até a sua reforma.Paralelo a sua atividade como musico militar, Joaquim Pereira foi professor de diversos colégios, dentre eles: o Colégio das Neves, o Lins de Vasconcelos e Pio X, sendo o autor dos hinos das três instituições. Sendo ainda um dos fundadores da Orquestra Sinfônica da Paraíba e o seu segundo regente.Em 26 de abril de 1993, Joaquim Pereira faleceu em sua residência, sendo a sua morte noticiada por todos os órgãos de imprensa da capital e o seu cortejo sido acompanhado pelas Bandas da Polícia Militar e 15º Batalhão de Infantaria. Seu nome foi perpetuado como patrono de uma das cadeiras da Academia Paraibana de Música, dando o nome ao Pavilhão de Musica do 15º Batalhão de Infantaria, ao Pavilhão de Música da AMAN em Resende no Rio de Janeiro, numa das ruas da cidade de João Pessoa, numa praça localizada na Avenida Epitácio Pessoa e na Rodovia que liga Belém/Caiçara/Logradouro.
  • FELIX ARAÚJO,
Félix de Souza Araújo (Cabaceiras, 22 de dezembro de 1922Campina Grande, 27 de julho de 1953) foi um político brasileiro, vereador de Campina Grande, no estado da Paraíba. Também foi poeta, tribuno, secretário de governo, ensaísta, crítico literário, escrituário, livreiro, radialista, jornalista e conferencista. Foi pai de Félix Araújo Filho, prefeito de Campina Grande.Félix Araújo era filho de Francisco Virgolino de Souza e Nautília Pereira de Araújo, ambos também nascidos em Cabaceiras. Contraiu matrimônio com Maria do Socorro Douettes, em janeiro de 1947, com quem teve dois filhos: Maria do Socorro Tamar Araújo Celino e Félix Araújo Filho.Cursou o primário em Cabaceiras e prosseguiu seus estudos no Colégio Diocesano Pio XI (Campina Grande) e no Liceu Paraibano (em João Pessoa). Concluiu o curso clássico em 1949. Foi aluno da Faculdade de Direito do Recife, escolhido orador de sua turma, porém foi assassinado por razões políticas pouco antes de concluir o curso.Aos dezesseis anos, Félix de Souza Araújo já publicava artigos em jornais. Ainda no ano de 1938, Alceu Amoroso Lima reconheceu importante vertente de sua personalidade: a sua erudição.Ainda em Cabaceiras, fundou o Jornal “Cruzeiro”.É autor do poema em prosa TAMAR – escrito em 1940, publicado em 1945 -, DOR, FRATERNIDADE, POEMAS SOLTOS e CARROSSEL DA VIDA.Foi pracinha voluntário da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Lutou nos campos da Itália contra o nazifacismo, em 1943. Foi correspondente de guerra e fundou o jornal “Cruzeiro do Sul”. Ao voltar, fixou residência em Campina Grande.Criou o programa “A Voz dos Municípios” na Rádio Borborema de Campina Grande. Também, durante muitos tempo, manteve o programa “Carrossel da Vida”, com leitura de crônica diária na Rádio Caturité.Filiou-se ao PCB, disputando, por este partido, duas eleições: em 1946, para deputado federal e 1947 para deputado estadual. Deixou o PCB em 1948.Instalou livraria – a “Livraria do Povo” (1946) – incendiada, criminosamente, por adversários ideológicos, sectários de extrema direita.Em 1947, Félix liderou a campanha de Elpídio Josué de Almeida a prefeito de Campina Grande. Foi secretário de Educação e Cultura deste governo, introduziu o “Cinema Educativo”. Coordenou a campanha eleitoral de José Américo de Almeida a governador da Paraíba (1950).Rua Maciel Pinheiro, centro da cidade de Campina Grande. Local onde Félix Araújo foi assassinado.Elegeu-se vereador mais votado de Campina Grande em 1951, pelo PL (Partido Libertador). Integrou as comissões de Justiça, Legislação e Redação e de Educação e Cultura (1951 a 1953). Denunciou a corrupção. Rompeu com o prefeito Plínio Lemos e com o governador José Américo de Almeida.Escreveu o “Acuso”, manifesto contra o governo de José Américo de Almeida. No mesmo ano, em 13 de julho de 1953, foi baleado, pelas costas, por João Madeira, guarda-costas do então prefeito de Campina Grande, Plínio Lemos. Momentos após o atentado, João Madeira foi encontrado – e preso – escondido na residência do citado prefeito.Félix Araújo faleceu aos 30 anos de idade em decorrência dos ferimentos, na Casa de Saúde dr. Francisco Brasileiro, em Campina Grande – Paraíba.
FLÁVIO JOSÉ
Nasceu na pequena Monteiro/PB. Aos 7 anos, fazia a sua iniciação no universo mágico das teclas. Aos 10 anos já tocava o seu pequeno fole de 24 baixos, animando as festinhas do lugar.FLÁVIO JOSÉ é um predestinado, largou a carreira de funcionário do Banco do Brasil e cantando e seguindo a canção foi construindo a sua história, até entrar definitivamente para o seleto grupo que é referência e citação obrigatória nos anais da MPB. Hoje, após 8 LPs, dezenas de CDs, milhares de shows e eventos, FLÁVIO JOSÉ possui uma carreira consolidada. Reverenciado como o Rei do Xote, permanece fiel ao estilo que abraçou, até os dias atuais. Essa fidelidade é retribuída pelo enorme carinho que lhe é devotado pelos inúmeros fãs. Para atendê-los, o artista promove em média 100 shows por ano. FLÁVIO JOSÉ é nome consolidado, de liderança inconteste e com um público altamente fiel, que não aceita que o mesmo mude as suas características de forró autentico.
VIRGINIUS DA GAMA E MELO,   
Virgínius Figueiredo da Gama e Melo nasceu no dia 19 de outubro de 1922, na rua Nova, nº 71, atual General Osório, na cidade de Parahyba. Único filho de Pedro Celso da Gama e Melo e de Severina Figueiredo da Gama e Melo e procedente de famílias tradicionais na política paraibana.
Cedo perde seus pais e passa a ser criado com as tias. “Não cheguei a conhecer mãe, perdia-a no primeiro ano de vida. Pai mesmo, pouco conheci”, afirmou em carta a Gilberto Amado. Inicia seus estudos no Grupo Escola Pedro II, depois secundário no Pio X, no Liceu Paraibano e no Ginásio Pernambucano do Recife. Na Capital pernambucana torna-se Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife, em 1946.Ainda no Recife, ingressa no Jornalismo, colaborando com o Suplemento Literário do Jornal do Commercio, no Diário da Noite e no Correio da Manhã, fazendo resenha literárias e comentários políticos.
Em meados dos anos 50 já era respeitado crítico literário, faz crítica teatral e teve participação importante na produção de filmes, como Menino de Engenho. Vivendo intensamente a vida boêmia, é acometido de tuberculose. Por essa época, estende sua colaboração com jornais do País, como Diário de Pernambuco, Estado de São Paulo, Jornal do Brasil, Jornal de Letras e Diário de Notícias. Na Paraíba, torna-se colunista de vários jornais, escrevendo até sua morte em O NORTE.
Em 1962, com o apoio do Ministério da Educação, do Governo do Estado e da Universidade Federal da Paraíba promove o III Congresso Brasileiro de Crítica e História Literária, realizado em João Pessoa, em memória do escritor José Lins do Rego.A literatura era o motivo maior de sua vida, dela tirando as razões do seu viver, como atestam amigos com quem conviveu. O Menestrel, como carinhosamente era chamado por amigos, morreu aos 52 anos em João Pessoa, no dia 1º de agosto de 1975. A casa onde nasceu e se criou, está em ruínas, restando apenas a parede frontal e de algumas divisoras.Entre as obras publicadas por Virgínius destacam-se “Antagonismo e Paisagem, Alexandrino (Olavo Bilac)”, “Tempo de Vingança”, “A Vítima Geral” e “O Romance Nordestino & Outros Ensaios”. Para o teatro escreveu a peça “A Modelação”, premiada pelo Serviço Nacional de Teatro (SNT) e encenada em João Pessoa sob a direção de Marcus Siqueira.
ABDON MILANEZ
Abdon Felinto Milanez nasceu no município de Areia, Paraíba, a 10 de agosto de 1858. Iniciou sua carreira artística como compositor teatral. Escrevia operetas e revistas representadas com sucesso nos teatros Sant’Ana, Lucinda, Apolo, Fênix etc. Sua primeira obra, a opereta “Donzela Teodora”, com libreto de Arthur Azevedo, estreou em março de 1886 no Teatro Sant’Ana. Musicou ainda as peças “A loteria do amor”, de Coelho Neto; “O bico do papagaio”, de Eduardo Garrido, e “A chave (…)ObrasA chave do inferno A loteria do amor A princesa flor Ai! Comeu! Donzela Teodora . Escreveu ainda peças como Heróis à força?, ?Barbeirinho de Sevilha?, ?A chave do inferno?, ?Bico de papagaio?, ?Fada azul?, ?La reine du tango?, ?Mosca azul?, ?Dama de espada? e outras operetas de beleza melódica e realce dramático. Faleceu o insigne músico paraibano no Rio de janeiro a 1º de abril de 1927. O mesmo é autor do_hino_do_estado _da_paraiba/Descendente de família ilustre do Brejo paraibano, Abdon logo cedo se transferiu para o Rio de Janeiro, tendo cursado Medicina na Faculdade de Medicina e Engenharia na Escola Politécnica, formando-se como engenheiro civil em 1880. Não fez estudos regulares de música, tendo-se iniciado no piano tardiamente. Em sua fase de estudante, compôs polcas e valsas, publicadas pela Casa Bevilacqua. Abdon é nome de praça em João Pessoa e nome de rua no Rio de Janeiro.
AMAZAN
Em 18 anos de carreira profissional solo, O Sanfoneiro Nordestino, Amazan já lançou 23 discos, sendo 06 em vinil e 17 em CD, além de um DVD lançado em 2005. Amazan nasceu em Campina Grande – PB, no dia 05 de Outubro de 1963 e foi criado em Jardim do Seridó, interior do Rio Grande do Norte, onde desde criança já apreciava a poesia e a boa música nordestina. Quando tinha por volta dos seus 20 anos de idade, formou o trio “Os três do forró” e gravou o seu primeiro compacto; Algum tempo depois este grupo se desfez e um novo trio foi criado, o “Festejo nordestino”, e mais um compacto gravado. Era o início de uma definição profissional. Em 1989, já em carreira solo, Amazan grava o primeiro LP, “Naturalmente” e começa assim uma carreira de sucesso crescente, com uma discografia composta de 23 trabalhos.
ANTÔNIO BARROS
Nascido em Queimadas de Campina Grande, na Paraíba.
Chegou no Rio de Janeiro em 1960 e ali procurou e encontrou o seu, tendo como fiel companheira na luta a sua esposa Céceu . Em 1961 gravou o seu primeiro disco,
Nesse disco podemos encontrar algumas músicas que foram sucessos nas interpretações de outros artistas, entre elas podemos descascar um de seus maiores sucessos “Procurando tu”, gravada pelo Trio Nordestino e “O que será de nós”, gravada por Marinês. O Cantor e compositor paraibano Antonio Barros é considerado, por muitos artistas, como um dos melhores no gênero nordestino. O mesmo tem mais de 700 composições gravadas por trios, sanfoneiros e artistas de destaque como Luiz Gonzaga, Jackson do pandeiro, Trio Nordestino, Genival Lacerda, Marinês, Elba Ramalho e Ney Matogrosso, entre outros. (blogdopedromarinho)

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Bolsonaro fala sobre a fragilização das Forças Armadas

O SR. JAIR BOLSONARO (PP-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a imprensa publicou, há 2 dias, fotografias da Presidenta argentina, Cristina Kirchner, em que levantava uma placa onde estava escrito Islas Malvinas, ou seja, ela,com a cara de coitada, reclamando as Malvinas para si.
Quero dizer à Sra. Kirchner o seguinte: vocês estão pagando o que o seu governo e o que o seu ex-marido, falecido, fizeram. Eles esculhambaram as Forças Armadas. Eles desacreditaram as Forças Armadas
do seu país. Eles prenderam militares em seu país. Vocês argentinos e você, Cristina Kirchner, têm que agradecer ao ditador, como assim chamam o Presidente João Figueiredo, porque interferiu, junto a Ronald
Reagan, para que os ingleses não levassem a Guerra das Malvinas para o continente argentino, evitando um mal maior para o seu povo. Graças a Figueiredo, isso deixou de acontecer.
Volto os olhos para o Brasil agora. Este Congresso votou a Comissão da Verdade sem que a maioria soubesse o que é a Comissão da Verdade.
Todos os dias estamos nas páginas dos jornais. Estamos desacreditados pela mídia, com depoimentos mentirosos de Parlamentares da Comissão de Direitos Humanos desta Casa. Mesmo assim, os militares continuam na frente nas pesquisas internas. Por quê? Porque o povo sabe que é
mentira aquilo de que nos acusam.
Algumas verdades agora: só no mês de março, 38 capitães e tenentes de carreira pediram demissão das Forças Armadas. Se a média for mantida, será um efetivo maior que a soma do que é formado, por ano, na
Academia da Força Aérea ou na Escola Naval. Por que estão indo embora?
Porque a Presidenta não honra seus compromissos. Inclusive há uma carta dela aos comandantes militares, por ocasião das eleições de 2010, dizendo que iria recuperar o poder de compra dos militares. Não
fez nada em 2011, e nada está previsto também para o corrente ano. É uma presidenta que não tem palavra, e fala em Comissão da Verdade!
Escola de Sargentos das Armas, em Três Corações, concurso para este ano: eles chamam o efetivo previsto para matricular e mais 80% de majoração, tendo em vista as desistências. Saibam V.Exas. que, mesmo com 180% do previsto, não completou o preenchimento do número mínimo de vagas, e o mesmo aconteceu na Escola Preparatória de Cadetes, em Campinas. Isso é reflexo do quê? Da má remuneração e da campanha de desmoralização das Forças Armadas. E este Congresso está de costas, no
tocante a isso.
Sr. Presidente, este Congresso tem que tomar providências. Se deixar nas mãos desses facínoras, de quem quer destruir as Forças Armadas, como Cristina Kirchner fez, o Governo está no caminho certo. Agora,
haverá o dia, infelizmente, em que nós precisaremos das Forças Armadas para a garantia da lei, da ordem e da Constituição, como foi feito em 1964.
A resposta está nas mãos dos senhores.

Um país em perigo.

O que ocorre neste país é algo mais que perigoso. Os que se encastelaram no poder herdaram e se apoderaram dos mecanismos legais e administrativos necessários para a estabilização econômica, política e social do país.
Cinicamente, perpetraram uma apropriação indébita e deitaram o rolaram na boa fase econômica brasileira.
Mesmo assim, são tão burros, que querem quebrar a agricultura brasileira, atividade que mais nos traz divisas e que mais se desenvolve.
Entre eles, formaram uma espécie de "máfia", composta de todo tipo de gente desqualificada, que se agarram ao poder de uma forma irracional. E agindo desta forma, já que são capazes de tudo, poderão quebrar o país.
Se permanecerem no poder em Brasília  vão continuar a transformar crimes em "mal feitos", burrice em "equívocos" , mentira e safadeza em "meras bravatas".
O país está sob administração de gente perigosa e dissimulada.É tanta mentira, tanta safadeza, roubalheira, tanta enganaçao no dia a dia desta República, que mais nos parece gente inconsequente, beirrando a loucura típica dos esquerdopatas.
Fãs dos totalitaristas e sanguinários Chavez, irmãos Castro além de outras pústulas, que presidem republiquetas, eles espalham notícias e boatos levando ao povão uma sensação que estamos num verdadeiro paraíso.
A última do "poste" foi o teatrinho da "Tia Dilma" com os bancos. Usando os bancos estatais para fazer média, ela induz ao povo ter "peitado" os grandes bancos nacionais. 
Os bancos estatais e particulares,como se fora um jogo de cartas marcadas,  fazem de conta que baixaram juros e o povão vai se endividar mais ainda, a exemplo do país que já tem uma impagável dívida interna de quase 2 trilhões de Reais, sem falar na dívida externa que ainda persiste.
Com a conivência da base aliada, da qual fazem parte políticos e grande parte da imprensa, vão destruindo os principais segmentos da sociedade brasileira que ainda prezam pela dignidade, educação, moralidade e respeito.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

AGUENTA CORAÇÃO

Cotas, aborto de anencéfalos, casamento gay, marcha da maconha, coligações, uso do Twitter… Tribunais Superiores estão solapando prerrogativas do Congresso. Isso não é bom! Já há uma primeira reação na Câmara

É, senhores… As coisas vão tomando um rumo não muito bom. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou ontem, por unanimidade, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que permite ao Congresso alterar decisões do Poder Judiciário se considerar que elas exorbitaram o “poder regulamentar ou os limites da delegação legislativa”. A proposta é de um deputado do PT chamado Nazareno Fonteles, do Piauí. Não sei quem é. Nem vou procurar para que não me sinta desestimulado a dizer o que acho que tem de ser dito. Eu adoraria estar aqui, neste momento, a escrever um texto esculhambando as pretensões do deputado Nazareno e de quantos se alinhassem com tal intento. Mas, infelizmente, não vou fazer isso, não! O STF, lamento, ocupa de tal sorte a cena política, e com tal protagonismo, que alguém terá de lembrar que o tribunal que ele não existe para a) reescrever a Constituição; b) criar leis — e isso vale também para o Tribunal Superior Eleitoral. Numa democracia, nenhum Poder é soberano. Infelizmente, vejo o Judiciário tentando exercer essa soberania sob a justificativa de que o Poder Legislativo não cumpre a sua parte. Ainda que não cumprisse, indago: o que dá ao Judiciário o poder de legislar? Infelizmente (repito o advérbio), ativismo judicial está virando discricionariedade.
O caso das cotasComecemos por ontem. O voto supostamente doutíssimo do ministro Ricardo Lewandowski, negando provimento a uma das ações contra as cotas, traz em si o ovo da serpente — e vocês hão de me perdoar uma metáfora que já é quase um clichê. Acho certa graça em manifestações que me chegaram acusando a minha “ignorância” em direito… É mesmo? De fato, não sou especialista na área. Atenho-me a lidar com a lógica e a proclamar uma verdade que me parece universal: as palavras fazem sentido. Critiquei a consideração que o ministro fez sobre a tensão sempre existente entre a “igualdade normativa”, expressa no Artigo 5º da Constituição, e a “igualdade material”. Não porque não a reconheça, santo Deus! Se procurarem nos arquivos, encontrarão dezenas de textos tratando justamente dessa questão, que vai nos remeter à Grécia Antiga. Isso não é novo. O que rejeito, e rejeito de forma peremptória, é que se suprimam direitos de alguns para supostamente reparar injustiças de que outros foram vítimas. Isso não é expressão da igualdade material. É arbítrio.
Se a Constituição garante que todos são iguais perante a lei e se essa igualdade não pode ser exercida em razão de condicionantes sociais, históricas ou de outra natureza qualquer, recorre-se, então, ao estoque de alternativas da chamada “discriminação positiva” para efetivar essa igualdade. Vejamos: homens e mulheres têm tempos distintos de aposentadoria. Em regra ao menos (com exceções, pois), elas têm uma dupla jornada de trabalho. A igualdade, nesse caso, implica viver, na prática, uma desigualdade. Deficientes físicos contam hoje com uma legislação que lhes garante o acesso a edifícios públicos e privados porque, sem esse direito especial, o seu direito mais geral estaria sendo subtraído. Faz sentido? Faz, sim! Mas as cotas? Deem-me uma só razão para que um branco pobre, eventualmente mais bem colocado num exame de acesso a uma universidade púbica, seja preterido por um negro — pouco importando, nesse caso, se rico ou pobre. Ou ainda: deem-me uma só razão para que um negro que tenha tido condições de estudar goze, então, do que passa a ser um privilégio.
Um dos enfurecidos que vieram aqui lamentar a minha “ignorância jurídica” me lembra que todos as normais constitucionais têm o mesmo peso (não me diga!) e que deve valer o princípio da “dignidade humana”. Ora, no caso do estudante que teve o seu direito individual subtraído, de que “dignidade” se cuida exatamente? Quanto à questão mais geral, a ser assim, nenhum direito mais está assegurado quando um dos lados da contenda é um alguém reconhecido como “vulnerável”. Abre-se a porta, por que não — e é mera questão de tempo — para que se questione o direito à propriedade. A Constituição o assegura, claro (como assegura a igualdade todos perante a lei), mas, sabem como é, se a dignidade estiver ameaçada…
Mais: garantem-se privilégios — sim, a palavra é essa — e suprimem-se direitos sem levar em conta os indivíduos em si, suas particularidades. Cria-se uma categoria com base exclusivamente na cor da pele. Nem mesmo se procura amenizar o caráter racialista da medida com um segundo filtro, que seria o social. E não se faz isso porque os militantes da causa não permitem. As cotas, entendem eles, significa uma admissão necessária de culpa dessa tal “sociedade”. Mas quem arca com essas culpas no caso do Brasil? O descendente pobre de imigrantes italianos que vieram trabalhar nas lavouras de café ou na indústria nascente têm de arcar pessoalmente com o peso dessa desculpa? Por quê? Mesmo os brancos descendentes dos primeiros colonizadores carregam a culpa do, sei lá, modelo mercantislista no qual o Brasil estava inserido?
Que notável hipocrisia a desses amantes da reparação histórica, não? As escolas fundamental e média oferecidas aos pobres são um lixo miserável. Negros, quando ricos — e os há — fazem o que fazem os brancos ricos: colocam seus filhos nas melhores instituições de ensino privadas. Há muito mais pobres brancos no Brasil, em quantidade, do que negros pobres ou mestiços pobres. A razão é simples: os brancos são em maior número. O truque de considerar “negros” os mestiços é outra das fantasias racialistas. E estes brancos pobres? Terão quais privilégios? Nenhum! São, afinal de contas, pobres culpados pela… colonização! Não só lhe é negado o privilégio como direitos lhes são cassados.
É um insulto à inteligência e ao bom senso. Esse tipo de coisa só prospera porque, afinal, um grupo que se organizasse para garantir os direitos dos brancos pobres seria logo tachado de racista. “E com razão”, diria o apressadinho. Por quê? Brancos pobres formam, por acaso, alguma categoria necessariamente reacionária?
O caso do aborto de anencéfalosA Constituição brasileira garante o direito à vida, e o Código Penal — que só pode ser mudado pelo Congresso — prevê a interrupção da gravidez no caso de estupro e se a mãe corre o risco de morrer. Se os ministros acham legítimo, humano, decente — escolham aí palavras que só designem coisas boas — o aborto de fetos anencéfalos, isso é lá com eles. Uma coisa é certa: as excelências legislaram e reescreveram, na prática, a Constituição e o Código Penal. Com base em qual fundamento? Mais uma vez, o da “dignidade humana”, que tem sido pau para toda obra. Ora, se o aborto de anencéfalo pode, por que não o de fetos com outras anomalias? Que máximo — ou mínimo (tanto faz?) — de vida fora do útero se considera como referência para que o aborto seja considerado conforme a lei? Conforme exatamente qual lei?
Notem que nem estou entrando no mérito — vocês sabem que sou contrário à tese. O meu ponto aqui não é esse e nada tem a ver com religião. Eu estou dizendo que o Supremo, ao descriminar o aborto de anencéfalos, está usurpando uma prerrogativa que é do Congresso. Ponto! E rejeito de pronto a tese segundo a qual o Judiciário faz o que o Legislativo se nega ou tarda a fazer. Ora, é o que faz o policial justiceiro quando decide ele mesmo aplicar o corretivo num bandido pego em flagrante, não? “Ah, esse vai acabar se dando bem na Justiça, sem punição. Então deixem que eu me encarrego de lhe aplicar uma pena”. Comparação grotesca? De jeito nenhum! Em essência, é a mesma coisa.
De resto, não havia vazio legal nenhum nessa área. A sociedade, por meio de seus canais de representação, disse o que aceita e o que não aceita. Se querem mudar a lei, que sigam, então, os trâmites que a própria lei prevê para a sua mudança. É assim no estado de direito.
O caso do casamento gayLegislou o Supremo também no caso do casamento gay. A Constituição não é omissa ao disciplinar a união civil. Ao contrário: é explícita. É aquela celebrada entre homem e mulher. “Mas e a igualdade do Artigo 5º, Reinaldo?” Tendo todos os princípios constitucionais o mesmo peso, então vigora, como é mesmo?, o “princípio da dignidade humana”. Entendi. Esse tal princípio, no caso das cotas, serve para garantir, a negros, direitos especiais não previstos em lei e para suprimi-los de alguns brancos — isso é matéria de fato, não de gosto. E serve também para, na prática, ignorar um artigo da Constituição.
À diferença do que pensam alguns tontos, eu estou pouco me lixando para a questão em si. O que as pessoas fazem na cama não é problema meu. Se o João quer ficar com o João, e a Maria, com a Maria, que sejam felizes! Mas entendo que o Supremo não tem o direito de votar contra a letra explícita da carta. Sem que uma emenda constitucional altere a especificação da união civil, a decisão é obviamente arbitrária.
O caso da marcha da maconhaFazer a apologia do crime é crime, como está no Código Penal. Assim, a apologia do uso de drogas está devidamente tipificado no Código Penal. O Supremo liberou as marchas da maconha porque decidiu que se trata apenas de exercício da liberdade de expressão. Como não há uma lei, e não há, especificando que isso só vale para o caso das drogas, há de se perguntar: de quais outros crimes se pode, igualmente, fazer a apologia? “Ah, mas era apenas a defesa da descriminação!” Trata-se, como sabem os marchadeiros, de uma mentira escandalosa.
Estamos vivendo uma era de arbítrio desses doutos senhores. Ora, o Código Penal não prevê o aborto de anencéfalos — tampouco o autoriza a Constituição. O Supremo, então, vai lá e preenche essa lacuna. A Constituição e a legislação infraconstitucional não permitem que direitos novos sejam garantidos ou direitos consolidados, solapadas, a depender da cor da pele do cidadão. O Supremo, então, vai lá e preenche essa lacuna. A Constituição é EXPLÍCITA ao definir o que é união civil. Ah, mas isso deixaria a união civil gay de fora. O Supremo, então, vai lá e age como a banda sandinista da suprema corte nicaraguense e passa a tesoura na parte da Constituição que não serve. E ainda temos de ouvir: “Pô! O Congresso não age!” Então é assim? Ou o Congresso faz o que querem esses 11 superlegisladores, ou eles fazem por conta própria?
O fato é que nunca se sabe…O fato, meus caros, é que já não sabemos mais o que pode sair da Corte. Em qualquer democracia do mundo, tribunais superiores são garantias de estabilidade. A máxima “ainda há juízes em Berlim” significa que a lei vale para o déspota esclarecido e para o moleiro. No Brasil, estamos começando a experimentar a sensação da instabilidade. A qualquer momento, o TSE, por exemplo, pode tomar uma decisão sobre eleições que vira o planejamento dos partidos de cabeça pra baixo. Há dias, decidiu que pré-candidatos não poderão tratar de eleições em seus respectivos perfis no Twitter porque isso caracterizaria propaganda antecipada — embora partidos e grupos organizados na Internet façam proselitismo eleitoral abertamente.
Critiquei aqui outro dia o ministro Ayres Britto, presidente da Corte, segundo quem um juiz tem de decidir com o “pensamento” e com o “sentimento”. Por que o meu destino, o seu e o de milhões teriam de depender dos sentimentos dos 11 da República? A ser assim, se é para termos 11 superlegisladores sentimentais, então por que não contar com 594 contendores (513 deputados e 81 senadores)? A proposta, até onde entendi, não busca mudar sentenças, mas reverter decisões que eventualmente avancem sobre prerrogativas do Legislativo.
Um amigo me mandou um e-mail alertando-me para os riscos. É claro que é arriscado! É claro que não sou exatamente um entusiasta da ideia. Mas não podemos ter um supercongresso formado por 11 pessoas, especialmente quando uma cláusula pétrea da Constituição, como é Artigo 5º, é tratada como uma mera formalidade e quando, confessadamente, estamos sujeitos a “sentimentos”.
Na democracia, no que concerne ao estado, só devemos estar sujeitos às leis.  A PEC aprovada na CCJ é sintoma de um problema: a hipertrofia do Poder Judiciário. Juízes aplicam leis, não fazem leis. E só a interpretam quando ela não é clara o suficiente na sua letra e nos seus propósitos.  Ou fazem feitiçaria judicial. O juiz substitui o arbítrio ao invés de ocupar o seu lugar.
PS - Só para lembrar: uma emenda precisa ser aprovada por três quintos dos deputados (308)  e três quintos dos senadores  (49) em duas votações em cada Casa. É claro que a chance de uma proposta assim prosperar é pequena. Chico Alencar (PSOL-RJ), deputado do PSOL, que deve andar contente com o STF porque, afinal, os ministros têm feito o que o PSOL gostaria de fazer — mas não pode porque não tem voto (aliás, os ministros também não) — ironizou a proposta e disse que “Mantesquieu deve estar se agitando na tumba”, referindo-se ao teórico da separação entre os Três Poderes da República. Huuummm… Caso se ocupasse do Bananão, o que diria o espírito do iluminista francês vendo os nossos juízes se comportando como deputados e senadores?
Por Reinaldo Azevedo