sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Os Sadomasoquistas de Plantão.



O número de analfabetos do Brasil é acachapante e assusta quando sabemos que muitos alfabetizados, mal e porcamente desenham ou rabiscam os seus nomes.
Em geral, sua capacidade de ler e interpretar um simplório texto é deprimente.
Contudo, felizmente, o nacional dirigiu suas qualificações para outros lados, tanto que o seu jeitinho é conhecido mundialmente.


Assim, graças a sua engenhosa mente, o jeitoso busca tirar a sua casquinha em qualquer situação. Fura filas, não trabalha nos dias úteis, o que dirá nos feriados.
Sabemos que esta terra é a que tem mais feriados durante o ano.
Portanto, quando alguém anuncia que no Brasil existe a maior quantidade de bichas, lésbicas e acólitos, acreditamos, pois, nossa terra é chegada a um sexo desvairado e sem limites.
Dessa forma, ao analisar o contexto nacional, no qual abundam os sinais da falência econômica, da crise política e da debacle moral, os entendidos são obrigados a admitir que o retrato da nação só poderia ser a da esbórnia institucionalizada.
Dizem os estudiosos sexuais, que o retrato de nosso povo é o da sacanagem elevada ao cubo, pois somos viciados em diversas orgias, principalmente, a da moral, ou melhor, da falta de moral.
Embora de poucos conhecimentos didáticos, como a História da Pátria e a de seus verdadeiros heróis, somos mestres e doutores em putarias desenfreadas. Tanto que na sua maioria, o povo nacional mergulhou sua existência no sadomasoquismo, que todos sabem o que é.
Naquele tipo de tara, existem os ativos e os passivos.
Os políticos, em especial os do PT, são ativíssimos. Com chicotes e outros artefatos lúdicos sentam a bordoada nos passivos, que de fato entram em orgasmo com as porradas bem aplicadas.
Após doze anos de muita sacanagem, naturalmente uma de suas consequências seria, como é, uma série de fobias, os ativos ejaculando de prazer a cada chibatada nos passivos, e estes entrando em colapso libidinoso a cada bordoada recebida.
Hoje, existe uma remotíssima hipótese de o conúbio fantástico sofrer algumas equimoses, porém os ativos que contam com o conluio dos passivos, anunciam novas chicotadas, novos atos sexuais violentos como o aumento de impostos, de desempregados, a volta da CPMF e de outras atrações que colocam os passivos em delírio.
Portanto, diante dos novos anúncios pelos ativos, medidas apoiadas pelos demais políticos e ansiadas pelos passivos, acreditamos que a depravação sexual continuará.
Aqueles puritanos, que são contrários aos arrufos que ligam ativos e passivos, devem aproveitar a onda de imigração para a Europa e pegarem suas mochilas e partirem, pois, aqui, atendendo ao pedido da maioria ultra - sadomasoquista para a satisfação do povaréu passivo, vamos levar muitas dolorosas porradas como o povo brasileiro gosta e goza.
De fato, com as novas medidas dos ativos é provável que os passivos tenham uma montoeira de orgasmos e prazeres indescritíveis, como a fome, a falta de luz, de água, de ensino, de atendimento médico, de dinheiro, e de outras misérias que enchem de luxúria os passivos.
Parece que os ativos inundarão o mercado com objetos considerados lascivos, como a bolsa para o prazer total, apenas para os mais cafajestes e putanheiros.
Diversos bonecos infláveis como de anta e de molusco, com uma série de penduricalhos, como algemas, chicotinhos de couro, velas de variados calibres serão distribuídos em praças públicas para que seus adeptos não reclamem de qualquer discriminação.
“Como sadomasoquismo é a busca pelo prazer gerado pela imposição e pelo recebimento de dor, e o PT gosta de ... e o povaréu de sofrer, logo …”

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Aécio: golpe é usar dinheiro do crime para se eleger.



(Folha) O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), rebateu na manhã desta quinta-feira (17) as declarações de Dilma Rousseff sobre o golpismo dos que falam em impeachment. O senador afirmou que "golpe ou atalho para chegar ao poder é utilizar dinheiro do crime ou da irresponsabilidade fiscal para ganhar votos". O tucano disse falar "sem fazer pré-julgamentos", mas para "blindar as instituições" que hoje investigam a presidente: o TCU (Tribunal de Contas da União) e o TSE ( Tribunal Superior Eleitoral). 

Aécio também criticou a forma como o governo lida com a crise que atravessa a Petrobras e disse que a discussão em torno da privatização de alguns de seus setores se dá apenas para salvá-la de endividamentos. "O que eu vejo é que a Petrobras hoje, para diminuir o seu endividamento, inicia uma verdadeira 'black friday'. O conjunto de privatizações que ela se dispõe a vender chega a R$ 60 bilhões. Mas não faz isso por uma visão estratégica mas para diminuir seu endividamento", disse.

O tucano falou sobre o assunto antes de fazer a abertura de um seminário promovido pelo PSDB, para debater os rumos da economia do país. Participam do evento nomes como o economista Arminio Fraga, Mansueto Almeida, Samuel Pessoa e Gustavo Franco. 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que tinha presença prevista, acabou não comparecendo. FHC reagiu à fala de Dilma na quarta-feira, quando afirmou que as movimentações a favor do impeachment não são golpistas e ganharam força porque o povo está sofrendo com a crise e se perguntando quando ela vai acabar. 

"Quem sofre a crise não quer dar golpe, quer se livrar da crise. Na medida em que o governo faz parte da crise, começam a perguntar se [o governo] vai durar. Mas não é golpe", afirmou antes de dizer que não sabe quem estaria tentando se aproveitar da crise para chegar a poder. 

'OBCECADA'
Aécio, que foi derrotado pela petista na última eleição presidencial, disse que hoje temos uma mandatária "obcecada com o próprio fim de seu mandato". "Pela segunda vez", disse ele, "sem ser instada, a presidente falou em golpe e em atalhos para se chegar ao poder", prosseguiu. "Concordo com ela em uma frase, e olha que é difícil concordar: a legitimidade do voto é a base da democracia. Isso é correto, desde que esse voto tenha sido obtido de forma legal", alfinetou. Ele concluiu dizendo que "felizmente", é a legalidade das contas da presidente e de sua campanha que se investiga hoje no Brasil.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O CARRO DA MODA.

Land Rover Range Rover Evoque 2014 Europa
UM LINDO CARRÃO

O CARRO DA MODA  

I
Na época do Mensalão,
um tal de Sílvio Pereira,
que vivia no anonimato,
findou fazendo besteira,
por causa de uma Land Rover,
que ele avistou na feira.
II
Já Paulo Roberto Costa,
delator do Petrolão,
mesmo estando acostumado,
com dinheiro de roldão,
ficou doido, apaixonado,
quando ganhou o carrão.
III
Foi o doleiro Youssef,
um jogador de aposta,
quem doou a Range Rover
a Paulo Roberto Costa:
- descobri o ponto fraco,
hoje eu tiro o pé da bosta!
IV
Veio Fernando Baiano,
fazedor de catimbó,
com intenção de comprar,
o diabo de um olho só,
e deu uma Land Rover,
para Nestor Cerveró.
V
Até mesmo Aécio Neves,
com a cara de caneiro,
foi parado numa blitz,
dentro do Rio de Janeiro,
com uma bela Land Rover,
em nome de um terceiro.
VI
Pra bandas do Mato Grosso,
que é terra de Curumim,
Elder Moraes comprou quinze,
carrões e disse assim:
- são 14 para o Estado,
e uma Land pra mim!
VII
Prefeito de Anajatuba,
cansado de andar a pé,
com o dinheiro da merenda,
fez o maior rapapé,
comprou uma Range preta,
e foi curtir no cabaré.
VIII
Na cidade de Goiânia,
escondidas em abrigos,
havia umas 100 Land Rovers,
fora de qualquer perigo,
pro bicheiro Cachoeira,
presentear os amigos.
IX
Até o craque Romário,
goleador e artista,
conduzindo uma Land Rover,
em zigue-zague na pista,
acabou ficando sem,
a carta de motorista.
X
O palhaço Tiririca,
nada tinha declarado,
mas, depois que se elegeu,
dos paulistas deputado,
comprou uma Land Rover,
pra zombar dos “abestado”.
XI
Agora lá na Paraíba,
reina a maior confusão,
depois que o governador,
pediu a separação,
e a bela primeira-dama,
exigiu o seu carrão.
XII
Todos querem Land Rover,
não importa a ocasião.
Mesmo que o cabra desvie,
acima de um 1 bilhão,
se o carro não vier junto,
não vale a corrupção. 
XIII
Continuando a minha rima,
irei comprar uns jumentos,
do carrão compro a buzina,
são baixos os meus proventos,
não recebo nem  propina,
e vivo só de lamentos.
XIV
Sempre foi a minha sina,
nunca encontrei a sorte,
mas confio na luz divina,
que antes mesmo da morte,
eu compre uma Grand-Livina
um Fusca, Gol, ou EcoSporte.
XV
Não conseguindo o intento,
busco esquecer meu irmão,
não quero mais sofrimento,
sou pobre e não sou ladrão,
irei andar de jumento,
longe da corrupção.
XVI
Momentos de incerteza,
O país quer consciência,
Rogo a DEUS que nos proteja,
A sairmos da indecência,
E é isso que o povo almeja,
Sem nunca pedir clemência.
XVII
Estou aqui fazendo um teste,
com rima, prosa e poesia,
sou o MORAES do agreste,
faço versos com alegria,
e que  alguém me conteste,
mostrando sabedoria.
XVIII
Irei parar por aqui,
sou o MORAES para alguns,
mas meu nome é JOSEMIR,
e nasci em Garanhuns.

Autoria: Josemir Moraes - MORAES DO AGRESTE (modesto escriba, afilhado de poeta e caboclo sonhador).

terça-feira, 15 de setembro de 2015

ANISTIADOS: UMA FESTANÇA COM O DINHEIRO PÚBLICO.

Até julho, indenizações a anistiados políticos já custaram R$ 464 milhões. Mais de 98% sob sigilo. Vai fechar em R$ 1 bi.


Uma festança com o dinheiro público.



Em 2013, a conta chegou em R$ 821 milhões. Em 2014, pagamos R$ 846 milhões aos anistiados da "revolução" e do "regime militar". Até julho de 2015, já pagamos R$ 539 milhões aos "perseguidos pela ditadura", o que indica que este gasto passará de R$ 1 bilhão. Eis os links:

Pagamentos 2013
Pagamentos 2014
Pagamentos 2015



Atualmente, as indenizações estão por volta de R$ 200 mil. Já a média das pensões mensais, ninguém sabe. Em época de crise e de poupança, estes pagamentos são um escárnio, uma bofetada na cara dos brasileiros.


Esse governo medíocre e incompetente do PT, gasta o nosso dinheiro à toa e sem pena. Os órgãos fiscalizadores das contas públicas estão mobiliados por servidores pertencentes às hostes dos canalhas do poder. É uma grande máfia existente em toda administração petista, dilapidando o nosso patrimônio, a serviço de um projeto de poder. 


Os anistiados e familiares estão ricos e gordos, sem exercer qualquer atividade de trabalho. Além de tudo, para completar o pacotão de benefícios, são isentos de imposto de renda.


Quer mais, meu amigo. É por esse motivo, que só uma Intervenção Militar Constitucional, resolveria o problema do nosso país.


Esse mal que vivemos atualmente, tendo como protagonistas o Lulaladrão e sua organização criminosa petralha, tomando de assalto o estado brasileiro. Temos que apeá-los do poder pelos meios legais,  com a máxima urgência, para o bem do país e nosso povo.


Na minha opinião, as indenizações deveriam ser revistas, em um futuro governo, após a queda da guerrilheira Bandilma, do cargo de Presidenta da República. As pensões citadas deviam ser cassadas de imediato, haja vista serem imorais e ilegais, concedidas através de leis absurdas e protetoras dos parasitas vermelhos.


Então amigo, tudo poderá ser resolvido, fazendo uma faxina geral, colocando a casa em ordem, cortando todas as mamatas e oferecendo trabalho ao povo. Para isso, teremos de ter um governo ético, forte e sem compromissos com esses canalhas, que vivem e deleitam-se do suor e sangue dos trabalhadores honestos do nosso país.


Na verdade, O BRASIL NÃO É UM PAÍS SÉRIO, mas se os meios coercitivos de quem assumir o poder, for aplicado com cautela e parcimônia nos fora da lei, será uma verdadeira panaceia para que os corruptos e canalhas tomem vergonha na cara e parem de roubar.  Com isso,  o país encontrava um novo rumo em termos de crescimento, e a felicidade voltava mais uma vez a reinar. 


Por oportuno, quem for contra essas medidas saneadoras acima citadas, não passa de um corrupto e merece ser preso. Um TFA  a todos.


 


Autoria: Josemir Moraes

Nota de falecimento.

Nota de falecimento (Foto: Arquivo Google)Já não está mais entre os vivos “a mulher de Lula”, a “gestora” mais competente do que ele, apta a dar continuidade à nobre tarefa de melhorar a vida dos pobres sem esquecer-se de forrar os bolsos dos ricos.

Descansa em paz desde a semana passada quando o Brasil perdeu o título de país bom pagador. Ficam seus exemplos de fé, perseverança, dedicação e de certa dificuldade em se fazer entender.
O infausto acontecimento havia sido precedido de outro de igual natureza.
Refiro-me ao passamento, depois de longa agonia, da “faxineira ética”, que escolheu seguir convivendo com ministros investigados sob a suspeita de ferir a lei.
Um deles por omitir da Justiça dinheiro recebido por fora para pagar despesas de campanha. O outro por extorquir empresários com o mesmo objetivo.
“A faxineira ética” se tornara conhecida como tal ao demitir seis ministros de Estado no seu primeiro ano de governo. Nunca se viu nada parecido na centenária história da República brasileira.
Diante de reles indícios de que eles haviam aproveitado os cargos para roubar ou facilitar o roubo, ela não hesitou. Veloz como um raio, sacou da caneta e fuzilou-os sem piedade. ''Hasta la vista, baby”!
Estreia digna de um Oscar de efeitos especiais.
Pena que o resto do filme não tenha sido condizente com o seu início. Ministros demitidos indicaram seus substitutos ou foram contemplados com outras sinecuras.
Ao mensalão, sucedeu a roubalheira apurada pela Lava Jato. Lula jura que não sabia do mensalão. A “ex-faxineira”, que tampouco sabia do saque à Petrobras. Triste fim!
O que resta dos atributos agregados pelo marketing à imagem pública da chefona de maus bofes, detestada pelos seus subordinados, centralizadora em excesso por se julgar uma sábia, quando, na verdade, é uma mulher insegura e solitária?
Quis o destino, com a ajuda dela, que fosse assim. Quis Lula, com os votos que já teve, que ela se elegesse e se reelegesse.
É a criatura que costuma se rebelar contra o criador. Lula merece o rêmio de melhor roteiro por se insurgir como criador contra sua criatura. Quer distância dela. E torce em silêncio pela sua possível desgraça.
Assim poderá passar à oposição ao novo governo na esperança de voltar à presidência em 2018. “Aquela mulher”, ele repete, amargo, entre amigos.
Cada vez mais enfraquecida, ela se mantém no cargo graças ao fato de que foi eleita. Não é pouca coisa. Deveria bastar. Mas, não. Balança.
Não é crime de responsabilidade governar de maneira desastrosa. Nem ter mentido à farta para se eleger.
Também não é crime ser impopular, rejeitada por oito em dez brasileiros. Seis em dez querem seu impeachment. Se ocorrerá? E como? E em que data?
Certa vez, perguntaram a Louis Armstrong, cantor e trompetista, um dos ícones da música negra norte-americana: “O que é jazz?” Ele respondeu: “Quando ouvir você saberá”.
Você saberá quando estiver madura a ocasião para se abrir o processo de impeachment.  Impeachment não depende só de desejo. Nem mesmo de maioria de votos no Congresso.
Haverá de acontecer se as circunstâncias o determinarem.
E se as contas do governo de 2014 forem rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União? E se a Câmara entender que as “pedaladas fiscais” do governo violaram a lei?
Por outro lado,e se Fernando Baiano, ex-operador de propinas do PMDB na Petrobras, fizer revelações que alcancem os caciques do partido?
Um fato novo revoga um fato consumado.
 

domingo, 13 de setembro de 2015

Brasil em estado terminal, afirma Financial Times.





Se o Brasil fosse um paciente em um hospital, os médicos da emergência o diagnosticariam como em estado terminal. Os rins falharam; o coração parará em breve. 

Esta, de qualquer forma, é a opinião de um senador do Partido dos Trabalhadores, partido que governou o Brasil por 13 anos, supervisionando tanto sua ascensão no cenário global quanto, agora, sua terrível queda. 

A economia está uma bagunça. A pior recessão do Brasil desde a Grande Depressão levará a economia a encolher em até 3% neste ano e 2% em 2016. As finanças públicas estão em desordem: neste mês, o governo, pela primeira vez desde o início da democracia no país, previu que teria um deficit fiscal primário, o saldo orçamentário antes do pagamento de juros. 
 
O deficit orçamentário real já chegou a impressionantes 9% da produção do país. Como resultado, o endividamento público está crescendo novamente. Esta é a razão imediata por trás da surpreendente decisão da Standard & Poor's na semana passada de rebaixar a dívida brasileira para "lixo". 
 
Se outra agência de rating seguir a decisão da S&P, muitos investidores estrangeiros terão de vender suas aplicações no Brasil, tornando as coisas piores; cerca de um quinto da dívida do Brasil é de propriedade estrangeira. 

Dado o ambiente externo difícil –desaceleração da economia chinesa, o colapso nos preços das commodities e o aumento das taxas de juros nos Estados Unidos–, o Brasil está sofrendo o começo de um estresse econômico extremo. Ironicamente, porém, não são os problemas econômicos crescentes do Brasil que motivaram a decisão da S&P, mas a evidente crise política. 
 
Dilma Rousseff, a presidente, não é mais amada pelo próprio partido e sofre de rejeição profunda em todos os demais lugares: é a presidente mais impopular da história do Brasil. Isso faz com que seja praticamente impossível para ela responder adequadamente à crise econômica. Especialmente quando o Congresso está mais focado em salvar a própria pele da investigação de um esquema de corrupção que desviou US$ 2 bilhões da estatal Petrobras.
 
O sistema político brasileiro é notadamente podre. Agora também não está funcionando. Uma renovação política profunda é uma solução. Infelizmente, há pouca chance de que isso aconteça antes das eleições de 2018. 
 
A impopularidade de Rousseff é razão insuficiente para tirá-la do cargo: se fosse suficiente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que estabeleceu as bases da estabilidade econômica desperdiçada agora pelo Brasil, não teria durado em seu segundo mandato. Pelo sistema presidencial brasileiro, Rousseff também não pode dissolver o Congresso e convocar novas eleições.
 
Conhecida por sua teimosia cabeça-dura, Dilma tem insistido que não irá renunciar. Também não há qualquer evidência de que ela, pessoalmente, tenha lucrado com o esquema na Petrobras. É verdade que ela ainda pode sofrer um impeachment por outras razões, como a contabilidade falsa usada pelo governo. 
 
Mas isso só resultaria num político medíocre substituído por outro. Na linha sucessória há Michel Temer, o vice-presidente, Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, ou Renan Calheiros, o presidente do Senado. Os dois últimos enfrentam acusações de corrupção. É uma situação de instabilidade crescente. Todos concordam que não pode durar, mas não há caminho claro a seguir. 

A situação com os ministros é tão ruim quanto. Joaquim Levy, o ministro da Fazenda linha-dura de Rousseff, tem liderado as tentativas de cortar o inchado setor público brasileiro. Mas ele tem sido minado por outros que acreditam erroneamente que o Brasil pode voltar a gastar para escapar de seus problemas. 
 
Tendo, segundo relatos, ameaçado renunciar, o rebaixamento pela S&P pode enfraquecê-lo. Se ele for [embora], os investidores adotarão uma visão sombria da capacidade do governo de endireitar as contas públicas. Depois disso, muito possivelmente, virá o tipo de terreno financeiro acidentado pelo qual o país já viajara. A jornada terminou mal daquela vez e terminaria mal novamente agora.

O gravíssimo pecado dos omissos.

O gravíssimo pecado dos omissos.




1. O PAÍS PERDE TRINTA ANOS EM 13

Os responsáveis pela crise brasileira podem ser classificados em três grupos principais. O primeiro inclui políticos, governantes e formadores de opinião que, numa rara e fecunda combinação de ignorância, incompetência e desonestidade, jogaram o país no abismo. O segundo é formado pelos que se beneficiando do governo concederam sucessivos mandatos a quem, diligentemente, conduzia o país de volta aos anos 80. Uniram-se no palco para a grande mágica petista: o país perde trinta anos em 13! O terceiro é o dos tão descontentes quanto omissos. Refiro-me à turma que não sai do sofá. Quando a água bate nas canelas, pegam as velhas listas telefônicas e sentam em cima. Estes últimos incorrem no gravíssimo pecado de omissão. Eu ficaria feliz se os ônus do que vem por aí incidisse, direta e pessoalmente, sobre cada um desses três grupos em vez de se repartir de modo tão injusto sobre o conjunto da população

2. OMISSOS!

É gravíssimo o pecado dos omissos no atual momento histórico brasileiro! O sujeito lê uma pesquisa e fica sabendo que quase 70% da população quer o impeachment da presidente e que ela conta com a confiança de menos de 8% da sociedade. Diante desses dados, em seu comodismo, ele se considera contado e se dá por representado. Naquela cabeça de cidadão omisso, o dado da pesquisa fala por ele. Representa-o.

3. TERCEIRIZAM O PRÓPRIO DEVER

Pouco importa se seu congressista, ou o Congresso inteiro, não o fazem. Pouco lhe interessa se o único assunto das lideranças com poder de fogo no parlamento é a formação de um "acordão" que mantenha tudo como está. Não o perturba a inconfiabilidade dos tribunais superiores. Ele terceirizou todas as suas responsabilidades cívicas. Ou o fez para as Forças Armadas, que não podem e não devem intervir fora das previsões constitucionais. Ou o fez para o juiz Sérgio Moro, como se o bravo magistrado e a sala onde trabalha não estivesse situada no andar térreo do enorme e pouco confiável edifício judiciário. A pachorra dos processos criminais contra personalidades do mundo político é simétrica à pachorra dos cidadãos omissos. E esta serve àquela.

4. MOBILIZAÇÃO OU CAOS

No entanto, o fio pelo qual pende esse trágico governo, só poderá ser rompido quando a mobilização do povo, fonte legítima de todo poder, alcançar proporções multitudinárias, se dezenas de milhões (e não centenas de milhares) forem às ruas, pacífica e ordeiramente, rugir de modo reiterado e insistente sua inconformidade para desestabilizar a quietude das instituições.

Uma das páginas mais aviltantes da nossa história está sendo escrita no tempo presente com as tintas da ignorância, da incompetência, da desonestidade e da omissão.


sábado, 12 de setembro de 2015

Receita confirma irregularidades na campanha de Dilma.


A Receita Federal informou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que irá apurar indícios de irregularidades tributárias cometidas por empresas que prestaram serviços no ano passado para a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. A análise solicitada pelo vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, será feita nas informações prestadas à Receita Federal pela Focal Comunicação, UMTI Serviços e VTPB Serviços Gráficos. 

As três empresas são citadas em pedido apresentado em agosto pelo ministro à Procuradoria-Geral da República para investigar eventuais crimes que possam motivar uma ação penal pública contra a campanha eleitoral da presidente. Para o ministro, há "vários indicativos" de que o PT e a candidatura presidencial da petista foram financiados por propina desviada da Petrobras.Até o momento, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, arquivou apenas o pedido de investigação referente à empresa VTPB Serviços Gráficos. 

Segundo ele, os fatos colocados por Mendes " não apresentam consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a adoção das sempre gravosas providências investigativas criminais". No ano passado, a Folha revelou que a Focal Comunicação, segunda maior fornecedora da campanha presidencial, tem como sócio administrador um motorista que recebia salário de R$ 2.000. A empresa recebeu R$ 24 milhões da campanha presidencial, só ficando atrás da empresa do marqueteiro João Santana, destinatária de R$ 70 milhões.

Pasadena pagou campanha de Lula em 2006.



(Revista Época) À mesa de um restaurante decorado com lustres de cristal, obras de arte contemporânea e castiçais dourados, na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, três diretores da Petrobras e dois executivos do grupo Odebrecht almoçavam reservadamente às vésperas das eleições de 2006. Era um encontro de homens de negócios. Do lado da petroleira, estavam lá os diretores Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa e Renato Duque; do lado da maior construtora do país, Márcio Faria e Rogério Araújo. Os cinco não falavam apenas de negócios. Falavam também de política. Nos tempos de petrolão, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, falar de negócios na Petrobras exigia falar de política: contratos com a estatal, conforme demonstram as provas da Lava Jato, eram frequentemente fechados somente mediante pagamento de propina a políticos do PT, do PMDB e do PP, a depender da diretoria. Hoje, a maioria dos cinco comensais está presa em Curitiba, acusada de participação destacada no petrolão.

Nos idos de 2006, quando transcorreu o almoço, os cinco, seja por dentro, seja por fora, mandavam muito na Petrobras. Renato Duque, diretor de Serviços, era homem do PT. Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento, do PP. E Nestor Cerveró, diretor internacional, do PT e do PMDB. Naquele almoço, Cerveró era o homem de negócios mais importante. Discutiam-se as obras para modernizar a refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos, cuja metade das ações fora comprada pela Petrobras meses antes. No jargão do mundo do petróleo, essas obras são conhecidas como “revamp”.

E que revamp. No almoço, estimou-­se que ele custaria até R$ 4 bilhões. A refinaria de Pasadena, cuja operação de compra era conhecida dentro da Petrobras pelo codinome projeto Mangueira, não tinha o apelido de “ruivinha” fortuitamente. Era um novelo de dutos enferrujados, de aparência avermelhada provocada pela oxidação dos metais. Se a Petrobras fizera um péssimo negócio ao comprar Pasadena, como veio a se confirmar nos anos seguintes, a Odebrecht estava prestes a faturar mais um formidável contrato. Decidia-se ali, no restaurante na Praia do Flamengo, que a construtora ganharia o contrato de R$ 4 bilhões. Em troca, os executivos da Odebrecht se comprometiam a pagar propina adiantada de R$ 4 milhões à campanha à reeleição de Lula – o mesmo Lula que, conforme revelou ÉPOCA em seu site na sexta-feira, dia 11, passou a ser considerado pela Polícia Federal oficialmente suspeito no petrolão. O mensalão nem esfriara, e o PT, liderando o consórcio de partidos, já encontrava no petrolão um substituto mais lucrativo para os negócios da alta política brasileira. 

>> EXCLUSIVO: Lula é suspeito de ter se beneficiado do petrolão, diz PF

A reunião no Rio e o acerto dos R$ 4 milhões foram revelados oficialmente à força-tarefa da Lava Jato pelo protagonista dessa operação: Nestor Cerveró. As informações estão registradas na mais recente proposta de delação premiada de Cerveró, em posse dos procuradores da Lava Jato e obtida por ÉPOCA. Trata-se de relatos pormenorizados de Cerveró sobre os negócios corruptos que tocaram primeiro na Diretoria Internacional da Petrobras, sob ordens do PT e do PMDB, e, a partir de 2008, na Diretoria Financeira da BR Distribuidora, sob ordens do PT e do senador Fernando Collor, do PTB (leia os resumos dos relatos abaixo). Neles, Cerveró afirma que a compra de Pasadena rendeu US$ 15 milhões em propina. E envolve no esquema a área internacional, além de outros funcionários da Petrobras, senadores como Delcídio Amaral, do PT, líder do governo no Senado, o presidente da Casa, Renan Calheiros, e Jader Barbalho, ambos do PMDB.

Para enviar os relatos aos procuradores, Cerveró trabalhou durante quatro dias. Reuniu histórias, resgatou datas de reuniões e valores das operações registradas em documentos e anotações que guarda em sua cela. Para corroborar as acusações, a família de Cerveró pretende recorrer a uma pilha de agendas de suas viagens e reuniões realizadas entre 2003 e 2008, período em que ocupou o cargo de diretor internacional da petroleira. Esses documentos estão guardados num cofre, à espera de uma resposta positiva dos procuradores da Lava Jato. “Do jeito que Cerveró está desesperado, ele entrega até a própria mulher”, diz um agente da Polícia Federal em Curitiba que tem contato com Cerveró.

Condenado a 17 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, preso há dez meses, Cerveró tenta a delação desde julho. É uma negociação difícil e lenta. Envolve os procuradores da força-tarefa em Curitiba e da equipe do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Como Cerveró pode entregar políticos com foro no Supremo Tribunal Federal, caso de Delcídio, Renan e Jader, as duas frentes de investigação – Curitiba e Brasília – precisam se convencer da conveniência da delação do ex-diretor. Há hesitação em ambas. Apesar dos relatos agora revelados por ÉPOCA, os procuradores esperam – exigem – mais de Cerveró. “Ele (Cerveró) continua oferecendo muito pouco perto da gravidade dos crimes que cometeu”, diz um dos investigadores de Curitiba. “A delação de Cerveró, para valer a pena, precisa de tempo. Ele ainda promete menos do que sabe”, afirma um procurador da equipe de Janot.

A situação de Cerveró ficou ainda mais difícil depois de a PGR fechar, na semana passada, o esperado acordo de delação com o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, operador das bancadas do PMDB no Senado e, em menor grau, na Câmara. O operador do PMDB, condenado a 15 anos de prisão, deve entregar as contas que foram irrigadas com pixulecos de Pasadena e das sondas contratadas pela área internacional da Petrobras, sob a responsabilidade de Cerveró. Eles atuavam juntos. Segundo Cerveró relatou aos procuradores, Baiano representou a bancada do PMDB no Senado no reparte da propina na Diretoria Internacional da Petrobras – e o dinheiro, ao menos US$ 2 milhões, foi parar nas mãos de Renan e de Jader Barbalho em 2006. Baiano já admitiu aos procuradores que intermediou propina para os senadores do PMDB em contratos na área internacional – a área do parceiro Cerveró. A delação de Baiano, que prometeu entregar comprovantes bancários das propinas, exigirá ainda mais de Cerveró. Ele fechará a delação somente se falar muito.

Nos relatos aos procuradores, porém, Cerveró já indicou o caminho da propina ao PMDB. Segundo ele, o dinheiro foi repassado a Baiano, que, por sua vez, intermediou pagamentos a outro lobista ligado ao PMDB. Esse lobista, de acordo com Cerveró, Baiano e um operador do PMDB, ouvido por ÉPOCA, repassou a propina a Renan e a Jader. Surpresa: esse lobista, cujo nome ainda não pode ser revelado por razões de segurança, também passou a negociar uma delação com os procuradores. A questão na Lava Jato parece ser: quem sobrará para fazer delação?

Outro lado

O senador Jader Barbalho nega que tenha recebido propinas de contratos para a Petrobras. “Nunca nem ouvi falar (sobre os navios-sondas)”, diz ele. O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, afirma que jamais fez reunião com diretores da Petrobras junto com o empresário Ricardo Pessôa, da UTC, e nega que recebeu propinas da Petrobras.

A Odebrecht diz que “de fato foi consultada, formalmente e não em nenhum tipo de evento social, sobre a possibilidade de formar consórcio com outras construtoras brasileiras para disputar contrato para eventual modernização da refinaria de Pasadena”. ‎A companhia diz que tais obras, porém, nunca foram realizadas. “Tal convite, por parte da Petrobras, não tem qualquer relação com doações eleitorais que a empresa faz”, diz a nota. A companhia ainda esclarece que o contrato assinado em 2010 sofreu alteração no valor “em função única e exclusivamente da alienação, por parte da Petrobras”. A empresa diz que todos os questionamentos feitos sobre esse acordo foram esclarecidos. Também procurado por ÉPOCA, Lula não retornou as ligações.

Se Lula não é mais Presidente, porque pedir autorização ao STF para ser ouvido na Lava-Jato?

Em razão das suspeitas, polícia pediu ao STF autorização para tomar depoimento do ex-presidente.

Lula no encontro dos petroleiros (Foto: Roberto Stuckert)
Lula no encontro dos petroleiros
(Foto: Roberto Stuckert)
Agora é oficial: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é suspeito de ter se beneficiado do petrolão para obter vantagens pessoais, para o PT e para o governo. A suspeita consta em documento da Polícia Federal. Nele, pede-se ao Supremo Tribunal Federal autorização para ouvir Lula no inquérito que investiga políticos na operação Lava Jato.

O documento, enviado ao STF anteontem, na quarta-feira, é assinado pelo delegado Josélio Sousa, do grupo da PF em Brasília que atua no caso. Assim escreveu o delegado: “Atenta ao aspecto político dos acontecimentos, a presente investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da República, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA que, na condição de mandatário máximo do país, pode ter sido beneficiado pela esquema em cursa na PETROBRAS, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada â custa de negócios ilícitos na referida estatal”.




Documento mostra pedido da Polícia Federal para ouvir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no inquérito que investiga políticos na operação Lava Jato (Foto: Reprodução) 

Para a PF, “os fatos evidenciam que o esquema que ora se apura é, antes de tudo, um esquema de poder político alimentado com vultosos recursos da maior empresa do Brasil”. 


Diante de tais suspeitas, a PF elencou a lista de pessoas do “primeiro escalão” que deveriam ser ouvidas. Lula está lá, embora não tenha mais foro privilegiado. A PF não explica por que pediu ao Supremo a tomada do depoimento - e não à primeira instância. “Neste cenário fático, faz-se necessário trazer aos autos as declarações do então mandatário maior da nação, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, a fim de que apresente a sua versão para os fatos investigados, que atingem o núcleo político-partidário de seu governo”.

Câmara aprova projeto que estende cobrança de imposto a serviços como o Netflix.




Até os mortos pagarão impostos no governo do PT

Até os mortos pagarão impostos no governo do PT.  Imposto sobre defuntos, Netflix e Tatuadores aprovado.
O texto ainda está sujeito a alterações, já que os destaques serão votados somente na próxima semana e o projeto volta para o Senado.
A Câmara aprovou nesta quinta-feira (10/09) o texto-base de um projeto de lei que, para evitar a chamada "guerra fiscal", proíbe que municípios concedam isenção de Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS). A alíquota mínima fica fixada em 2%.
O prefeito que descumprir as normas, cometerá ato de improbidade administrativa e está sujeito a perda de função pública e suspensão dos direitos políticos por até oito anos, além de ter que pagar multa de até três vezes o valor do benefício concedido. O texto ainda está sujeito a alterações, já que os destaques serão votados somente na próxima semana e o projeto volta para o Senado.
A proposta estende a cobrança do imposto a serviços como aplicação de piercings e tatuagens e sites que disponibilizam áudio e vídeo via internet como o Netflix. Livros, jornais e periódicos são exceção.
Transporte funerário e cremação de corpos, além cessão de uso de espaços em cemitérios também serão alvo de cobrança de ISS, o que foi alvo de críticas. "Até os mortos pagarão impostos no governo do PT. É um absurdo tributar a morte", disse o líder do DEM, Mendonça Filho (PE).

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

NÃO ESPERE MAIS!


Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez.

Qual foi a minha contribuição e o que fiz no passado e  no presente, em meu favor ou benefício de alguém. É bom refletir, antes que seja tarde.

Esperamos demais para fazer que o que precisa ser feito, num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem nenhuma garantia do amanhã. É bom lembrar que dormimos uma grande parte da vida, organicamente justificável.

Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição um estoque inesgotável de tempo. 

A nossa vida é passageira e o tempo é pouco para que possamos cumprir as nossas obrigações a contento. Faça planejamentos e agende sempre o amanhã. Quando você é um eterno e contumaz irresponsável, não cumpre os seus deveres, prazos e obrigações, prejudica outras pessoas nos seus interesses e trabalho. Com isso deveria ser penalizado, com uma multa, no nosso entendimento. 

O tempo não pára e a vida continua. Nós todos parecemos experimentá-lo da mesma forma, mas às vezes, ele passa mais rápido para mim do que para você. E parece que quanto mais velhos a gente vai ficando, mais rápido o tempo passa e não conquistamos o nosso verdadeiro objetivo, que é a felicidade. 

Várias teorias tentaram explicá-lo melhor que eu. Sendo verdadeiras ou não, elas cumprem a missão de colocar uma pulga atrás da nossa orelha e nos faz refletir por alguns instantes, o que fizemos de bom, até agora. 

Esperamos demais para dar uma reviravolta e efetuar mudanças radicais em nossas vidas, passando uma borracha no passado, apagando de uma vez por todas as tristes lembranças e os defeitos recíprocos, causadores de afastamentos e separações.

Esperamos demais, mas nada acontece, pelo orgulho, vingança e falta de compreensão daqueles que compartilharam com o nosso dia a dia, por muito tempo, juntinhos, em momentos de alegrias, felicidades, dores e tristezas.

As nossas qualidades, com certeza absoluta cobrem e superam os nossos defeitos. Somos inconstantes nas nossas inconstâncias. Somos diferentes em idéias e pensamentos, mas nada é direcionado para o caminho do mal. Somos sempre voltados para Deus!

Esperamos demais para seguir um caminho repleto de amor, paz e liberdade, que no porvir nos conduza ao assento etéreo e tenhamos uma eterna felicidade divina, com a companhia de Deus.

Esperamos demais para sairmos da inércia, e que pelo nosso trabalho incessante, sem cessar, busquemos novas fontes e alternativas para o sucesso pessoal e familiar. 

Esperamos demais para falar aos outros as palavras de perdão que devem ser ditas, deletando o ódio e rancores existentes em nossas mentes, malefícios prejudiciais ao ser humano. 

Esperamos demais para agradecer àqueles que nos ajudaram com ensinamentos, gestos e palavras de incentivo, contribuindo para a nossa vitória profissional, sem querer nada em troca. 

Esperamos demais para ser generosos com os outros, deixando que a demora diminua a alegria de contribuir espontaneamente em tempo e console os mais necessitados.

Esperamos demais para ser pais de nossos filhos pequenos, dando-lhes muito carinho e atenção, esquecendo quão curto é o tempo em que eles são pequenos, quão depressa a vida os faz crescer e ir embora a busca de novos horizontes.

Esperamos demais tabém para dar carinho e amor aos nossos pais, companheiras, irmãos, amigos e nossos semelhantes, de maneira espontânea, sem pensar em retribuições pelos feitos.

Esperamos demais para sairmos da omissão e tomemos atitudes importantes para o nosso bem, e bem dos outros que vivem estáticos incrédulos e apáticos, sem nenhum dinamismo.

Esperamos demais para ler os bons livros, ampliar os nossos conhecimentos, aumentar a nossa cultura, ouvir as nossas músicas preferidas, termos um pouco de lazer ao lado dos nossos familiares e amigos, cuidar das plantas, dos animais e não atentar contra o meio ambiente. Afinal, fazer o que gostamos, dentro das nossas possibilidades. 

Esperamos demais para ver  o mundo sem guerras e sem violência, com ajudas mútuas entre as nações e predominação da paz entre os povos, - e é isso que nos satisfaz.

Esperamos demais para que  os órgãos de fiscalização, controle, policiais e poderes da república, harmonicamente,  estanquem e extirpem a corrupção desenfreada, que tanto assola o nosso país e empobrece o nosso povo. 
Esperamos demais para dar amor e cuidar bem das crianças, com ensinamentos religiosos e educativos, por serem os futuros responsáveis pelos destinos do nosso planeta. Jesus Nazareno foi criancinha também.

Esperamos demais para respeitar os idosos e agradecer a eles por serem responsáveis pelas nossas vidas e tudo que aprendemos desde o nosso nascimento.

Esperamos demais para executar as tarefas importantes, qualquer hora do dia, que estão esperando para serem cumpridas, colocando-as em uma ordem de prioridades, atentando para o nosso bem-estar e de nossos semelhantes, - que nos cercam e compartilham com suas presenças. 
Esperamos demais para proliferar, difundir, distribuir e viver o amor intensamente, algo que talvez não seja mais necessário no amanhã, haja vista o tempo ter acabado. 

Esperamos demais para constatar que os nossos governantes cumpriram realmente as promessas de campanha e não mentiram mais uma vez.  E que sejam éticos, probos e leais com àqueles que lhes deram um voto de confiança, elegendo-os como nossos legítimos representantes no cenário político e guias dos nossos destinos.

Esperamos demais como coadjuvante da vida, sempre vivendo nos bastidores.  Enquanto o seu papel é o de um grande ator, a ser desempenhado no palco da vida , com amor, dedicação e trabalho. 


Deus também está esperando nós pararmos de esperar o tempo todo - e tomarmos urgentemente atitudes enérgicas, saudáveis e providenciais em benefício da humanidade.



Autoria: Josemir Moraes - MORAES DO AGRESTE (modesto escriba, afilhado de poeta e caboclo sonhador)




                      QUEM TEM MEDO DE MORRER NÃO VAI À GUERRA.