ESTOU FICANDO VELHO
Não gosto das atitudes dos sem-terra. Dizem que isso é ser reacionário, mas não gosto de vê-los invadindo fazendas, interditando rodovias, ocupando linhas de trens, quebrando repartições públicas, tentando parar ainda mais o lento progresso do Brasil. Estou ficando velho e não sou adepto da concessão de cotas para negros e índios.
Dizem que sou racista. Mas, para mim racista é quem julga negros e índios incapazes de competir com os brancos em pé de igualdade. Eu acho que a cor da pele não pode servir de pretexto para discriminar, mas também não devia ser fonte para privilégios imerecidos, provocando cenas ridículas de brancos querendo se passar por negros.
Estou ficando velhovelho, sou radical, antiquado, obsoleto e fora de época, por seguir os princípios religiosos, com base nos mandamentos divinos e leis naturais, com relação à união do homem e mulher, para o fim de procriação. Sou estranho ao momento atual que estamos vivendo em relação ao conceito de família e união estável.
Entendo que deve existir uma integração e união da família, por ser o esteio, base e célula "mater" da sociedade, e que DEUS, o nosso pai, provedor de talentos e sabedoria, presenteou ao homem uma mulher, para que fosse a sua companheira e gerasse filhos, perpetuando a espécie. Qualquer divergência do que fala a bíblia, considero anormalidade, carente de tratamento psicossomático.
Estou ficando velho e não quero ouvir mais notícias de que pessoas morreram de dengue e outras doenças, por descaso dos governantes na aplicação ou desvio de verbas por atos de corrupção.
Estou ficando velho e não aceito o governo atual compartilhar e ser parte ativa da corrupção.
Fico mais velho ainda, quando vejo a proteção e a impunidade aplicada a todos que apoiam e acatam as traquinagens do poder central. Os meus dias estão contados e jamais irei entender porque não se prende os corruptos existentes na máquina administrativa governista, que dilapidam o erário público e empobrecem mais, a cada dia o nosso povo, subtraindo-lhe os seus direitos essenciais. Enquanto, pretos, putas e pobres são presos a todo instante, por mal feitos menores, com fala Dilma Carabina.
Não sei mesmo como interpretam a nossa Constituição Federal e leis penais, haja vista que só são aplicadas com o propósito de encontrar brechas para favorecer e inocentar os comparsas delinquentes do desgoverno atual e penalizar os seus opositores. Somos sabedores que o Presidente da República nomeia os ministros Supremo Tribunal Federal, a seu bel-prazer, atendendo aos seus interesses e controla grande parte do judiciário. Estamos dominados e iremos pedir proteção a quem?
Estou no final da ladeira e nunca vi em outros governos passados tanta desigualdade social e falta de isonomia entre os poderes, tornando-se assim, um caos social. Nas áreas privadas existe um grande desequilíbrio no salário dos seus componentes, mesmo exercendo funções iguais. Aqueles que se dedicaram ao estudo durante a vida, com muito sacrifício dos pais, ao concluírem um curso superior, ficam fora do mercado de trabalho e quando conseguem um emprego, percebem importâncias menores do que empregados de setores privados, com nível escolar menor.
As polícias militares, em especial do Distrito Federal, percebem importâncias maiores do que os militares das Forças Armadas, desmotivando o ingresso de jovens qualificados na força. Também em termos de vencimentos, não existe isonomia entre polícias militares do país, sendo aguardada a regulamentação pela PEC 300. Mesmo assim, em alguns casos, a remuneração desses policiais militares supera a remuneração percebida por militares das Forças Armadas.
Tampo os ouvidos e fecho os olhos, mas continuo a ouvir e ver que os nossos representantes políticos e seus protegidos, ficam ricos em um piscar de olhos. Não quero mais saber de crianças sendo arrastadas em carros por bandidos e jogadas pelas janelas pelos pais, em plena flor da idade, ou de meninos esquartejados pelos pais por serem ‘levados’.
Sou um animal racional, de idade avançada, bípede, dotado de alma e ocupo o primeiro lugar na escala zoológica e diante disso, não aceito ninguém maltratar as crianças, idosos e animais de toda espécie.
Gosto, cultivo e cuido diariamente das minhas plantas e tenho admiração por elas e tudo que é verde, não por ser militar do exército, mas por saber que o planeta precisa do verde para sobreviver e é o que pratico no dia-a-dia. Ademais, temos que preservar os nossos mares, rios e florestas, de modo que a natureza viva eternamente em festa, no dizer de Olavo Bilac.
Meu coração não tem mais força para sentir emoções, não entendo mais nada, acho que estou em outro planeta, em outras eras, ou estou equivocado. Mas, talvez eu seja mais um que não avançou, nem acompanhou a modernidade, e vive sempre fora daquilo que é pregado pelos nossos mentores atuais, que é a falta de ética, de moral, de patriotismo e compostura.
Não entendo porque os nossos governantes petralhas adoram e sempre foram admiradores de regimes totalitários e fascista, que exterminaram milhões de pessoas em toda história da humanidade em guerras, e em tempo de paz continuam ceifando vidas humanas nas prisões.
Continuo sendo velho, mas sempre fui e continuo sendo opositor aos regimes de países que oprimem o homem e não respeitam os direitos de liberdade, igualdade e crença do seu povo. Resta-nos agradecer a Revolução Redentora de 1964, que fez com que não fosse implantado o regime do proletariado em nosso país, aos moldes de Cuba, União Soviética, Albânia, China, etc., na época.
Estou mais velho que o Oscar Niemeyer, Lula, Dilma e a sua turma, que bajulam os tiranos do mundo, tais como, Fidel Castro, Hugo Chaves, Ahmadinejad, Kim Jong e eram companheiros de Kadafi e outras mazelas, e ainda acreditam no comunismo, regime cruel, sanguinário, ateísta, desumano, que caiu de moda há muito tempo.
Eu não acredito mais em nada nesse país, principalmente nas promessas de políticos espertos, que prometem tudo em época de campanha eleitoral e nunca cumprem o prometido, como é o caso atual.
Sou da época dos dinossauros, mas tenho conhecimento que passamos por um surto de imoralidades que nunca tinha acontecido na história desse país, por conta de um governo que a tornou sua marca registrada, senão vejamos:
Temos uma presidenta que falsificou seus diplomas de "mestrado" e "doutorado" e possui uma extensa ficha criminal como terrorista. Os jornais deram destaque no início desta semana a declarações da futura ministra da Secretaria de Política para Mulheres, Eleonora Menicucci, que diz ser a favor da descriminalização do aborto e considerar normal o sexo de mulher com mulher (diz que passou por essa experiência e gostou). Para reforçar sua convicção, citou como exemplo a relação homo afetiva de sua própria filha com outra mulher.
Oito ministros foram demitidos pela mídia por serem ladrões do dinheiro público e foram elogiados e aplaudidos de pé pela Dilma Carabina e sua turma, pelos seus malfeitos. Como prêmio pelas espertezas e rapidez nas mãos, subtraindo importâncias do erário, em breve estarão de volta para ocuparem cargos no alto escalão do governo petralha. Foram presos? Devolveram o dinheiro subtraído? O que mais precisa acontecer?
Estou ficando cansado pela idade, muito calejado, após muito tempo de trabalho e são poucas coisas que me comove. Já levei minhas cacetadas para aprender a viver, aprendi muito com os meus erros e consegui transpor todos os obstáculos e vencer. Não guardo mágoas do passado, mas o sofrimento e as ingratidões sofridas são difíceis de esquecer. Estou bem envelhecido, mesmo assim fiquei muito emocionado diante de um fato acontecido, que mexeu profundamente com o meu sentimento de patriotismo. Eis a questão:
Na cidade de Joinville houve um concurso de redação na rede municipal de ensino. O título recomendado pela professora foi: ‘Dai pão a quem tem fome’. Incrível, mas o primeiro lugar foi conquistado por uma menina de apenas 14 anos de idade. E ela se inspirou exatamente na letra de nosso Hino Nacional, o mais belo do mundo, para redigir um texto, que demonstra que os brasileiros precisam cada vez mais, conhecer e perceber o verdadeiro sentido de patriotismo, pelos nossos símbolos.
É uma demonstração pura de amor à Pátria e uma lição a tantos brasileiros que já não sabem mais o que é esse sentimento cívico. Afirmo que o meu coração bateu mais forte e o meu sangue circulou mais rápido, ao saber que ainda existem pessoas que amam o nosso país e demonstram esse amor, pelas suas atitudes e virtudes. Eis o texto abaixo.
“Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa-múndi, o nosso Brasil chorar: ‘O que houve, meu Brasil brasileiro? ’ Perguntei-lhe! E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas: ‘Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo… Antes, os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores. Meu povo era heroico e os seus brados retumbantes. O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante. Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes? Eu era a Pátria amada, idolatrada. Havia paz no futuro e glórias no passado. Nenhum filho meu fugia à luta. Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil. Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula.’ Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim. Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o nosso país ostenta estrelado. Pensei… ‘Conseguiremos salvar esse país sem braços fortes?’ Pensei mais… ‘Quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz?’
Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo, como uma criança dormindo em seu berço esplêndido.”
Autoria: Josemir Moraes (modesto escriba, afilha de poeta e caboclo sonhador)