segunda-feira, 7 de março de 2011


O DESCASO PELAS FORÇAS ARMADAS 

Por General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva

A  onda dos movimentos por liberdade nos países do Norte da África e do Oriente Médio deve ser analisada em seus reflexos na disputa entre as potências por espaços e poder, cenário permanente nas relações internacionais, que também abrange outras importantes questões conflituosas. Os estudos de temas dessa natureza realizados no Brasil refletem ideias de renomados estrategistas europeus, norte-americanos e asiáticos quanto aos impactos no jogo entre as grandes potências, mas não apontam possíveis consequências no campo militar, para o Brasil, restringindo-se aos reflexos nas expressões política e econômica. O desfecho dos movimentos no mundo islâmico terá consequências, cujo significado para a defesa nacional dependerá do saldo ou do déficit de poder dos EUA naquela região.

O quadro atual dos conflitos no mundo revela a volta da onda, que emergiu da II Guerra Mundial e levou os EUA à hegemonia global. Ela começa a recuar pressionada por novos atores poderosos, alguns deles velada ou ostensivamente antagônicos aos EUA e com os quais este último terá de compartilhar espaços e poder. Ao final da primeira década do século XXI, ficou evidente que os EUA já não podiam impor a um custo suportável, isolada e rapidamente seus interesses em todo mundo, condição que desfrutaram por duas décadas após a queda da União Soviética. Os EUA também encontram dificuldade crescente para empregar a OTAN em ações globais, seja pela falta de consenso quanto às ameaças seja pela impossibilidade econômica de seus aliados sustentarem operações militares distantes e de grande envergadura. Há, ainda, a ascensão da China e sua projeção em todos os continentes, limitando progressivamente a liberdade de ação da outrora potência hegemônica. Portanto, a capacidade político-militar norte-americana de assegurar o acesso a regiões com relevante posição geoestratégica e detentoras de recursos vitais, situadas “do lado de lá do mundo”, como o Oriente Médio, a África e a Ásia Central, vai sendo reduzida.

Assim, aumentará a necessidade dos EUA garantirem o acesso a regiões “do lado de cá do mundo” com aqueles atrativos, leia-se América do Sul e Atlântico Sul, para o que empregarão seu poder militar se for preciso. Ao mesmo tempo, interessa-lhes limitar a projeção e influência de potências extra-regionais que possam tolher sua liberdade de ação nas áreas mencionadas. Hoje, espaços dessas regiões de tradicional influência norte-americana já estão sendo disputados pela China e, em sua esteira, virão a Rússia e a Índia. Como reagirão os EUA, altamente dependentes de recursos naturais, ante a presença de poderosos rivais cada vez mais próximos de seu território, experiência vivida apenas em 1962 na crise dos mísseis da então URSS em Cuba? O mundo não é o mesmo e as estratégias não serão as mesmas, mas os EUA não ficarão de braços cruzados. Em sua expansão, a China ocupa espaços também cobiçados pelo Brasil, inclusive em áreas da cooperação militar, pois nossa indigência bélica, fruto do descaso de sucessivos governos, não nos deixa muito a oferecer. Perdem-se excelentes oportunidades para gerar empregos, receita comercial e desenvolvimento industrial e científico-tecnológico e consolidar vínculos com a América do Sul e a África.

Entre a águia e o dragão está o Brasil com sua aspiração pela liderança regional e seus interesses no Atlântico Sul. A disputa de poder no entorno estratégico brasileiro deveria ter motivado providências, há muito tempo, antes de o cenário de risco estar delineado de maneira tão clara. Política exterior engloba diplomacia e defesa e estes setores do Estado não podem esperar uma ameaça passar de possível a provável para então buscar os meios de neutralizá-la. Defesa não se improvisa! Um forte poder militar confere maior robustez à política exterior, atrai alianças, dissuade ameaças e desagrava afrontas. Para alcançar tal status o governo deveria ter vontade política de queimar etapas, priorizando e fixando o investimento em defesa, e coragem para enfrentar desafios. O Brasil amargará a perda de oportunidades e patrimônio, no campo material, e de auto-estima e dignidade, no imaterial, pois será incapaz de reagir a pressões político-militares alienígenas, se não estiver no nível das maiores potências militares no lapso de uma década. A globalização, o desenvolvimento nacional e a projeção internacional colocaram o País, outrora periférico, no eixo dos conflitos entre as potências.

As Forças Armadas (FA) procuraram, em vão, sensibilizar a liderança nacional sobre a importância de fortalecer o poder militar. A resposta foi o descaso hoje camuflado por um discurso inconsequente, pois de prático pouco se faz, e tardio, pela incerteza quanto à possibilidade de recuperar o tempo perdido. Em 2011, mais uma vez, postergou-se a aquisição de aviões de caça para a Força Aérea, que se arrasta há mais de uma década, e houve um forte contingenciamento no orçamento de defesa, com prejuízo do desenvolvimento do submarino nuclear e de projetos do Exército. A relevância das FA para a liderança nacional resume-se a missões de paz, apoio às obras do PAC e participação na segurança pública e defesa civil, ou seja, no que é marketing para o governo. Há um descaso com o equipamento e o preparo para a defesa da Pátria, prioridade, razão de ser e identidade de qualquer força armada. Mas o descaso é também com a profissão e o militar como mostra a crescente defasagem salarial que rebaixa a carreira das armas em relação a outras de Estado e do serviço público. O chefe militar manifesta essas preocupações pela cadeia de comando, como é sua obrigação. À presidente da República, comandante supremo das FA, cabe preservar a relevância dessas Instituições, obrigação moral e funcional de quem sabe que elas não abrem mão do compromisso com a Nação, o dever e a disciplina e que os instrumentos de pressão de outros segmentos da sociedade são inadmissíveis nas Forças Armadas.
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Nunca antes? Nada disso

Clóvis Rossi, Folha de S. Paulo
Reinaldo Gonçalves é professor titular de economia internacional na Universidade Federal do Rio de Janeiro e um dos raros acadêmicos de esquerda que não se deixou cooptar por uma boquinha no governo ou até por menos, como um convite para jantar com os poderosos de turno.
Fez o que deve ser o papel do intelectual: mergulhou nos dados do IBGE e do Fundo Monetário Internacional para desafiar a propaganda governamental sobre as incríveis façanhas do governo Lula.
Montou tabelas que mostram o seguinte, em resumo apertado:
1 - Os 4% de crescimento médio do governo Lula colocam-no apenas em 19º no campeonato nacional de progresso econômico, entre os 29 presidentes desde a proclamação da República.
Perde, por exemplo, para Itamar Franco e José Sarney.
2 - Quando começou o governo Lula, o Brasil representava 2,9% do PIB mundial. Quando terminou o governo Lula, o Brasil representava 2,9% do PIB mundial. Portanto, estagnou na competição global. E ficou longe dos 3,91% de 1980.
3 - Em matéria de variação comparativa do PIB, no período 2003/ 2010, o Brasil fica em humilhante 96º lugar, entre 181 países. Está no meio da tabela e abaixo até da média mundial de crescimento, que foi, no período, de 4,4%.
4 - Em matéria de renda per capita, a do Brasil evoluiu de US$ 7.547 para US$ 10.894, entre 2003 e 2010. Mas a sua posição no ranking mundial só piorou. Estávamos em 66º lugar e caímos para 71º.
Só para cutucar o cotovelo dos "argentinofóbicos", a renda per capital da Argentina é cerca de 50% maior que a do Brasil, com seus US$15.064. E ela melhorou, do 61º lugar para o 51º.
Não quer dizer com toda a numeralha que o governo Lula foi um desastre. Ao contrário. Mas tampouco foi o milagre que a sua propaganda apregoa. Simples assim.
Transcrito da Folha de S. Paulo de 6/3/2011

Petrobrás pendurada

A Petrobras terminou 2010 com uma dívida líquida recorde de R$ 46,3 bilhões com BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, revelam dados coletados pelo pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Mansueto de Almeida, no balanço mais recente da empresa. Esse montante equivale a quase 40% do endividamento total da estatal, que chegou a R$ 117,9 bilhões no ano passado.
Valor emprestado do BNDES, BB e Caixa corresponde a quase 40% do endividamento total da estatal, que chegou a R$ 117,9 bilhões em 2010.
É o que informa a reportagem de Raquel Landim no O Estado de São Paulo.A relação entre a Petrobrás e os bancos públicos nunca foi tão próxima. O levantamento demonstra um crescimento exponencial da dívida da Petrobrás com BNDES, BB e Caixa nos últimos três anos. Em 2006, a companhia tinha crédito a receber de R$ 2,55 bilhões com os bancos públicos.
Ao contrário do que o governo propaga, nem temos auto-suficiencia em petróleo, nem temosm uma estatal petrolífera enxuta, independente da "äjuda" dos bancos oficiais.

domingo, 6 de março de 2011


Barreira do Inferno.

Cercada por terra, mar e ar em inusitado e estúpido esquema de segurança máxima,  Dilma Rousseff também proibiu a entrada e o uso de celulares para evitar fotos clandestinas. É a própria barreira do inferno. Ninguém pode ver o diabo nem pintado.

quarta-feira, 2 de março de 2011

As Ratazanas Estão de Volta

Com 54 votos favoráveis e 2 brancos, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) foi eleito presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, a mais importante da Casa. 

"Todos podem ficar com a consciência tranquila, que minha tranquilidade seja incorporada por vocês. Assim como em toda a guerra esse processo atingiu a vida dos outros de uma maneira que não temos como medir as consequências. Não poderia tomar posse sem fazer referência a isso", afirmou. Fonte: Folha.com
 
É muita falta de ética e de vergonha na cara. A pessoa comete um crime do qual deveria se envergonhar, mas quer se passar por vítima,
 
Realmente este processo deve ser encarado como uma guerra. Uma guerra contra a corrupção, a falta de ética e a falta de honestidade.
 
João Paulo Cunha deveria fazer uma mea culpa e pedir desculpas ao povo brasileiro pelo crime cometido de receber "recursos não contabilizados" ilegais para a sua campanha eleitoral ou seja lá para o que for que usou indevidamente o dinheiro do povo.
 
Ele deveria ter vergonha de continuar na vida política, e seus eleitores mais vergonha ainda de ter eleito um corrupto para representá-los no congresso nacional.
 
Espero que os Ministros do STF cumpram seu dever patriótico e condenem estes 40 mal feitores que roubaram o dinheiro do povo. 

Com Rousseff, Selic sobe. De novo.





MENTIRA
“Na verdade, ela [a taxa de juro] nunca foi tão baixa quanto agora. Mas dá para melhorar. A maneira de fazer isso é a redução disciplinada e sistemática da relação da dívida líquida sobre o PIB.” (Presidente Dilma Rousseff, então candidata do PT à presidência, em entrevista à revista Veja,16/06/2011.)

A VERDADE
Mais uma contradição entre o que disse a Rousseff candidata e faz a Rousseff presidente.  A relação dívida líquida com o PIB caiu de dezembro para janeiro. Mesmo assim, o Banco Central aumentou a  Selic em mais 0,5 ponto percentual e o juro bateu em 11,75%, a maior taxa em dois anos. É o segundo aumento da taxa básica de juros no governo Rousseff, que continua a negar que a inflação esteja fora de controle. Nos primeiros dois meses do ano, o IPCA-15 subiu 1,74%.  Resumindo: a conta da gastança desenfreada do governo petista no ano eleitoral não para de crescer. Quem vai pagar? Como tem sido regra no mandato Rousseff, os trabalhadores brasileiros.

Dilma sabe que Lula não investiu na educação dos brasileiros

Os objetivos de o Brasil atingir índices na área da educação, semelhantes aos países desenvolvidos, não foram alcançados no governo de Luiz Inácio.
Isto é fato, e o Ministério que ainda tem como titular o trapalhão Haddad, ainda não acertou o passo.
A presidente amenizou as trapalhadas de seu antecessor afirmando, em sua coluna semanal publicada em jornais, que defende os programas iniciados no governo do ex-presidente Luiz Inácio mas, que "ainda há uma longa estrada a ser percorrida" neste setor.
Com esta afirmativa Dilma confessa, nas entrelinhas, que tem pela consciência de que Lula não investiu na educação dos brasileiros.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

LULLA FOI PAI DOS POBRES OU MÃE DOS RICOS? VEJA ABAIXO.

A MÃE DOS RICOS.
LUCRO DOS BANCOS NO GOVERNO FHC.


30.7 BILHÕES DE REAIS.


LUCRO DOS BANCOS NO GOVERNO LULLA.


199.4 BILHÕES DE REAIS.


SALÁRIO MÍNIMO: 545,00 REAIS.


LULLA FOI PAI DOS POBRES OU MÃE DOS RICOS?
Aloysio Nunes informa que bancos lucraram 550% a mais no governo Lula do que na gestão de FHC.
[Foto:]



"Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propagandeou que havia sido o pai dos pobres, os números evidenciam que, na verdade, ele foi a mãe dos ricos". Para chegar a essa conclusão, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) se baseou em estudo publicado pela consultoria Economática, a respeito do lucro das maiores corporações do Brasil. Corrigida a inflação, os nove bancos analisados na pesquisa obtiveram lucro 550% maior no governo Lula do que na gestão Fernando Henrique Cardoso.
Citando números divulgados pela Economática, Aloysio Nunes informou que, entre 2003 e 2010, o lucro líquido dos nove bancos chegou a R$ 199,4 bilhões, valor corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No governo Fernando Henrique, entre 1995 e 2002, essas mesmas nove instituições bancárias - que incluem o Banco do Brasil, o Itaú e o Bradesco, lucraram R$ 30,7 bilhões, também em valores corrigidos pela inflação.
Aloysio Nunes fez a comparação depois de referir-se a entrevista do ministro da Fazenda, Guido Mantega, publicada pelo jornal Folha de São Paulo nesse final de semana. O ministro disse que o governo Lula conseguiu beneficiar a população como um todo, apesar de ter priorizado os pobres em detrimento dos banqueiros. O senador por São Paulo utilizou o levantamento da Economática para contestar tal afirmação.
- Nunca antes na história desse país um governo que se dizia de esquerda e dos trabalhadores deu tanto lucro aos bancos. Nunca imaginei que o PT fosse um partido revolucionário ou que o seu principal líder, o Lula, quisesse acabar com o capitalismo. Ele era e é um sindicalista reformista. Um líder político moderadamente reformista. Nunca me enganei ou me iludi quando a isso. Tenho pena é da jovem militante do PT que dormiu sonhando com Che Guevara e acordou nos braços de Delúbio Soares - afirmou Aloysio Nunes.

Mais uma herança maldita: Brasil, campeão mundial dos apagões.


O Brasil é o país onde morrem mais jovens. O Brasil é o país com os juros mais altos. Agora ficamos sabendo que o Brasil também é o campeão mundial dos apagões. Segundo o Estadão, dez anos depois de mergulhar no maior racionamento da história, o Brasil volta a conviver com problemas no setor elétrico. Mas, desta vez, a crise não está na falta de energia, como ocorreu em 2001, mas na dificuldade de fazer o produto chegar até o consumidor final. Nos últimos meses, uma série de apagões e blecautes regionais causaram transtornos e prejuízos aos brasileiros. Só neste ano, até o dia 22, foram 14 grandes ocorrências, conforme relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A maior delas deixou o Nordeste sem luz por até cinco horas. O incidente - ainda sem explicações precisas - garantiu ao Brasil o título de país com o maior número de blecautes de grandes proporções. Das seis maiores ocorrências registradas no mundo desde 1965, três são do Brasil: em 1999 (97 milhões de pessoas), 2009 (60 milhões

ACM Neto: 'governo trabalha com
promessas que não pode cumprir'

FotoDEP. ACM NETO
O líder do Dem na Câmara Federal, deputado ACM Neto, divulgou nesta segunda (28) uma nota afirmando que o corte de R$ 5,1 bilhões anunciado pelo Planalto ao programa Minha Casa, Minha Vida é a “fatura” que os brasileiros vão pagar pela “falsa propaganda que o governo do PT fez ao eleger a presidente Dilma Rousseff”. A medida faz parte do corte geral de R$ 50 bilhões. Para ele, “ficou comprovado que esse governo trabalha com ilusões e promessas que não pode cumprir”.  O deputado afirmou ainda que “o governo reduziu em 25% os recursos para a Receita Federal combater os sonegadores”. “E um dado mais alarmante é que o governo reconhece a possibilidade de fraude no seguro desemprego com uma naturalidade de quem não foi capaz de tomar as providências para evitar que essas irregularidades ocorressem”. Para Neto, “enquanto o governo não acabar com os gastos desnecessários, o brasileiro continuará a pagar a conta, sem ver investimentos em áreas essenciais do país.

O MUNDO ATUAL MUDA GRAÇAS À INTERNET




A partir da II Guerra Mundial o petróleo árabe foi base para o progresso e expansão do “ocidente” e de suas populações.
O “mundo árabe” ficou entregue ao capricho de clãs familiares ou grupos políticos que nadavam nos dólares do petróleo em níveis absurdos de riqueza e de ostentação. O resto da população era mantido em estado quase letárgico de indiferença política, com bolsões de fanatismo religioso e os conflitos daí decorrentes.
Potências ocidentais desavisadas, lideranças árabes distraídas como só podem ser os muito ricos, que vivem de coisas que lhes cai no colo, são as raízes do que se está colhendo agora.
Tenho para mim que a novidade, o fator que fez desmoronar esse castelinho, foi o livre e generalizado acesso à oportunidade de saber e pensar que a Internet trouxe. Os corolários e conseqüências dessa novidade - a liberdade de pensar, a liberdade da informação e a facilidade de compartilhá-las - superaram os mecanismos de repressão e opressão sob os quais viviam essas populações e lhes possibilitou tomar consciência de si mesmas.
Por mais que se tente fazer da educação um instrumento de manutenção de um “status quo’, com esses novos instrumentos a liberdade de se informar supera todas as limitações que se lhe imponha. Uma vez informados, pensamos. Livres para pensar, aprendemos. E aí o mundo muda.
Como mudou depois da invenção da Imprensa. Saber ler e escrever tornou-se item básico para ingressar naquele novo mundo e o domínio dessas técnicas consagrou-se como fundamental recurso de poder. Restritas de início a certos círculos foram se ampliando, generalizando, e a cada novo patamar alcançado, mais obstáculos eram criados para que o acesso a elas atendesse às conveniências dos poderosos.
E assim surgiram os diplomas, os exames de admissão, os certificados de conclusão, os vestibulares, os Enem, e outros.
Sempre que tentaram colocar barreiras para estaquear em um ponto o ser humano, na intenção de determinar seu futuro, situações como essas por que passa o mundo árabe se repetiram.
E a Internet é um rompe barreiras: uma nova forma de fazer girar a informação, de estimular a reflexão e de convocar para a ação. Com ela, o conhecimento será difundido, queiram ou não os poderosos de plantão.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Serra lembra amizade entre Lula e ditador líbio



Muamar Kadafi e Lula na Venezuela em 2009: velhos amigos. Foto: Ricardo Stuckert/PR
José Serra lembrou nesta terça-feira a proximidade entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ditador da Líbia Muamar Kadafi. Há 40 anos no poder, Kadafi tem reprimido com violência protestos que pedem sua renúncia. Estima-se que 350 pessoas tenham morrido nos conflitos nos últimos dias.
“Kadafi, da Líbia, foi terrorista internacional: derrubou vôo de passageiros da Panam sobre a Escócia. Amigo do PT e de Lula”, disse Serra na tarde desta terça em sua página no Twitter. “Sempre mimado pela diplomacia lulista, o ditador Kadafi poderá cair, apesar e por causa dos massacres que está promovendo.”
Durante os oitos anos de governo, Lula e Kadafi estiveram juntos por pelo menos quatro vezes. Em 2003, o brasileiro visitou Trípoli, atual palco das manifestações anti-Kadafi, e se reuniu com o ditador. Em 2006 e em 2009, os dois se encontraram em edições da Cúpula África-América do Sul, na Nigéria e na Venezuela. Ainda em 2009, em Sirte, Lula se dirigiu a Kadafi como “amigo e irmão”.

MP propõe ação de improbidade e quer bloquear bens de Lula

LARYSSA BORGES, no Portal Terra:
O Ministério Público Federal no Distrito Federal confirmou, nesta terça-feira, que encaminhou à Justiça uma ação de improbidade administrativa contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Previdência Amir Lando. Ambos são acusados de utilizar a máquina pública para fazer propaganda em benefício próprio, ao encaminhar cartas a segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciando novas condições de empréstimos consignados em 2004.
A suposta promoção social, que segundo o MP representou custos de R$ 9,5 milhões, será julgada pela 13ª Vara da Justiça Federal no DF e envolve ainda o Banco BMG, apontado pelo governo como a única instituição particular apta a operar na época a nova modalidade de empréstimo. De acordo com a denúncia, entre outubro e dezembro de 2004, foram enviadas mais de 10,6 milhões de cartas informando sobre o empréstimo, embora, para o MP, não houvesse "interesse público" na divulgação daquele tipo de benefício. Para garantir uma eventual restituição dos recursos aos cofres públicos, o MP pede na ação o bloqueio dos bens de Lula e do senador Amir Lando.
Procurada pelo Terra, a assessoria de imprensa de Lula afirmou que tomou conhecimento da ação do MP por meio de reportagens veiculadas nesta segunda e que o conteúdo do documento ainda será analisado para a assessoria jurídica responder "oportunamente". Segundo a assessoria do PMDB de Rondônia, partido ao qual Lando é filiado, o ex-ministro estava dentro de um avião rumo a Brasília nesta tarde, ficando incomunicável. A assessoria afirmou que ainda não tinha conhecimento sobre o assunto.
"Os problemas financeiros da Previdência Social são de domínio público. É questionável que a Previdência Social custeie a remessa de milhões de correspondências que não guardam correlação com suas prioridades institucionais", disse a procuradora da República Luciana Loureiro Oliveira na denúncia. Para ela, a estratégia de beneficiar o BMG era tão "escancarada" que a instituição bancária privada ultrapassou a Caixa Econômica na época na concessão daquele tipo de empréstimo. "A má-fé ao ato de produzir e enviar as correspondências com a finalidade de se promover e de favorecer instituição financeira (...) qualifica a ilegalidade praticada, revelando a indiscutível imoralidade na conduta das autoridades", afirmou.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Os quadrilheiros do mensalão alegam que não recebiam pagamentos mensais.
Têm razão: eles roubavam todos os dias