
NOSSO DESTINO É A
SEPULTURA
Nosso
destino é a sepultura,
Pode
ser feio, belo ou bonito,
Lá
tem sete palmos de altura,
Por
cima terá flores e granito.
Para
que um vida com frescura?
Se
o caminho de todos é igual,
Pobre,
rico, é uma só mistura,
Morando
em um só lamaçal.
É
lá nesse apertado local,
Chamado
de sepultura,
Que
o ser que fez o mal,
Paga
tudo com amargura.
É
lá aonde a autoridade,
Que
abusava do poder,
Paga
a sua atrocidade,
De
fazer o pobre sofrer.
Aquela
moça bonita e vaidosa,
Dona
de uma bonita dentadura,
Por
ser indelicada e orgulhosa,
Vai
pagar no fundo da sepultura.
É
lá nessa isolada sepultura,
Que
o patrão paga um pecado,
Com
juros altos e muita usura,
Ao
lado de um fiel empregado.
Acaba-se
a sua arrogância,
Orgulho
e incompreensão,
Cessa
toda sua ignorância,
Pagando
tudo sem perdão.
E
você que anda de cara dura,
Não
ama ninguém, ou fascina,
Todo
o seu orgulho termina,
Lá
no fundo da sepultura.
Os
filhos que não amam os pais,
Desleais,
ingratos e sem ternura,
Irão
ter todos, sofrimentos iguais,
Lá
no fundo da sepultura.
Somos
todos semelhantes e iguais,
E
também descendentes de Adão.
Para
que desavenças e tudo mais?
Se
todos para o barro voltarão.
Com
a sua morte nada se leva,
O
espírito tem outra dimensão,
Depois
que a sua alma se eleva,
A
sua matéria é só podridão.
Todos
iremos viver e lutar,
Amar,
servir, beijar e abraçar,
Pedir
a Deus para aumentar,
nossas
vidas - e não terminar.
Autoria: Josemir Moraes - (Oficial do Exército,
Bacharel em Direito, outros, investidor - ramo imobiliário, modesto escriba,
compositor, afilhado de poeta e caboclo sonhador).
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