domingo, 10 de março de 2013

Um povo viciado nessa falsa esperança de dias melhores nas suas vidas!



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" Seu Doutor, uma esmola para o homem que é são; ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão ..."

( Luis Gonzaga Zé Dantas)

Bolsas Assistencialistas...Esperança de um Povo?

Um povo viciado nessa falsa esperança de dias melhores nas suas vidas!

Não pode existir alguma esperança substancial para um povo, enquanto esse mesmo povo servir apenas de interesses pessoais de políticos gananciosos; que fizeram de um eterno assistencialismo a maneira mais vil e torpe de explorar suas condições sociais. Ainda sim, se passarem de benfeitores para esse mesmo povo!

Sem um investimento na base, jamais esse povo poderão sequer sonhar com dias melhores!

Apenas sempre terão momentos alegres, alívios temporários por receberem esmolas do governo, voltando sempre para a sua realidade tão desgraçadamente explorada por nossos políticos!

A real esperança de um povo necessitado, se choca com a "porta da esperança" desses nossos politiqueiros demagogos!

Que transformam a esperança de um povo em seus sonhos pessoais!

Sempre realizadas através das suas eleições e perpetuações no poder!

A " porta da esperança " para esses demagogos sempre estão escancaradas através das suas perpetuações no poder!

Todos seus desejos são sempre realizados!

Desejos duráveis e substanciais dentro das suas vidas; não algum alívio passageiro que esse povo explorado sente!

Uma complexidade, onde envolve todo nosso processo de transformação desse nosso povo, é um processo muito longo para essa nossa política imediatista!

Com eleições a cada dois anos essa corja de demagogos, não tem tempo para mais nada além das suas eleições e reeleições!

Nosso povo sofrido?

Bolsas para todos os gostos possíveis!

Bem mais rápido e prático eles pegarem essas esmolas por cada mês das suas vidas, voltando para essa realidade desesperançosa!

Sabem de uma coisa?

Acredito que a "porta da esperança" do nosso povo, nunca esteve tão fechada nessa nação! Estão todos trancados por essas BOLSAS HUMILHANTES!

Até o ponto deles nem perceberem essa realidade tão cruel e mascarada sob suas vistas!

Disfarçadas em seu próprio mundo!

ATÉ QUANDO?

REVOLTA E AÇÃO BRASIL

quarta-feira, 6 de março de 2013

Brasil, um país surrealista.




Se você for com seus filhos, noras, genros e netos almoçar fora no domingo e tomar 1 chopp, ou 1 copo de cerveja, ou uma taça de vinho no almoço e for parado numa blitz, você paga uma multa de R$ 1.960,00, tem a carteira cassada por um ano, o carro apreendido e vai preso.

Se você comer 1, 2 ou 3 bombons com licor, tomar remédio para a tosse ou tomar homeopatia e for parado numa blitz, você paga uma multa de R$ 1.960,00, tem a carteira cassada por um ano, o carro apreendido e vai preso.

No entanto, se você se drogar. Se fumar maconha, cheirar cocaína ou fumar crack, ficar doidão e for parado numa blitz, nada vai acontecer.

Se você roubar, assaltar, estuprar, atropelar ou matar alguém, com um bom advogado, o máximo que vai acontecer é você esperar o julgamento em liberdade ou se for condenado cumprirá pena em regime semiaberto.

Já se você roubar milhões de reais do povo ou dos cofres públicos, várias coisas podem acontecer: vai passar 15 dias num resort em companhia da amante; vai ser empossado deputado federal; vai ser eleito presidente do Senado; vai se eleger deputado ou senador; vai ser nomeado ministro ou para um alto cargo no Governo; ou, até mesmo, ser eleito presidente da República. E tá assim de gente que acha que tá tudo bem...

Ah! Um detalhe: se você tiver menos de 18 anos e roubar, assaltar, estuprar e até matar isto não trará a você nenhum problema pois você não poderá ser preso porque é menor de idade. Só não pode comer bombom, tomar xarope pra tosse ou tomar homeopatia, porque aí, se você for parado numa blitz, você vai preso.

Parece piada, mas não é! Este é o Brasil, o país da CORRUPÇÃO, da IMPUNIDADE e da INCOERÊNCIA.

E viva os nossos deputados, os nossos senadores e os nossos governantes e principalmente O POVO IDIOTIZADO QUE ACEITA TUDO CALADO, não se revolta e ainda vota nos mesmos marginais de sempre que preferem deixar nossas estradas esburacadas, a saúde dos hospitais falida onde morrem pessoas todos os dias por falta de médicos e medicamentos, as escolas em estado lastimável, a miséria que se alastra pelos quatro cantos do País, mais uma vez dizendo, preferem deixar assim e mandar dinheiro pra CUBA, nosso dinheiro, o dinheiro dos impostos que pagamos, para a construção de PORTO e ESTRADAS, num país onde um DITADOR ESTÁ HÁ MAIS DE 50 ANOS NO PODER. Isso sim é que é DITADURA... Meu!

"O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certezas." (Bukowski).

Quanto a isso, tenho lido cada uma......

Acertou em cheio, Bukowski !!

Segundo dados estatísticos do IBGE/MEC há no Brasil, 110 milhões de eleitores adultos e maiores de 25 anos que não concluíram o primeiro grau. Esperar o quê? Sabem eles, por acaso, em quem eles votam?





*Nelson S Oliveira - nelsonoab@uol.com.br- por e-mail, via Grupo Resistência Democrática.



PT: A QUEDA DO 13 EM 2013

Hipocrisia de um novo apedeuta.





Nicolás Maduro, o pretenso novo "ditador" da Venezuela diz que o câncer de Chávez foi causado pelo "inimigo"

Como todo apedeuta que chega fácil a poder, Nicolás Maduro, algumas horas depois de anunciar o agravamento do estado de saúde de Hugo Chávez, disse que a doença pode ter sido induzida por “inimigos da pátria” que fizeram uma “guerra suja e psicológica” contra o líder venezuelano Chávez. Ele afirmou ainda que um adido militar da embaixada americana, identificado como David del Mónaco, será expulso do país por tentar aliciar militares para desestabilizar a Venezuela.

Evidentemente que se trata de um "factóide" pois não há um só vestígio do tal complô.

terça-feira, 5 de março de 2013

LULA DESMASCARADO NO JORNAL DA CULTURA - 14 12 2012

O ÊXITO DA REFORMA FOI NÃO HAVER PETISTAS INFILTRADOS.




ENQUANTO  FOI  DADO O EXEMPLO,  OUTRAS OBRAS QUE NÃO ESTÃO SOB A RESPONSABILIDADE DO EXÉRCITO BRASILEIRO SÃO SUPERFATURADAS. QUAL É A OBRA DOS GOVERNOS LULA/DILMA QUE NÃO TEM FALCATRUAS? RESPONDA! E VOCÊ AINDA VOTA NELLES! É VERDADE, VOCÊ TEM O GOVERNO QUE  MERECE E AINDA É POUCO.
  

segunda-feira, 4 de março de 2013

Um triste silêncio.





Por vezes, nos quedamos calados.

De nossa pena nas últimas semanas pouco verte, nenhuma denúncia, nenhuma lamúria, apesar do continuísmo da má gestão e da incúria que dominam o seio da jovem nação.

Da pena nada ou muito pouco; em nosso coração, sim, uma mágoa profunda, dorida, interminável.

Tantas são as torpezas, que nem ligamos, mas sofremos.

É doloroso morrer numa batalha, deve ser penoso, lastimável, porém restará sempre um último alento no coração do soldado, o de sacrificar -se por um ideal, por um propósito.

Sucumbir em defesa da Pátria, pela sua honra, para a salvaguarda da liberdade dos demais, tudo pode tornar menos dolorida esta irremediável perda.

Porém, assistir impotente ao massacre da dignidade, à promoção da mentira, é arrasador, é aplaudir a trama, o golpe, é entronizar o erro, é valorizar o crime, é premiar criminosos, é penalizar bravos cidadãos.

É morrer de tristeza assistir de camarote a uma nação abandonar os seus soldados.

Uma terrível Comissão, tal qual na Inquisição, crucificará uns tantos que deram tudo de si, como sacrifício para a manutenção da lei e da ordem.

A todo momento, de todos os lados, tramas, esculachos, intensa pressão midiática, profundos estudos da CUT, da UNB, da OAB e de tantas agremiações que surgem aos borbotões, para imolar inocentes.

Nos estados, comissões juntam lenha para a fogueira que alimentará vaidades e trucidará cidadãos de conduta ilibada e de reconhecido valor nas suas áreas de trabalho, as instituições militares.

Sim, assistimos à vitória do engodo, o apogeu da malandrice, da cretinice, e damos gargalhadas ao constatar que nada poderá detê - los.

Construímos por nossa conivência, por nossa falta de dignidade, um poder incomensurável, imbatível, capaz das maiores atrocidades, imerso em erros e más gestões, que iludidos, entronizamos.

Diariamente, a comprovação de que vivemos num mar de lama, pois fluem aos borbotões as notícias de desmandos, de abusos, de golpes, de corrupções, de más versões, e nada fazemos.

Quanta conivência, quanta pusilanimidade.

Estamos mergulhados num arremedo de uma ditadura petista -sindicalista, mas que célere atingirá o seu objetivo, o domínio total.

Os sinais são por demais óbvios para os que prestam um mínimo de atenção aos noticiários, que tocam, brevemente, nos fracassos e incúrias governamentais.

As greves que pululam por todo o País são assuntos banais. As escolas fechadas, as universidades paradas, por meses. Mas são tão corriqueiras que não perturbam a marcha inexorável da submissão.

Se economia vai mal, é só na cabeça de alguns economistas, pois sempre é fácil afirmar que num futuro próximo vamos rumo ao infinito no cenário internacional.

Amiúde, lemos que Comissão da Verdade conquistou mais uma vitória, sacramentou mais dados para formalizar as suas acusações, e aproxima - se para desvirtuar a Lei da Anistia, de forma que os heróis da luta contra o terrorismo ideológico e físico sejam devidamente trucidados.

É flagrante, a certeza de que a verdade será manipulada, distorcida, vilipendiada a serviço de interesses nojentos, e nos a custa crer que antes da concretização da injustiça final, não se acenda a chama da indignação.

O que falta para que se forme um núcleo de guerreiros como os Trezentos de Esparta, prontos para defender a sua dignidade, quem sabe com o sacrifício da própria vida, pois o resto, o revanchismo, a vingança torpe, vem há décadas vilipendiando, massacrando e esfacelando?

Cidadãos que lutaram contra a subversão armada que aterrorizou a Nação, heróis desdenhados, perseguidos e amargurados pela incerteza, pela insensibilidade da população, esta breve lembrança é uma modesta homenagem, uma breve reverência ao quanto devemos a vocês.

Quanto aos espartanos, não custa sonhar, quem sabe.

Brasília, DF, 04 de março de 2013

Gen Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

PIB do PT cresce como rabo de burro.





A data é 14 de janeiro de 2011. O evento, a primeira reunião da presidente eleita Dilma Rousseff com seu gabinete. "Consolidando o Crescimento" foi o título da apresentação do ministro da Fazenda, Guido Mantega. No segundo slide "um crescimento mais vigoroso" prometia aumentos de 5% no PIB daquele ano, e 5,5% em 2012. O investimento "deve passar de 19% para 24% do PIB em 2014", lia-se no nono slide.

 O investimento terminaria 2012 em 21,6% do PIB. realidade apresentada na sexta-feira não teve transparências ou projeção de slides. Se tivesse, o título escolhido seria outro. Nos dois primeiros anos de governo da presidente Dilma Rousseff, o PIB cresceu 1,8% em média. A taxa de 2012 foi a menor desde 2003, se não for incluído 2009, ano em que a crise financeira mundial se acentuou. E a taxa de investimento em vez de subir, caiu. Era 19,5% do PIB em 2010 e caiu para 18,1% no ano passado. É o mesmo patamar de 2009.

O ministro Mantega também reviu a projeção para 2013. O crescimento de 6,5% esperado no início do governo, ficará entre 3% e 4% esse ano. (Do Valor Econômico)













PIB prova o fracasso da gestão Dilma.





Nestes dois primeiros anos de gestão, Dilma é um fracasso em termos de PIB. A economia brasileira cresceu 0,9% em 2012, abaixo dos 2,7% observados em 2011. Na média, o avanço do PIB no governo Dilma, até agora, ficou em 1,8%. É menos da metade da média de 4% registrada nos oito anos de Lula e atrás dos 2,3% de FHC. Se o PIB crescer 3,5% em 2013, o que é bastante improvável, Dilma alcançará a média tucana. Os petistas não tiveram que pagar o ônus da reorganização da economia, principalmente o combate à inflação. A gestão de Dilma pode estar reduzindo a pobreza. Mas não está gerando riqueza. O pibinho que o diga.
 

domingo, 3 de março de 2013

“O Brasil e seus desafios”








1. INTRODUÇÃO

O comportamento coletivo do brasileiro é sempre um enigma. Interpretar cenários no Brasil constitui importante desafio para qualquer analista. Talvez por isso, Tom Jobim, com sua longa vivência no exterior, tenha afirmado: “O Brasil não é para principiantes”.
O ambiente opressivo da sociedade colonial levou o brasileiro, como mecanismo de defesa, a desenvolver a arte de dissimular o próprio comportamento e a criar artifícios para burlar a ordem legal, que se incorporaram aos costumes como “jeitinho brasileiro”.
A solução dos difíceis problemas nacionais passa, necessariamente, pela descoberta da chave do segredo, caracterizando o cumprimento do preceito filosófico de Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo”.
Para desvendar esse conhecimento, portanto, a trajetória tem de ser investigada desde a origem.
Este “paper” representa uma síntese, em linguagem escrita, das ideias expostas em “PPS” elaborado para uma apresentação sobre o mesmo tema, e desdobra-se em cinco partes, que são desenvolvidas a seguir: Formação da Sociedade Brasileira, Evolução Política do Brasil, O Brasil em Índices, Desafios Brasileiros e Epílogo.

2. FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA

(Teoria de Gilberto Freyre)

A CIVILIZAÇÃO TROPICAL

A sociedade brasileira é a civilização dos trópicos. Sua matriz genotípica foi a casa-grande de engenho, cadinho onde se amalgamaram o português, o índio nativo e o negro africano, tudo sob a supervisão do jesuíta.
Foi a família do senhor de engenho que dirigiu a formação do Brasil, firmando-se como uma aristocracia tropical. Essa aristocracia rural superou o jesuíta na disputa pela propriedade da terra e predominou até mesmo sobre a autoridade colonial.
O clã dos engenhos colonizou o Nordeste e expulsou os franceses do Maranhão e os holandeses da Bahia e de Pernambuco.

O PORTUGUÊS

A população de Portugal, no início do século XVI, totalizava um milhão de almas. Para povoar o Brasil, vieram portugueses de origem moura e moçárabe, cristãos novos fugidos da Inquisição e cristãos velhos.
Afeiçoados à poligamia, pelo contato prolongado com os mouros, os portugueses miscigenaram-se nos trópicos em clima de volúpia, na relação com a mulher exótica.
A escassez de mulheres brancas na colônia estimulou a miscigenação de senhores com escravas, multiplicando a população mestiça, naturalmente adaptada ao clima tropical.
A miscigenação por poligamia era a única solução capaz de criar uma sociedade híbrida. Esse hibridismo torna a sociedade brasileira a mais harmoniosa quanto às relações de raça.
A partir do século XVII, com o bandeirante, o Brasil auto colonizou-se e passou a defender-se por si próprio das agressões estrangeiras.

O ÍNDIO

A contribuição indígena à sociedade brasileira foi legada pela mulher. Dela herdamos a cultura de asseio pessoal e higiene, o milho, o caju e o mingau. A mulher índia ansiava por estabilidade, impossível nos costumes nômades das comunidades nativas.
“Tupis ficaram no Brasil os nomes de quase todos os animais e pássaros; de quase todos os rios; de muitas das montanhas; de vários dos utensílios domésticos” (Gilberto Freyre, em Casa Grande e Senzala, pág. 220).

O NEGRO

Os negros tinham uma predisposição biológica e psíquica à vida nos trópicos, o gosto pelo sol.
“Questão de constituição psicológica, como pretende MacDougall. E fisiológica também, através da capacidade do negro de transpirar por todo o corpo e não apenas pelos sovacos, o que se explica por uma superfície máxima de evaporação no negro, mínima no branco” (Gilberto Freyre, em Casa Grande e Senzala, pág. 371).
Para a colônia onde não havia mulher branca, vieram as donas de casa negras. Para as minas, os técnicos e artífices. Para os campos, negros entendidos na criação de gado. Vieram também comerciantes de panos e sabão, mestres, sacerdotes e até tiradores de reza maometanos.
“Muito menino brasileiro foi criado inteiramente pelas mucamas. Raro o que não foi amamentado por negra” (Idem, pág. 433).
As mucamas tratavam as crianças brancas com uma ternura como não a conhecem igual os europeus. Os meninos tomavam a bênção das mães pretas e, quando adultos, tratavam-nas com a deferência de senhoras respeitáveis.
“Verificou-se entre nós uma profunda confraternização de valores e sentimentos”.
“Os escravos vindos das áreas de cultura negra mais adiantada foram um elemento ativo, criador e nobre na colonização do Brasil. Eles desempenharam uma função civilizadora” (Ibidem, pág. 390).

O JESUÍTA

O catolicismo foi o cimento da unidade brasileira. Foi para livrar o indígena do engenho, que o missionário o segregou em aldeias.
Os negros que aqui aportaram foram impregnados de catolicismo, seja por contágio ou por pressão social.
“A religião tornou-se o ponto de encontro e de confraternização entre as duas culturas, a do senhor e a do negro; e nunca uma intransponível ou dura barreira” (Gilberto Freyre, em Casa Grande e Senzala, pág. 439).

“Sem os jesuítas, a nossa história colonial são seria outra coisa senão uma cadeia de atrocidades sem nome, de massacres como os das Reduções” (Joaquim Nabuco) (Idem, pág. 219).

O SISTEMA COLONIAL

O sistema colonial brasileiro baseou-se na monocultura e na escravidão.

A mandioca, base da nutrição indígena, tornou-se o alimento básico do brasileiro, superando o trigo.
A monocultura tornou o Brasil uma nação subnutrida, devido às restrições que impunha à agricultura de subsistência, afetando a oferta de alimentos e comprometendo o desenvolvimento eugênico dos colonos.
Os próprios senhores de engenho nutriam-se deficientemente, de víveres mal conservados que mandavam vir de Portugal.
Curiosamente, o grupo mais bem alimentado eram os escravos. Eles constituíam o capital dos seus senhores, que os nutriam bem, a fim de preservar a eficiência da sua força de trabalho.

Os milhões de mestiços, como declarou Joaquim Nabuco, achavam-se em condição intermédia: não eram escravos, mas também não eram cidadãos.

O sistema econômico influiu nas relações de sexo e classe, dividindo a sociedade em senhores e escravos e deixando sequelas culturais permanentes, que desafiam o nosso futuro.
Moralmente polêmico, o sistema colonial foi, no entanto, a única solução para os imensos problemas da colonização europeia nos trópicos.

LIVRE INICIATIVA E SETOR PÚBLICO

O Brasil é fruto da iniciativa privada. De 1500 a 1697, ela predominou na monocultura da cana-de-açúcar.
No século XVIII, durante o ciclo extrativista (ouro e diamante), prevaleceu a ação do Estado no controle das minas, gerando corrupção e repressão.
No período compreendido entre o século XIX e a década de 1930, dominaram as oligarquias do café, da borracha e do cacau.
Mais recentemente, a economia diversificou-se em indústria, comércio, finanças e agronegócio, mas o Setor Público continua condicionado pelo Setor Privado.

“Aos particulares se deve, na verdade, a coragem de iniciativa, a firmeza de ânimo, a capacidade de organização que presidiram o estabelecimento no Brasil de uma grande colônia de plantação” (Gilberto Freyre em Casa Grande e Senzala, pág. 324).

3. EVOLUÇÃO POLÍTICA DO BRASIL

CONSOLIDAÇÃO POLÍTICA

O Brasil independente herdou a monarquia, a economia escravista e a política intervencionista do Império português.
A monarquia preservou a integridade nacional. O intervencionismo levou à Guerra do Paraguai. A Guerra do Paraguai e a abolição causaram a queda da monarquia.
Em 1808, a Corte de D. João VI trouxe para a Colônia a unidade e a estrutura política que lhe faltavam para a Independência. Conquistada a Independência, o Império brasileiro seria uma transição necessária.
Em 1822, o Brasil tinha 4,5 milhões de habitantes, sendo 22% de brancos, 27% de escravos, 17% de índios e 34% de mestiços.

A escravidão gerava uma sociedade dividida por discriminação, preconceito e ressentimento, onde imperava o pavor do “haitianismo”.
O País era um arquipélago de comunidades isoladas e autônomas, dominado por interesses provincianos muitas vezes conflitantes. O interesse dominante que determinou a unidade política foi o escravagismo.
Havia resistência geral aos impostos para manutenção da corte no Rio de Janeiro, e as elites intelectuais estavam impregnadas das ideias da Revolução Francesa: liberdade – igualdade – fraternidade.
As forças armadas, incipientes, eram mescladas de mercenários e não dispunham de estrutura nacional; restringiam-se à jurisdição provincial.
As divisões políticas logo se manifestaram em todas as províncias. De um lado, conservadores (monarquistas absolutos e constitucionais), restauradores e unitaristas.
De outro, liberais, republicanos e federalistas.

A insatisfação eclodiu nas revoluções pernambucanas de 1817 e 1824, cuja repressão severa enfraqueceu o prestígio do Imperador.
D. Pedro I, desgastado pelas críticas à sua conduta pessoal, perda da Cisplatina e envolvimento na crise portuguesa, perdeu o controle da situação política, e teve de abdicar em 7 de abril de 1831, em favor do herdeiro de cinco anos de idade.

A REGÊNCIA

Entre 1831 e 1840, a unidade nacional esteve a ponto de desintegrar-se. A indisciplina social, sobretudo nos centros urbanos, encarnou-se em motins políticos que incendiaram o País. Em Pernambuco e Alagoas, foi a Cabanada (1832-35); no Sul, a Farroupilha (1835 a 1845); no Grão-Pará, a Cabanagem (1835-1840); na Bahia, a Sabinada (1837-38); e no Maranhão, a Balaiada (1838-1841). Exceto a Cabanagem e a Balaiada, que foram revoltas populares, as demais refletiram a influência ideológica do movimento carbonário europeu de 1830, que havia transbordado para o Brasil.
A pacificação deveu-se, principalmente, às lideranças militares do Exército, com destaque para o futuro Duque de Caxias, e aos bloqueios navais de Rio Grande, Salvador e Belém, pela nascente Marinha de Guerra Imperial.

D. PEDRO II


O discernimento político do sábio imperador manteve estável o Brasil, durante 49 anos. No início, porém, teve de enfrentar as turbulências da Revolução Liberal de São Paulo e Minas (1842) e da Revolução Praieira de 1848.
A Guerra do Paraguai (1865-1870) consumiu as energias do Império no Sul, deixando à míngua as demais províncias.

A abolição destruiu a economia escravagista, retirando o apoio da aristocracia rural ao governo, o que levou à queda do Império. Sem qualquer indenização, os donos de escravos do Norte foram à falência. As plantações paulistas foram salvas pela imigração europeia.
A Lei Áurea deflagrou a migração rural e o fenômeno da urbanização, que explodiu no século XX.
“Em 1888, o escravo foi substituído pelo pária de usina; a senzala, pelo mocambo; o senhor de engenho, pelo usineiro ou pelo capitalista ausente” (Gilberto Freyre, em Casa Grande e Senzala, pág. 51/52).
Os brasileiros passaram a engrossar as carreiras liberais e o funcionalismo público, buscando as sinecuras republicanas – que permitissem perpetuar a vida de ócio dos filhos da elite arruinada, bem como evitassem as obrigações aviltantes do trabalho manual para os filhos de escravos, ansiosos de se distanciarem das senzalas.

A REPÚBLICA

A República foi uma imposição evolutiva. Sua proclamação ocorreu sem participação popular. Conspirada a partir do Clube Republicano de Itu, teve liderança maçônica. O marechal Deodoro e todos os seus ministros eram maçons.
As oligarquias de São Paulo e Minas passaram a usar a Federação em benefício próprio.

A crise dos governos Hermes da Fonseca (1910-1914) e Wenceslau Brás (1914-1918) iniciou a derrocada da 1ª República.
A borracha, responsável por 40% das exportações nacionais, entrou em colapso em 1915. O comércio do café, que respondia por 60%, declinou fortemente, devido à 1ª Guerra Mundial.
“No segundo semestre de 1916, o Brasil encontrava-se à bancarrota, tendo de submeter-se ao financiamento externo em regime de funding”. “O Banco da França e a Casa Rotschild concederam o empréstimo de 11 milhões de libras, sob duras condições de garantia, que incluíam a suspensão de todas as obras públicas, cortes orçamentários e interferência na administração do Banco do Brasil, com a indicação de um representante francês e outro inglês, fiscais do funding” (Antonio Loureiro, em A Grande Crise, pág. 152/153).
A classe média urbana emergiu na política da década de 1920, com o “tenentismo”, um movimento militar, criado pelos “jovens turcos” vindos da Alemanha com as ideias que impulsionaram a Revolução de 1930.
Foram tenentistas as revoluções de 1922 (Forte de Copacabana), 1924 (SP, RS e SE), 1927 e a Coluna Prestes-Miguel Costa.

A Revolução de 1930 não encarnou um projeto estratégico. A industrialização foi a saída para o colapso do café, após a depressão de 1929. Com ela, fortaleceu-se o sindicalismo e intensificou-se a urbanização do País.
O “tenentismo” diluiu-se, após a conversão de Luís Carlos Prestes, que passou a liderar o movimento comunista no Brasil.
O governo Getúlio Vargas surfou sobre as turbulências do período de entre guerras, graças ao apoio do Exército – Enfrentou a Revolução de 1932, a Intentona Comunista de 1935 e o Levante Integralista de 1938.

“A Revolução de 1930 põe fim à hegemonia da burguesia do café” (pág. 149).

“Vitoriosa a revolução, abre-se uma espécie de vazio de poder. (...) O Estado de compromisso é a resposta para essa situação” (pág. 150).

“Mas o reajuste foi obtido após um doloroso processo – marcado pela Revolução de 1932, a Ação Integralista, a liquidação do tenentismo como movimento autônomo. A Aliança Nacional Libertadora e a tentativa insurrecional de 1935 – significa uma guinada importante no processo histórico brasileiro. (...) As Forças Armadas tornam-se um fator decisivo, como sustentáculo de um Estado que ganha maior autonomia em relação ao conjunto da sociedade” (pág. 151). (Boris Fausto, em A Revolução de 1930).

A vitória das democracias na 2ª Guerra Mundial inspirou o fim da ditadura Vargas, que foi substituída pela ordem constitucional de 1946 – A República Nova.

Eleito em 1955, Juscelino Kubitscheck executou o primeiro plano de metas do Brasil.

A República Nova foi contaminada pelo conflito ideológico da Guerra Fria, causando a intervenção das Forças Armadas, em 31 Mar 1964, para evitar o caos e a invasão estrangeira.

Os Governos militares (1964-1985) ressuscitaram os antigos ideais tenentistas. Os três Planos Nacionais de Desenvolvimento elevaram o Brasil de 46ª para 8ª economia mundial.

Após 1964, o conflito ideológico tornou impossível o consenso em torno de um projeto integral para o futuro do Brasil.

Na década perdida (1980), a economia estagnou sob forte inflação e dívida externa, ante o impacto das duas crises mundiais do petróleo (1973 e 1979).
“Em setembro de 1982, após o calote do México, a quebra de um país do porte do Brasil assombrava o mundo, devido ao risco de contágio que poderia levar a uma crise sistêmica” (Jornal O GLOBO, 2 Set 2012).
A agenda ideológica refletiu-se no texto da Constituição Federal de 1988.

A partir do governo Itamar Franco, o Plano Real recuperou a estabilidade econômica, e as novas condições do mercado mundial permitiram a retomada do desenvolvimento.

Na década de 2000, o Brasil emergiu como um dos BRICS. Atualmente, nova crise mundial parece já afetar a economia do País.


4. O BRASIL EM ÍNDICES

Um dos novos BRIC`s, o Brasil tem uma área de 8.514.876 km², que corresponde a 47% do território da América do Sul. É o quinto país do mundo em extensão territorial.

A população brasileira aumentou de 51.944.397 habitantes em 1950 (urbana: 20 milhões; rural: 31milhões), para 193.946.883 em 2012 (urbana: 160 milhões; rural: 33 milhões). Representa 55% da população da América do Sul. O crescimento de 516% da população urbana em 62 anos mostra que, em pouco mais de meio século, o Brasil rural transformou-se em país urbano.
O PIB brasileiro é de U$ 2,5 trilhões, o 6º do mundo. Equivale a 51% do PIB da América do Sul.

A dívida pública do Brasil é de: U$ 1,1014 trilhão (externa: U$ 308,4 bilhões; interna: U$ 793 bi.).
O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) brasileiro ainda é muito baixo: 0,718, o 84º do mundo.
O Brasil detém 12% da água doce do Planeta; é o 2º produtor mundial de grãos, com 6,2% da produção mundial; o maior exportador mundial de carne, com 12 mil toneladas; é autossuficiente em energia, e o 3º produtor mundial de minerais.

5. DESAFIOS BRASILEIROS

ATAVISMOS CULTURAIS

Herança do processo de formação da sociedade, inúmeros atavismos culturais permanecem arraigados na alma brasileira, como o misticismo, a imitação, a corrupção, o sadismo e o masoquismo, o desapreço ao trabalho, a ostentação e a mania de grandeza.
Misticismo – O ambiente social do índio era um amontoado de preconceito, animismo e medo, que foi assimilado pela sociedade brasileira, gerando uma atitude totêmica e animista em face das plantas e dos animais.

Imitação – Era costume dos negros, batizar os filhos com o nome de família dos senhores brancos. Daí, a dificuldade que se tem de identificar a origem social pelo sobrenome de família.

Corrupção - “Outra herança portuguesa, da época de D. João VI, é a prática da caixinha nas concorrências e pagamentos públicos. O historiador Oliveira Lima diz que se cobrava uma comissão de 17% sobre todos os pagamentos ou saques no tesouro público” (Laurentino Gomes, em “1808”, pág. 172).

Sadismo e masoquismo – O sadismo como reflexo do hábito de abusar do escravo estendeu-se aos costumes escolares. Nos colégios antigos, abusou-se da fraqueza infantil. Houve volúpia em castigar e humilhar a criança.
“Transforma-se o sadismo do menino e do adolescente no gosto de mandar dar surra, arrancar dente de negro ladrão, no gosto de mando violento ou perverso que explodia nele quando no exercício de função elevada; ou no simples e puro gosto de mando, característico de todo brasileiro nascido ou criado em casa-grande de engenho. Gosto que tanto se encontra, refinado em um senso grave de autoridade em um D. Vital, como abrutalhado, em rude autoritarismo em um Floriano Peixoto” (Gilberto Freyre, em Casa Grande e Senzala, pág. 113/114).

Desapreço ao trabalho – O brasileiro aprendeu do português a fugir do trabalho, repassando todo o serviço aos negros cativos. A preguiça levava o povo a “vegetar na escuridão da ignorância e na extrema pobreza” (William John Burchell).

Ostentação – O anel de bacharel ou doutor brasileiro, com rubi ou esmeralda, é uma reminiscência oriental de sabor israelita.

Mania de grandeza – “Na burguesia colonial brasileira, conservou-se o velho hábito dos avós portugueses, às vezes guenzos de fome, mas sempre de roupa de seda ou veludo, dois, três, oito escravos atrás, carregando-lhes escova, chapéu de sol e pente” (Gilberto Freyre, em Casa Grande e Senzala, pág. 529).
“Ainda hoje, se encontra no brasileiro muita simulação de grandeza no vestuário e em outras exterioridades, com sacrifício do conforto doméstico e da própria alimentação diária” (Idem, pág. 529).

CONCLUSÃO

A cultura da improvisação, a falta de planejamento e a indefinição do futuro podem indicar que o Brasil ainda é um país sem rumo.

Dentre os atavismos culturais do povo, é notório que o brasileiro ainda sofre de insegurança característica do “complexo de colônia”.

É fato que o povo brasileiro é coletivamente pacífico, solidário, amigável, criativo e tolerante. Contudo, ainda conserva traços de imaturidade que comprometem os indicadores de civilização do País: indisciplina, incivismo, negligência para com a família, desapreço ao trabalho e tolerância à corrupção.
Portanto, à luz do estudo realizado, destaca-se a seguinte agenda de necessidades nacionais:


1 – recuperar o espírito cívico;

2 – reduzir a corrupção;

2 – melhorar a gestão pública;

3 – garantir a educação básica;

4 – manter o desenvolvimento;

5 – restabelecer a segurança (jurídica, pública e nacional);

6 – completar a integração física e social do País;

7 – alcançar a autossuficiência econômica da Amazônia;

9 – completar a interligação com os países vizinhos da América do Sul.


6. EPÍLOGO

Os ideais de ordem e progresso estão gravados nos arquétipos da nacionalidade, como pilares da sociedade que há de ser o modelo global de civilização do futuro.
A ordem é condição indispensável ao progresso; implica justiça social, disciplina e consenso. Com o tempo, a sabedoria popular ocupará o lugar da ignorância, e a persuasão substituirá a opressão, garantindo a coesão do povo.
O progresso é vetor evolutivo da humanidade, impositivo da lei natural; haverá de varrer a segregação e os sofismas ideológicos que negam os benefícios da cooperação universal.

A fraternidade, fundada sobre valores de ordem e solidariedade, transcende raças e costumes e haverá de fecundar o ideário do progresso. Foi ela que inspirou a causa da Independência, priorizando a ordem e a unidade e postergando agudas motivações republicanas.
O monarca brasileiro foi aclamado imperador e não rei, por reunir os dois Estados autônomos legados por Portugal à América: o Brasil e o Grão-Pará.
Discretamente, a Sublime Ordem tem exercido um protagonismo primordial à nossa História, como vetor de progresso, do Império à República.

É preciso recobrar a fé e a esperança no futuro da pátria da miscigenação.


Deus salve e guarde o Brasil!





Maynard Marques de Santa Rosa é General de Exército na reserva.
(Publicação no site Alerta Total)



O DECÊNIO QUE MUDOU O BRASIL!

LULA E O KIT DESGRAÇA

Mais um roubo petralha?





"Assinado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minerais e derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro, um informe de quatro páginas denuncia licitações viciadas e superfaturadas bancadas pela Petrobrás. Uma delas foi para a ampliação e modernização da fábrica de lubrificantes da BR em Duque de Caxias. A obra custaria R$ 80 milhões. Saiu por R$ 180 milhões. Diz o informe que o dinheiro obtido por meio das irregularidades foi desviado por militantes do PT que trabalham na Petrobras para fazer face a despesas