segunda-feira, 8 de novembro de 2010

COMEÇA O GOVERNO DE TRANSAÇÃO

Ontem os jornais já informavam que, para atender aos pleitos de todos os partidos da sua base, Dilma Rousseff precisaria abrir mais uns vinte ministérios. A imprensa brasileira é muita fraca e vendida aos poderosos. Usar a expressão "governo de transição" é a chance de criar uma cartolinha bacana, para usar no alto da página e estruturar a cobertura, mandando as suas focas amestradas produzirem, digamos, no mínimo duas páginas por dia de conteúdo sobre o tema. Na verdade, não há "governo de transição", tendo em vista que Dilma é apenas a mamulenga do Lula e fez parte de todos os conchavos governamentais nos últimos cinco anos. Nada é desconhecido para ela, nem mesmo os meandros dos Correios, da Infraero e da Casa Civil, por exemplo. Transição ocorre quando a Oposição assume o poder, o que não é o caso. A partir de hoje, caem as máscaras e cada interessado começa a fazer os seus lances. Por isso, como Dilma Rousseff é do PT, o partido mais corrupto do Brasil, foi eleita pelo velho e degenerado PMDB e pelo jovem e não menos apodrecido PSB, melhor chamar de "governo de transação". Vejam que o PMDB, aquele mesmo da Operação Castelo de Areia, que investigou as grandes construtoras, onde Michel Temer foi citado 21 vezes, já começa exigindo trocar o Ministério da Agricultura pelo Ministério dos Transportes, que está nas mãos do partido do outro vice, José Alencar. Nada mais justo que o vice que entra ter a preferência em relação ao vice que sai. Nada melhor para exemplificar o "governo de transação". Portanto, senhores e senhoras, assistam, a partir de hoje, ao loteamento do Brasil entre corruptos, sindicalistas, violadores de sigilos, pelegos e assemelhados. Começa, oficialmente, o governo Dilma. E, mais espertos e ágeis do que todos, os franceses já colocaram a voar sob os céus de Brasília, desde a semana passada, os Rafale, os piores caças do mundo, que serão comprados pelo novo governo pelo dobro do preço dos concorrentes. Que transição, que nada! Transação, companheirada! Quem dá mais? (Postado no Blog Coturno Noturno)

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