Nos 80 anos da chegada de Hitler ao poder, vamos aos homens admirados por Lula. Ou: Então tá, petralhada! Vamos aos fatos! Aconteceu o esperado. Juan Arias, do jornal espanhol El País, comentou em seu blog, em tom elogioso, o post que escrevi aqui sobre os oitenta anos da chegada de Hitler ao poder. A canalha petralha, então, fez o que sabe fazer: resolveu invadir a área de comentários do seu blog para me atacar, mentindo, como de hábito, sobre a minha biografia, o meu pensamento, os meus textos etc.
Não há nada de espantoso nisso. O meu artigo acusava justamente a canalha nazifascista. E é natural, então, que a canalha nazifascista reaja, não é mesmo? Essa gente vem de longe. E seus guias espirituais têm pensamento conhecido.
Em 1979, o então ainda apenas sindicalista Lula concedeu uma entrevista à revista Playboy. O político já estava lá, ainda entranhado, mas já botando as manguinhas de fora. Disse coisas espantosas. E nessa conversa que revela, por exemplo, que, quando atuava na área previdenciária do sindicato, antes de chegar à presidência da entidade, ficava de olho nas mulheres dos companheiros que morriam. O seu negócio, ele confessou, era papar as viuvinhas, que se tornavam suas amigas íntimas… Foi assim que ser aproximou de Marisa Letícia, cujo marido havia morrido. Era só para “papar”. Parece que ela deu sorte — ou nem tanto, sei lá.
Lula tratou de tudo naquela conversa, inclusive de, como vou chamar?, zoofilia. E também elencou os políticos que admirava. Reproduzo trecho. Notem quantos democratas estavam na sua lista. Volto para encerrar.
(…)Playboy – Há alguma figura de renome que tenha inspirado você? Alguém de agora ou do passado?
Lula [pensa um pouco]- Há algumas figuras que eu admiro muito, sem contar o nosso Tiradentes e outros que fizeram muito pela independência do Brasil (…). Um cara que me emociona muito é o Gandhi (…). Outro que eu admiro muito é o Che Guevara, que se dedicou inteiramente à sua causa. Essa dedicação é que me faz admirar um homem.
Playboy – A ação e a ideologia?
Lula – Não está em jogo a ideologia, o que ele pensava, mas a atitude, a dedicação. Se todo mundo desse um pouco de si como eles, as coisas não andariam como andam no mundo. (…)
Playboy -Alguém mais que você admira?
Lula – [pausa, olhando as paredes] – O Mao Tse-Tung também lutou por aquilo que achava certo, lutou para transformar alguma coisa.
Playboy -Diga mais…
Lula – Por exemplo… O Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que eu admiro num homem, o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer.
Playboy -Quer dizer que você admira o Adolfo?
Lula – [enfático] Não, não. O que eu admiro é a disposição, a força, a dedicação. É diferente de admirar as idéias dele, a ideologia dele.
Playboy - E entre os vivos?
Lula – [pensando] – O Fidel Castro, que também se dedicou a uma causa e lutou contra tudo.
Playboy- Mais.
Lula – Khomeini. Eu não conheço muito a coisa sobre o Irã, mas a força que o Khomeini mostrou, a determinação de acabar com aquele regime do Xá foi um negócio sério.
Playboy – As pessoas que você disse que admira derrubaram ou ajudaram a derrubar governos. Mera coincidência?
Lula – [rápido] – Não, não é mera coincidência, não. É que todos eles estavam ao lado dos menos favorecidos.
(…)
Playboy – No novo Irã, já foram mortas centenas de pessoas. Isso não abala a sua admiração pelo Khomeini?
Lula – É um grande erro… (…) Ninguém pode ter a pretensão de governar sem oposição. E ninguém tem o direito de matar ninguém. Nós precisamos aprender a conviver com quem é contra a gene, com quem quer derrubar a gente. (…) É preciso fazer alguma coisa para ganhar mais adeptos, não se preocupar com a minoria descontente, mas se importar com a maioria dos contentes.
VolteiOs cascudos dirão, claro!, que a entrevista já tem 34 anos e que o pensamento do Lula de hoje é diferente do daquele do passado. Então vamos pensar.
Sobre Che e Fidel Castro, o Apedeuta segue sendo o mesmo, tanto que está em Cuba, fazendo festa para uma tirania. Na Presidência, comparou os presos de consciência da ilha a delinquentes comuns no Brasil. Vale dizer: para ele, opor-se aos irmãos Castro é um ato de banditismo. Não consta que tenha mudado de opinião sobre o facínora Mao Tse-tung.
Em relação ao Irã, Lula regrediu ainda mais. Acima, ele diz ser um erro eliminar os adversários. Quando iranianos revoltados com as óbvias fraudes eleitorais praticadas por Ahmadinejad (até os aiatolás reconheceram) foram às ruas — pessoas foram assassinadas pelas forças de segurança —, ele comparou o protesto com uma torcida de futebol que está descontente porque o seu time perdeu.
Quanto a Hitler, aí não sei, né? Que eu me lembre, seu governo votou sistematicamente contra Israel na ONU, mas a favor do Irã, cujo governante nega a existência do Holocausto. Afinal, todos os seus heróis, segundo disse, “estavam ao lado dos menos favorecidos”…
De nazifascismo e defesa de ditaduras, os petralhas, que foram lá patrulhar Juan Arias, entendem.