sábado, 14 de abril de 2012

Querem apagar os crimes mensalão

Com o julgamento do mensalão pelo Supremo a caminho, os petistas lançam uma desesperada ofensiva para tentar desviar a atenção dos crimes cometidos por eles no que foi o maior escândalo de corrupção da história brasileira

Daniel Pereira e Hugo Marques
Rui Falcão, presidente do PT (ao lado), e Marco Maia, presidente da Câmara: para tentar apagar os crimes cometidos por petistas no mensalão, a ordem é mentir até parecer verdade Cartilha Stalinista: Rui Falcão, presidente do PT (ao lado), e Marco Maia, presidente da Câmara: para tentar apagar os crimes cometidos por petistas no mensalão, a ordem é mentir até parecer verdade (Ag. Globo)
Josef Stalin, o ditador soviético ídolo de muitos petistas, considerava as ideias mais perigosas do que as armas e, por isso, suprimiu-as, matando quem teimava em manifestá-las. O PT até que tenta se arejar, exercitar certo pluralismo, mostrar respeito às leis e conduzir as instituições do país que ele governa não como propriedade particular do partido, mas reconhecendo-as como conquistas da sociedade brasileira. Mas basta uma contrariedade maior para que o espírito de papai Stalin baixe e rasgue a fantasia democrática dos petistas parcialmente convertidos ao convívio civilizado. A contrariedade de agora é a proximidade do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da maior lambança promovida pelos petistas com dinheiro sujo, que produziu o escândalo entronizado no topo do panteão da corrupção oficial brasileira com o nome de mensalão. Sussurre esse nome aos ouvidos de um petista nos dias que correm e ele vai reagir como se uma buzina de ar comprimido tivesse sido acionada a centímetros de seus tímpanos. A palavra de ordem emanada do comitê central sairá automaticamente: "Isso é invenção da oposição e da imprensa!".
Como formigas guiadas por feromônios, os militantes de todos os escalões, de ministros de estado aos mais deploráveis capangas pagos com dinheiro público na internet, vão repetir disciplinadamente o mantra de que o mensalão "foi uma farsa". Ele vai ser martelado sobre os cinco sentidos dos brasileiros na tentativa de apagar os crimes cometidos pelos petistas e, seguindo a cartilha stalinista, fazer valer as versões sobre os fatos, transmutar culpados em inocentes e, claro, apontar bodes expiatórios como responsáveis pelas próprias misérias morais que eles infligiram ao país, a si próprios e a sua reputação, firmada quando na oposição, de paladinos da ética. Esse processo perverso de reescrever a história está em curso em Brasília, em pleno século XXI. Sua mais recente iniciativa é a iminente instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Congresso Nacional, a primeira do governo Dilma Rousseff. O objetivo declarado — e desejável — da CPI é elucidar os limites da atuação no mundo oficial do contraventor Carlos Cachoeira, que explorava o bingo ilegal em Goiás e se encontra trancafiado em presídio de alta segurança. Acusado de receber dinheiro para defender os interesses do contraventor no governo e no Legislativo, o senador Demóstenes Torres, do DEM, está a caminho de perder o mandato. Razões para uma investigação republicana, portanto, não faltam. O problema está nos objetivos subalternos da CPI, que os petistas e seus aliados mal conseguem esconder nas conversas: criar um fato novo e, assim, desviar o foco da atenção da opinião pública do julgamento do mensalão. Eles esperam que as investigações produzam imagens que ajudem a demonstrar a tese central do presidente Lula sobre o mensalão, a de que o PT fez apenas o que todo partido político sempre fez. Esperam também criminalizar jornalistas para quem Carlos Cachoeira serviu de fonte sobre o que ia nos subterrâneos da corrupção no mundo oficial em Brasília, terreno que ele frequentava com especial desenvoltura.
Info
Agora o fantasma do mensalão volta a ameaçar a hagiografia do líder petista — e a ordem de cima é atropelar quaisquer escrúpulos para preservar Lula. "A bancada do PT defende uma CPI para apurar esse escândalo dos autores da farsa do mensalão. É preciso qu
Em resumo, o PT espera desmoralizar na CPI todos que considera pessoal ou institucionalmente responsáveis pela apuração e divulgação dos crimes cometidos pelos correlegionários no mensalão — em especial a imprensa. Por quê? Principalmente porque o esquema de compra de apoio parlamentar pelo governo do PT começou a ser desbaratado em 2005, após uma reportagem de VEJA mostrar um funcionário dos Correios cobrando e recebendo propina em nome do PTB. Depois disso, o presidente do partido, o ex-deputado Roberto Jefferson, revelou ao país que parlamentares recebiam dinheiro na boca do caixa para votar com o Planalto. O chefe do esquema era o então ministro da Casa Civil José Dirceu, que vivia repetindo o bordão segundo o qual não fazia nada sem o conhecimento do presidente Lula. Tanto a CPI dos Correios quanto a Procuradoria-Geral da República deixaram claro que parte do dinheiro que financiou o mensalão saiu dos cofres públicos. Durante as investigações, o então marqueteiro de Lula, Duda Mendonça, admitiu ter recebido dólares por fora, no exterior, por serviços prestados na campanha do presidente. Foi tão grave e acintosa a agressão dos petistas às leis brasileiras no mensalão que, tecnicamente, o presidente Lula poderia ter sofrido um processo de impeachment. Seu mandato foi preservado por falta de apetite da oposição e pelo cálculo, que se mostraria redondamente equivocado, de que Lula definharia no poder, sangrando pouco a pouco em consequência do mensalão. Nada disso ocorreu. Lula deu uma magnífica volta por cima, reelegeu-se, fez a sucessora e saiu do Palácio do Planalto da mesma forma que entrou — nos braços do povo.
e a sociedade organizada, movimentos populares, partidos políticos comprometidos com a luta contra a corrupção, como é o PT, mobilizem-se para impedir a operação-abafa e para desvendar todo o esquema montado por esses criminosos, falsos moralistas que se diziam defensores da moral e dos bons costumes", declarou Rui Falcão, deputado paulista, presidente nacional do PT. A forma cristalina pela qual Falcão explica os objetivos do partido na CPI parece a transcrição perfeita de uma cartilha de propaganda soviética. Dado que os companheiros cometeram crimes no mensalão e que esse fato é devastador para o partido que no passado empunhou a bandeira da ética para vencer a antipatia e a desconfiança da classe média brasileira, vamos tentar mudar a percepção da realidade e acionar os companheiros para ver se cola a ideia de que o mensalão foi uma armação cujos responsáveis, vejam só que coincidência, estão todos orbitando em torno de um contraventor cujas atividades vão ser investigadas por uma CPI.
A lógica política de Falcão é irretocável — até certo ponto. Esse truque funcionou na União Soviética, funcionou na Alemanha nazista, funcionou na Itália fascista de Mussolini, por que não funcionaria no Brasil? Bem, ao contrário dos laboratórios sociais totalitários tão admirados por petistas, o Brasil é uma democracia, tem uma imprensa livre e vigilante, um Congresso eleito pelo voto popular e um Judiciário que, apesar de fortemente criticado recentemente, tem demonstrado independência e vigor doutrinário. Isso significa que para o delírio de Falcão se materializar é preciso neutralizar as instâncias democráticas, calando-as ou garantindo que a estridência radical petista supere as vozes da razão e do bom-senso.
Uma CPI dominada pelo PT e seus mais retrógrados e despudorados aliados é o melhor instrumento de que a falconaria petista poderia dispor — pelo menos na impossibilidade, certamente temporária para os falcões, de suprimir logo a imprensa livre, o Judiciário independente e o Parlamento, fósseis de um sistema burguês de dominação que está passando da hora de ser superado pelo lulopetismo, essa formidável invenção tropical diante da qual empalidecem todos os demais arranjos político-sociais do mundo atual. Mas, enquanto o triunfo final não vem, os falcões petistas vão se contentar em usar a CPI para desmoralizar todos os personagens e forças que ousem se colocar no caminho da marcha arrasadora da história, que vai lançar ao lixo todos os que atacaram o PT e, principalmente, seu maior líder, o ex-presidente Lula.
Não por acaso, a estratégia que a falconaria petista está executando disciplinadamente em Brasília saiu da cabeça de Lula. Em novembro de 2010, a menos de dois meses do término de seu segundo mandato, o então presidente recebeu o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu para um café da manhã no Palácio da Alvorada. À mesa, Lula prometeu a Dirceu, o mais influente quadro da engrenagem petista, que lançaria uma ofensiva para desmontar "a farsa do mensalão" tão logo deixasse o cargo. Não era bravata. Conforme prometido, essa cruzada para abafar o maior escândalo de corrupção da história recente do país começou a se materializar em pequenos movimentos. Foi ela que levou à eleição do petista João Paulo Cunha, um dos 36 réus no processo do mensalão, para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara em 2011, o que garantiu a ele uma posição privilegiada para dialogar com a cúpula do Poder Judiciário. Foi ela também que resultou na nomeação do petista José Genoíno, outro réu no processo, para o cargo de assessor especial do então ministro da Defesa, Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), justamente a corte que julgará o caso.

Dida Sampaio/AE Beto Barata/AE Ailton de Freits/Ag. Globo Beto Barata/AE AE
O então deputado Roberto Jefferson contou ao Congresso como o governo do PT criou o mensalão, o esquema de suborno de parlamentares que era operado pelo publicitário Marcos Valério (ao lado). As revelações provocaram decepção e choro de alguns parlamentares petistas, ameaçaram a continuidade do governo Lula e resultaram no processo que acusa 36 pessoas de crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro
Esses dois movimentos da reação capitaneada por Lula foram costurados nos bastidores. Fizeram parte de uma estratégia silenciosa destinada a reabilitar publicamente as estrelas petistas envolvidas até o pescoço com os desvios de dinheiro público para abastecer o caixa partidário. Uma tática deixada de lado na semana passada, qu
O esquema: O então deputado Roberto Jefferson contou ao Congresso como o governo do PT criou o mensalão, o esquema de suborno de parlamentares que era operado pelo publicitário Marcos Valério. As revelações provocaram decepção e choro de alguns parlamentares petistas, ameaçaram a continuidade do governo Lula e resultaram no processo que acusa 36 pessoas de crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro
ando o PT partiu para uma espécie de vale-tudo a fim de varrer para debaixo do tapete o esquema de compra de apoio parlamentar que funcionou durante o governo passado. A estratégia evoluiu para o uso da Operação Monte Carlo da Polícia Federal, que deu origem à CPI. A ação da PF desbaratou um esquema de exploração de jogos ilegais comandado por Carlinhos Cachoeira e revelou uma rede suprapartidária de políticos envolvidos com ele. Além do senador Demóstenes, as investigações atingiram o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, desafeto de Lula desde que declarou, em 2005, que alertara o então presidente da existência do mensalão.
Lula viu na CPI a oportunidade política de mostrar que todos os partidos pecam. Que todos são farinha do mesmo saco e, por isso mesmo, o mensalão não seria um esquema de corrupção inaudito, muito menos merecedor de um rigor maior por parte do Judiciário e da sociedade. Para os petistas, apagar a história neste momento é uma questão de sobrevivência. Seus caciques sustentam que, com a aproximação da data prevista para o julgamento do mensalão e diante da hipótese de uma condenação, não há o que perder na arriscada aposta em tentar menosprezar a inteligência das pessoas, zombar das autoridades que investigaram o caso durante anos, impor constrangimentos aos ministros do Supremo que se preparam para julgar o processo. É tamanha a ânsia de Lula e dos mensaleiros para enterrar o escândalo que, se preciso, o PT rifará o governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, que também aparece no arco de influência dos trambiques da máfia do jogo.
Lula e os falcões petistas viram também abrir-se para eles a retomada de um antigo, acalentado e nunca abandonado projeto de emascular a imprensa independente no Brasil. Os projetos de censura da imprensa que tramitaram no PT foram derrotados não por falta de vontade, mas porque o obscurantismo cobriria a imagem do Brasil de vergonha no cenário mundial. Surge agora uma oportunidade tão eficiente quanto a censura, com a vantagem de se obter a servidão acrítica da imprensa sem recorrer a nenhum mecanismo legal que possa vir a ser identificado com a supressão da liberdade de expressão. Não por coincidência, na semana passada a Executiva Nacional do PT divulgou uma resolução pedindo a regulamentação dos meios de comunicação diante "da associação de parte da imprensa com a organização criminosa da dupla Cachoeira-Demóstenes". Dando sequência à diretriz do comitê central do partido, o comissário Marco Maia, presidente da Câmara, complementou: "Todas as informações dão conta de que há uma participação significativa de alguns veículos de comunicação nesse esquema montado pelo Cachoeira. A boa imprensa, que está comprometida com a informação e a verdade, vai auxiliar para que a gente possa fazer uma purificação, separar o joio do trigo".
A oportunidade liberticida que apareceu agora no horizonte político é tentar igualar repórteres que tiveram Carlos Cachoeira como fonte de informações relevantes e verdadeiras com políticos e outras autoridades que formaram com o contraventor associações destinadas a fraudar o Erário. A nota da Executiva Nacional do PT e a fala do comissário Maia traem o vezo totalitário daquela parte do PT que não tem a mínima noção do papel de uma imprensa livre em uma sociedade aberta, democrática e que tenha como base material a economia de mercado. Papai Stalin ficaria orgulhoso dos pupilos. Caberá a eles agora, aos "tropicastalinistas" do PT auxiliados pelos impolutos José Sarney e Fernando Collor, "purificar" a imprensa, decidir qual é a boa e a ruim, o que é joio e o que é trigo nas páginas dos órgãos de informação e apontar que repórteres estão comprometidos com a informação e a verdade. Alguém com mais juízo deveria, a bem do comissário Maia, informá-lo de que quando governos se arvoram a "purificar" seja o que for — a população, a imprensa ou a literatura — estão abrindo caminho para o totalitarismo. Quem diria, comissário, que atrás de óculos modernosos se esconde uma mente tão arcaica.
Os petistas acham que atacar o mensageiro vai diminuir o impacto da mensagem. Pelo que disse Marco Maia, eles vão tentar mostrar que obter informações relevantes, verdadeiras e de interesse nacional lança suspeita sobre um jornalista. Maia não poderia estar mais equivocado. Qualquer repórter iniciante sabe que maus cidadãos podem ser portadores de boas informações. As chances de um repórter obter informações verdadeiras sobre um ato de corrupção com quem participou dele são muito maiores do que com quem nunca esteve envolvido. A ética do jornalista não pode variar conforme a ética da fonte que está lhe dando informações. Isso é básico. Disso sabem os promotores que, valendo-se do mecanismo da delação premiada, obtêm informações valiosas de um criminoso, oferecendo-lhe em troca recompensas como o abrandamento da pena. Esses são conceitos de difícil digestão para os petistas acostumados a receber do comitê central as instruções completas sobre o que devem achar certo ou errado, bom ou ruim, baixo ou alto. Fora da bolha ideológica, porém, a vida exige que bons jornalistas falem com maus cidadãos em busca de informações verdadeiras. Motivo mesmo para uma CPI seria investigar os milionários repasses de dinheiro público que o governo e suas estatais fazem a notórios achacadores, chantagistas e manipuladores profissionais na internet. Fica a sugestão.
Andre Dusek/AE
Há risco de prescrição de algumas imputações. Uma vez disponibilizado o processo para julgamento, vou colocá-lo em pauta em 48 horas.
Carlos Ayres Britto: “Há risco de prescrição de algumas imputações. Uma vez disponibilizado o processo para julgamento, vou colocá-lo em pauta em 48 horas.”  

Andre Dusek/AE
O processo está muito maduro e há risco de prescrição. A responsabilidade de quem julga é muito grande.
Marco Aurélio Mello: “O processo está muito maduro e há risco de prescrição. A responsabilidade de quem julga é muito grande.”

Alan Marques/Folhapress
Tem de ser neste semestre. Tudo recomenda, e nada indica o contrário. Devemos e podemos julgar o processo neste ano.
Gilmar Mendes: “Tem de ser neste semestre. Tudo recomenda, e nada indica o contrário. Devemos e podemos julgar o processo neste ano.”

Andre Dusek/AE
Essa pergunta vale 1 milhão de dólares!
Ricardo Lewandowski, ao ser questionado, na última quarta-feira, sobre quando apresentará seu relatório, última etapa antes do julgamento: “Essa pergunta vale 1 milhão de dólares!”  

Outra Pedra no Sapato do PT

Outra Pedra no Sapato do PT


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, que deve ser instalada no Congresso na próxima semana, promete ressuscitar escândalos do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em especial o que atingiu Waldomiro Diniz, o ex-assessor da Casa Civil na gestão de José Dirceu, e pode esbarrar novamente em um tema delicado a todos os partidos políticos: o financiamento ilegal de campanhas eleitorais. Fonte: Estadão

COMO NASCE UM ESTADISTA

 A notícia de que vão abrir um museu para o lulismo me fez lembrar uma passagem remota de minha infância.


Certa feita, lá nos meados da década de 1980, caiu um minhas mãos um texto que jamais esqueci. 

Era um panfleto de um sindicato, creio que de professores (minha mãe era professora numa instituição de ensino federal). O texto se referia a um candidato a presidente, ou melhor, transcrevia uma crítica bastante feroz a esse candidato, aliás bastante preconceituosa. Dizia, entre outras coisas (pego de memória, mas não deve ser difícil achar na internet): o sujeito vinha de baixo, era um grosseirão, era rude, tinha maus modos, vestia-se mal, não sabia se comportar em sociedade etc. etc. Era, enfim, alguém totalmente desqualificado. Como se poderia pensar em tal indivíduo como presidente da República?, concluía.  

Logo depois de fechar aspas, o autor do texto dizia o seguinte (mais uma vez, faço-o de memória): "Sabem de quem o crítico acima estava falando? De ABRAHAM LINCOLN, décimo-sexto presidente dos Estados Unidos da América, o homem que libertou os escravos" etc.

Até aí, nada de mais, diria o leitor. Mas o interessante veio depois. Na frase seguinte, o texto comparava Lincoln com um político que se lançava então candidato, ou que já preparava o caminho para ser candidato, ao cargo maior da nação. Assim como Lincoln, diziam o texto e o subtexto, esse político era criticado por "vir de baixo" e ser "grosseiro, rude, ter maus modos" etc. Assim como Lincoln, ele seria vítima de preconceito. O nome dele? Luiz Inácio Lula da Silva... (!!!).

Vocês lembram? Na época, Lula era o único homem sério e honesto no Brasil.  O culto da personalidade criado pelos petistas em torno da figura de Lula levava-os a compará-lo ao maior presidente da História dos EUA, e um dos líderes mais importantes de todos os tempos. Lula já era considerado um santo para muita gente. Não por acaso, ele logo se compararia a Tiradentes e a Jesus Cristo. Como disse Nelson Rodrigues já em 1980, Lula não fizera, até então, rigorosamente nada, mas já era um Napoleão, era um Gêngis Khan. Para enaltecê-lo, valia tudo. Até esquecer fatos importantes e distorcer a História.  

O que os devotos da seita lulista esqueceram? Talvez as imagens abaixo forneçam uma dica: 


Abraham Lincoln, the Rail-splitter, de Norman Rockwell (1965). Era assim que Lincoln passava os dias entre um turno e outro de trabalho...


O jovem Lincoln lendo à luz da lareira. Comparem com as atividades preferidas do jovem (e do velho) Lula: peladas e churrascos com a companheirada...

O jovem Abe indo para a labuta diária. Observem o objeto que ele leva nas mãos e que observa atentamente.


"Tão chato quanto andar de esteira..." Um Lincoln já maduro ensinando o prazer da leitura para seu filho, Tad.

E, para finalizar, vejam esta capa de um livro infantil sobre a juventude do presidente norte-americano, nascido numa cabana e que trabalhou como lenhador antes de se formar em Direito (o título é: "Abe Lincoln - o menino que amava os livros): 



Creio que as imagens acima, para usar um velho clichê, valem mais do que mil palavras. E, certamente, por um milhão de panfletos de sindicatos petistas com louvores ao Apedeuta. 

Nem seria necessário lembrar, mas faço questão de dizer assim mesmo: é nos detalhes - nesse caso, num hábito - que está a diferença entre um estadista e um farsante. São coisas assim que fazem os grandes homens.  E as grandes nações.         
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P.S.: Somente para que não acusem o autor deste texto de (oh, horror!) preconceituoso e de chamar o Estimado Líder de analfabeto e preguiçoso, eis uma foto que desmente todas as críticas ao apedeutismo de Lula, mostrando-o no auge da atividade intelectual:




Então? É ou não é o Lincoln brasileiro?

O ANTIAMERICANISMO

Na visita de Dilma Rousseff aos EUA, Washington Times alerta: “Ela está contra nós”.
 
 
A imprensa brasileira não deu uma linha sobre o material a seguir:
Quem acredita que os americanos são politicamente ingênuos e que ainda não entenderam o processo político instalada na América Latina, comete um crasso engano. A prova disso é o texto a seguir. Os americanos já se deram conta de que o "esquerdismo", típico desta região, esgota-se inteiramente no sentimento de anti-americanismo cego, já que o ideal socialista do tipo cubano ou soviético morreu com a queda do Muro de Berlim. No mais, este anti-americanismo anacrônico é tão vazio quanto um buraco negro.
Leia o lead (introdução) do editorial do Washington Times do dia 9, data da visita da presidente Dilma Rousseff aos EUA (o texto em inglês está no link):
"A Sra. Rousseff é um exemplo da DURA ESQUERDA ANTI-AMERICANA que está se unindo aos PAÍSES EMERGENTES para testar o poderio dos EUA. Uma das principais metas da MISSÃO dela em WASHINGTON é obter a APROVAÇÃO do presidente BARAK OBAMA no que se refere à AMBIÇÃO BRASILEIRA em participar do CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU. O apoio americano para tal seria AUTO-DESTRUTIVO, pois o Brasil votaria CONTRA OS INTERESSES AMERICANOS NO MUNDO. A Sra. Rousseff, sendo EX-GUERRILHEIRA COMUNISTA; APÓIA FORTEMENTE governos ditatoriais e ANTI-AMERICANOS, como CUBA dos irmãos Castro e a VENEZUELA de Hugo Chavez. Ela também apoia os esforços do governo IRANIANO para a aquisição de ARMAS NUCLEARES, ao mesmo tempo que lidera um grupo de países que PRESSIONAM OS EUA no sentido do DESARMAMENTO NUCLEAR. Se o planeta está dividido entre aqueles que estão AO NOSSO FAVOR e aqueles que estão CONTRA NÓS, a Sra. Rousseff ESTÁ DO LADO ERRADO!!!".
*Clique AQUI para ler todo o editorial (em inglês).

Verdades bem ditas.

Verdades bem ditas.

O PT não inventou a corrupção, ele apenas a banalizou em níveis justificáveis aos olhos da plateia cativa. Esta plateia, hipnotizada pelo sonho da igualdade prometida por Lula, se apega na esperança de ganhar sem trabalhar. Ganhar sem trabalhar sempre foi a bandeira usada pela esquerda para manter cativa a massa alienada. O petismo é a Igreja Universal da política, assim como a Universal é o petismo da religião. Lula e Edir Macedo são iguais até na falta absoluta de limites. A Terra Prometida por ambos são apenas discursos diante de uma massa de cativos. Os discursos da esperança petista e da esperança universal do Reino de Deus é uma invenção poderosa que consegue desculpar os crimes do presente dominado por eles e nos roubar o futuro que teríamos. Tudo o que eles prometem não existe e só faz bem a eles. As armas com que lutam Lula e Edir Macedo foram conquistadas a partir dos projetos de tomada do poder, nunca de projetos de políticas públicas. O objetivo do PT é o mesmo da Igreja Universal do Reino de Deus; Criar seguidores fieis que se sentem felizes com o poder de seus líderes. Os militares, para defenderem a manutenção do passado, deram um golpe com tanques. Lula, para defender a escravização do presente, deu um golpe com urnas. Edir Macedo, para defender o futuro, deu um golpe com a Bíblia. Jamais serei grato a Lula ou a Edir Macedo por eles cobrarem tão caro por aquilo a que temos direito de graça. Lula é um gênio do domínio das massas. Conseguiu até que a oposição seja sua base de apoio, embora o preço cobrado para isso seja altíssimo. Lula é um prestidigitador eficiente. Conseguiu transformar a política em um jogo sem regras definidas. Em sua política, qualquer conveniência passa a ser uma nova regra do jogo. Até a Igreja Católica passou a ser base de apoio do PT. A Igreja Católica agora dorme com o inimigo. Deixou de ser esposa de Cristo para ser concubina da esquerda. Lula conseguiu imitar a Igreja Católica em poder ideológico. A Igreja Católica é um enorme armário de celibatários sacerdotais, Brasília foi transformada em um enorme refúgio de malfeitores impunes. Tanto em uma, quanto em outra, a impunidade conta com a indulgência que só pensa na permanência do sistema e sua rede de benesses. Criminalizar um padre pedófilo é tão difícil quanto condenar um político corrupto. Até os jornalistas mais oposicionistas já minimizam a corrupção com seus adjetivos simplistas. Propina corrupta ou roubo de dinheiro público virou mensalão. O mensalão é crime sofrível. É até bonitinho. Petistas são como evangelizadores das novas seitas cristãs. Estão em todos os lugares e aparelham até apostila de ensino médio. Todas as instituições estão infestadas por seu trabalho fanático. Eles estão transformando o povo em laranjas. O povo é laranja do PT. Quanto mais pobre mais suco rende. O delírio do PT é controlar o povo. O delírio de Lula é controlar pessoas. Eu não acredito no povo. O "povo" é uma ideologia totalitária petista. Eu acredito em pessoas que não se deixam dominar impunemente. Devemos ter muito medo do futuro. Foi com as elites intelectuais rendidas a um partido interessado apenas em projetos de poder como este que o nazi-fascismo triunfou na Europa. Hitler, Mussolini, Stalin... Qualquer semelhança não é mera coincidência!
*Texto por Marco Elizio de Paiva. Mestre em História da Arte pela "University of Texas", ex-diretor da Escola de Belas Artes da UFMG e atual coordenador do curso de pós-graduação em História da Arte da PUC-Minas.

Do jeito que está...

Quem deita com a cabeça funcionando como um relógio, mas tranquila, como engrenagem lubrificada, e reflete um pouco antes de ferrar no sono, percebe que as coisas não andam bem. Sabe que corrupção sempre houve, mas no momento ela está completamente fora de controle, que não há mais limite, que está tão sem limite que chega até a causar vergonha, mas vergonha de si próprio, causar um mal-estar, um desconforto no íntimo do ser, bem lá no fundo, de ser conivente ou ser obrigado a tolerar isso tudo. Além da vergonha, causa preocupação com o nosso futuro, pois como educar nossos filhos para nos respeitarmos como pessoas, como sociedade, como comunidade?
Como dizer aos nossos filhos para serem honestos, honrados, se as referências, se homens de berço, bem educados, se juízes, se deputados, se senadores, se governadores, se presidentes da República do Brasil, se policiais, se médicos, enfim se nós todos, os mais velhos, os mais "sabidos", somos corruptos e corruptores? Alguém se atreve a dar-nos uma resposta, a mostrar-nos uma luz no fim do túnel?
Então, não é porque adoramos os militares, é uma questão de desespero, uma questão de não sabermos a quem pedir socorro. E o General tem toda razão: cada povo tem o governo que merece. O povo, nós todos, absolutamente todos nós, elegemos bandidos. Delegamos a nossa vontade, o nosso poder para bandidos e depois alegamos que fomos enganados, que fomos traídos em nossa confiança, ou muito convenientemente, e pedimos socorro. Como aquele que vê ondas gigantescas no mar e mesmo assim arrisca um mergulho, umas braçadas, e depois, já se afogando, em desespero, grita, clama pelo SALVA VIDAS. E o general alerta: o momento é de pedir socorro. Leia-se, atentamente, o trecho destacado abaixo: "O que já se ouve, passamos a escutar, é o povo dizendo: SÓ OS MILITARES PODERÃO SALVAR A NAÇÃO.  Pois àquela época da "ditadura" era que se era feliz e não se sabia...
Certo, houve excessos contra os civis. Então me diga: Como controlar o que o país vivia naquela época? Com vários grupos, uns querendo o comunismo, outro o socialismo, outro o presidencialismo e a maioria a democracia. Chegar-se-ia a um consenso na conversa? Existia controle social para tal?"
Não se sabe o que vai acontecer, mas sabe-se que continuar como está não é mais possível. Então...

sexta-feira, 13 de abril de 2012



Como garantir a seriedade da CPI de Cachoeira.

Essa CPI precisa oferecer resultados sérios e concretos à sociedade, doa a quem doer. A primeira providência terá de vir no nascedouro: a maioria deve escolher se fica com a Presidência ou com a Relatoria, deixando à minoria, conforme a boa tradição parlamentar, o direito à segunda escolha.

Violentar esse procedimento prostituiria a investigação. Revelaria a disposição do governo de trabalhar “seletivamente”, procurando enredar “inimigos” e passando ao largo de fatos que começam e terminam no Palácio do Planalto.
Após os resultados eficazes da CPI dos Correios, que desvendou os meandros do mensalão, o governo Lula, assustado e inescrupuloso, passou a desmoralizar, sistematicamente, toda e qualquer tentativa de investigação: indicava os Presidentes e os Relatores; proibia a quebra de sigilos dos suspeitos; indicava congressistas de segunda linha para promover a baderna e o impasse nas sessões polêmicas. Tristes episódios!
Lula teria estimulado a instalação da CPI do Cachoeira com a intenção de atingir Marconi Perillo, que cometeu o “crime” de lhe avisar que o mensalão estava em curso.
Se o então Presidente não soubesse mesmo do crime, teria ficado grato ao governador goiano pela advertência que lhe permitiria adotar medidas saneadoras. Como sabia de tudo, tornou-se inimigo fidagal do novamente governador de Goiás.
O tiro começa a sair pela culatra. O “proponente” da CPI, Deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP), que se elegeu com sobras de votos de Tiririca, aparece em gravações altamente comprometedoras: relações mais que promíscuas com Idalberto Matias Araújo, conhecido como Dadá nas rodas da contravenção, braço direito de Cachoeira.
O petista Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, tem seu governo apontado como cenário de propinas e negociatas articuladas pelo ex-bicheiro e atual “empresário” goiano.
O Deputado Rubens Otoni (PT-GO), dentre os cinco ou seis acusados de relação reprovável com Cachoeira – e todos devem explicar-se a contento ou ser punidos com rigor – é o único que aparece em vídeo, exibido em horário nobre, acertando receber R$200 mil do “padrinho” contraventor.
O caso começa no Palácio do Planalto. Ou já nos esquecemos de Waldomiro Diniz, aliás, condenado pela justiça criminal, subornado ao vivo e a cores pelo inefável goiano? O mesmo Waldomiro que foi peça importante da Casa Civil, na gestão do mais ilustre réu do mensalão.
E pelo Planalto deverá encontrar o seu epílogo.
Afinal, a empresa preferida do PAC, a Delta, está umbilicalmente envolvida com Cachoeira: como efeito colateral, relembra a relação “íntima” de seu proprietário com o governador peemedebista Sergio Cabral; como efeito principal, mostra que as proezas de Carlos Cachoeira passam bem perto dos mais de nove anos de governo petista.
Uma “saga”: de Waldomiro Diniz à Delta Construções que recebeu obscuramente bilhões de reais dos cofres públicos.
Lula chegou a pensar que, após a queda de Demóstenes, poderia atingir mais gente da oposição, na medíocre tentativa de misturar todo mundo no mesmo balaio. Seu objetivo é diminuir o impacto do julgamento dos mensaleiros, que deverá acontecer ainda neste semestre.
Lula e PT adorariam uma CPI que, “seletivamente” se “dedicasse” apenas a figuras da oposição, “canonizando” Agnelo, Otoni, Delta, Waldomiro Diniz, Protógenes. E que embaralhasse o julgamento do mensalão.
Mas a CPI e o próprio Cachoeira começam a assustar os arraiais planaltinos. Mesmo o advogado e “conselheiro” do réu sendo um arquiduque do petismo como Marcio Thomaz Bastos.
Proponho algo singelo: entreguem a Presidência ou a Relatoria para a minoria parlamentar e que a investigação seja séria e irrestrita. Sem chicanas, sem poupar quem quer que seja, sem escapismos.

Arthur Virgílio é diplomata e foi líder do PSDB no Senado

Governo de Agnelo negociou propina com empresa, diz PF.


Diálogos telefônicos interceptados pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo sugerem que representantes da Delta, uma das maiores empreiteiras do país, trataram de um suposto esquema de corrupção no governo de Agnelo Queiroz (PT-DF), informa reportagem de Rubens Valente, Lucas Ferraz, José Ernesto Credendio e Andreza Matais, publicada na Folha desta quinta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
A Delta domina os contratos de coleta de lixo no Distrito Federal. O mais recente foi assinado no fim de 2010.
A Folha teve acesso a um conjunto de conversas telefônicas feitas pela PF com autorização da Justiça.
Elas sugerem que Agnelo teria orientado sua equipe a "cuidar" da Delta, que por sua vez procurava nomear pessoas de sua confiança para gerenciar o setor de limpeza urbana.
OUTRO LADO
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), chamou de "fantasiosas" as tentativas de envolver ele e seu governo no escândalo de Carlinhos Cachoeira. "[É] mais uma tentativa desesperada de arrastar o meu partido para esse escândalo."
Comento: Engraçado, quando a bandidagem do PT é pega com a mão na botija, dizem; ah! isso tudo não passa de armação das oposiçoes. Cambada de corruptos, gente safada e cínica que estão delapidando o país. E agora, como é que é, afinal, vão ou não vão pegar este mafioso, este crápula do Agnelo Queiroz??? Uai, mas quem está dizendo que ele é corrupto e safado é a PF, então, será que vai sobrar só para o Demóstenes?

Petistas querem, sorrateiramente, alcançar PMDB com a CPI do "Cachoeira".

Renan e Sarney, preocupados com CPI ?
Um dia depois de anunciar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as ligações políticas do contraventor Carlinhos Cachoeira, o Congresso e o Palácio do Planalto tomaram um susto com o alcance das investigações, que ameaçam expoentes do governo, da oposição, dentro e fora do Executivo, em Brasília e nos Estados, e pode atingir uma forte doadora de campanha do PMDB (com negócios em vários Estados): a Delta Construções.
Com isso, o PMDB e o PT entraram em rota de colisão. Apesar do clima de arrependimento, no entanto, não havia espaço para brecar a CPI. "Agora não dá mais para segurar. Avançamos demais, e não tem retorno", avisou o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), a petistas que ensaiavam um recuo nesta quarta-feira. "Eu avisei... Esses caras são irresponsáveis", desabafou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que na véspera recebera em seu gabinete o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para propor a criação de uma CPI mista das duas Casas do Congresso.
"Estamos numa enrascada que não tem fim", queixou-se um dirigente do PT, defendendo a tese de que é preciso dar um jeito de "melar" a CPI. O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), disse que a única alternativa para reduzir o estrago, a esta altura, é limitar o objeto da CPI ao senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e à arapongagem. Enquanto os petistas reclamavam da falta de articulação do Planalto, que deixou a CPI correr frouxa, aliados diziam que só voltam atrás se houver um pedido público da presidente Dilma Rousseff.
"Ninguém queria ficar com o ônus da recusa e a ideia da CPI acabou vingando no jogo do deixa que eu deixo", diz o senador tucano Cássio Cunha Lima (PB). "O governo não acreditava que topássemos e nós não achávamos que ele levaria isso adiante".
"Vingança" - Quando a CPI começou a ser discutida, os alvos eram o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o senador Demóstenes – em grande parte porque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca uma espécie de "vingança política" contra Perillo. O que assustou foi a rede de contatos e negócios de Cachoeira, que percorre prefeituras goianas comandadas por vários partidos e avança de Goiás para o Centro-Oeste, o Sudeste e o Nordeste.
A empresa Delta, que tem vínculos com integrantes do esquema de Cachoeira e entrou na mira da CPI, também tem negócios com o governo federal, com governadores do PMDB, do PSDB e do PT e com prefeituras de vários partidos. Isso explica a irritação do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que foi a Brasília e reclamou da CPI.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Comissão da Verdade ou Comissão da Farsa?

Comissão da Verdade ou Comissão da Farsa?

O país que Lula promoveu a potência petroleira virou importador de gasolina


Com o título Lembranças da OPEP, o jornalista Carlos Brickmann, sempre brilhante, publicou em sua coluna a seguinte nota:
Lembra quando o Brasil se tornou autossuficiente em petróleo, ia mudar a matriz energética do mundo com o álcool, teria todos os problemas resolvidos com o pré-sal? Bom, o álcool está aí, mas o Brasil o importa dos EUA (aquele álcool que era antieconômico, lembra?)
Quanto à autossuficiência em petróleo, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, informa que vamos importar 80 mil barris diários de gasolina. Traduzindo os números: de 1969 a 2009 não precisamos importar gasolina. Em 2009 voltamos a importar, nove mil barris por dia. Em três anos, a importação se multiplicou quase por dez.
Volto para a constatação: conjugados, o excesso de idiotia e a falta de memória garantem a mansidão bovina de milhões de brasileiros. A manada se contenta com pouco, acredita em tudo e não cobra nada.

Uma das maiores estrelas do PT brilha nas gravações do Cachoeira.

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, que deverá ser instalada na semana que vem, vai exigir do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), explicações sobre a suposta cobrança de fatura por parte da Delta Construções por supostas doações eleitorais. "O governador de Brasília terá de explicar isso na CPI", disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), um dos dois titulares dos tucanos da Câmara na Comissão Parlamentar.
De acordo com as gravações feitas pela Polícia Federal para a Operação Monte Carlo, que desmontou o esquema feito pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a empresa negociava facilidades diretamente com a cúpula do governo de Brasília. Nas conversas gravadas na Operação Monte Carlo, reveladas nesta quinta pelo jornal O Estado de S. Paulo, aliados de Carlinhos Cachoeira, segundo a PF, dizem que a diretoria da empresa no Rio exigia agora, em contratos, a contrapartida pelas doações. E fazia pressão no Palácio do Buriti por nomeações e liberação de verbas. Ao todo, a Delta consta como doadora de R$ 2,3 milhões a comitês partidários no País. A prestação de contas de Agnelo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não registra doação da empresa, em indício de caixa 2, segundo investigadores. Do total, R$ 1,1 milhão foi destinado ao Comitê Nacional do PT e o restante ao PMDB. 

De acordo com a Polícia Federal, assim que Agnelo foi eleito, a Delta tentou emplacar aliados em cargos-chave de administrações regionais e do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) de Brasília, o que facilitaria seus negócios. Além disso, tentava receber débitos do GDF por serviços supostamente prestados.
Para o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP,), as exigências feitas pela Delta para receber a fatura do governador Agnelo Queiroz mostram que é preciso mudar o sistema de financiamento das campanhas. "Isso vai nos levar a tratar do tema. Essas cobranças de faturas, que não devem acontecer só aqui na capital, são fruto do financiamento privado. Por isso é que nós defendemos o financiamento público de campanha. Só a mudança acabará com esse tipo de coisa, em que empreiteiros exigem contratos e outras benesses depois da eleição", disse Tatto. 

"Veja só a situação em que chegamos. A Delta é uma empresa nacional, legalmente constituída, com CNPJ conhecido, que participa das licitações e vence. Tem aí não sei quantas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). E agora aparecem essas notícias de que está cobrando a fatura pelas doações", disse Jilmar Tatto. Ele afirmou que tem confiança no governador e que, na sua opinião, Agnelo Queiroz vai explicar tudo.(Estadão)

Vergonha dos teólogos da corte.

vergonha dos teólogos da corte.
O cristão verdadeiro não pode apoiar um governo que não tem ética cristã, que não tem o pudor de promover todo tipo de imoralidade que visa destruir a família, a moral cristã e a herança patrimonial cristã sobre a qual foi construída a nação brasileira.
Os teólogos da corte que não temem mais o juízo de Deus, pois deixaram de crer há muito tempo, mas devem temer o julgamento da História, esta sim, irá julgá-las com severidade e, quiçá, condená-los. Afinal, eles buscam retirar do mundo a transcendência.
O único sentimento que o silêncio vil e a covardia produz nos verdadeiros católicos é a vergonha. Vergonha desses teólogos da corte!
*Padre Paulo Ricardo

Ideli movimenta muita grana em sua conta, sem respaldo...

Dinheiro movimentado na conta de Ideli é o dobro do que senadora petista alega ter recebido
A explicação da senadora Ideli Salvatti (PT-SC) de que fez empréstimos bancários no total de R$ 250 mil e que vendeu dois carros não é suficiente para justificar a movimentação financeira da líder do PT entre janeiro de 2004 e setembro de 2005. A soma desses recursos com o total de rendimentos e ajudas de custo pagos pelo Senado corresponde à metade do montante que a Receita Federal detectou nas contas-correntes nesse período. Foram R$ 2 milhões - R$ 1,1 milhão em 2004 e R$ 923 mil de janeiro a setembro de 2005.
Os dados da movimentação bancária foram obtidos pela Receita com base na CPMF recolhida pela senadora e enviados, no ano passado, ao Ministério Público Federal em Santa Catarina, que abriu inquérito civil contra Ideli. Atualmente, por causa do foro privilegiado da senadora, o caso está sendo investigado pela Procuradoria-Geral da República. Ideli já foi convocada para explicar a movimentação.
O Correio teve acesso aos valores que a senadora recebeu nesses 21 meses, a título de verbas para despesas do exercício do mandato (restaurante, combustível, aluguel de escritório etc.), além dos salários, ajuda de custo, jetons por convocação extraordinária e auxílio-moradia. Ideli embolsou, no período, R$ 609 mil. Somado aos empréstimos que ela diz ter feito, o montante que entrou nas contas chega a R$ 859 mil.
O total que a senadora movimentou em bancos e foi tributado pela CPMF (R$ 2 milhões) é ainda duas vezes superior, mesmo arredondando para R$ 1 milhão os valores que declarou ter recebido, atribuindo uma folga de R$ 141 mil para cobrir a venda dos dois carros e eventuais outros recursos creditados, como o ressarcimento de despesas médicas pelo Senado e restituição de Imposto de Renda. Ela não informou por quanto vendeu os carros. (Correio Braziliense)

E as tilápias de Ideli ?

E as tilápias Ideli? Devolve a grana do povo, Ideli!
Enquanto a imprensa amestrada faz o trabalhinho de Bate Pau das Ratazanas Vermelhas e passa 25 horas por dia falando do caso Demóstenes/Cachoeira.
Ninguém mais na Pocilga lembra do caso das inuteis lanchas compradas pelo Sinistério da Pesca aos módicos 31 Milhões de Reaus.
E nem dos 800 paus que a então Sinistra Ideli Salvatisequempuder liberou para uma ONG de um apadrinhado do Governador do DF, o PTralha Agnelo Queirós para um projeto de criação de Tilápias nos arredores de Brasília.
O projeto dos peixes nem saiu do papel, mas no local existe uma linda plantação de mandiocas...
As Tilápias viraram macaxeira.
E a grana que foi....SUMIU e ninguém sabe ninguém viu....
Enquanto isso Demóstenes vai para a forca e a bandidalha continua impune!!!!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

TSE desaprova contas do PT. Fundo partidário estava pagando até a cachaça.


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reprovou nesta terça-feira, 10, as contas do PT relativas ao ano de 2005. Na época, o país era governado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é filiado ao PT. Como punição, o TSE determinou que a legenda perca o direito aos recursos oriundos do fundo partidário durante um mês. Os repasses recentes indicam que a sigla tem recebido cerca de R$ 4 milhões mensais.
 
Durante o julgamento, por unanimidade, os ministros do TSE concluíram que existiam várias irregularidades nas contas do PT. Entre elas, a falta de informações sobre o pagamento de uma dívida com a Coteminas, empresa da família do ex-vice-presidente José Alencar, e a inclusão de gastos com bebidas alcoólicas e pagamento de multas de trânsito, o que não é permitido pela legislação.

O relator do processo, ministro Gilson Dipp, afirmou que o partido foi notificado mais de uma vez para corrigir as falhas apontadas pela Coordenadoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Coepa). “O partido não sanou as irregularidades, mesmo com muitas oportunidades”, afirmou.(Do Estadão)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Hora do Cordel: CORRUPÇÃO NO BRASIL, UM PROBLEMA DE TODOS



CORRUPÇÃO NO BRASIL, UM PROBLEMA DE TODOS

Corrupção é uma forma de esperteza
Quem é corrupto não rouba ninharia
E como águias reais fazem sua presa
Assim já dizia um Jesuíta na história
Preocupado com o Brasil e sua riqueza
Mas os Príncipes não ouviram sua oratória.

A Corrupção veio em Grandes Caravelas
E as autoridades que aqui vinham pobres
Voltavam ricos deixando aqui com favelas
Assim disse Padre Antônio aos nobres
Pero Capito foi um dos primeiros canalhas
Veio evitar desvios voltou cheio de cobres.

Quero contar dez escândalos quase iguais
Descritos pelo Jornalista Cristiano Bastos
A história iniciou pelos Governantes Coloniais
E ancorou-se no país por todos os seus portos
Sobrevivendo nos burgos até os tempos atuais
Protegido pela regalia e revelia dos corruptos.

Tudo começa pelo Ministro da Justiça do Brasil
Nomeado, Pero Borges desembarca na Bahia
Trazendo de Portugal sua conduta de cão guia
Envolvido em denúncias de muitos tantos mil
Ainda assim foi nomeado Ministro da Economia
Para pôr-se a furar o buraco sem fundo no Brasil.

Foram muitos anos de desvios e adulterações
Até chegar à era moderna de se governar
Derrotar o comunismo e combater a corrupção
Eram duas das bandeiras do Regime Militar
Não houve porem, qualquer tipo de repressão
Que pudesse os corruptos combater e intimidar.

Na promessa de reflorestamento de nossa mata
É deixado um norte americano aqui mandar
Isentaram impostos para a exploração sem nota
E um Projeto Jari surgiu e começou a desmatar
O aval veio do governo brasileiro e o que mostra
A história que tento neste Cordel lhe contar.

Não demorou muito outro escândalo surgir
Ainda no Governo Militar que tinha a meta
Encobrir todos os escândalos do Projeto Jari
Ninguém podia falar ou usar uma caneta
Para expor tudo de ruim que estava por vir
Podia ser preso, morrer e deixado na sarjeta.

Quem diz com precisão e nunca se cala
É o cordelista aqui que viveu nesse tempo
Pois todo mundo sabe do caso Lutfalla
Quando o BNDE liberou sem contratempo
A família do Paulo Maluf encheu a mala
E nunca prestou qualquer depoimento.

O tempo vai chegando e sendo atualizado
Quando surge a revelação de um esquema
PC Farias o cara escolhido e assassinado
Por que tentou roubar sozinho a gema
Em briga familiar Collor foi denunciado
E ai foi onde surgiram todos os problemas.

A falcatrua política gerou o impeachment
E o Presidente Collor foi neste ano caçado
Mas seus algozes continuam no parlamento
Imunes e jamais por logres e desvios advertidos
Gastam o dinheiro do povo sem discernimento
Como reis, deuses e loucos pervertidos.

Para refletir bem estes meus vocábulos
É só lembrarem os Anões do Orçamento
Parecia uma história infantil, uma fábula
E tudo acontecia dentro do parlamento
Como se criminosos sem escrúpulos
Brincassem de roubar a todo o momento.

Esperando que isto não aconteça e se repita
O brasileiro fica sempre com esperança
Mas logo em seguida veio logo o caso Pita
Denunciado por sua ex-mulher a lambança
O dinheiro dos precatórios apareceu na fita
Bilhões desapareceram comido por traça.


O povo já aborrecido pensou que nada ia surgir
Mas não foi surpresa quando os Federais
Fez a anaconda se contorcer e da toca emergir
Revelando extorsões e vendas de sentenças banais
Tudo em referência a uma cobra Sucuri
Envolvendo Juízes e Policiais Federais.

Após muitos acontecimentos o povo sofreu
Mas continuou a acreditar em uma solução
Coitado de nosso povo que não previu
Não sabia que em seguida surgiria o Mensalão
Um esquema de compra de votos que se viu
Por todos os gabinetes, era dinheiro na mão.

Depois de tanto roubo e tantas fugas
O povo já estava chateado e descontente
Nem o Escândalo das Sanguessugas
Fez deste grande povo uma raça descrente
Pois foi a luta, não foi covarde como Judas
Que vendeu Jesus por moeda como presente.

Mas nesta vida nada se aceita, nada se pondera
Como o Escândalo do Mensalão dos Democratas
Mais conhecido como Operação Caixa de Pandora
Que culminou com tantos nobres de gravatas
Após tentativa de suborno com o tal de Sombra
Que revelou todo esquema sem bravatas.

Vejo que se for escrever um Cordel sobre o tema
O assunto nunca acaba deste o tempo da corte
Pois agora já foi revelado outro grande esquema
Envolvendo Ministro, Copa do Mundo e o Esporte
Pois nosso país parece que tem sempre problema
No Sul, Sudeste, Centro Oeste, Nordeste e Norte.

Espero ter contribuído com a História da Corrupção
E valorizado o belo texto de Cristiano Bastos
Revelando todos os escândalos e contravenções
Estampados em jornais e revistas estes fatos
Trazendo para nosso povo muitas revelações
Que perpetuarão para nossos filhos e netos.

Assessor do Ministério da Pesca diz que processo do TCU 'Não vai dar em nada'

O gestor do contrato de compra das 28 lanchas-patrulha para o Ministério da Pesca, Alberto Fraga, afirmou neste sábado (7) que o processo aberto pelo Tribunal de Contas da União (TCU) “não vai dar em nada”. "O que eu acho é que esses auditores deram uma lida na diagonal. Eu só acho que isso não vai dar em nada", disse em entrevista ao Estadão.

Fraga trabalha hoje na superintendência da Pesca no Rio de Janeiro. Segundo auditória do TCU, o Ministério da Pesca encomendou as lanchas por R$ 31 milhões, em 2009, porém, R$ 5,2 milhões desse total foram pagos na gestão da ministra Ideli Salvatti, quando grande parte das lanchas ainda estava sem uso.

O dono da fabricante das lanchas, a Intech Boating, chegou a doar R$ 150 mil ao comitê financeiro do PT de Santa Catarina, que bancou 81% dos custos da campanha de Ideli ao governo do Estado.
 
COMENTÁRIO: Até rato de porão anda desmoralizando o TCU.Quando boi fala e sapo voa, a vaca já foi para o brejo. (Poloni)

Cachoeira petista.

Grampos da Polícia Federal indicam que um integrante do governo Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal (DF), participou de uma operação para direcionar um contrato milionário, de até R$ 60 milhões por mês, ao grupo do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apontado como o chefe da máfia dos caça-níqueis em Goiás e no DF. Diálogos interceptados na Operação Monte Carlo evidenciam que Milton Martins de Lima Junior, diretor financeiro e administrativo do DFTrans, órgão que gerencia o transporte público do governo do DF, negociou com os contraventores para que a organização obtivesse a concessão para a bilhetagem eletrônica dos ônibus. A PF suspeita de eventual pagamento de propina. O diretor nega. As conversas, gravadas em junho de 2011, mostram Cachoeira orientando um de seus principais aliados, Gleyb Ferreira da Cruz, a negociar o contrato com o governo do DF.
O objetivo era firmar sociedade com a Delta Construções, empresa suspeita de participação no esquema, para explorar o serviço. Dias antes, o governo do DF havia assumido a bilhetagem eletrônica, antes a cargo dos empresários do setor, e buscava um parceiro privado para operá-la.

Cadeia para a opinião pública.

A popularidade de Dilma Rousseff bateu novo recorde, chegando a 77% de aprovação, segundo o Ibope.
Não dá mais para dourar a pílula. Num cenário como esse, só resta adotar a solução proposta certa vez pelo colunista Tutty Vasques: cadeia para a opinião pública.
E cadeia por vadiagem.
Os especialistas do instituto de pesquisa explicaram a principal causa do impressionante índice: a queda de ministros em série, como nunca antes na história deste país, foi entendida como uma ofensiva de Dilma contra a corrupção.
Tudo bem que a opinião pública, distraída, não tenha notado Dilma correndo atrás do próprio rabo;
Que não tenha se dado conta de que todos os esquemas podres emanavam do padrão Dilma/PT de ocupação fisiológica do Estado;
Que não tenha atinado para o fato de que o modus operandi nos Transportes, no Turismo, nos Esportes, no Trabalho e em todos os outros ninhos parasitários vinha do governo Lula – onde a “coordenadora de todos os projetos” era ela mesma, a chefe da Casa Civil: Dilma Rousseff.
Eleita presidente, o que fez Dilma? Partilhou seu governo entre esses mesmos donatários, seus velhos conhecidos.
Tudo bem que a opinião pública, muito atarefada, não tenha visto nada disso.
Curioso é que não tenha visto também figuras como Carlos Lupi, já afundadas na lama, sendo sustentadas publicamente pela dona dos 77%.
“O passado passou, gente!”, tentou encerrar Dilma, quando o caso Lupi já estava exposto em toda a sua obscenidade – inclusive com flagrante fotográfico do ministro não-governamental.
Lupi só caiu porque a Comissão de Ética da Presidência carimbou a palavra “suspeito” na sua testa. Dilma ainda tentava enquadrar a Comissão, quando surgiu a notícia de que seu protegido tivera duplo emprego público.
Nota da redação: Lupi caiu, mas a rainha da faxina jurou de morte a Comissão de Ética (da qual nunca mais se ouviu falar).
A mordaça foi providencial, porque o consultor Fernando Pimentel, por exemplo, continua tranquilo em sua vida vegetativa no ministério – sem nenhum carimbo na testa.
Nota da redação (2): quem pagou a milionária consultoria fantasma de Pimentel foi o mesmo contratante da pesquisa consagradora para Dilma.
Chega de impunidade: se a presidenta faxineira é inocente, cadeia para a opinião pública.
A alternativa é seguir a recomendação eufórica do ex-presidente petista José Eduardo Dutra, comemorando os 77% de êxito do esquema com um brado poético: “Enfia o dedo e rasga!”
Como se vê, o Brasil está em boas mãos.

sábado, 7 de abril de 2012

Ideli, no Ministério da Pesca, deu R$ 770 mil para ONG criar peixe, mas...projeto "nunca vingou".

Durante a gestão da ministra Ideli Salvatti, o Ministério da Pesca liberou de uma só vez R$ 769,9 mil - de um contrato de R$ 869,9 mil - para a organização não governamental (ONG) de um funcionário comissionado do governo de Agnelo Queiroz (PT-DF) implantar, no entorno de Brasília, um projeto de criação de peixes que não saiu do papel.
Em vez de tanques com tilápias, uma plantação de mandioca. Trata-se do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Integral da Natureza - Pró-Natureza, do diretor da Codeplan Salviano Antônio Guimarães Borges. Segundo a justificativa do projeto enviada ao ministério, o Distrito Federal, mesmo sem haver estatísticas oficiais sobre o tema, tem grande consumo e produção de peixes. Só que, 11 meses depois, nenhum viveiro foi instalado. Oficialmente, o projeto da ONG terminou nesta quarta-feira, 4.
No Núcleo Rural Rajadinha, em Planaltina (DF), a 40 quilômetros da sede do ministério, mandiocas crescem no lugar dos tanques de tilápias.
“O pessoal veio aqui uma vez no ano passado e ofereceu o projeto. Nós aceitamos e eles não apareceram mais. Achei que tinham desistido, mas tem 15 dias que voltaram e falaram que os tanques vão ficar prontos em julho. Parece que só agora o projeto foi aprovado e eles vão receber o dinheiro”, relata o agricultor Joami de Souza Ramos.
O agricultor diz que nunca criou peixes, tampouco participou de cursos ou qualquer atividade do projeto. Na chácara ao lado, incluída no rol de beneficiários do ministério, também não há sinal de tanques.
Outros moradores do núcleo confirmam que nunca participaram de capacitações. O único viveiro no local é o de um sítio que está à venda e foi construído pelo próprio morador, que ainda aguarda os peixes do projeto para começar a criação.
Documentos apresentados pela ONG ao ministério e obtidos pelo Estado mostram que, antes mesmo de receber qualquer recurso, a entidade pagou R$ 75,9 mil para a Rover Consultoria Empresarial Ltda. elaborar um diagnóstico sobre a pesca no entorno. A nota fiscal foi emitida em nome de Gabriel Miranda Pontes Rogério, um chef de cozinha.

Chefe de cozinha-consultor???
Sem nenhum tanque pronto ou cursos ofertados, a Pró-Natureza solicitou em 28 de outubro do ano passado, ao ministro Luiz Sérgio (PT-RJ), um aditivo de 16 meses e mais R$ 224,7 mil.
Segundo o ofício, os extras seriam para aprovação de novo cronograma. Pela proposta, entre dezembro e fevereiro de 2012 seriam oferecidos os cursos de capacitação e a obtenção das licença e outorgas para a construção dos viveiros; abril a julho, período de construção e lançamento de edital para aquisição de material; agosto e setembro, primeiro ciclo de criação de peixes; e janeiro e fevereiro de 2013, término do primeiro ciclo dos peixes. (Alana Rizzo, de O Estado de S. Paulo)