terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sem conhecer LULA

A contra-revolução de 1964 teve como seu principal líder o controvertido General Mourão Filho. O militar não conheceu Lula. Mas, ao que tudo indica, além de seu destemor pessoal, era um profeta. Basta ler o que o militar escreveu no início dos agitados anos 70: 'Ponha-se na presidência qualquer medíocre, louco ou semi-analfabeto, e vinte e quatro horas depois a horda de aduladores estará à sua volta, brandindo elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e um grande homem, e de que tudo que faz está certo. Em pouco tempo transforma-se um ignorante em um sábio, um louco em um gênio equilibrado, um primário em um estadista. E um homem nessa posição, empunhandoi as rédeas de um poder praticamente sem limites, embriagado pela bajulação, transforma-se num monstro poerigoso'.

STM abre o armário de Dilma Rousseff. Que esqueletos estavam guardados lá?

O Superior Tribunal Militar (STM) liberou nesta terça-feira (16) o acesso do jornal “Folha de S.Paulo” ao processo que, durante a ditadura militar, levou à prisão a presidente eleita, Dilma Rousseff. Por 10 votos a 1, o plenário concedeu o pedido feito pelo jornal, que havia sido impedido de conhecer os autos. Com a decisão, o jornal poderá consultar e fazer cópias do processo, mas somente após a publicação da decisão no "Diário da Justiça", o que deve ocorrer na próxima segunda (22). A advogada da "Folha de S.Paulo", Tais Gasparian, lamentou que a decisão tenha saído apenas depois das eleições. “Foi uma vitória da sociedade, mais que uma vitória da 'Folha de S.Paulo'. Esses documentos históricos jamais poderiam ser subtraídos. É lamentável que o pedido tenha sido deferido pós eleições”, disse. O julgamento sobre o caso havia sido interrompido em 19 de outubro, com placar de 2 votos a 2, por um pedido de vista da Advocacia-Geral da União (AGU). Segundo o coordenador de Assuntos Militares da AGU, Maurício Muriack, a União deveria ter sido citada na ação. O relator do caso no STM, ministro Marcos Torres, foi o único a votar contra o acesso do jornal aos autos. Ele entendeu que isso fere o direito à privacidade da presidente eleita. Segundo o ministro, não houve pedido de autorização a Dilma para ter acesso ao processo. No início do julgamento, Torres propôs que fossem citadas na ação também a presidente eleita e outras 71 pessoas envolvidas no processo, instaurado durante a ditadura militar. A sugestão foi rejeitada pela maioria dos ministros. O ministro relator citou ainda em seu voto a legislação que trata do acesso a arquivos públicos e que, segundo ele, justifica o sigilo do processo no caso. “Acho que só com o consentimento dela [Dilma Rousseff] e dos outros deverá haver o afirmativo ou não para que seja reproduzido ou colocado à sociedade [o processo]”, afirmou o relator. A maioria dos ministros, no entanto, entendeu que o acesso do jornal ao processo deve ser irrestrito, até porque os autos já estiveram disponíveis por anos nos arquivos militares. “Uma pessoa que deseja servir a Pátria como homem ou mulher pública não pode desejar que fatos históricos relacionados à sua vida sejam subtraídos da informação do povo. Assim como não pode subtrair do público fatos personalíssimos de sua vida, como a saúde”, afirmou o ministro José Coêlho Ferreira. A ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha deferiu em parte o pedido do jornal. Ela sugeriu que fosse mantido o sigilo apenas de alguns trechos de 3 dos 15 volumes do processo. Segundo ela, é importante preservar relatos degradantes de torturas sofridas pelos envolvidos. Para o ministro Cerqueira Filho, a imprensa deve utilizar as informações do processo com responsabilidade. “[Negar o acesso] é voltarmos ao período das cavernas, é conduzir a humanidade às trevas. No momento, a solicitação tem relevância política, e os impetrantes terão o discernimento de não atingir a honra e a imagem das pessoas. Que se abram os arquivos”, disse.

O maior engodo da Era Lula.

O maior conto do vigário da Era Lula foi o mito da popularidade do presidente. A oposição passou o segundo mandato inteiro do petista encolhida no canto, com medo que ela fosse tão somente 3% ou 4%. Que coubesse em uma kombi. Não era 4%. Era 44%. Isso que a oposição sempre teve medo de ser o que é: oposição. Imagine se tivesse sido, em vez de fazer como o Serra, que começou a sua campanha eleitoral abraçado ao Lula. Fez lembrar aquela velha piada do cara que ganhava todas as garotas e que a meninada esfregava a mão e dizia: " dá aqui um pouquinho desse mel". É óbvio que Dilma não teria sido eleita apenas por conta da popularidade de Lula. Se o presidente tivesse agido como um democrata e mantido a isenção e se a máquina pública não tivesse sido usada à exaustão, o poste teria continuado poste. No entanto, com tantas verdades escancaradas pelas urnas, é triste ver que elas continuem sendo pouco consideradas pelos políticos de oposição. Os eleitores de oposição não são 4%, são 44%. Obviamente, isto não elege um presidente da república, mas elege uma jamanta de prefeitos, deputados, senadores e governadores. Ficou provado que os votos de oposição enchem muito mais do que uma kombi. Daqui a quatro anos, podem ser muito mais. Basta que sejam ouvidos.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O Brasil não é uma república de fato

No dia em que o Brasil relembra os 121 anos da queda da monarquia, o príncipe João Henrique de Orléans e Bragança fala sobre ética e mulheres no poder O Brasil elegeu uma mulher de esquerda como sua primeira presidente. Este fato representa um amadurecimento da democracia no país? Uma questão é certa: o resultado dessa eleição presidencial mostrou que, no Brasil, não há um forte preconceito contra as mulheres. A eleição da primeira presidente foi positiva para a sociedade como um todo, pois mostra que ambos os sexos, desde que exista capacidade e preparação, podem ser eleitos democraticamente para gerir um país como o nosso. Agora, as pessoas não sabem que a imperatriz Leopoldina, esposa de d. Pedro I, foi a primeira mulher que chegou a exercer a chefia do estado no país. A princesa Isabel, tempos mais tarde, repetiu o exemplo e libertou os escravos, em 1888. Passados 121 anos do fim da monarquia, qual a sua opinião sobre o conceito de república no Brasil atual? Res publica, de acordo com a origem do termo, significa respeito ao patrimônio público. Você acha republicano chamar ladrões de aloprados? Você acha republicano ter no quadro político mensaleiros declarados? Se a população parar e refletir, vai chegar à conclusão que esse sistema está em crise. A corrupção tomou conta do governo. Os mensaleiros, por exemplo, estão todos soltos. Me diga um que esteja na cadeia? Nenhum. Mas eles não são os únicos aproveitadores da máquina pública. E os coronéis nordestinos, que depois de tantos anos, tantas notícias na mídia, ainda continuam se elegendo e formando um forte grupo dentro do Congresso e nos estados? É, por isso, que eu digo que o Brasil não é uma república. República é sinônimo de justiça, igualdade e cidadania. As monarquias da Suécia e Noruega são profundamente republicanas porque respeitam esses valores. Nesses países, o banqueiro frequenta o mesmo restaurante que um bancário. Por isso que eu digo que sou profundamente republicano. Então, o Brasil precisa adotar o parlamentarismo e a monarquia numa possível reforma política? Monarquia e república são sistemas políticos que funcionam bem em muitos lugares do mundo, os dois. No Brasil, a república começou nas mãos das elites insatisfeitas com a libertação dos escravos e com os militares com sede de poder. Ou seja, foi um sistema que já nasceu excludente e opressor. Antes de tudo, o que eu defendo hoje é o parlamentarismo. Mas, claro que não se muda um sistema político de uma hora para outra. Primeiro, o país deve se adaptar ao parlamentarismo. Depois dele implantado, é que vem a hora de decidir se vai funcionar com parlamentarismo republicano ou monárquico. É a partir do parlamentarismo que poderemos ter uma política mais saudável do ponto de vista ético. Tudo isso deve ser pensado e debatido. Pois, não somos de fato uma república, pois ser republicano não é fazer conchavos eleitorais, nem dizer que em Cuba não existem prisioneiros políticos. Muitos membros da realeza, em todo o mundo, se casam com parentes da própria nobreza, como duques e príncipes. Você acredita que esse tipo de casamento afasta a monarquia da realidade das classes populares? A rainha da Inglaterra tem parentes em casas reais na Alemanha, na Espanha e França. O mesmo acontece com os membros da família real da Espanha, que, por sua vez, têm parentesco direto com casas reais da Grécia, por exemplo. E isso não impede que essas pessoas sejam altamente populares em seus países. O próprio d. Pedro II, no século 19, tinha como um dos parentes o rei de Portugal. Agora, me diga se existiu uma pessoa mais brasileira que ele? O nosso imperador falava tupi e guarani, percorria esse país de Norte a Sul. Eu mesmo viajo por todo o Brasil e as pessoas vêm me contar relatos dessa brasilidade de d. Pedro II. Ele fazia questão de ir pessoalmente às escolas para ver como andavam as condições de ensino, abria cadernetas de frequência, procurava saber com o professor por que aquele estudante estava faltando às aulas. Não existia esse afastamento, o imperador era, antes de tudo, o chefe do país. Se havia essa aproximação de d. Pedro II com a população, por que ele e a família imperial seguiram para o exílio na Europa quase 24 horas após a Proclamação da República? O que havia era o medo da popularidade de d. Pedro II. A família imperial do Brasil, aí já falo dos descendentes do imperador, foi a protagonista do maior exílio da história do país. Foram mais de 30 anos de exílio, entre os anos de 1889 a 1922. Os governos republicanos que sucederam ao primeiro presidente, o Marechal Deodoro, tinham medo da relação da princesa Isabel com os escravos. Ao contrário de muitos políticos de hoje, d. Pedro II morreu pobre num hotel de Paris, em 1891, e documentos comprovam isso. Assim que o golpe da República foi consumado, o governo provisório ofereceu uma pensão ao imperador. Ele se recusou a receber e disse: "Como eu posso aceitar dinheiro do Brasil sem estar servindo ao meu país?". Me diga qual político hoje negaria uma pensão do Estado? É isso que falta hoje no sistema republicano. As pessoas se aproveitam de cargos públicos para satisfazer desejos pessoais ou mesmo praticar atos ilícitos. Democracia é você saber ouvir o outro, debater. E d. Pedro II fez isso muito bem. Uma das provas é que ele coordenou o maior número de ministérios da história do país, em 49 anos de reinado, com debate público. Se você analisar esse período de governo, vai notar que os liberais e conservadores passaram quase o mesmo tempo no poder. Isso nós não temos hoje, que é formar um estado democrático, com alternância de pensamento e ideologias no poder. Só conseguimos isso com muito diálogo. Infelizmente, parece que essa qualidade anda faltando em nossos quadros políticos. Deu no Diário de Pernambuco

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

HERANÇA MALDITA

Foi só passar a eleição com seus programas alegres e coloridos e a realidade insiste em pipocar nas suas mais variadas formas. Como uma chuva de bolinhas, não exatamente de papel. Aliás, o escândalo da vez é no banco PanAmericano, do Sílvio Santos, que visitou Lula no meio da campanha e é dono também do SBT, a rede que reduziu o rolo de fita da agressão a José Serra no Rio a uma mera bolinha de papel. Deve ser só coincidência. De concreto, o rombo é milionário, a solução foi negociada com BC e CEF e tudo foi descoberto durante a campanha, mas só divulgado agora. Outro "probleminha" detectado antes da eleição, mas que vem à tona depois dela, é que uma das turbinas da usina de Itaipu, com mais de 30 anos de uso, apresenta trincas de até 30 cm. Quantas outras estão assim? Taí uma boa pergunta, enquanto os dez partidos aliados se estapeiam pelo rico Ministério de Minas e Energia. E como o país da urna eletrônica, um dos sistemas mais sofisticados de votação do mundo, não consegue fazer o Enem direito? Rolou de tudo um pouco. Teve prova repetida, erro de gabarito, aluno tuitando, um festival de irregularidades. É nisso que dá fazer as coisas sem licitação -uma semana depois do segundo turno. Para completar, mal acabaram de fechar as urnas e lá vem a eleita falar em CPMF, enquanto projetos de aumentos salariais tramitam no Congresso e grassa a suspeita de que as contas públicas chegam a 2011 fora de controle. Deve ser por essas e outras que se discute a tal regulamentação da mídia, uma das coisas que a gente sabe como começa e não sabe como acaba. Como as CPIs dos bons tempos do PT na oposição, lembra? Lula deveria ter pensado bem antes de abandonar o governo às moscas e às Erenices para só fazer campanha. Até porque Dilma, coitada, não vai ter a surrada bengala da "herança maldita". Deu na Folha de S. Paulo Eliane Cantanhêde

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ENEM - FALTA DE COMPETÊNCIA

NUNCA NESSE PAIS SE ROBOU TANTO

Lula deu entrevista hoje,em Moçambique, dizendo que Polícia Federal já está investigando o que aconteceu com o Enem. O que a PF tem a ver com isso? A não ser que o presidente esteja sugerindo que os erros ocorridos tenham sido intencionais, para sabotar a prova. E não apenas erros de revisão cometidos pelo Inep. Se há suspeitas de crime, o presidente deveria ser mais claro, para que mais de três milhões de alunos prejudicados tomem ciência dos fatos. Se não é isso, a Polícia Federal deveria investigar a Erenice e não o Enem. Ou as obras superfaturadas do PAC. Ou as falcatruas nas refinarias da Petrobras. Trabalho não falta para os coletes pretos. No que se refere ao embargo de obras irregulares e superfaturadas, principalmente do PAC, apontadas pelo TCU, deveria ser feito uma auditoria com a ajuda da Polícia Federal e prender todos os corruPTos, inclusive as duas últimas chefes da Casa Civil e o chefe maior, o reizinho Luiz 51. Por oportuno, vejam quantos escândalos estão aparecendo após o estelionato eleitoral acontecido no último pleito. Já viram algum petralha punido? Pois bem, puniçao de petralha é como pernas em cobras, quem vê morre. Sugiro que a oposição aperte o cerco e obrigue as autoridades responsáveis a desvendar a roubalheira existente no desgoverno de Lula e seus comparsas. Fora Lula! Fora Dilma! Tudo pela moralidade em nosso país. Brasil, acima de tudo!

MEU LINDO PÁSSARO

 
Posted by Picasa

LULA EM MAPUTO - EU NÃO SABIA

Mais de 80% de "teletontos" aprovam um presidente que "nunca sabia" e que chama o TCU de mentiroso. Do Estadão, com Lula declarando que não tratou nada com Sílvio Santos e que a doação foi apenas para o Teleton. MAPUTO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta quarta-feira, 10, que tenha tratado com o empresário Sílvio Santos, a liberação de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Crédito para cobrir o rombo no banco Panamericano. "Isso não é assunto de presidente da República. É assunto comercial do Banco Central", afirmou. Lula, que embarcou de Moçambique para Seul, na Coreia do Sul, comentou também a prisão de policiais e auditores da Receita Federal e do Tesouro Nacional, que segundo denúncias, integravam uma quadrilha acusada de fraudar importações. "Só existe uma possibilidade de alguém não ser investigado. É ser honesto. É andar na linha. Isso demonstra que estamos atrás de bandido", disse o presidente, referindo-se à investigação conjunta da Polícia Federal e Receita . Sobre a decisão do Tribunal de Contas da União, de recomendar a suspensão de 32 obras públicas, por apresentar "graves" irregularidades, Lula voltou a afirmar que o que o TCU investiga e constata nem sempre é verídico. "Muitas vezes existe desconfiança em relação a alguma obra que depois não se confirma", afirmou o presidente, que voltou a defender a revisão administrativa de avaliação de obras pelo TCU. (publicado no Blog do Coronel)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

 
Posted by Picasa

COMEÇA O GOVERNO DE TRANSAÇÃO

Ontem os jornais já informavam que, para atender aos pleitos de todos os partidos da sua base, Dilma Rousseff precisaria abrir mais uns vinte ministérios. A imprensa brasileira é muita fraca e vendida aos poderosos. Usar a expressão "governo de transição" é a chance de criar uma cartolinha bacana, para usar no alto da página e estruturar a cobertura, mandando as suas focas amestradas produzirem, digamos, no mínimo duas páginas por dia de conteúdo sobre o tema. Na verdade, não há "governo de transição", tendo em vista que Dilma é apenas a mamulenga do Lula e fez parte de todos os conchavos governamentais nos últimos cinco anos. Nada é desconhecido para ela, nem mesmo os meandros dos Correios, da Infraero e da Casa Civil, por exemplo. Transição ocorre quando a Oposição assume o poder, o que não é o caso. A partir de hoje, caem as máscaras e cada interessado começa a fazer os seus lances. Por isso, como Dilma Rousseff é do PT, o partido mais corrupto do Brasil, foi eleita pelo velho e degenerado PMDB e pelo jovem e não menos apodrecido PSB, melhor chamar de "governo de transação". Vejam que o PMDB, aquele mesmo da Operação Castelo de Areia, que investigou as grandes construtoras, onde Michel Temer foi citado 21 vezes, já começa exigindo trocar o Ministério da Agricultura pelo Ministério dos Transportes, que está nas mãos do partido do outro vice, José Alencar. Nada mais justo que o vice que entra ter a preferência em relação ao vice que sai. Nada melhor para exemplificar o "governo de transação". Portanto, senhores e senhoras, assistam, a partir de hoje, ao loteamento do Brasil entre corruptos, sindicalistas, violadores de sigilos, pelegos e assemelhados. Começa, oficialmente, o governo Dilma. E, mais espertos e ágeis do que todos, os franceses já colocaram a voar sob os céus de Brasília, desde a semana passada, os Rafale, os piores caças do mundo, que serão comprados pelo novo governo pelo dobro do preço dos concorrentes. Que transição, que nada! Transação, companheirada! Quem dá mais? (Postado no Blog Coturno Noturno)

domingo, 7 de novembro de 2010

RETORNO DA CPMF - ATO COVARDE DO DESGOVERNO LULA/DILMA

O retorno da CPMF é mais uma comprovação da bitributação que prospera no atual governo. Trata-se de cheque em branco nas mãos do governo para sacar indiscriminadamente do contribuinte, independentemente do poder aquisitivo de cada um. É um tributo típico de governos ditatoriais, porque não oferece chance ao contribuinte de deixar de recolher ou, pelo menos, minimizá-lo. Por outro lado, o propalado objetivo desse imposto não justifica seu retorno porque, quando vigorou, não resolveu os problemas de saúde do país. Certamente, o governo tem outros meios de recursos para melhorar os serviços prestados no setor, bastando priorizar os investimentos na saúde ao invés de realizar gastos supérfluos e com mordomias. Dilma Rousseff esquiva-se do assunto, atribuindo a alguns governadores a necessidade de recriá-lo. Mais um equívoco, porque trata-se de tributo federal que atinge a todas as unidades da federação. Será mais um ato covarde desse governo, porque, em nenhum momento, foi discutido na campanha eleitoral. Artigo do leitor Percy Rodrigues - Publicado no Jornal O Globo)

Governo Lula - Roubando idéias, atos, versos e prosas.

E eis que se vão escasseando os dias de "glória" de Luiz Inácio. Aquele que dantes atribuía à condição de esmolas a bolsa escola, as cestas básicas e demais procedimentos que objetivavam amenizar a miséria daqueles que por um motivo geográfico ou social, não tiveram a chance de adquirir o mínino para o sustento de si próprio e suas famílias. Dizia o guru das esquerdas brasileiras que tal fato se configurava em atos semelhantes aos que fizeram os portugueses guando doaram espelhinhos aos índios em troca de riquezas. As riquezas, neste caso, eram votos. Dizia ainda que tudo se resumia em esmola que aviltava o cidadão brasileiro. Luis Inácio assumiu o poder e, por oito longos anos, nada fez que imitar seus antecessores, principalmente Fernando Henrique, assinando até a "Carta de Recife" documento onde assumia o compromisso de não tentar modificar em nada a política econômica de seu antecessor. Parecia uma punhalada. Mas não foi. Foi um ato pensado, pois Luiz Inácio sabia que não teria outra alternativa. Ou era aquilo ou o caos. Um país economicamente estabilizado não poderia ter sua estrutura econômica desmoronada. Luiz não se fez de rogado. Começou a mudar o nome das coisas. Buscou no senador Marconi Perillo (PSDB) a inspiração para aglutinar num só cartão (programa) os programas sociais de ajuda as famílias carentes. Ele não queria administrar a bolsa escola de FHC, a bolsa alimentação do José Serra e aí, num golpe de malícia, criou a Bolsa Família, apenas juntando os benefcios anteriores. Nem se deu o luxo de revogar as leis anteriores e editar uma outra. Simplesmente editou uma lei juntando todos e denominando-os de um só: Bolsa Família. E aí saiu com sua falácia, apropriou-se indevidamente das idéias. Fez um pacto com grandes bancos e os deixou auferirem o maior lucro líquido da história do país. Não pensem que é o povo que recebe bolsa família que ama Luiz Inácio. Quem o ama, de verdade, são os banqueiros. Para os jovens ainda mal orientados e mal educados por um sistema de ensino que é um dos piores do mundo nos últimos seis anos, Luiz Inácio vende uma imagem diferente. É estadista, descobriu o Brasil, criou faculdades que não se vêem, escolas que não funcionam, obras que às vezes nem começaram e já foram inauguradas com pompas e circunstâncias. Criou um programa chamado PAC. Uma falácia. Um engodo. Nada faz do que todos os presidentes já fizeram. Inaugurar obras que já existem dentro do orçamento da União. A execução orçamentária passou a ser "ação do PAC". Inventou uma “mãe do PAC", uma sargentona sem nenhuma experiência em gestão de grandes empreendimentos. Uma gestora linha dura, mas de pequenas ações governamentais. Quando vejo o discurso do Luiz Inácio a esses jovens, lembro-me dos versos: “Esses moços, pobres moços, Ah se soubessem o que sei!...” Mas eles não sabem e a mídia bem paga com a propaganda do governo, das empresas estatais, dos banqueiros e das empreiteiras ligadas às obras do governo, são "convencidas" de que não vale a pena criticar (contrariar) a "galinha dos ovos de ouro". E o governo segue pondo ovos de ouro sem cacarejar para aqueles que lhes proporciona espaço, regiamente pago, na mídia, para sua autopromoção. O governo permanece se apropriando das idéias e ações alheias, notadamente de seus antecessores. Seu chefe, foi aconselhado a passear pelo mundo. Sentar pouco na cadeira da presidência, justo para não atrapalhar, com seus discursos e falácias, o Plano Real que começou em 1994 e permanece sendo o melhor plano econômico da história deste país. A verdade é que Luiz Inácio daqui a alguns dias se vai. Vai aquele que endividou o país, elevou a dívida interna em 300%. Hoje o governo deve, internamente, cerca de 1.700.000.000.000 (Hum Trilhão e Setecentos Bilhões de Reais). Para usar um linguajar do próprio presidente, seu governo triplicou, em oito anos, uma dívida que os governos anteriores levaram mais de 500 anos para contrair. A dívida externa bruta, que ele disse haver pago (o que jamais fez) beira aos 300 bilhões de dólares. Gastou milhões de reais de saques pessoais em cartão corporativo que ultrapassam a marca de 400 milhões em seu governo. É um dinheiro de caráter secreto e reservado (não se presta conta) e não se sabe para onde foi ou como foi usado. E nós, que pagamos toda essa farra, temos que ficar resignados? O governo segue mentindo, enganando, proferindo aleivosias, ataques, ofensas, acusações infundadas, criando situações às vezes hilárias pelo grau de artificialidade. Segue roubando e apropriando-se indevidamente, de idéias e atos. Comprando apoios e vendendo ilusões. (postado no Blog do Mário Fortes) 'ACESSE O BLOGUINHO DO MORAES"

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

SERRA PERDEU A ELEIÇÃO?

José Serra perdeu esta eleição? Não, quem perdeu foi a grande parcela do povo brasileiro que ainda acredita na decência, no respeito, na moral e na ética e lhe proporcionou 45 milhões de votos, sem falcatruas. Perdeu também, a ordem e o progresso, dísticos permanentes e inseparáveis na nossa querida bandeira, das cores verde, amarelo, azul e branco, içada por diversas vezes pelos nossos heróis, em vitórias retumbantes contra regimes espúrios. Perdeu enfim, a verdade, a justiça e o povo brasileiro. Os votos foram justos? Foram sim, afinal este é o único país do mundo onde se vota por uma "bolsa esmola". Dilma Rousseff tampouco ganhou. Quem realmente ganhou foram os corruptos do nosso país; os mensaleiros que irão voltar com toda gana e reassumir seus postos de gatunagem, subtraindo novamente o dinheiro público. Ganharam também, os patrocinadores dos dólares nas cuecas; os escândalos de lobismo na Casa Civil, ao lado do Gabinete da Presidente da República, tutelados pelos seus chefes durante o governo do Lulinha 51. Ganharam os familiares do Luiz Inácio, os petralhas e todos os seus amigos da corte, com a imundice e a impunidade dos crimes que ficarão escondidos e protegidos por mais alguns anos. Ganhou a mentira, ganharam os dossiês e os “eu não vi", "eu não sei de nada". Ganhou a mediocridade e a hipocrisia. Ganharam àqueles que cometeram uma infinidade de crimes de corrupção e, com o beneplácito das autoridades constituídas, processaram as suas vítimas e se deram bem. Teremos agora mais quatro anos de falcatruas e impunidades, com a volta dos que nunca foram (os aloprados), sendo premiados com uma bouquinha no alto escalão do governo da guerrilheira, pelos bons serviços prestados em favor da corrupção. Todos os crimes irão prescrever e nenhum escândalo será apurado. Um e outro laranja pagará o pato e a opinião pública mal informada se dará por feliz, enquanto a população continuará morrendo nas filas dos postos de saúde, em todo país, recebendo uma educação cada vez mais podre para seus filhos, vítimas da insegurança alarmante, que irá, sem sombra de dúvida, dominar o nosso país por mais tempo. Assim é o Brasil, o país que sempre dar um jeitinho para não punir os ladrões do colarinho branco, protegidos pelo chefe maior, e aonde apenas "ladrões de galinha" vão para a cadeia. Mas continuaremos felizes, afinal, nós temos samba, carnaval o ano inteiro, novelas de quinta categoria em todos os horários, sem esquecer que temos o melhor futebol do mundo e a copa está bem próxima, fazendo com que esqueçamos por um longo período, as mazelas existentes e a corrupção desenfreada em nosso país.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

DILMA NO PODER

O desafio de suceder a Luiz Inácio da Silva pode não ser tão difícil para Dilma Rousseff como parece de início. Isso se ela for mulher de levar ao pé da letra o que diz e, nesse aspecto, já começando por se contrapor no estilo ao criador. Durante todo o período como presidente, Lula não teve compromisso algum com as palavras por ele mesmo ditas, o que em pouco tempo minou a credibilidade de seus discursos. De um lado foi excelente para seus propósitos de caráter popular, político e eleitorais porque como ninguém levava a ferro e fogo o que dizia podia dizer qualquer coisa diante de um microfone. E de qualquer maneira: agredindo o idioma, a gramática, a boa educação ou alguém, instituição ou situação que o desagradasse. Pois se a presidente eleita começar por fazer de suas primeiras palavras uma profissão real de fé, já marcará uma diferença importante sem precisar trair nem renegar seu mentor. Coisa, aliás, que dificilmente ela faria mesmo a despeito de todos os exemplos já amplamente citados, nenhum deles semelhante em nada às circunstâncias que cercam Lula e Dilma. Dilma disse que pretende governar sem privilégios ou compadrio. Terá querido dizer, por suposto, que dará tratamento impessoal à Presidência da República. Governando com aliados, sim, mas conferindo à oposição o respeito devido a uma força política antagônica que recebeu 43 milhões de votos. Isso do ponto de vista administrativo, óbvio, mas não só. Na política, sobretudo, a neutralidade exigida pela Constituição requer que o Poder Executivo não pretenda se sobrepor aos outros, notadamente ao Legislativo, usando dos instrumentos de poder para solapar prerrogativas do Congresso. Que boa parte dos congressistas deixam docemente que sejam solapadas, diga-se. Dilma afirmou que não aceitará irregularidades no governo. O histórico na Casa Civil não recomenda, é verdade. Mas, digamos que, imbuída da nova responsabilidade, ela venha a pôr um fim na longa temporada de afagos públicos em acusados de toda sorte e duros ataques a instrumentos de fiscalização da administração pública. Admitamos que a nova presidente seja diferente e não aceite se descompor moralmente apenas porque o descomposto de plantão pode vir a ser precioso numa eleição mais à frente ou em algum enrosco em que o governo ou algum de seus integrantes se envolva e que necessite de defesa ferrenha no Congresso. Foi bem clara quanto à sua falta de compromisso “com o erro, o desvio o malfeito”. E como não pareceu disposta a abrir exceções, é de se acreditar que pessoas consideradas por Lula diferentes dos comuns como o presidente do Senado, José Sarney, estejam incluídas. Na visão da nova presidente “o povo não aceita que governos gastem acima do que seja sustentável”. Portanto, é de supor que não estejam nos seus planos elogios à gastança feita por Lula a partir da reeleição. Em seu pronunciamento Dilma Rousseff dedicou longo trecho a afirmar seu zelo pela democracia. Prometeu zelar pela liberdade de imprensa, de culto religioso, pela observação da preservação dos direitos humanos e assegurou também que zelará pela Constituição, “dever maior da Presidência da República”. Quer dizer, não dará abrigo a tentativas de discriminação religiosa; não manterá relações de amizade com ditadores; não emprestará seu apoio a iniciativas de se impor controles do Estado sobre meios de comunicação e, assim, se dispõe a se contrapor às propostas apresentadas por parlamentares e governantes de seu partido País afora. Dilma prometeu também nomear “ministros de primeira qualidade”. Ou seja, não fará do ministério abrigo para derrotados nem para apaniguados desprovidos de competência. E o principal de tudo é que expressa seu respeito, apreço e reverência pela Constituição do Brasil, o que leva à conclusão de que não pensa em desrespeitar as leis sejam quais foram as circunstâncias. Se a tudo isso se juntar o respeito à verdade, ao patrimônio público e às regras de civilidade, a tarefa de suceder a Lula com sucesso pode ser bem mais fácil do que imagina Dilma.