quinta-feira, 26 de abril de 2012

Pintura: Vista de Toledo (c.1596/1600)

Obra-Prima do Dia (Semana de El Greco)

Já mencionamos aqui que El Greco se relacionava com a intelectualidade de Toledo, sendo ele mesmo um profundo estudioso, um homem apaixonado pela leitura.
Fez amigos como o poeta Luis de Góngora, teólogos, médicos, professores, padres, humanistas e advogados, escultores e pintores. Há poucos nobres entre os amigos de El Greco, são raros os nomes cujo título de nobreza podia ser a única referência.
Estudioso de teologia, ele se alimentava com os ensinamentos de Santa Teresa de Ávila e de São João da Cruz. A filosofia mística e teológica desses santos espanhóis pode ser percebida em toda a obra de El Greco.
A conselho do governo da vila, em plena Inquisição, a ortodoxia das telas de El Greco passava pelo crivo do doutor em teologia Pedro Salazar de Mendoza que, ao que tudo indica, foi o primeiro proprietário do quadro que hoje mostramos, Vista de Toledo.
Todos esses amigos possuíam obras do pintor. O segundo homem na hierarquia da terrível inquisição espanhola, Pedro Girón, tinha em sua coleção uma tela do pintor, o que nos revela também um outro lado do homem El Greco...


Apesar de não ser mais a capital da Espanha, a vida intelectual e espiritual em Toledo era das mais fecundas em toda o país. A cidade era o centro eclesiástico espanhol e nela preponderava um ambiente intensamente religioso e místico, que combinava perfeitamente com o espírito do pintor.
Vista de Toledo sob uma tempestade é geralmente considerada como uma das primeiras paisagens pelo seguinte motivo: não é o pano de fundo de uma imagem e sim a própria imagem. É o tema único do quadro.
Um detalhe: é uma das duas paisagens de Toledo pintadas por El Greco que sobreviveram até nossos dias.
Não se sabe o motivo que o levou a pintar essa vista. Pode ter sido uma exaltação à cidade, tão querida por ele, ou apenas uma maneira de seguir seus estudos de luz e cromatismo; essa mesma obra serviu como modelo para paisagens de fundo de obras posteriores.
A visão tempestuosa de Toledo que o artista nos dá é de um poderoso impacto visual, cheia de mistério. Dos relâmpagos emana uma luz fria, cinzenta e fantasmagórica, que ilumina a cidade e destaca o conjunto de edifícios, principalmente a torre da Catedral.
El Greco confere um efeito dramático à cena com a utilização de variações de tons das cores verde, azuil e cinza, com linhas perpendiculares e retorcidas que desenham a vegetação, o rio e as fileiras de casas e monumentos.
Não sei se os estudiosos de Artes Plásticas concordarão comigo, mas a mim me parece que essa tela poderia ter sido assinada uns 300 anos depois - com os verdadeiros gênios, que são poucos, isso é comum: antecipam-se ao porvir.

Acervo Metropolitan Museum of Art, Nova York

quarta-feira, 25 de abril de 2012

PMDB admite convocar LULA a depor na CPI DO CACHOEIRA



O PAI DO MENSALÃO






A cúpula do PMDB no Senado subiu o tom e, nos bastidores, já ameaça convocar o ex-presidente Lula a se explicar caso o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, seja chamado a depor na CPI mista que investigará os esquemas do bicheiro Carlos Cachoeira. Lula é suspeito de aceitar suposta doação de R$ 1 milhão do contraventor, para sua campanha de 2002, em troca da legalização dos bingos.

 

O Brasil apodrece.


Um post publicado em 22 de junho de 2011 registrou a repulsa dos brasileiros honestos com o desempenho de Lula num encontro do PT em Sumaré. No Sermão aos Companheiros Pecadores, clímax da missa negra, o mestre ensinou a seus discípulos que, sem união, nenhum bando escapa de perdas dolorosas. Explicou que Antonio Palocci, por exemplo, perdeu o empregão na Casa Civil não pelo que fez, mas pelo que o rebanho deixou de fazer. Foi despejado não por excesso de culpa, mas por falta de braços solidários.
Para ilustrar a tese, o pregador evocou o escândalo do mensalão ─ sem mencionar a expressão banida do vocabulário do bordel das antigas vestais. “Eu sei, o Zé Dirceu sabe, o João Paulo sabe, o Ricardo Berzoini sabe, que um dos nossos problemas em 2005 era a desconfiança entre nós, dentro da nossa bancada”, disse o pregador. “A crise de 2005 começou com uma acusação no Correio, de três mil reais, o cara envolvido era do PTB, quem presidia o Correio era o PMDB e eles transformaram a CPI dos Correios, para apurar isso, numa CPI contra o PT, contra o Zé Dirceu e contra outros companheiros. Por quê? Porque a gente tava desunido”.
Com o cinismo dos que espancam a verdade desde o berço, o sumo-sacerdote da seita omitiu o essencial. Foi ele quem entregou o controle dos Correios ao condomínio formado pelo PMDB e pelo PTB. O funcionário filmado embolsando propinas era afilhado do deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, que merecera do amigo presidente “um cheque em branco”. O desconfiado da história foi Jefferson, que resolveu afundar atirando ao descobrir que o Planalto não o livraria do naufrágio. Ao contar o que sabia, desmatou a trilha que levaria ao pântano do mensalão.
Não podemos errar de novo, advertiu o embusteiro. Para tanto, é preciso preservar a coesão do PT e da base alugada recorrendo à receita caseira: “A gente se reúne, tranca a porta e se atraca lá dentro”, prescreveu. Encerrada a briga de foice, unifica-se o discurso em favor dos delinquentes em perigo. “Eu tô de saco cheio de ver companheiro acusado, humilhado, e depois não se provar nada”, caprichou na indignação de araque o padroeiro dos gatunos federais.
Aos olhos do país que presta, gente como o mensaleiro José Dirceu, a quadrilheira Erenice Guerra ou o estuprador de sigilo bancário Antonio Palocci têm de prestar contas à Justiça. Para Lula, todos só prestaram relevantes serviços à pátria. A lealdade ao chefe purifica. “Os adversários não brincam em serviço”, fantasiou. “Toda vez que o PT se fortalece, eles saem achincalhando o partido”.
Milhões de brasileiros não conseguem enxergar no homem que brinca de xerife o vilão do faroeste de quinta categoria. Ao longo de oito anos, enquanto cuidava de transformar a ignorância em virtude, Lula acelerou a decomposição moral do país. O Brasil deste começo de século lembra um grande clube dos cafajestes sustentado por multidões de sobreviventes para os quais a vida consiste em não morrer de fome. Essa sim é a herança maldita.
Se conseguisse envergonhar-se com alguma coisa, o ex-presidente estaria pedindo perdão aos brasileiros por ter institucionalizado a impunidade dos corruptos companheiros. Se não fosse portador da síndrome de Deus, saberia que ninguém tem poderes suficientes para revogar os fatos e decretar a inexistência do mensalão. Como Lula é o que é, continua convencido de que livrará do merecidíssimo castigo os bandidos de estimação.
Neste outono, para perseguir inimigos e, simultaneamente, dispersar os holofotes concentrados no processo à espera de julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Grande Pastor ordenou ao rebanho que apressasse a instauração da CPI do Cachoeira. Má ideia. As escavações mal começaram e a Delta Construção, a empreiteira que mais lucrou com as licitações bandalhas do PAC, vai assumindo o papel principal na ópera dos ladrões.
Uma CPI do Cachoeira abrange as maracutaias protagonizadas por um sócio da empresa que ganhou bilhões na construção do Brasil Maravilha de cartório. Para devassar por inteiro a rede de catacumbas, é necessária uma CPI da Delta. É essencial ouvir o que tem a dizer Fernando Cavendish, porque as coisas vão muito além de Goiás e do Distrito Federal. “Como está o Serginho?”, quis saber Lula de um amigo comum na semana passada. Serginho é Sérgio Cabral, compadre, amigo do peito e parceiro de Cavendish em aventuras bilionárias. Se já não está, logo estará muito mal no retrato.
Lula acha que os leais prontuários infiltrados na CPI manterão as investigações sob controle. Vai descobrir outra vez que pode muito, mas não pode tudo. A CPI acabará tropeçando nos incontáveis corruptos de bom tamanho espalhadas pelo caminho. Um dos mais graúdos está no trecho que passa por Belo Horizonte.

A Delta, ou o Cachoeira, teria dado uma grana a campanha de Marta Suplicy

Charge original de sponholz
Mantendo providencial distância do rolo da CPI mista do Cachoeira no Congresso, Marta Suplicy recebeu, em 2004, um senhor empurrão da Delta Construções na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
A empreiteira de Fernando Cavendish doou 415 000 reais ao comitê de campanha do PT na capital paulista.
Naquele ano, a Delta distribuiu 1,7 milhão de reais a candidatos e partidos políticos em todo o país.

Suposto envolvimento de Ministros, mancha o Poder Judiciário.

STF E STJ COVIS DE BANDIDOS DE TOGA COM A FALÊNCIA DEFINITIVA DO PODER JUDICIÁRIO?
Divulgada na Internet uma suposta ordem do STF para que a Polícia Federal lhe entregasse toda a documentação das operações Monte Carlo (Demóstenes vrs Cachoeira) e Las Vegas (Cachoeira vrs Cúpula do Judiciário).A mesma fonte denuncia que nos bastidores do Covil de Bandidos – poder público – corre a informação do envolvimento, em maior ou menor grau, de nove ministros do STJ e quatro do STF com esses escândalos de corrupção.O fato de supostamente e inexplicavelmente o STF ter ordenado que não ficasse nenhuma cópia de qualquer documento de posse da Polícia Federal (me engana que eu gosto) agrava e muito que as denúncias possam ter embasamento real.Esse cenário institucional – embasamento real – poderá definir a falência definitiva do Poder Judiciário no país.Diante dessa suposição, se comprovada totalmente ou parcialmente verdadeira, qual será a reação da sociedade? Qual será a reação das Forças Armadas diante da suposta Falência do Poder Judiciário? Qual será a reação da banda boa do Poder Judiciário e da Polícia Federal, absolutamente desqualificada por essa ordem do STF que é totalmente ilegal e denuncia um hediondo abuso de poder porque não foi submetida previamente ao seu plenário para ser votada?Estamos diante – se comprovado – de um gravíssimo cenário de desordem institucional que poderá ter três consequências prováveis:- Um abafa geral o que significaria a formalização pública do Regime Fascista Civil com o aval das Forças Armadas e a desqualificação formal do Poder Judiciário como defensor da ordem legal no país, ficando ainda absolutamente comprovada que o termo Covil de Bandidos é a única qualificação possível para o poder público, - Uma dura reação nascida no próprio poder público para promover a destituição desse Regime Fascista Civil disfarçado com o apoio da Polícia Federal e das Polícias Civil, Militar e com total apoio de oficiais das Forças Armadas - não vendidos ao poder executivo - e a convocação de novas eleições gerais,- Uma reação social – podendo descambar para uma guerra civil com a convocação das milícias petistas pela presidente para saírem às ruas – em larga escala com o apoio de instituições civis e das Forças Armadas, impondo através de uma junta civil-militar a destituição do desgoverno petista e do destituição do Congresso Nacional, com a prisão de todos os envolvidos e o consequente cancelamento de qualquer foro privilegiado,- Será que a Sra. Hillary Clinton está acompanhando pela mídia a comprovação do teor da sua absurda idiotice ao declarar em entrevista coletiva que o governo brasileiro estaria dando um exemplo para o mundo sobre o combate à corrupção?- Será que as malas e os passaportes italianos já estão prontos para partir levando de lembrança o crucifixo do gabinete presidencial?

Relator da CPI é "ligado" a Zé Dirceu.

Relator da CPI é "ligado" a Zé Dirceu.

Deputado Odair Cunha (PT-MG)
Foto:Luiz Alves-Ag. Câmara
O PT demorou, demorou e, enfim, escolheu como relator da "CPI do "Cachoeira" o Deputado Odair Cunha. Justo um Deputado ligado ao "consultor" José Dirceu.
Terá sido escolhido " a dedo"?
Acredito que não foi uma escolha mas uma indicação de Zé Dirceu que, óbviamente, tem interesses profissionais e polítiticos "em jogo" na CPI.
E, explico: Zé Dirceu foi consultor da Delta, empresa que será um dos objetivos de investigação(?) da CPI. Ao mesmo tempo, Zé Dirceu tem a intenção óbvia de, em comunhão com seu Chefe Luiz da Silva, destruir as carreiras políticas de Demóstenes e Marconi Perillo.
Não obstante, esta será uma CPI onde a oposição, se for inteligente e hábil, terá tudo para abrir a caixa preta do PT.
E foi por isso que o PT escolheu um relator que sempre viveu fora dos holofotes e que deve ter se  coprometido a uma fidelidade canina aos objetivos de seu partido, sejam estes éticos ou não. 
Uma coisa é incontestável: Nos bastidores de Brasília todos dizem que caberá a Zé Dirceu e Luiz da Silva "dá as cartas" e que a ordem primeira é blindar os petistas e seus "amigos" atolados até o pescoço no lamaçal da corrupção.

PT terá de devolver dinheiro do fundo partidário, decide TSE

Tribunal decide que PT deverá devolver o dinheiro gasto com bebidas
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou nesta terça-feira (24) que o PT devolva R$ 9 mil aos cofres públicos e R$ 50 mil ao fundo partidário, após apontar irregularidades nas contas do partido de 2006. O G1 procurou o advogado do partido após o julgamento, mas não conseguiu localizá-lo.
De acordo com o relator da prestação de contas da sigla, ministro Marcelo Ribeiro, o dinheiro que deverá ser devolvido ao erário teria sido gasto com bebidas alcoólicas.
“Não é aceitável que as receitas do Fundo Partidário sejam gastas com bebidas alcoólicas, ainda que fossem componentes de buffet contratado para a inauguração da sede nacional do partido”, afirmou.
* Débora Santos - Do G1, em Brasília

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A Delta também atuou na Petrobrás.Seu consultor: Zé Dirceu.

“No fim de 2008, a Petrobras convidou a Delta para duplicar o parque de expedição de diesel na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc). Um convite inusitado, uma vez que a empreiteira era especializada em obras rodoviárias e construção civil. Para suprir a carência técnica e se habilitar, a Delta comprou a Sigma, empresa que já tinha diversas parcerias com a estatal. Depois dessa negociação, a empreiteira assinou um contrato com a Petrobras no valor de 130 milhões de reais. A aproximação entre a Delta e a Sigma foi feita pelo engenheiro Wagner Victer, auxiliar do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que é compadre de Cavendish. O negócio parecia bom para todos os envolvidos. A Petrobras contratou a obra por um preço considerado baixo, a Delta se cacifou para atuar no bilionário ramo do petróleo e os donos da Sigma ficariam ainda mais ricos. Mas nem tudo correu como se esperava. Cavendish e seus sócios se desentenderam ao cabo de disputas financeiras. Dos ex-sócios inconformados partiu a revelação, certamente de alto interesse para a CPI instalada na semana passada, segundo a qual, para conseguir o contrato na Petrobras, a Delta teria pago propina. Sob a condição de anonimato, um deles contou a VEJA que a Sigma, além de servir como fachada técnica para as operações da Delta, funcionou como caixa para quitar faturas em que a própria Delta preferia não aparecer como devedora. Para ocultar o pagamento de propina, segundo o relato gravado do ex-sócio, que diz temer por sua segurança, a Sigma foi orientada a simular a contratação de serviços para justificar a saída da propina. Os diretores da Delta indicavam o valor e os funcionários da estatal a ser beneficiados. A fatura era então encaminhada a José Augusto Quintella e Romênio Marcelino Machado, ex-donos da Sigma que continuaram na empresa. Seguindo orientações de Cavendish, eles providenciavam notas frias para justificar os gastos com a propina. Essas notas eram assinadas por Quintella e Machado e por Flávio Oliveira, diretor da Delta. Só funcionários da área operacional da Petrobras, segundo o ex-sócio, receberam 5 milhões de reais. Um volume ainda maior teria sido pago a dirigentes da empresa. Desse mesmo caixa saíram os recursos para pagar os trabalhos de consultor prestados por José Dirceu.” ( VEJA)

Pacientes reclamam que Lula fura fila


Lula visita Sarney no Hospital Sírio-Libanês
Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula
Lula encontra todos os dias pelas 9h, no hospital Sírio Libanês, quase os mesmos pacientes em tratamento contra câncer ou fonoaudiologia, como ele. Todos os dias, a mesma desfeita: com ajuda de seguranças, ele fura a fila do elevador que leva doentes à radioterapia e outros setores. Após inúmeros dias fazendo a mesma coisa, esta semana um paciente reclamou. Ele fez que não ouviu, e furou a fila novamente. O ex-presidente Lula sempre cumprimenta os pacientes quando chega ao hospital, mas não abre a mão de furar a fila. Por outro lado, o tratamento de Lula mudou a rotina do Hospital Sírio Libanês, agora uma espécie de sede do governo paralelo chefiado pelo ex-presidente e acompanhado dos seus apaninguados.

Assessor de Palocci revelou a CPI que Cachoeira financiou campanha de Lula

Foto
BURATTI: CACHOEIRA DEU UM MILHÃO À CAMPANHA DE LULA

Mentor da CPI do Cachoeira, que só saiu graças à pressão que ele fez sobre líderes governistas no Congresso, o ex-presidente Lula pode virar um dos seus alvos, conforme a coluna Claudio Humberto já havia destacado na última terça (17): o advogado Rogério Buratti, amigo do ex-ministro Antonio Palocci, afirmou em depoimento à CPI dos Bingos, em 2005, que em parceria com "empresários dos jogos" do Rio e de São Paulo, o bicheiro Carlos Cachoeira teria dado R$ 1 milhão de caixa dois para campanha de Lula em 2002. O assunto foi retomado neste domingo pelas jornalistas Andreza Matais e Andréia Sadi, da Folha de S. Paulo. Diz o texto da CPI dos Bingos: "Rogério Tadeu Buratti afirmou de maneira firme e clara que o senhor Waldomiro Diniz, representando José Dirceu, arrecadou dinheiro de 'bingueiros' no Estado do Rio de Janeiro, e ainda da Gtech e do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e que o valor arrecadado por Waldomiro seria algo em torno de R$ 1 milhão." No total, segundo o relatório, "empresas de jogos" irrigaram "a campanha do presidente Lula e o PT" com R$ 2 milhões de reais. "Os recursos transitaram pelo comitê financeiro da campanha." Buratti foi secretário do ex-ministro Antonio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto (SP). Waldomiro Diniz, citado por ele, era braço direito do então ministro José Dirceu, que coordenou a campanha de Lula em 2002. A investigação da denúncia não foi realizada graças a uma manobra governista que impediu a quebra de sigilos bancários.

domingo, 22 de abril de 2012

LULA É O PAI DO MENSALÃO


CPI pode chamar Lula para explicar R$ 2 milhões doados por Cachoeira para caixa dois da sua campanha em 2002.

Incentivador da CPI do Cachoeira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode virar um dos focos da comissão de inquérito. A oposição tirou da gaveta depoimento do advogado Rogério Buratti à CPI dos Bingos, em 2005, no qual ele diz que em parceria com "empresários dos jogos" do Rio de São Paulo, Carlinhos Cachoeira teria dado R$ 1 milhão de caixa dois para campanha de Lula em 2002. Cachoeira foi preso pela Polícia Federal por envolvimento com o jogo ilegal e seus negócios serão investigados por uma CPI no Congresso.

Diz o texto da CPI dos Bingos: "Rogério Tadeu Buratti afirmou de maneira firme e clara que o senhor Waldomiro Diniz, representando José Dirceu, arrecadou dinheiro de 'bingueiros' no Estado do Rio de Janeiro, e ainda da Gtech e do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e que o valor arrecadado por Waldomiro seria algo em torno de R$ 1 milhão." No total, segundo o relatório, "empresas de jogos" irrigaram "a campanha do presidente Lula e o PT" com R$ 2 milhões de reais. "Os recursos transitaram pelo comitê financeiro da campanha." Buratti foi secretário do ex-ministro Antonio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto (SP). Waldomiro Diniz, citado por ele, era braço direito do então ministro José Dirceu, que coordenou a campanha de Lula em 2002. 

O ex-senador Efraim Morais (DEM-PB), relator da CPI dos Bingos, disse que a investigação dessa denúncia não foi aprofundada na época porque houve uma manobra governista que impediu a quebra de sigilos bancários. Assessor do ex-presidente Lula, Paulo Okamoto, disse à Folha que a oposição tem que convocar outro ex-ministro, José Dirceu, para explicar a declaração, e não o Lula. "Se o Buratti está dizendo que recebeu o dinheiro tem que chamar o Buratti, o Cachoeira, o Zé Dirceu." "O Lula queria tanto a CPI que pode até ser sorteado com um depoimento para explicar o dinheiro do Cachoeira na sua campanha", afirmou o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR). 

"Teremos o vale a pena ver de novo. Se o propósito dessa CPI era atingir as oposições ou criar uma névoa sobre o julgamento do mensalão o tiro pode sair pela culatra", complementou o líder do PSDB, deputado Bruno Araújo (PE). Buratti, que mora hoje na Itália, não foi localizado pela Folha. Ele foi investigado pela CPI dos Bingos devido a sua ligação com a Gtech, empresa que a CEF (Caixa Econômica Federal) tinha contrato para operar as loterias.(Folha Poder)

ESTE BLOGUEIRO ESCREVEU POR VÁRIAS VEZES QUE TENDO O DEFUNTUS SEBENTUS COMO TORCEDOR O CORINTHIANS NÃO GANHARIA MAIS NADA.

COMEÇOU À ELIMINAÇÃO!!!

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OLHA O DEFUNTUS SEBENTUS AÍ.

Cachoeira abastece o caixa dois do PT e ainda tenta influir na Assembléia do Rio.

Foto: Ana Araujo
"São quarenta deputados, a 100 cada um, dá 4 milhões. Quando acabar a votação a gente chama os caras. Divide em dois (pagamentos). Na primeira votação, xis. Na segunda votação, o restante."
Do deputado André Luiz (foto menor), dizendo quanto custará a Carlos Cachoeira (foto maior) para subornar metade da Assembléia Legislativa do Rio.
Durante os últimos sete meses, deputados da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro esmiuçaram os meandros do mais barulhento escândalo do governo Lula – aquele em que Waldomiro Diniz, ex-assessor do ministro José Dirceu, foi flagrado pedindo propina ao empresário Carlos Cachoeira. Nesse período, a CPI ouviu sessenta depoentes, analisou documentos e produziu um relatório de 296 páginas, cuja capa é enfeitada por um desenho festivamente exótico de aviões, mesa de negociações e maços de dinheiro. No relatório, lê-se que a CPI descobriu a existência de crimes de corrupção e formação de quadrilha e pediu a prisão preventiva da dupla Waldomiro Diniz e Carlos Cachoeira. A próxima etapa é submeter o relatório ao plenário da Assembléia Legislativa. Nesses sete meses, em paralelo à investigação, aconteceu uma negociação subterrânea na qual o resultado da CPI, que o público em boa-fé acredita ser sagrado, foi colocado no pano verde por alguns de seus responsáveis. No início, negociou-se a CPI por 1 milhão de dólares. Depois, o preço caiu para 750 000 dólares. Nos últimos tempos, a quantia passou a ser cotada em moeda nacional, mas mesmo assim subiu muito.
– Agora vai custar 4 milhões de reais – exigiu o deputado André Luiz, do PMDB do Rio de Janeiro, numa conversa na noite de 16 de setembro, em sua residência no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. O deputado André Luiz estava à vontade. Vestia bermuda e camiseta e calçava um par de chinelos. A conversa deu-se na sala de televisão, onde a peça de decoração que mais chama atenção é um tapete branco com cara de urso. Era noite alta, a televisão exibia o programa Linha Direta, da Rede Globo, e o volume estava excessivamente alto, pois o deputado parecia querer evitar que qualquer microfone captasse a conversa. Seu interlocutor, porém, era o publicitário Alexandre Chaves, sócio de Carlos Cachoeira, que registrou tudo com um gravador digital escondido no bolso do paletó. "Meu objetivo era reunir provas de que estávamos sendo vítimas de uma tentativa de extorsão", explica Alexandre Chaves. Na conversa, o publicitário quis saber a razão do aumento para 4 milhões de reais. Sem constrangimento, o deputado André Luiz explicou que, agora, o relatório da CPI será examinado no plenário da Assembléia e, para mudá-lo, será preciso obter a maioria dos votos de um total de setenta deputados.
A casa do deputado André Luiz no Lago Sul, em Brasília: ali, bem à vontade, de bermuda e camiseta, o parlamentar pediu 4 milhões de reais.
– São quarenta deputados a 100 cada um. Dá 4 milhões.
É antiga a suspeita de que algumas CPIs degeneram em gazuas para parlamentares desonestos, que as usam para chantagear e extorquir suspeitos. Mas é a primeira vez que se revelam os bastidores de uma negociação entre deputados e suas vítimas para moldar o resultado de um inquérito parlamentar. Nas últimas oito semanas, VEJA apurou o caso e trouxe à tona uma transação minuciosa e despudorada, na qual se fala desinibidamente de corrupção. A revista teve acesso a mais de cinco horas de gravações feitas por emissários de Carlos Cachoeira, que negociaram o preço da extorsão com o deputado federal André Luiz e o deputado estadual Alessandro Calazans, do Partido Verde, presidente da CPI na Assembléia do Rio. Além das gravações, VEJA entrevistou acusadores e acusados. A soma de entrevistas e gravações desnuda uma história que compromete deputados estaduais e um federal que mantêm laços políticos com o ex-governador Anthony Garotinho e abre algumas conexões estranhas com o Palácio do Planalto em Brasília – especificamente, com a Casa Civil, comandada pelo ministro José Dirceu.
Foto:Fabio Motta/AE

Bruno Stuckert/Folha Imagem
Marcelo Sereno  e Waldomiro Diniz, que foram colegas de trabalho na Casa Civil: Sereno nem chegou a ser chamado a depor.
As abordagens do deputado André Luiz começaram uma semana depois da instalação da CPI na Assembléia do Rio, em março passado. Seu bote inicial foi no advogado Celso d'Ávila, que trabalhava para Carlos Cachoeira e já foi sócio de um escritório com o ex-ministro Maurício Corrêa, do Supremo Tribunal Federal. O deputado telefonou para o advogado e convidou-o a ir à sua casa no Lago Sul. Na conversa, foi direto ao assunto. Disse que a CPI recém-instalada seria muito dura com Cachoeira, mas que seus amigos poderiam evitar que o nome do empresário aparecesse no rol dos indiciados no relatório final. O preço para tanto: 1 milhão de dólares. A certa altura, enquanto o deputado e o advogado conversavam, outro personagem apareceu na sala. Era o deputado Alessandro Calazans, presidente da CPI. "Sempre que Calazans vem a Brasília, ele dorme aqui na minha casa", explicou André Luiz, querendo, na verdade, certificar o advogado de que tinha tanto poder sobre a CPI que até hospedava seu presidente. "Meu advogado me relatou a conversa, disse que era uma tentativa de extorsão e que não negociássemos nada", conta Cachoeira.
Desse momento em diante, a transação passou por diversas etapas. Querendo recolher evidências da extorsão, os emissários de Cachoeira se empenharam em simular interesse na negociação. Regatearam o preço. Conseguiram reduzir a mordida para 750.000 dólares, equivalente a 2,2 milhões de reais. Mas, como não houve pagamento, o relatório final saído da CPI acabou pedindo a prisão preventiva de Cachoeira. Agora, prestes a ser submetido ao plenário, o preço voltou a subir para 4 milhões de reais. "Vocês vacilaram muito", advertiu André Luiz numa conversa com emissários de Cachoeira. "Antes, era 1 milhão de dólares, 3 milhões de reais..." Na conversa de 16 de setembro, André Luiz explica que nem todos os deputados recebem a mesma quantia. É 100.000 reais por cabeça em média. Conforme a versão que ele deu ao pessoal de Cachoeira, os presidentes de comissão e líderes de bancada, por exemplo, ganham um pouco mais. Os que se limitam a votar como quer o comprador recebem um pouco menos. A divisão desigual não costuma gerar desavença. "É tudo fácil. Não tem nada difícil ali", comentou André Luiz, que já exerceu dois mandatos de deputado estadual.

Foto:Ricardo Leoni/Ag. O Globo
Foto: Ana Araujo
Deputado Picciani, presidente da Assembléia do Rio, e Bispo Rodrigues, que soube de tudo e denunciou a extorsão.
O deputado André Luiz foi a detalhes. "Quando acabar a votação a gente chama os caras. Divide em dois (pagamentos). Na primeira votação, xis. Na segunda votação, o restante." André Luiz informa que o pagamento poderia ser feito no gabinete da deputada estadual Eliana Ribeiro, do PMDB, sua esposa. Para chegar aos quarenta deputados que teriam de ser remunerados, André Luiz explica que algum dinheiro também precisa ser destinado aos deputados que vão anunciar voto contrário. A encenação é assim: eles votam contra, fazem barulho, satisfazem suas bases, mas são remunerados por baixo do pano para que estejam no plenário garantindo quórum mínimo. "Quem vota contra ganha um pouquinho menos", contabiliza André Luiz. Para tranqüilizar seu interlocutor, ele promete que, na hora certa, deixará Brasília e desembarcará no Rio para acompanhar a votação. "Vou sentar no gabinete da minha esposa e ficar manipulando as coisas, chamando fulano, sicrano."
No curso das negociações, André Luiz contou aos homens de Cachoeira que o presidente da Assembléia Legislativa do Rio, o deputado Jorge Picciani, do PMDB, também participa do esquema, mas tem mais interesses na área federal. Explicou que, devido aos interesses federais de Picciani, a CPI logo arrolou dois personagens para ouvir. Um era Rogério Buratti, ex-secretário do ex-prefeito Antonio Palocci e acusado de pedir propina a uma multinacional para intermediar um contrato com a Caixa Econômica Federal. Buratti chegou a ser convocado para depor na CPI, não apareceu e nunca ninguém reclamou. O outro personagem era Marcelo Sereno, que fora colega de Waldomiro Diniz e, na época, ainda trabalhava na Casa Civil. "Picciani sabe que o Marcelo Sereno era caixa do PT no Rio e, se aproveitando disso, negociou cargos para que ele não fosse convocado", explicou André Luiz, numa conversa na manhã do dia 17 de setembro, em Brasília. O nome de Marcelo Sereno apareceu no rol dos indiciados, mas acabou sumindo depois de uma sessão secreta da CPI. "Picciani não tem nenhum cargo no governo federal", garantiu Marcelo Sereno.
A idéia de propor a convocação de Marcelo Sereno foi apresentada pelo deputado estadual Paulo Ramos, do PDT. "O Picciani foi quem mandou o Paulo Ramos pedir a convocação", contou André Luiz. Mas, numa sessão secreta, realizada em 31 de março, o requerimento foi indeferido de goleada – 9 votos contra 1. "Logo depois disso houve duas nomeações negociadas diretamente com a Casa Civil. Uma para um fundo de pensão e outra numa estatal", detalha André Luiz. A próxima bala de Picciani parece já ter sido colocada na agulha. O Supremo Tribunal Federal autorizou a CPI a quebrar o sigilo bancário de Waldomiro Diniz. Picciani, de acordo com os comentários de André Luiz feitos durante uma conversa gravada, estaria esfregando as mãos para trabalhar com a ameaça de vasculhar as contas bancárias do ex-assessor do ministro José Dirceu. "O Waldomiro era um dos caixas do José Dirceu, todos sabem disso, Picciani sabe."
Apesar das evidências de que o deputado André Luiz tinha ascendência sobre os deputados estaduais envolvidos na CPI, os emissários de Cachoeira resolveram pedir provas concretas de seu poder de entregar a mercadoria que estava oferecendo. Pediram três coisas: que o depoimento de Cachoeira fosse tomado em Goiânia, e não no Rio; que duas testemunhas escolhidas por Cachoeira fossem convocadas para depor na CPI; e que uma lista de perguntas, previamente preparadas por Cachoeira, fosse feita às testemunhas durante o depoimento. André Luiz então provou que realmente mandava no pedaço. No dia 5 de abril passado, os membros da CPI desembarcaram em Goiânia para tomar o depoimento de Cachoeira. As duas testemunhas indicadas foram devidamente convocadas. Uma delas, Messias Ribeiro Neto, ex-sócio de Cachoeira, depôs em 30 de março. A outra, Carlos Martins, um empresário em Goiás, compareceu à CPI em 20 de maio. E as cerca de quinze perguntas redigidas pelos advogados de Cachoeira foram integralmente formuladas às testemunhas por membros da CPI.
Houve um momento em que a negociação pareceu correr o risco de desandar. O deputado federal Bispo Rodrigues, do PL do Rio, soube dos achaques no âmbito da CPI e resolveu denunciar. Em conversa com Picciani, seu amigo e presidente da Assembléia, o deputado Bispo Rodrigues contou o que sabia. Picciani comentou que o deputado André Luiz "vivia fazendo isso" quando tinha mandato na Assembléia Legislativa. "Ainda bem que ele foi para Brasília", disse. Passaram-se duas semanas e nada. Bispo Rodrigues voltou a Picciani para reforçar a denúncia e seu pedido de providências. De novo, nada. "Fiz o que minha consciência mandou. Não quero mais falar sobre esse assunto", disse a VEJA o deputado Bispo Rodrigues. Em Brasília, o deputado André Luiz soube da denúncia de Bispo Rodrigues graças à amizade com Picciani. "Picciani me disse que o bispo esteve com ele. O bispo contou tudo. Imagina se o Picciani não fosse meu irmão, meu parceiro. Se é outra pessoa, essa p.... tinha explodido para a imprensa", disse ele, na conversa de 17 de setembro. "Nós formamos um grupo só: Sérgio Cabral, Picciani, eu, Calazans, Paulo Melo." Referia-se ao senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e aos deputados Picciani, presidente da Assembléia, Alessandro Calazans, que preside a CPI, e Paulo Melo, relator da CPI.
Numa negociação, não é incomum que o vendedor, no afã de parecer merecedor do dinheiro e da confiança de seu interlocutor, acabe garganteando vantagens que não tem. Pode ser que, no incontido desejo de colocar a mão no dinheiro, o deputado André Luiz tenha inventado que participa de um grupo influente. As relações entre eles são inequívocas. Em suas viagens a Brasília, os deputados Alessandro Calazans e Paulo Melo costumam ficar hospedados na residência de André Luiz.
– Vamos fechar 100 agora e 100 depois.
A frase acima apareceu no último encontro entre André Luiz e auxiliares de Cachoeira. Foi no dia 6 de outubro passado, à tarde, no gabinete do deputado. André Luiz estava nervoso. Seu filho, conhecido como Andrezinho, candidato a vereador no Rio, perdera a eleição por apenas 1 000 votos e sua campanha deixara dívidas na praça. Em meio ao nervosismo, o deputado André Luiz contou que estava marcado o encontro com Calazans para concluir a negociação dos 4 milhões de reais e retirar o pedido de prisão preventiva de Cachoeira do relatório da CPI – mas exigiu que, desta vez, antes de qualquer movimento, fosse feito um adiantamento de 200.000 reais, com metade à vista e metade depois da reunião. "Estou precisando resolver um negócio", disse ele, referindo-se às dívidas de campanha do filho. "Preciso de 100.000 de pronto. Essa é a minha proposta." Em tom nervoso, despachou uma ameaça a Cachoeira. "Se ele não aceitar, vai perder muito mais do que isso."
A biografia de André Luiz já se cruzou antes com episódios semelhantes. Como atuante membro da Comissão de Defesa do Consumidor na Câmara Federal, André Luiz conseguiu aprovar a convocação de todos os presidentes de empresas de telefonia. Dias depois dessa decisão, as companhias começaram a ser vítimas de achaque. Os rumores de que por trás das tentativas de extorsão estava o deputado André Luiz chegaram ao presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha, e ao então líder do PMDB, deputado Eunício Oliveira. Por precaução, Eunício afastou André Luiz da comissão do consumidor, mas o deputado conseguiu voltar a integrá-la mais tarde. Os deputados cujas vozes aparecem nas gravações foram ouvidos por VEJA. Por meio de uma nota, Jorge Picciani, presidente da Assembléia, desmente que tenha sido alertado por Bispo Rodrigues de que membros da CPI estavam se envolvendo em corrupção. "Isso é uma piada. O relatório não protege Cachoeira. Agora, se o André Luiz tomou dinheiro de alguém não tenho nada a ver com isso", reagiu Alessandro Calazans, presidente da CPI. O principal protagonista das fitas, o deputado federal André Luiz, fez sua defesa: "Eu estou em Brasília. Não tenho nada a ver com a Assembléia do Rio. Faz muito tempo que não falo com o Picciani. Ele está ligado ao Garotinho. Eu, ao governo federal". As fitas a que a revista teve acesso foram periciadas e sua autenticidade confirmada.
"Picciani foi quem mandou convocar(Marcelo Sereno). Logo depois disso,houve duas nomeações negociadasdiretamente com a Casa Civil."
Do deputado André Luiz, ao comentar que Jorge Picciani, presidente da Assembléia do Rio, fez pressão na área federal.
"Imagina se o Picciani não fosse meu irmão, meuparceiro. Se é outra pessoa, essa p... tinha explodidopara a imprensa."
Do deputado André Luiz, festejando o fato de Bispo Rodrigues tê-lo denunciado justamente para seu amigo Picciani
"Logo depois do primeiro turno das eleições, vou marcar uma reunião no escritório. Vou chamar o Calazans (presidente da CPI). Ele vai ajudar."
Do deputado André Luiz, agendando encontro com emissário de Cachoeira para negociar pagamento de 4 milhões de reais
*Policarpo Junior

O homem que sabe demais.

A Delta Construções, de preferida do PAC, está prestes a ser declarada como empresa inidônea, perdendo R$ 6 bilhões ja empenhados em seu nome pelo governo federal.
Acusação? Superfaturamento para, com o resultado obtido, pagar propina a funcionários públicos, políticos e partidos.
Como vai quebrar, como ele próprio afirmou em entrevista de uma semana atrás, Fernando Cavendish pode virar um herói. Pode abrir completamente a caixa preta das empreiteiras, nominando os beneficiados pelo deltaduto. Se não fizer isso, como sempre na história deste país, Cavendish vai sair como o único bandido, poupando corruptos em todos os escalões.
A Delta ganhou muito dinheiro recolhendo lixo superaturado em todo o Brasil. Pode prestar um grande serviço removendo o lixo do Executivo, do Legislativo e do Judiciário do país.
Conta tudo, Cavendish!

Titanic à brasileira.

sábado, 21 de abril de 2012

Protestos em cidades brasileiras pedem o julgamento do mensalão

 

 

Manifestação em frente à Esplanada dos Ministérios: contra a sem-vergonhice do mensalão e do governo do DF (Foto: Pedro Ladeira/AFP)
Manifestação em frente à Esplanada dos Ministérios: contra a sem-vergonhice do mensalão e do governo do DF (Foto: Pedro Ladeira/AFP)
Na VEJA Online:
Milhares de pessoas foram às ruas neste sábado em 80 cidades do Brasil para pedir rapidez no julgamento do mensalão (…). O principal objetivo das manifestações é pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que julgue o mais rápido possível o caso que investiga os subornos feitos a dezenas de deputados em 2004 e 2005 e o suposto financiamento ilegal da campanha eleitoral que levou Lula ao poder em 2003. Os manifestantes também pedem ficha limpa para todos os ocupantes de cargos públicos, o fim do voto secreto no Congresso e a transformação da corrupção em crime hediondo.
A maior marcha aconteceu em Brasília, onde, segundo cálculos da Polícia Militar, cerca de 3 mil pessoas vestidas de preto se concentraram na esplanada dos Ministérios. Em menor número, houve protestos na maioria das 27 capitais do país, segundo dados dos organizadores.
O presidente do Supremo, o ministro Ayres Britto, afirmou nesta semana que pretende concluir o julgamento nos próximos meses, antes das eleições municipais de outubro.
ProtestoBrasília e Rio de Janeiro saíram na frente em suas manifestações em prol do julgamento do mensalão. (…). Eram mais de 10 horas quando manifestantes começaram a se aglomerar no gramado da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. (…)
No final do protesto, já na Praça dos Três Poderes, os manifestantes cantaram o Hino Nacional e encerraram o evento.
Chama atenção a baixa faixa etária dos participantes. (…) Jovens universitários ou do ensino médio, trajando roupas pretas, compõem a maioria do grupo de manifestantes. Questionado se o apartidarismo do protesto poderia minar sua eficácia, Rafael Baianuk, estudante de 22 anos, afirmou: “Nosso mecanismo é fazer pressão para que eles [congressistas] mudem. Não é um apartidarismo passivo.”
(…) As pautas de reinvindicações locais pedem Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o governador Agnelo Queiroz (PT-DF) e melhorias no sistema de saúde pública, um dos problemas crônicos do Distrito Federal.
(…)
Manifestantes se concentram na Avenida Paulista para cobrar mais agilidade do Supremo (Manifestação em frente à Esplanada dos Ministérios: contra a sem-vergonhice do mensalão e do governo do DF (Foto: Ivan Pacheco)
Manifestantes se concentram na Avenida Paulista para cobrar mais agilidade do Supremo (Foto: Ivan Pacheco)
Em Curitiba, ruas são tomadas por pessoas de preto: julgamento já e punição dos culpados (Foto:Denis Ferreira Netto/Futura Press)
Em Curitiba, ruas são tomadas por pessoas de preto: julgamento já e punição dos culpados (Foto: Denis Ferreira Netto/Futura Press)
Marcha cobra, além da punição dos culpados pelo mensalão, aplicação da lei da Ficha Limpa e corrupção como crime hediondo, como se vêm Belém (Foto:Tarso Sarraf/AE)
Marcha cobra, além da punição dos culpados pelo mensalão, aplicação da lei da Ficha Limpa e corrupção como crime hediondo, como se vê em Belém (Foto:Tarso Sarraf/AE)
Um dos manifestantes de Brasília: com roupa de presidiário e mala de dinheiro (Foto:Pedro Ladeira/AFP)
Um dos manifestantes de Brasília: com roupa de presidiário e mala de dinheiro (Foto: Pedro Ladeira/AFP)
Em Brasília, manifestantes pedem cadeia para os corruptos e devolução do dinheiro roubado (Foto: Antonio Cruz)
Em Brasília, manifestantes pedem cadeia para os corruptos e devolução do dinheiro roubado (Foto: Antonio Cruz)
Manifestantes ainda lembram os tempos dos cara-pintadas, quando a esquerda cobrava punição dos corruptos; hoje, pede a impunidade (Foto: Pedro Ladeira-AFP)
Manifestantes ainda lembram os tempos dos cara-pintadas, quando a esquerda cobrava punição dos corruptos; hoje, pede a impunidade (Foto: Pedro Ladeira-AFP)