Depois do Caso Palocci, que escancarou o tráfico de influência que campeia o Palácio do Planalto, ficou comprovado que o Dossiê dos Aloprados foi ordenado pelo candidato Aloisio Mercadante(PT-SP), se considerarmos o testemunho gravado do petista Expedito Veloso.
Também ficou comprovado que o Mensalão existiu, haja vista as alegações finais da Procuradoria Geral da República, que pede 111 anos de cadeia para José Dirceu, o "chefe da quadrilha", além da condenação de 37 envolvidos, muitos deles com posição de destaque na base de apoio do governo Dilma.
Como se não bastasse, acaba de cair toda a cúpula do Ministério dos Transportes, envolvendo um partido, o PR, que pode ser chamado de Partido da Roubalheira, em todos os tipos de fraude em obras públicas, com o objetivo de fazer caixa de campanha para si e, segundo um dos envolvidos, para a própria campanha de Dilma Rousseff.
Acham que pára por aqui?
Não, também tem a Petrobras favorecendo a empresa de um senador do PMDB em licitação, abrindo um rombo de algumas dezenas de milhões nos cofres da estatal. A nossa "petrolera", cada vez com mais cara de PDVSA, que hoje vale menos que o seu patrimônio, achou por bem bancar a fiscal municipal e desclassificar uma proposta cerca de 30% mais barata porque a empresa ofertante não conseguiria pagar um ISS de no máximo 5% na cidade de Macaé.
Na campo fértil da corrupção nas estatais, o BNDES está sendo chamado a pagar a conta de quase R$ 4 bilhões para um supermercado brasileiro comprar um supermercado francês, criando um gigante que vai dominar 33% do mercado brasileiro e cujo dono, casualmente, foi cotado para ser ministro da Dilma e seu apoiador de primeira hora.
Mas não vamos ser injustos com o governo federal, como se ele fosse o único ator neste mar de lama.
O governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que governa o estado mais favorecido pelas obras do PAC, tem relações íntimas, turbinadas por potentes jatinhos e caríssimas festas em resorts, com o maior empreteiro e com o maior empresário do Brasil, doadores e beneficiários de grandes projetos com dinheiro público, a maioria deles sem a devida licitação. Já o seu vice-governador, vulgo Pezão, um verdadeiro pé-de-chinelo perto de gang tão chique, acaba de desapropriar o cafofo do concunhado, por preço superfaturado, uma merreca de R$ 200 mil.
Querem a cereja do bolo? Então leiam o que José Dirceu, o "chefe da quadrilha" do Mensalão declarou em recente entrevista:
" Ocorre que nas hostes oposicionistas é costumeira a confusão entre o que se constitui loteamento de fato e o desejável e necessário preenchimento de cargos do alto escalão com critérios não somente técnicos, mas políticos... Em suma, não se pode atrair para funções-chave na administração pública pessoas alheias ou contrárias ao rumo maior de um governo -o que seria, inclusive, estelionato eleitoral".
Pelos últimos acontecimentos e pela qualidade do interlocutor, sem dúvida alguma o rumo maior deste governo é fazer do Brasil o país mais corrupto do mundo.
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