Cebola passa o tomate e sobe 21% em março. Outros produtos que frequentam a mesa do brasileiro também tiveram altas expressivas nos preços no mês.
Após a disparada do preço do tomate, agora foi a vez da cebola aparecer como vilã da inflação. Em março, a alta média dos preços medidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 0,47%, mas o preço da cebola explodiu e chegou a 21,43%. Outros produtos que frequentam a mesa do brasileiro também tiveram altas expressivas nos preços no mês. A cenoura subiu 14,96%, o repolho, 15,74% e o feijão carioca, 9,08%. Entre as frutas, a maior inflação foi a da manga, que subiu 30,2%.
No cálculo da inflação acumulada em 12 meses, porém, o tomate ainda ganha da cebola: a alta é de 122,13%, contra 76,46%. Mas o campeão da inflação no período é a farinha mandioca, que subiu 151,39%, segundo o IBGE.
Segundo o colunista econômico Rolf Kuntz, do Estadão, é errado atribuir a um único produto a alcunha de vilão da inflação, pois o cálculo é feito com base em uma média ponderada para evitar efeitos da sazonalidade. "Um gerente de banco que concede empréstimos fáceis é mais inflacionário que o feirante ou o dono da quitanda", comenta Kuntz.
"São Pedro, quando manda uma chuva de granizo sobre a lavoura, também é inflacionário", afirma Kuntz
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