Atribui-se ao falecido humorista Millor Fernandes a seguinte afirmação: O PT não é um partido político, mas uma etnia. Independente de que seja do grande humorista a célebre frase, o certo é que expressa um conceito perfeito. O militante petista se identifica de longe, por mais que ele tente esconder essa condição. Costuma ser meio arredio quando está sozinho. Usa, invariavelmente, uma bolsa a tira-colo, onde normalmente carrega seus badulaques pessoais e panfletos esquerdistas, libretos do PT, livros ensebados de Marx, Lenin e Gramsci. Muitos andam com aspecto de sujeira. Já os filhotes dos mensaleiros pretendem seguir a moda. Usam gel nos cabelos e aqueles sapatos de bicos enormes. Alguns andam engravatados mas carregando uma mochila nas costas. A barba grande é muito usada pelos militantes petistas. Já as militantes também costumam usar roupas descoladas. As mais chiques usam uns terninhos executivos, enquanto aquelas militantes mais aguerridas normalmente vestem calça jeans e camisetas, muitas vezes do MST ou com o retrato de Che Guerava. Esses militantes estão sempre prontos para o ataque.
Com discurso decorado eles investem imediatamente contra o interlocutor que ouse se contrapor à bandalha comunista e o acusam imediatamente de "neoliberal", burguês e outros qualificativos similares. Usam e abusam do cinismo como arma retórica. Entretanto, fora de seu habitat, as assembléias do PT, CUT, MST, ficam meio quietos. Portanto parece, às vezes, que eles não existem. Mas se as pessoas prestarem bem atenção eles estão em todos os lugares. Afinal, o PT tem, segundo afirma o Ibope, 99% de apoio da população brasileira. Principalmente da "nova classe média". Se você ouvir ao seu lado em qualquer lugar alguém defendendo o tiranete Hugo Chávez, o índio cocaleiro da Bolívia, o tupamaro maconheiro do Uruguai e bruxa argentina do Botox, ou chamando a Dilma de "presidenta", você está perto de um militante petralha.
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