domingo, 5 de outubro de 2014

AÉCIO É A BALA DE PRATA PARA MUDAR O BRASIL.



Repousa nas mãos do Ministério Público Federal e da Polícia Federal as provas de todo o esquema de corrupção montado pelo PT e pela sua base aliada, nos últimos 12 anos. As denúncias que serão feitas nos próximos dias e nos próximos meses poderão mudar o país.  Acertarão em cheio justamente aquele núcleo de podridão que, a cada eleição, chantageia o presidente no Congresso, fazendo com que ele escolha entre deixar a roubalheira continuar, nomeando ladrões para serem ministros e diretores de estatais, roubar junto como o PT está fazendo ou enfrentar uma crise institucional desde o primeiro dia de governo.

Se Dilma for reeleita, nada mudará, pois o PT comandou este esquema. O PT moldou esta organização criminosa. O PT é o cérebro da quadrilha. O PT possui dezenas de altos dirigentes envolvidos na roubalheira instalada no Estado brasileiro. E ninguém se surpreenda se até mesmo ele, o grandão, aparecer no meio da lama. Se Dilma for reeleita, tudo será abafado, tudo será colocado debaixo do tapete, tudo será engavetado. A atual presidente tem dito que quem manda no Ministério Público e na Polícia Federal é ela. Nem mais esconde que pretende aparelhar a Justiça e o que ainda resta de independência no Supremo Tribunal Federal, pois nomeará vários ministros durante o seu mandato.

Aécio, se eleito presidente, assumirá o governo em meio a um raro momento de enfraquecimento da quadrilha, que estará às voltas com as denúncias da Operação Lava Jato. Poderá montar uma nova base de governo, extirpando estes tumores malignos que atendem pelos nomes Sarney, Jucá, Collor, Barbalho, Calheiros, Lobão, Cunha, Alves e toda essa camarilha que se beneficia da máquina de roubar montada pelo PT.Será agora ou nunca!

O Brasil está diante de uma escolha decisiva para o seu futuro. Os ladrões que governam o país estão sitiados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Mas somente um novo presidente poderá dar andamento às investigações, processos e prisões, limpando o Brasil deste nefasto esquema petista de corrupção. O nome deste presidente é Aécio Neves. Ele é a bala de prata. Ele é a última chance.

NEM O DIABO ACEITA ESSE PESSOAL DA IMAGEM

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sábado, 4 de outubro de 2014

Desemprego no Brasil. Mais uma farsa petista !!!

Durante o debate que ocorreu na noite de 2 de outubro, na Globo, a  Dilma declarou que são 64 milhões os desvalidos que são socorridos pela bolsa família. Ou seja, 32% da população brasileira não está procurando emprego porque é mantida pela bolsa família. Teoricamente estes 68 milhões só não são desempregados porque não estão procurando emprego. Porém, na prática, não estão trabalhando.

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher.

A bela senhora Aécio Neves - Letícia Weber - para nos inspirar a votar certo amanhã.
O ESTADISTA  AÉCIO NEVES - NOSSO FUTURO PRESIDENTE

Assustada com crescimento de Aécio, Dilma muda agenda e corre para Minas.


O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, percorre na manhã deste sábado - véspera das eleições e último dia de campanha - cidades da região metropolitana de Belo Horizonte. De Santa Luzia, ele vai a Ribeirão das Neves, Contagem e Betim. Quando perguntado sobre a candidata do PT que também foi a Belo Horizonte hoje fazer campanha, o tucano disse que ela “provavelmente está assustada”, se referindo às íltimas pesquisas de intenção de voto.

— Provavelmente ela está assustada. Acho que ela não se preparou para nos enfrentar. Vamos para o segundo turno e ganhar este eleição.

Em cima da hora, a presidente e candidata à reeleição mudou a agenda deste sábado para fazer campanha na capital de Minas, reduto do candidato tucano, mas onde o candidato petista ao governo, Fernando Pimentel, lidera as pesquisas. — Ela está percebendo como e onde vai ser a disputa. E a disputa será conosco. Vamos aguardar amanhã. 

Ao iniciar o último dia de campanha, Aécio fez um "chamamento à unidade", e alertou que o país vai ser entregue em grandes dificuldades no ano que vem, e vai ser necessário um governo de união. O presidenciável tucano também atacou o envio de cartas de diretor regional dos Correios no Mato Grosso pedindo voto para Dilma e petistas. 

- Isso é um acinte, um crime eleitoral, uma violência, para favorecer uma candidatura em detrimento dos outros. A regra do pleito eleitoral é a isonomia. Da mesma forma que a Petrobras está sendo usada para beneficiar um grupo político, com um ex-diretor preso, agora os Correios estão sendo usados para beneficiar uma candidatura. Cabe agora à Justiça se manifestar. Isso é um absurdo - disse Aécio. 

Aécio Neves afirmou que o momento pede união, e reafirmou a confiança de que vai superar o empate técnico com Marina Silva (PSB) e ir ao segundo turno. Aécio falou que é preciso "governar para todos". - O Brasil é um país de todos. Qualquer que seja eleito tem que governar para todos. A união de todos vai ser muito importante para superar as imensas dificuldades que vamos encontrar no próximo ano. Estou confiante de que estarei no segundo turno, para defender com mais clareza e aprofundar nosas propostas. 

Perguntado sobre a ida da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) a Minas Gerais para tentar conter a alta de Aécio nas pesquisas, o tucano disse que orientou os correligionários a recebê-la de braços abertos. - Minha orientação aos companheiros é que manifestem hospitalidade a todos os que nos visitam - disse Aécio. Em agosto, ao visitar Belo Horizonte, Dilma afirmou que é uma "mistura" de mineira e gaúcha. O tucano citou a "escola tancrediana": 

- Vamos recebê-las de braços abertos. Sou da escola tancrediana que diz que o que deve brigar são as ideias, e não as pessoas. Eu não tive que transigir nem alterar minhas propostas ao longo da campanha. Essa é a boa política: firmeza e generosidade.

Em empate técnico nas pesquisas com Marina, alcançado a poucos dias do pleito, Aécio evitou fazer comparações ou juízos de valor, e disse que tem mais experiência política, e já testou seu projeto para o Brasil. - Não tem essa história de ser melhor que ninguém. Eu respeito a Marina. Ela tem condições como eu, mas eu ofereço um projeto que já foi experimentado, com uma equipe que já foi testada em todas as áreas. São pessoas qualificadas, e isso é essencial. Eu tenho liderança política, já testada no Congresso, que eu quero oferecer ao Brasil - declarou. ( O Globo )

Pesquisa CNT-MDA: Aécio ultrapassa Marina e está no segundo turno.


A disputa pelo segundo lugar no primeiro turno das eleições está mais acirrada. Conforme a 124ª rodada da Pesquisa CNT/MDA sobre as intenções de voto para presidente da República, divulgada neste sábado (4), é a primeira vez que Aécio Neves (PSDB) pontuou acima de Marina Silva (PSB). Dilma Rousseff (PT) permanece em primeiro lugar.

Na pesquisa estimulada, Dilma tem 40,6% das intenções de voto. Ela se mantém estável desde a última rodada, divulgada na segunda-feira (29), quando aparecia com 40,4%. Aécio Neves, que aparece em segundo lugar, cresceu 4,2 pontos e alcançou a preferência de 24% do eleitorado.

Já Marina Silva voltou a cair. Com 3,8 pontos menos que no último levantamento, agora tem 21,4% das intenções de voto. A margem de erro é de 2,2 pontos. A análise da evolução dos números das últimas pesquisas mostra tendência de crescimento de Aécio e queda de Marina, o que pode continuar até este domingo (5), dia da votação.

Luciana Genro (PSol) é a quarta colocada, com 1,1% das intenções de voto. Depois aparecem Pastor Everaldo (PSC) com 0,8% e Levy Fidelix (PRTB) com 0,5%. Os outros candidatos pontuam 0,6%. Brancos e nulos somam 5,2% e 5,8% dos entrevistados não sabem ou não responderam.

Na contagem dos votos válidos, o cenário para o primeiro turno fica com a seguinte configuração: Dilma Rousseff com 45,6%; Aécio Neves com 27%; Marina Silva tem 24,1%; Luciana Genro aparece com 1,2%; Pastor Everaldo com 0,8%; Levy Fidelix tem 0,6%; e os outros candidatos somam 0,7% das intenções de voto.

Segundo turno
No cenário simulado de uma disputa em segundo turno entre Dilma e Aécio, a petista tem vantagem de 5,2 pontos. A candidata à reeleição aparece com 46% das intenções e o tucano tem 40,8%. Brancos e nulos totalizam 9,7% e outros 3,5% dos entrevistados não sabem ou não responderam.

Na segunda simulação, entre Dilma e Marina, a petista tem 9,7 pontos de vantagem, com 47,6% contra 37,9%. Brancos e nulos representam 11,1% e 3,4% não sabem ou não responderam.

O terceiro cenário simula o segundo turno entre Aécio e Marina. O tucano teria 43% dos votos, segundo a pesquisa, contra 37,1% da adversária, somando, assim, 5,9 pontos de vantagem. Para 15,7% dos entrevistados o voto seria branco ou nulo e 4,2% não sabem ou não responderam.

A pesquisa está registrada sob o número BR-01032/2014 no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Foram entrevistados 2.002 eleitores entre 2 e 3 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

PT: UM PARTIDO DE CORRUPTOS

DILMA AFUNDA A PETROBRAS

DILMA AFUNDA A PETROBRAS. Em 4 anos, empresa perdeu R$ 162 bilhões, dinheiro que paga quase 7 anos da Bolsa Família.

A Petrobras deixou de ser a maior empresa do Brasil em valor de mercado na última segunda-feira, depois que as ações da empresa caíram 11% na Bolsa de Valores. Com isso a Ambev, avaliada em 253 bilhões de reais, voltou a ser a maior companhia — posto que ocupava até março deste ano. 

Até o dia 30 de setembro, as ações da estatal acumulam, apenas no governo Dilma, queda de 162,2 bilhões de reais em valor de mercado, ou 43%. É como se a Petrobras tivesse perdido mais que "um Bradesco" em menos de quatro anos, ou seis vezes a empresa TIM, por exemplo, de acordo com dados da consultoria Economatica.

A estatal tem vivido um ano de altos e baixos na Bolsa. Investidores passaram a apostar nos papéis da empresa em março, quando as primeiras pesquisas de intenção de voto mostravam a presidente Dilma Rousseff com um baixo nível de aprovação e um alto nível de rejeição entre os eleitores. Se contabilizadas as perdas apenas até março deste ano, somam 73%. Isso significa que o brasileiro que investiu 1.000 reais em papéis da empresa em 2008, tinha em março apenas 270 reais.

Com a aproximação das eleições, tanto as ações da empresa quanto a de todas as estatais se valorizaram, com investidores apostando numa mudança de governo. Alvo de corrupção e ingerência, a Petrobras atingiu no governo Dilma o título de empresa de petróleo mais endividada do mundo, com uma dívida de 300 bilhões de reais — maior, inclusive, que seu valor de mercado.

Em 2013, o governo federal desembolsou um recorde de R$ 24,5 bilhões para pagar Bolsa Família para famílias de baixa renda. Para chegar ao valor que a Petrobras perdeu nesses quase quatro anos, seriam necessários 6,6 desembolsos desse valor – ou quase o que o programa já despendeu desde sua criação, em 2003.(Informações de VEJA)

Segundo o STF, o PT montou organização criminosa dentro da Petrobras. E a maior autoridade era Dilma Rousseff.

Dilma toda-poderosa presidindo o Conselho de Administração da Petrobras.
Dilma Rousseff foi a autoridade máxima da Petrobras de 2003 a 2009. Mandava em tudo. Era a última palavra. A primeira ser ouvida. Era presidente do Conselho de Administração. A matéria abaixo é do Valor Econômico.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki reconheceu o envolvimento de "várias autoridades detentoras de prerrogativa de foro perante tribunais superiores, inclusive parlamentares" e de pessoas físicas e jurídicas em seu despacho de homologação da delação premiada de Paulo Roberto Costa, cujas 26 cláusulas agora chanceladas pelo relator da operação Lava-Jato na Suprema Corte, reconhecem a ocorrência de "vantagens econômicas ilícitas oriundas dos cofres públicos, distribuídas entre diversos agentes públicos e particulares".

Segundo Zavascki, com a investigação "foi possível identificar um conjunto de pessoas físicas e jurídicas envolvidas em operações ilícitas, entre as quais as utilizadas inclusive para lavar DINHEIRO oriundo de crimes antecedentes praticados em detrimento da Petrobras S.A", destacou o relator da matéria no STF.

Segundo o termo que totaliza 16 páginas, "essas apurações estão relacionadas à atividade do réu Paulo Roberto Costa que, enquanto diretor de Abastecimento da Petrobras e mesmo após, atuou como líder de organização criminosa voltada ao cometimento de fraudes em contratações e desvio de recursos em diversos âmbitos e formas, totalizando dezenas de milhões de reais, tendo sido a vantagem distribuída entre diversos agentes, públicos e privados, em grande parte ainda não identificados", ressalta a autorização para a colaboração premiada, assinada por quatro integrantes da força-tarefa de procuradores da República, por Costa e por sua defensora, Beatriz Catta Preta.

O documento de 26 páginas é resultado de 15 dias ininterruptos de depoimentos do ex-executivo, que totalizam mais de 180 horas de declarações feitas por Costa na sede da Polícia Federal de Curitiba, na presença de delegados, de um procurador da República e de sua advogada.

De acordo com o estabelecido na delação, a abrangência da Lava-Jato deverá ter caráter de investigação nacional: "(...) a necessidade de conferir efetividade à persecução criminal de outros criminosos e ampliar e aprofundar, em todo o país, as investigações em torno de crimes contra a administração pública, contra o sistema financeiro nacional, crimes de lavagem de dinheiro e crimes praticados por organizações criminosas, inclusive no que diz respeito à repercussão desses ilícitos penais na esfera cível, tributária, administrativa, disciplinar e de responsabilidade", considera.

"Agora começa uma nova etapa da investigação, ampliada, que, com base nas informações de Costa, aprofundará muito mais o assunto", disse ao Valor PRO a advogada Beatriz Catta Preta, responsável pela negociação dos termos da delação de Costa. "Foram duas reuniões com os investigadores para definirmos que haveria a colaboração do meu cliente", contou.

Segundo Beatriz, um dos requisitos dos quais os responsáveis pela Lava-Jato não abrem mão é sobre a absoluta confidencialidade do teor de tudo o que foi pormenorizado por Costa: "Confesso a você que é a primeira delação de que participo e saio de mãos vazias", admite a defensora. "Não tenho cópia, pode acreditar", assegura.

Valor PRO apurou que os mencionados como praticantes de crimes no esquema Costa/Petrobras/Youssef só terão ciência do conteúdo da delação depois de oficialmente citados como investigados: "Não poderia ser diferente. Dar ciência ao suspeito de que ele é investigado obstruiria a investigação. Isso me parece óbvio", esclarece um investigador diretamente envolvido na Lava-Jato.

Em uma das cláusulas fica expresso que Costa usará a tornozeleira eletrônica até o trânsito em julgado dos processos a que responde. "A avaliação da produtividade do acordo, para fins de fixação do tempo de regime semiaberto a cumprir, entre zero e dois anos, será feita pelo juízo com base em relatórios a serem apresentados pelo Ministério Público e pela defesa e deverá tomar em consideração fatores tais (...) como valores recuperados no Brasil e no exterior". Os parentes do ex-diretor da Petrobras também receberão proposta para delatar o que souberem.

PETROBRAS SOB COMANDO DE DILMA.

PETROBRAS SOB COMANDO DE DILMA. PETROBRAS SOB COMANDO DE DILMA.Organização criminosa superfaturava contratos para pagar propinas de 18% a 20% para políticos da base do governo.

Desde 2003, como ministra das Minas e Energia, depois como presidente do Conselho de Administração, ministra chefe da Casa Civil e Presidente da República, é Dilma quem tem a última palavra na Petrobras. Na sua gestão, uma organização criminosa, segundo ministro do STF, passou a agir dentro da estatal.

Em 10 de dezembro de 2009, a Petrobras assinou um contrato de R$ 3,1 bilhões com um consórcio formado pelas empreiteiras Odebrecht e OAS. O contrato, classificado como “reservado” pela estatal, a que ÉPOCA teve acesso, previa que o consórcio trabalharia na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Foi uma grande vitória para as duas empreiteiras, duas das maiores do país. 

Mesmo para os padrões delas, era um senhor contrato. Foi também uma vitória especial para três dos personagens que tornaram viável. Dois deles estavam na cúpula da Petrobras: Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento, indicado por PP, PMDB e PT, e Renato Duque, diretor de Serviços, indicado pelo PT. O terceiro personagem estava na Odebrecht: o engenheiro Rogério de Araújo, diretor da empreiteira. Ele assinou o contrato. 

Segundo Paulo Roberto confessou aos procuradores que investigam esquemas de corrupção na Petrobras, e ÉPOCA agora revela com exclusividade, o contrato foi superfaturado, num percentual entre 18% e 20%, de maneira a assegurar o pagamento de propina aos envolvidos. Eram pagamentos a funcionários da Petrobras, como ele e Duque; a lobistas que atuaram no negócio; e, finalmente, a diretores das empreiteiras. 

O contrato, disse Paulo Roberto, só foi fechado após um acerto entre ele e Araújo, o diretor da Odebrecht. O acerto previa pagamento de propina a Paulo Roberto em paraísos fiscais – e o compromisso de “colaboração” financeira às campanhas dos partidos da base aliada, que asseguravam o aparelhamento político na Petrobras.

CLIQUE AQUI e leia a íntegra da reportagem da Época.

CRIME ELEITORAL NOS CORREIOS. Dilma não pagou para remeter propaganda e estatal reteve impressos de Aécio.


O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, voltou nesta sexta-feira (3) a atacar a presidente Dilma Rousseff (PT) citando suspeitas de uso da estrutura dos Correios na campanha petista. Aécio afirmou que a presidente precisa explicar porque a campanha do PT pagou aos Correios para postar material de campanha em 28 de agosto e ainda não declarou despesas à Justiça. 

Os gastos não aparecem na prestação parcial de contas. Há extratos de postagem de material de campanha da petista, divulgados pelos próprios Correios, que ultrapassam os R$ 600 mil. A campanha de Dilma, por meio da assessoria, afirmou que irá declarar esses gastos na prestação final de contas, como prevê a legislação. 

Aécio discordou e disse que o montante já deveria ter sido declarado na segunda parcial, em setembro."Tive o cuidado de examinar a prestação de contas da candidata. E na de 2 de setembro, onde deveriam constar todos os pagamentos feitos até 31 de agosto, não consta nenhum pagamento para a Empresa de Correios e Telégrafos", afirmou. O tucano também afirmou que cartas enviadas pela Força Sindical a aposentados de Minas Gerais não foram entregues em sua totalidade. O mesmo, segundo o senador, ocorreu com cartas do PSDB, que pediu apuração à Justiça. 

A central sindical é comandada por um aliado de Aécio, o deputado federal Paulinho da Força (Pros), hoje licenciado do cargo. "Isso [problemas no envio] é algo extremamente grave", afirmou o candidato, antes de começar uma maratona por votos em quatro favelas de Belo Horizonte. 

Na sexta-feira (3), Aécio decidiu concentrar seus ataques no PT e em Dilma, poupando Marina Silva (PSB), com quem está em empate técnico, segundo o Datafolha. Ele evitou criticar Marina e resistiu também a falar sobre possível composição PSDB-PSB num eventual segundo turno das eleições. Questionado se concordava com a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ao "Estado de S. Paulo", dizendo que o "tufão" Marina dá sinais de que vai virar "vento", Aécio desconversou. Também o fez diante de questão sobre a necessidade de aliança PSDB-PSB no segundo turno. 

"Tenho enorme respeito por todas as candidaturas, em especial pela de Marina, que disputa de forma competitiva a possibilidade democrática de estar no segundo turno. Eu só vou falar de segundo turno na hora em que o resultado foi anunciado", disse o tucano. Aécio também foi questionado sobre as declarações duras de Marina contra ele, em especial no início da campanha. E voltou a evitar o embate. "Não me lembro." Apesar de aparecer numericamente à frente de Aécio, Marina está tecnicamente empatada com o senador dentro da margem de erro, conforme Datafolha divulgado na quinta (2).(Folha de São Paulo)

AÉCIO EMPATA, BOLSA SOBE E DÓLAR CAI. E tem gente bem informada que ainda duvida que ele é o melhor para o Brasil.


Dados mostrando melhoria do mercado de trabalho dos EUA divulgados nesta sexta (3) fizeram o dólar se valorizar ante a maior parte das moedas do mundo. Das 24 divisas mais importantes de países emergentes, 22 viram sua cotação cair diante da moeda norte-americana. Mas, no Brasil, a cotação da moeda, que chegou a alcançar R$ 2,50 ao longo do dia, perdeu força e acabou fechando em baixa. 

Na avaliação de analistas, o descolamento da moeda brasileira em relação às de outros emergentes foi motivado pelo cenário eleitoral. A possibilidade de um segundo turno com o candidato Aécio Neves também levou a Bolsa a subir pelo segundo dia seguido. 

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 1,91%, a 54.539 pontos. Na semana, porém, o índice caiu 4,67%. As ações preferenciais da Petrobras tiveram forte alta e encerraram o dia com alta de 6,07%. Na semana, caíram 12,37%. 

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, encerrou o dia com queda de 0,45%, a R$ 2,473. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, caiu 1,12%, a R$ 2,464. Na semana, o dólar à vista acumulou alta de 2,13% e o comercial avançou 1,99%. 

Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual INVESTIMENTOS, o mercado reagiu positivamente à perspectiva de um segundo turno eleitoral entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o candidato Aécio Neves (PSDB). Pesquisa Datafolha mostrou empate técnico entre Aécio e Marina Silva (PSB) na disputa pelo segundo lugar da corrida presidencial. 

No exterior, o dólar subiu com divulgação de que foram criadas 248 mil vagas de trabalho nos EUA em setembro, acima das 215 mil estimadas. O dado, avaliado pelo Fed (Banco Central dos EUA) ao elaborar sua política monetária, eleva a chance de os juros do país subirem antes do previsto, o que deixaria os títulos do Tesouro dos EUA, remunerados pela taxa e considerados de baixíssimo risco, mais atraentes que aplicações em emergentes. 

Tarcisio Rodrigues, diretor do Banco Paulista, diz que isso deve fazer o dólar subir mais em relação ao real nos próximos meses. "O patamar natural do dólar será de R$ 2,50 a R$ 2,60. A desvalorização do real é iminente pela deterioração econômica. Mas a volatilidade atual está muito ligada à eleição", afirma. O Banco Central vendeu contratos de swap (equivalentes a venda futura de dólares) e rolou contratos que expirariam no início de novembro no mesmo volume dos outros dois dias do mês. (Folha de São Paulo)

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Aécio, uma campanha dramática do início ao fim.


Abaixo, uma bela ( e longa!) matéria da Raquel Ulhôa, para o Valor Econômico, resume o que foi a campanha dramática de Aécio Neves.

O avião com o senador Aécio Neves e comitiva chegou a Natal pouco depois do meio dia daquela quarta-feira, 13 de agosto. O candidato do PSDB a presidente estava animado com o sucesso da carreata da véspera, em Teresina (PI). Seria o início de um périplo por 12 cidades do Nordeste, que acontecia em um bom momento de sua campanha.

A aeronave taxiava no aeroporto internacional Aluízio Alves quando o senador José Agripino (DEM-RN), coordenador da campanha, ligou o celular para checar os recados. Sem acreditar no que lia, mostrou a Aécio mensagens enviadas pelo filho Felipe minutos antes, às 12h26 e 12h32, respectivamente: "Acho que caiu o avião de Eduardi Campo e Marina (SIC)" e "Mas parece que Marina não está no avião".

Candidato, senador e outras três pessoas do grupo ficaram perplexos. Permaneceram no avião, fazendo ligações para chegar a informação. "Quando passei o celular para Aécio, ele ficou com ar de perplexidade. Ficou repetindo 'não é possível, não é possível'", conta Agripino.

"Ficamos meia hora sentados ali, sem acreditar", lembra Aécio. "Só pensava na família do Eduardo, na Renata, nos filhos.... Naquela hora, a questão política estava longe de ser central." Ainda dentro do avião, Aécio decidiu cancelar a programação em Natal. A imprensa o aguardava no aeroporto. Desceu apenas para dar rápida declaração aos jornalistas e retornou à aeronave, rumo a São Paulo. 

Foi uma viagem calada e tensa. Aécio, que conhecia Campos havia mais de 20 anos e mantinha com ele relação próxima, relembrou as mensagens de texto que trocaram por celular no domingo anterior, 10 de agosto, Dia dos Pais.

O então candidato do PSB cumprimentara o tucano pela recuperação do filho Bernardo, um dos gêmeos de menos de três meses que naquele dia recebera alta do hospital (a irmã, Júlia, foi para a casa antes, com a mãe, Letícia). E Aécio parabenizou Campos pelo aniversário, que era naquele dia.

Em São Paulo, o tucano leu mensagem no celular enviada por padre Fábio de Melo, cantor e apresentador. "Meu amigo, hoje pensei na vulnerabilidade da vida. (...) Não sei se pode, mas não pense duas vezes em refugiar-se, ainda que por dois dias, para descansar, repor suas energias, ao lado de quem você ama e traz significado à sua vida. A crueldade do mundo está no ar. Proteja-se. Hoje você será a intenção de minha missa. Com minha benção, padre Fábio."

Preparados para o calor do Nordeste, Aécio e Agripino vestiam camisa de manga curta. Estava "um gelo" em São Paulo. Cerca de seis graus e chuva. Funcionários do comitê da campanha arranjaram um blazer para Aécio e um casaco para Agripino. Anunciaram a suspensão da campanha, falaram à imprensa e viajaram para o Rio de Janeiro. Aécio foi para casa ficar com a mulher, Letícia, e filhos (os gêmeos e Gabriela, 23 anos). "Seguindo seu conselho", escreveu a padre Fábio. 

A campanha do tucano recomeçou na quinta-feira, 21 de agosto, em Natal. No dia anterior, a candidatura da ex-ministra Marina Silva foi oficializada pelo PSB, ainda sob forte comoção nacional. O velório havia reunido lideranças políticas de diferentes partidos. Marina dividia as atenções com a mulher de Campos, Renata, e os cinco filhos.

O ingresso da ex-ministra na disputa presidencial não provocou mudança imediata na estratégia tucana. A equipe não sabia o que fazer. "Ninguém estava preparado para aquilo. É o imponderável", admite Aécio.Até a morte de Campos, era grande o otimismo na oposição. As pesquisas mostravam que mais de 70% da população queria mudança e a aposta era que Aécio seria identificado como o candidato da mudança, à medida que se tornasse conhecido.

Pesquisa do Ibope divulgada no início de agosto mostrava a presidente Dilma Rousseff com 38% das intenções de voto, Aécio com 23% e Campos com apenas 8%. O candidato do PSB não decolava. Para os tucanos, a estrutura partidária mais forte e o tempo de televisão maior favoreceriam Aécio. Grandes financiadores garantiam que os recursos iriam para ele, a não ser que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrasse no lugar de Dilma. Diziam que não havia outra hipótese. 

A despreocupação com o então candidato do PSB era tanta que pouco se falou nele em uma grande reunião em junho, no início da Copa do Mundo, quando o time de comunicação da campanha passou dois dias em um hotel em São Paulo, analisando cenários, oportunidades e ameaças à candidatura de Aécio. "Se a gente dedicou meia hora para falar de Campos, foi muito", conta um participante.

Estrategistas da campanha do PSDB não perceberam, de imediato, o impacto da entrada de Marina. No velório do ex-governador, em Recife, um político mineiro amigo de Aécio diz ter ouvido dele a seguinte previsão: Marina iria aparecer com alta intenção de voto na primeira e na segunda pesquisas e depois começaria a cair.

Aécio estimulara a candidatura do amigo Eduardo Campos. Chegaram a costurar um acordo de bons vizinhos: um não lançaria candidato a governador na base eleitoral do outro. Foi Marina, ainda como vice, que quebrou o clima dizendo que Aécio no segundo turno tinha "cheiro" de derrota. Para a estratégia da oposição, a participação de Campos, ex-ministro de Lula, era importante para diluir votos e levar a briga para o segundo turno. 

As pesquisas logo mostraram que Marina "veio com um tiro mais forte do que a gente imaginava", diz um tucano. A campanha recomeçou do zero, com uma candidata com forte recall, vitimizada e em ambiente totalmente emocional. Segundo as sondagens, Marina estava atraindo votos de Aécio. A primeira pesquisa Datafolha realizada após o acidente, divulgada em 18 de agosto, foi sinal de perigo. A ex-ministra teve 21% da preferência, um empate técnico com Aécio (20%). Dilma mantinha a liderança, com 36%. Em 26 de agosto, o Ibope confirmou o crescimento de Marina, com 29%. Dilma tinha 34% e Aécio, 19%. 

O trágico acidente aéreo aconteceu a uma semana do início do programa eleitoral gratuito da televisão (19 de agosto). O marketing de Aécio preparou vários programas para apresentá-lo ao eleitor. A equipe acreditava que o tucano teria cerca de 25% das intenções de voto no início do horário eleitoral. Aécio retomou a campanha no dia seguinte ao da confirmação da candidatura de Marina. Apesar de já enfrentar uma crise, com a saída do coordenador da campanha de Campos, Carlos Siqueira, a ex-ministra se firmou. O monitoramento diário feito pela campanha tucana mostrava que ela avançava em Estados estratégicos, como São Paulo. 

A primeira reunião da cúpula da campanha para analisar o novo cenário foi no dia 19, na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes. Estavam Aécio, o governador Geraldo Alckmin, Agripino, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador José Serra, o candidato a vice-presidente, Aloysio Nunes, e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Avaliou-se que a campanha precisava ser mais contundente, mais agressiva, e adotar tratamento tão enérgico com Marina quanto o usado contra Dilma no caso das denúncias contra a Petrobras. Mas ainda não esperavam o crescimento que a ex-ministra teria. 

O comitê passou a fazer um acompanhamento sistemático das intenções de voto nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde se concentra 70% do eleitorado do país. Um grupo passou a pesquisar discursos e propostas de Marina, para mapear contradições. Aécio mantinha a confiança. Em entrevistas no Nordeste, afirmou que a "onda" favorável à sua candidatura estava só começando. 

No primeiro debate, realizado pela TV Bandeirantes em 26 de agosto, as pesquisas qualitativas em grupo feitas pela campanha apontavam que o desempenho de Aécio foi positivo. Nesse debate ele anunciou Armínio Fraga como seu ministro da Fazenda, caso vencesse. Queria sinalizar que seu ministério seria "padrão Armínio".

Cercada de mística e comoção, Marina era uma candidata difícil de ser enfrentada. A equipe de marketing - com Paulo Vasconcelos e o argentino Guilherme Raffo - era contra a campanha atacar a candidata do PSB. Aécio queria manter um programa propositivo, buscando convencer o eleitor de ser o candidato com mais condições de governar o país e de representar a "mudança segura". Sua irmã Andrea Neves, influente na comunicação da campanha, tinha a mesma opinião.

Naquele momento, houve divergência entre o marketing e a ala política que defendia ofensiva contra Marina, com a campanha mostrando fragilidades e incoerências dela. Em 27 de agosto, o candidato a vice-presidente, Aloysio Nunes, postou no facebook que o debate mostrou que "Aécio é oposição; Dilma, situação; e Marina, enrolação". Depois, em entrevista, considerou "esperteza política" as declarações da ex-ministra de que governaria com bons quadros do PT e do PSDB.

A palavra final sempre foi de Aécio. Ouve todo mundo, mas a decisão é sempre dele. "Eu sabia que era preciso esperar as coisas começarem a decantar. Estávamos lutando contra uma candidata que estava a dois palmos do solo."

O que se deu, nos primeiros dez dias, foi definido como "apagão" da campanha tucana. A estratégia inicial foi ineficaz para o novo momento. "O programa ficou apresentando Aécio ao país, mas o ambiente era totalmente diferente, com uma candidata vindo com um impulso violento. Ficamos sem chão. Não podíamos bater em quem estava nos roubando voto", lembra um integrante da equipe do tucano.

Marina estava conseguindo se identificar como candidata da mudança. Avançava sobre o eleitorado tucano, assumindo propostas semelhantes às do PSDB na economia. Contava com recall da eleição de 2010 e com a comoção nacional. E capitalizava a insatisfação da população com a política tradicional, apesar da carreira política.

No dia 27, houve reunião entre os grupos políticos e de comunicação em um dos quatro endereços da campanha em São Paulo, onde fica a produtora (há ainda um comitê central, um que abriga a área financeira e outro para a comunicação). Estavam Vasconcelos, Raffo, Andrea Neves, os deputados Bruno Araújo (PSDB-PE), Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Marcus Pestana (PSDB-MG), Agripino e ACM Neto. Aécio chegou mais tarde.

Ninguém apresentou uma "bala de prata", estratégia milagrosa para enfrentar Marina. Discutiu-se a necessidade de Aécio concentrar a campanha nos grandes colégios eleitorais e ser mais contundente ao mostrar ser mais capaz e ter quadros para governar. Marina continuou subindo e ele, caindo. O "apagão" da equipe durou até 2 de setembro. A véspera foi o dia mais tenso da campanha. A Agência Estado publicou declarações de Agripino interpretadas como sinalização de apoio a Marina em segundo turno, como se jogasse a toalha. Aécio ficou irritado. No mesmo dia, rumores de que Aécio poderia renunciar para apoiar Marina já no primeiro turno azedaram mais o ambiente. 

O segundo debate, realizado pelo SBT no dia 1º, foi o fecho da "semana tétrica". Empatadas em primeiro lugar com 34% no Datafolha, Dilma e Marina polarizaram o embate. Aécio, que apareceu na pesquisa com 15%, teve um desempenho ruim na avaliação da própria equipe. Estava "fora do prumo", segundo um integrante.

Aécio passou a noite em São Paulo, após o debate, em conversas. No dia seguinte, deu entrevista coletiva no comitê, ao lado de FHC. Foi interpretada apenas como iniciativa para desmentir a suposta renúncia. Para a equipe, aquele foi o primeiro dia da reação. "Aécio reencontrou o eixo para levar a campanha até o final: assumir com mais clareza propostas conservadoras nos costumes e liberais na economia. Essa é a nossa raia", conta um assessor. Para tentar recuperar os votos do PSDB, precisava dar maior clareza ideológica a seu ideário.

O marqueteiro Paulo Vasconcelos passou a exibir, no horário gratuito, críticas a Marina. A receita foi associá-la ao máximo ao PT e dizer que ela não tem experiência para governar. A ex-ministra, sob fogo cerrado principalmente do PT, perdeu ímpeto. Aécio ensaiou recuperação. A campanha deu início à tentativa de "popularizar" a candidatura do PSDB, exibindo artistas e atletas que o apoiam. Mirou no eleitor das classes "C" e "D" - essa última com maior dificuldade. Aécio teve evento em favela, no Rio de Janeiro, ao lado do ex-jogador Ronaldo. Nos jornais, foi publicada uma lista de cem formuladores e gestores de várias áreas, dizendo-se "100% Aécio". 

Aécio começou a gravar os programas sem texto escrito. "Eu ouço muito. É o que eu tenho vontade de falar. Não tenho orientação de marqueteiro. É o meu feeling. (...) O norte político sempre foi meu. Mas ouvi muito. Ouço muito e tomo a decisão." O tucano enfrentava outro problema: o risco de derrota no próprio Estado, Minas Gerais. 

Poucas horas depois da notícia da morte de Campos, seu candidato a governador, Pimenta da Veiga, reuniu em seu apartamento, no bairro nobre de Lourdes, o ex-governador e candidato ao Senado Antonio Anastasia e um pequeno grupo de pessoas próximas a Aécio. Fizeram cálculos e conjecturas sobre o que esperar a partir daquele momento, considerando a entrada de Marina no jogo.

Quatro anos antes, ela havia assustado os tucanos de Minas. Entre os eleitores de Belo Horizonte, Marina surpreendeu ao ser a candidata a presidente mais votada no primeiro turno, batendo o então candidato do PSDB a presidência, José Serra, e Dilma, do PT. Mas a avaliação no grupo de Aécio naqueles primeiros dias após o acidente era que Marina teria neste ano um período efêmero de glória eleitoral e só. 

Minas era vista como um cenário a parte no mapa eleitoral tucano. Era o colégio eleitoral - o segundo maior do país - onde Aécio teria vitória garantida. Lideranças do PSDB diziam que Minas daria "vitória histórica" a Aécio e uma vantagem de quatro a cinco milhões de votos sobre Dilma.

Seu problema era fora de Minas, segundo a avaliação dos aliados. O publicitário Paulo Vasconcelos, que trabalhara com ele em outras eleições, insistia que o primeiro adversário de Aécio era o fato de ser pouco conhecido no Brasil. Iniciou a campanha com um percentual de 80% de eleitores no país que diziam não conhecê-lo. Campos enfrentava o mesmo problema, até maior.

Com uma rotina intensa de viagens pelo país desde o ano passado, Aécio fez, até semanas atrás, pouca campanha em Minas. A convicção era que em seu território, palanque, carreata e corpo a corpo eram dispensáveis. Mas não eram. Quando Marina virou candidata, ele foi atropelado não só no país, mas também em Minas. Pesquisa Ibope divulgada em 1º de agosto mostrava que ele tinha 41% das intenções de voto dos mineiros, Dilma tinha 31% e Campos, 5%. No fim de agosto, Aécio havia recuado para 33%; Dilma ficou nos 31% e Marina apareceu com 20%. 

No início de setembro, o Datafolha mostrou Aécio atrás de Dilma entre os mineiros e empatado com Marina. Nacionalmente, ele estava isolado em terceiro, na faixa dos 15%. O que se previa em sua campanha era que ele teria entre 23% e 25% naquele período. Marina havia virado estuário de voto útil anti-PT, que ia em parte para Aécio.

"Nós nos preparamos para uma campanha e estamos disputando outra", sintetizou o presidente do PSDB de Minas, deputado federal Marcus Pestana. "O avião do Eduardo caiu na nossa campanha", diz o ex-deputado Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB), ex-prefeito de Vitória (ES).

Em baixa nas pesquisas, Aécio tinha ainda que vitaminar seu candidato ao governo de Minas, Pimenta da Veiga (PSDB). Aécio mudou sua rotina da campanha e desde o início do mês vem todas as semanas ao Estado. Sua presença resultou em melhora nas suas intenções de voto, mas o candidato do PT, Fernando Pimentel, deve vencer no primeiro turno, diz o Ibope.

Em meados de setembro, quando Aécio teve pequena reação nas pesquisas, sua equipe esperava uma "curva de crescimento" de dois a três pontos. Em viagem do Rio de Janeiro a Linhares (ES), em 15 de setembro, Aécio estava cansado e cochilou por mais de meia hora. Dormira pouco à noite. "Foi uma sinfonia de choro", disse, referindo-se aos gêmeos Orgulhoso, exibiu fotos dos filhos no celular. 

Na manhã de domingo, momentos antes de batizá-los uma cerimônia numa igreja de São João del Rei (MG), Aécio posou para fotógrafos ao lado de Letícia. Ele com Bernardo nos braços; ela com Júlia. "Sou ou não sou um vitorioso? Não preciso nem disputar eleição."

Arrancada de Aécio frustra boa parte da imprensa.


Aécio dominou a batalha das redes sociais, com duas hashtags: #Aecio45Confirma e a engraçadíssima #AecioSambandonaDilma.

O empate técnico obtido ontem pela candidatura de Aécio Neves (PSDB) frustra em grande parte o colunismo político que fazia previsões funestas sobre o resultado das urnas. Aécio deu a volta por cima, a militância pela primeira vez está a postos (ontem o tucano venceu a batalha da internet, com o maior número de citações) e aos poucos, nesta reta final, até mesmo a máquina do partido começa a ajudar, o que não é normal no PSDB.
 
Ontem, ao final do debate na Globo, de onde saiu amplamente vitorioso, Aécio Neves demonstrou confiança na ida ao segundo turno, em entrevista coletiva após o debate da TV Globo, na noite desta quinta-feira. — As pesquisas apontam na possibilidade concreta e cada vez maior de estarmos no segundo turno. Curva da nossa candidatura é ascendente. Sempre acreditei na consistência da nossa proposta. Sou desde sempre oposição a tudo isso que vem acontecendo no Brasil nós últimos anos. As informações que tenho de tracking já mostram um empate numérico (entre ele e Marina).

Sem citar as principais adversárias, a presidente Dilma Rousseff (PT) e a candidata do PSB, Marina Silva, Aécio afirmou que representa "o melhor projeto para o Brasil". — Temos o melhor projeto para o Brasil. Não foi construído no improviso e nem significa a continuidade desse modelo que nos trouxe a mais perversa das heranças: crescimento pífio, recessão técnica na economia, inflação alta, perda de credibilidade e denúncias de corrupção que não cessam nunca. 

Ao ser questionado sobre "a possibilidade pequena" de ficar fora do segundo turno, Aécio brincou e lembrou as adversidades enfrentadas ao longo da campanha: — Essa possibilidade pequena a que você (repórter) se refere é música para os meus ouvidos, depois do que nós andamos passando por aí. Não penso em nova eleição, penso nessa eleição. (com informações de O Globo)

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O BRASIL À BEIRA DO PRECIPÍCIO





Inflação elevada, recessão, escândalos por todos os lados, e Dilma é líder nas pesquisas. Como pode ser isso?, pergunta Rodrigo Constantino em artigo no jornal O Globo:


Como ainda ter esperanças no eterno “país do futuro” quando vemos que a presidente Dilma, depois dos novos escândalos da Petrobras, continua como favorita na corrida eleitoral? Não só isso: a delação premiada do importante ex-diretor Paulo Roberto Costa, chamado de “Paulinho” por Lula, não fez um único arranhão na candidatura da presidente. É um espanto!

Quando estourou o escândalo do mensalão em 2005, muitos acharam que era o fim de Lula e do PT. Os tucanos julgaram melhor deixá-lo sangrando até as eleições em vez de partir para um pedido legítimo de impeachment. Lula foi reeleito. A economia ia bem, graças principalmente ao crescimento chinês.

Em 2010, Lula decidiu iluminar seu “poste”, e Dilma, sem jamais ter vencido uma eleição na vida, foi alçada diretamente ao posto máximo de nossa política. Havia vários escândalos de corrupção divulgados pela imprensa, mas nada disso adiantou. A economia estava “bombando”, no auge da euforia com o Brasil. E, como sabemos, é a economia que importa, certo?

Mas o que dizer de 2014, então? Os escândalos só aumentaram, a imagem de “faxineira ética” virou piada de mau gosto, e até a economia mudou o curso, derrubando o mito de “gerentona eficiente”. Já estamos em recessão, apesar de uma inflação bastante elevada. Não obstante, Dilma ainda é a líder nas pesquisas. Como?

É inevitável concluir que o povo brasileiro ou é extremamente alienado, ou não dá a mínima para a roubalheira. Quem aplaude o atual governo ou não sabe o que está acontecendo, ou está ganhando DINHEIRO com o que está acontecendo. O PT conseguiu banalizar a corrupção. Muitos repetem por aí que todos os partidos são corruptos mesmo, então tanto faz: ao menos o PT ajudou os mais pobres. Vivem em Marte?

Esses que adotam tal discurso são coniventes com o butim, são cúmplices dos infindáveis esquemas de desvio de recursos públicos. Querem apenas preservar sua parcela na pilhagem. E isso vai desde os mais pobres e ignorantes, que dependem de esmolas, até os funcionários públicos, os artistas engajados que mamam nas tetas estatais, os empresários que vivem de subsídios do governo.

Desde que a máfia respingue algum em suas contas bancárias, tudo bem: faz-se vista grossa aos “malfeitos”. Uma campanha sórdida, de baixo nível, mentirosa como nunca antes na história deste país se viu, difamando, apelando para um sensacionalismo grosseiro, nada disso parece incomodar uma grande parcela do eleitorado. Ao contrário: a tática pérfida surtiu efeito e Dilma subiu, enquanto Marina Silva caiu. A falsidade compensa.

Vários chegaram a apontar a vantagem de Argentina e Venezuela terem mergulhado no caos com o bolivarianismo, pois ao menos a desgraça alheia serviria de alerta aos brasileiros. Afinal, o PT vive elogiando tais regimes e os trata como companheiros próximos, aliados ideológicos. Ledo engano. Nem mesmo a tragédia de ambos os países despertou o povo brasileiro de sua sonolência profunda.

O brasileiro é como aquele urso polar que passa meses hibernando. A ignorância é uma bênção, dizem, mas só se for para os corruptos populistas. E pensar que uma turma chegou a se empolgar com as manifestações de junho de 2013, quando o gigante supostamente havia acordado. Só se for para pedir mais Estado, mais do veneno que assola nossa nação. O gigante é um bobalhão...

Não pensem que culpo apenas ou principalmente o “povão”, os mais pobres e ignorantes que, sem dúvida, compõem a maioria do eleitorado petista. Não! Nossa elite também é culpada. Nossos “formadores de opinião” ajudaram muito a trazer o Brasil até esse precipício, sempre enaltecendo o metalúrgico de origem humilde ou a primeira mulher “presidenta”.

Ou então delegando ao Estado a capacidade de solucionar todos os nossos males, muitos deles criados pelo próprio excesso de intervenção estatal. Temos uma elite culpada, que adora odiar o capitalismo enquanto usufrui de todas as benesses que só o capitalismo pode oferecer.

Com uma elite dessas, realmente não precisamos de inimigos externos ou de desgraças naturais. O que é a ameaça islâmica ou um simples furacão perto do estrago causado por uma mentalidade tão equivocada assim por parte daqueles que deveriam liderar a nação? Nossa elite idolatra o fracasso.

Roberto Campos foi certeiro ao constatar que, no Brasil, a burrice tem um passado glorioso e um futuro promissor. Quer maior prova disso do que todos esses anos de PT no poder? 

Mas parece que ainda não foi o suficiente. O brasileiro quer mais! Quer dar um passo adiante nesse precipício...