sábado, 4 de outubro de 2014

CRIME ELEITORAL NOS CORREIOS. Dilma não pagou para remeter propaganda e estatal reteve impressos de Aécio.


O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, voltou nesta sexta-feira (3) a atacar a presidente Dilma Rousseff (PT) citando suspeitas de uso da estrutura dos Correios na campanha petista. Aécio afirmou que a presidente precisa explicar porque a campanha do PT pagou aos Correios para postar material de campanha em 28 de agosto e ainda não declarou despesas à Justiça. 

Os gastos não aparecem na prestação parcial de contas. Há extratos de postagem de material de campanha da petista, divulgados pelos próprios Correios, que ultrapassam os R$ 600 mil. A campanha de Dilma, por meio da assessoria, afirmou que irá declarar esses gastos na prestação final de contas, como prevê a legislação. 

Aécio discordou e disse que o montante já deveria ter sido declarado na segunda parcial, em setembro."Tive o cuidado de examinar a prestação de contas da candidata. E na de 2 de setembro, onde deveriam constar todos os pagamentos feitos até 31 de agosto, não consta nenhum pagamento para a Empresa de Correios e Telégrafos", afirmou. O tucano também afirmou que cartas enviadas pela Força Sindical a aposentados de Minas Gerais não foram entregues em sua totalidade. O mesmo, segundo o senador, ocorreu com cartas do PSDB, que pediu apuração à Justiça. 

A central sindical é comandada por um aliado de Aécio, o deputado federal Paulinho da Força (Pros), hoje licenciado do cargo. "Isso [problemas no envio] é algo extremamente grave", afirmou o candidato, antes de começar uma maratona por votos em quatro favelas de Belo Horizonte. 

Na sexta-feira (3), Aécio decidiu concentrar seus ataques no PT e em Dilma, poupando Marina Silva (PSB), com quem está em empate técnico, segundo o Datafolha. Ele evitou criticar Marina e resistiu também a falar sobre possível composição PSDB-PSB num eventual segundo turno das eleições. Questionado se concordava com a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ao "Estado de S. Paulo", dizendo que o "tufão" Marina dá sinais de que vai virar "vento", Aécio desconversou. Também o fez diante de questão sobre a necessidade de aliança PSDB-PSB no segundo turno. 

"Tenho enorme respeito por todas as candidaturas, em especial pela de Marina, que disputa de forma competitiva a possibilidade democrática de estar no segundo turno. Eu só vou falar de segundo turno na hora em que o resultado foi anunciado", disse o tucano. Aécio também foi questionado sobre as declarações duras de Marina contra ele, em especial no início da campanha. E voltou a evitar o embate. "Não me lembro." Apesar de aparecer numericamente à frente de Aécio, Marina está tecnicamente empatada com o senador dentro da margem de erro, conforme Datafolha divulgado na quinta (2).(Folha de São Paulo)

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