sábado, 4 de outubro de 2014

CRIME ELEITORAL NOS CORREIOS. Dilma não pagou para remeter propaganda e estatal reteve impressos de Aécio.


O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, voltou nesta sexta-feira (3) a atacar a presidente Dilma Rousseff (PT) citando suspeitas de uso da estrutura dos Correios na campanha petista. Aécio afirmou que a presidente precisa explicar porque a campanha do PT pagou aos Correios para postar material de campanha em 28 de agosto e ainda não declarou despesas à Justiça. 

Os gastos não aparecem na prestação parcial de contas. Há extratos de postagem de material de campanha da petista, divulgados pelos próprios Correios, que ultrapassam os R$ 600 mil. A campanha de Dilma, por meio da assessoria, afirmou que irá declarar esses gastos na prestação final de contas, como prevê a legislação. 

Aécio discordou e disse que o montante já deveria ter sido declarado na segunda parcial, em setembro."Tive o cuidado de examinar a prestação de contas da candidata. E na de 2 de setembro, onde deveriam constar todos os pagamentos feitos até 31 de agosto, não consta nenhum pagamento para a Empresa de Correios e Telégrafos", afirmou. O tucano também afirmou que cartas enviadas pela Força Sindical a aposentados de Minas Gerais não foram entregues em sua totalidade. O mesmo, segundo o senador, ocorreu com cartas do PSDB, que pediu apuração à Justiça. 

A central sindical é comandada por um aliado de Aécio, o deputado federal Paulinho da Força (Pros), hoje licenciado do cargo. "Isso [problemas no envio] é algo extremamente grave", afirmou o candidato, antes de começar uma maratona por votos em quatro favelas de Belo Horizonte. 

Na sexta-feira (3), Aécio decidiu concentrar seus ataques no PT e em Dilma, poupando Marina Silva (PSB), com quem está em empate técnico, segundo o Datafolha. Ele evitou criticar Marina e resistiu também a falar sobre possível composição PSDB-PSB num eventual segundo turno das eleições. Questionado se concordava com a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ao "Estado de S. Paulo", dizendo que o "tufão" Marina dá sinais de que vai virar "vento", Aécio desconversou. Também o fez diante de questão sobre a necessidade de aliança PSDB-PSB no segundo turno. 

"Tenho enorme respeito por todas as candidaturas, em especial pela de Marina, que disputa de forma competitiva a possibilidade democrática de estar no segundo turno. Eu só vou falar de segundo turno na hora em que o resultado foi anunciado", disse o tucano. Aécio também foi questionado sobre as declarações duras de Marina contra ele, em especial no início da campanha. E voltou a evitar o embate. "Não me lembro." Apesar de aparecer numericamente à frente de Aécio, Marina está tecnicamente empatada com o senador dentro da margem de erro, conforme Datafolha divulgado na quinta (2).(Folha de São Paulo)

AÉCIO EMPATA, BOLSA SOBE E DÓLAR CAI. E tem gente bem informada que ainda duvida que ele é o melhor para o Brasil.


Dados mostrando melhoria do mercado de trabalho dos EUA divulgados nesta sexta (3) fizeram o dólar se valorizar ante a maior parte das moedas do mundo. Das 24 divisas mais importantes de países emergentes, 22 viram sua cotação cair diante da moeda norte-americana. Mas, no Brasil, a cotação da moeda, que chegou a alcançar R$ 2,50 ao longo do dia, perdeu força e acabou fechando em baixa. 

Na avaliação de analistas, o descolamento da moeda brasileira em relação às de outros emergentes foi motivado pelo cenário eleitoral. A possibilidade de um segundo turno com o candidato Aécio Neves também levou a Bolsa a subir pelo segundo dia seguido. 

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 1,91%, a 54.539 pontos. Na semana, porém, o índice caiu 4,67%. As ações preferenciais da Petrobras tiveram forte alta e encerraram o dia com alta de 6,07%. Na semana, caíram 12,37%. 

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, encerrou o dia com queda de 0,45%, a R$ 2,473. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, caiu 1,12%, a R$ 2,464. Na semana, o dólar à vista acumulou alta de 2,13% e o comercial avançou 1,99%. 

Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual INVESTIMENTOS, o mercado reagiu positivamente à perspectiva de um segundo turno eleitoral entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o candidato Aécio Neves (PSDB). Pesquisa Datafolha mostrou empate técnico entre Aécio e Marina Silva (PSB) na disputa pelo segundo lugar da corrida presidencial. 

No exterior, o dólar subiu com divulgação de que foram criadas 248 mil vagas de trabalho nos EUA em setembro, acima das 215 mil estimadas. O dado, avaliado pelo Fed (Banco Central dos EUA) ao elaborar sua política monetária, eleva a chance de os juros do país subirem antes do previsto, o que deixaria os títulos do Tesouro dos EUA, remunerados pela taxa e considerados de baixíssimo risco, mais atraentes que aplicações em emergentes. 

Tarcisio Rodrigues, diretor do Banco Paulista, diz que isso deve fazer o dólar subir mais em relação ao real nos próximos meses. "O patamar natural do dólar será de R$ 2,50 a R$ 2,60. A desvalorização do real é iminente pela deterioração econômica. Mas a volatilidade atual está muito ligada à eleição", afirma. O Banco Central vendeu contratos de swap (equivalentes a venda futura de dólares) e rolou contratos que expirariam no início de novembro no mesmo volume dos outros dois dias do mês. (Folha de São Paulo)

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Aécio, uma campanha dramática do início ao fim.


Abaixo, uma bela ( e longa!) matéria da Raquel Ulhôa, para o Valor Econômico, resume o que foi a campanha dramática de Aécio Neves.

O avião com o senador Aécio Neves e comitiva chegou a Natal pouco depois do meio dia daquela quarta-feira, 13 de agosto. O candidato do PSDB a presidente estava animado com o sucesso da carreata da véspera, em Teresina (PI). Seria o início de um périplo por 12 cidades do Nordeste, que acontecia em um bom momento de sua campanha.

A aeronave taxiava no aeroporto internacional Aluízio Alves quando o senador José Agripino (DEM-RN), coordenador da campanha, ligou o celular para checar os recados. Sem acreditar no que lia, mostrou a Aécio mensagens enviadas pelo filho Felipe minutos antes, às 12h26 e 12h32, respectivamente: "Acho que caiu o avião de Eduardi Campo e Marina (SIC)" e "Mas parece que Marina não está no avião".

Candidato, senador e outras três pessoas do grupo ficaram perplexos. Permaneceram no avião, fazendo ligações para chegar a informação. "Quando passei o celular para Aécio, ele ficou com ar de perplexidade. Ficou repetindo 'não é possível, não é possível'", conta Agripino.

"Ficamos meia hora sentados ali, sem acreditar", lembra Aécio. "Só pensava na família do Eduardo, na Renata, nos filhos.... Naquela hora, a questão política estava longe de ser central." Ainda dentro do avião, Aécio decidiu cancelar a programação em Natal. A imprensa o aguardava no aeroporto. Desceu apenas para dar rápida declaração aos jornalistas e retornou à aeronave, rumo a São Paulo. 

Foi uma viagem calada e tensa. Aécio, que conhecia Campos havia mais de 20 anos e mantinha com ele relação próxima, relembrou as mensagens de texto que trocaram por celular no domingo anterior, 10 de agosto, Dia dos Pais.

O então candidato do PSB cumprimentara o tucano pela recuperação do filho Bernardo, um dos gêmeos de menos de três meses que naquele dia recebera alta do hospital (a irmã, Júlia, foi para a casa antes, com a mãe, Letícia). E Aécio parabenizou Campos pelo aniversário, que era naquele dia.

Em São Paulo, o tucano leu mensagem no celular enviada por padre Fábio de Melo, cantor e apresentador. "Meu amigo, hoje pensei na vulnerabilidade da vida. (...) Não sei se pode, mas não pense duas vezes em refugiar-se, ainda que por dois dias, para descansar, repor suas energias, ao lado de quem você ama e traz significado à sua vida. A crueldade do mundo está no ar. Proteja-se. Hoje você será a intenção de minha missa. Com minha benção, padre Fábio."

Preparados para o calor do Nordeste, Aécio e Agripino vestiam camisa de manga curta. Estava "um gelo" em São Paulo. Cerca de seis graus e chuva. Funcionários do comitê da campanha arranjaram um blazer para Aécio e um casaco para Agripino. Anunciaram a suspensão da campanha, falaram à imprensa e viajaram para o Rio de Janeiro. Aécio foi para casa ficar com a mulher, Letícia, e filhos (os gêmeos e Gabriela, 23 anos). "Seguindo seu conselho", escreveu a padre Fábio. 

A campanha do tucano recomeçou na quinta-feira, 21 de agosto, em Natal. No dia anterior, a candidatura da ex-ministra Marina Silva foi oficializada pelo PSB, ainda sob forte comoção nacional. O velório havia reunido lideranças políticas de diferentes partidos. Marina dividia as atenções com a mulher de Campos, Renata, e os cinco filhos.

O ingresso da ex-ministra na disputa presidencial não provocou mudança imediata na estratégia tucana. A equipe não sabia o que fazer. "Ninguém estava preparado para aquilo. É o imponderável", admite Aécio.Até a morte de Campos, era grande o otimismo na oposição. As pesquisas mostravam que mais de 70% da população queria mudança e a aposta era que Aécio seria identificado como o candidato da mudança, à medida que se tornasse conhecido.

Pesquisa do Ibope divulgada no início de agosto mostrava a presidente Dilma Rousseff com 38% das intenções de voto, Aécio com 23% e Campos com apenas 8%. O candidato do PSB não decolava. Para os tucanos, a estrutura partidária mais forte e o tempo de televisão maior favoreceriam Aécio. Grandes financiadores garantiam que os recursos iriam para ele, a não ser que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrasse no lugar de Dilma. Diziam que não havia outra hipótese. 

A despreocupação com o então candidato do PSB era tanta que pouco se falou nele em uma grande reunião em junho, no início da Copa do Mundo, quando o time de comunicação da campanha passou dois dias em um hotel em São Paulo, analisando cenários, oportunidades e ameaças à candidatura de Aécio. "Se a gente dedicou meia hora para falar de Campos, foi muito", conta um participante.

Estrategistas da campanha do PSDB não perceberam, de imediato, o impacto da entrada de Marina. No velório do ex-governador, em Recife, um político mineiro amigo de Aécio diz ter ouvido dele a seguinte previsão: Marina iria aparecer com alta intenção de voto na primeira e na segunda pesquisas e depois começaria a cair.

Aécio estimulara a candidatura do amigo Eduardo Campos. Chegaram a costurar um acordo de bons vizinhos: um não lançaria candidato a governador na base eleitoral do outro. Foi Marina, ainda como vice, que quebrou o clima dizendo que Aécio no segundo turno tinha "cheiro" de derrota. Para a estratégia da oposição, a participação de Campos, ex-ministro de Lula, era importante para diluir votos e levar a briga para o segundo turno. 

As pesquisas logo mostraram que Marina "veio com um tiro mais forte do que a gente imaginava", diz um tucano. A campanha recomeçou do zero, com uma candidata com forte recall, vitimizada e em ambiente totalmente emocional. Segundo as sondagens, Marina estava atraindo votos de Aécio. A primeira pesquisa Datafolha realizada após o acidente, divulgada em 18 de agosto, foi sinal de perigo. A ex-ministra teve 21% da preferência, um empate técnico com Aécio (20%). Dilma mantinha a liderança, com 36%. Em 26 de agosto, o Ibope confirmou o crescimento de Marina, com 29%. Dilma tinha 34% e Aécio, 19%. 

O trágico acidente aéreo aconteceu a uma semana do início do programa eleitoral gratuito da televisão (19 de agosto). O marketing de Aécio preparou vários programas para apresentá-lo ao eleitor. A equipe acreditava que o tucano teria cerca de 25% das intenções de voto no início do horário eleitoral. Aécio retomou a campanha no dia seguinte ao da confirmação da candidatura de Marina. Apesar de já enfrentar uma crise, com a saída do coordenador da campanha de Campos, Carlos Siqueira, a ex-ministra se firmou. O monitoramento diário feito pela campanha tucana mostrava que ela avançava em Estados estratégicos, como São Paulo. 

A primeira reunião da cúpula da campanha para analisar o novo cenário foi no dia 19, na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes. Estavam Aécio, o governador Geraldo Alckmin, Agripino, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador José Serra, o candidato a vice-presidente, Aloysio Nunes, e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Avaliou-se que a campanha precisava ser mais contundente, mais agressiva, e adotar tratamento tão enérgico com Marina quanto o usado contra Dilma no caso das denúncias contra a Petrobras. Mas ainda não esperavam o crescimento que a ex-ministra teria. 

O comitê passou a fazer um acompanhamento sistemático das intenções de voto nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde se concentra 70% do eleitorado do país. Um grupo passou a pesquisar discursos e propostas de Marina, para mapear contradições. Aécio mantinha a confiança. Em entrevistas no Nordeste, afirmou que a "onda" favorável à sua candidatura estava só começando. 

No primeiro debate, realizado pela TV Bandeirantes em 26 de agosto, as pesquisas qualitativas em grupo feitas pela campanha apontavam que o desempenho de Aécio foi positivo. Nesse debate ele anunciou Armínio Fraga como seu ministro da Fazenda, caso vencesse. Queria sinalizar que seu ministério seria "padrão Armínio".

Cercada de mística e comoção, Marina era uma candidata difícil de ser enfrentada. A equipe de marketing - com Paulo Vasconcelos e o argentino Guilherme Raffo - era contra a campanha atacar a candidata do PSB. Aécio queria manter um programa propositivo, buscando convencer o eleitor de ser o candidato com mais condições de governar o país e de representar a "mudança segura". Sua irmã Andrea Neves, influente na comunicação da campanha, tinha a mesma opinião.

Naquele momento, houve divergência entre o marketing e a ala política que defendia ofensiva contra Marina, com a campanha mostrando fragilidades e incoerências dela. Em 27 de agosto, o candidato a vice-presidente, Aloysio Nunes, postou no facebook que o debate mostrou que "Aécio é oposição; Dilma, situação; e Marina, enrolação". Depois, em entrevista, considerou "esperteza política" as declarações da ex-ministra de que governaria com bons quadros do PT e do PSDB.

A palavra final sempre foi de Aécio. Ouve todo mundo, mas a decisão é sempre dele. "Eu sabia que era preciso esperar as coisas começarem a decantar. Estávamos lutando contra uma candidata que estava a dois palmos do solo."

O que se deu, nos primeiros dez dias, foi definido como "apagão" da campanha tucana. A estratégia inicial foi ineficaz para o novo momento. "O programa ficou apresentando Aécio ao país, mas o ambiente era totalmente diferente, com uma candidata vindo com um impulso violento. Ficamos sem chão. Não podíamos bater em quem estava nos roubando voto", lembra um integrante da equipe do tucano.

Marina estava conseguindo se identificar como candidata da mudança. Avançava sobre o eleitorado tucano, assumindo propostas semelhantes às do PSDB na economia. Contava com recall da eleição de 2010 e com a comoção nacional. E capitalizava a insatisfação da população com a política tradicional, apesar da carreira política.

No dia 27, houve reunião entre os grupos políticos e de comunicação em um dos quatro endereços da campanha em São Paulo, onde fica a produtora (há ainda um comitê central, um que abriga a área financeira e outro para a comunicação). Estavam Vasconcelos, Raffo, Andrea Neves, os deputados Bruno Araújo (PSDB-PE), Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Marcus Pestana (PSDB-MG), Agripino e ACM Neto. Aécio chegou mais tarde.

Ninguém apresentou uma "bala de prata", estratégia milagrosa para enfrentar Marina. Discutiu-se a necessidade de Aécio concentrar a campanha nos grandes colégios eleitorais e ser mais contundente ao mostrar ser mais capaz e ter quadros para governar. Marina continuou subindo e ele, caindo. O "apagão" da equipe durou até 2 de setembro. A véspera foi o dia mais tenso da campanha. A Agência Estado publicou declarações de Agripino interpretadas como sinalização de apoio a Marina em segundo turno, como se jogasse a toalha. Aécio ficou irritado. No mesmo dia, rumores de que Aécio poderia renunciar para apoiar Marina já no primeiro turno azedaram mais o ambiente. 

O segundo debate, realizado pelo SBT no dia 1º, foi o fecho da "semana tétrica". Empatadas em primeiro lugar com 34% no Datafolha, Dilma e Marina polarizaram o embate. Aécio, que apareceu na pesquisa com 15%, teve um desempenho ruim na avaliação da própria equipe. Estava "fora do prumo", segundo um integrante.

Aécio passou a noite em São Paulo, após o debate, em conversas. No dia seguinte, deu entrevista coletiva no comitê, ao lado de FHC. Foi interpretada apenas como iniciativa para desmentir a suposta renúncia. Para a equipe, aquele foi o primeiro dia da reação. "Aécio reencontrou o eixo para levar a campanha até o final: assumir com mais clareza propostas conservadoras nos costumes e liberais na economia. Essa é a nossa raia", conta um assessor. Para tentar recuperar os votos do PSDB, precisava dar maior clareza ideológica a seu ideário.

O marqueteiro Paulo Vasconcelos passou a exibir, no horário gratuito, críticas a Marina. A receita foi associá-la ao máximo ao PT e dizer que ela não tem experiência para governar. A ex-ministra, sob fogo cerrado principalmente do PT, perdeu ímpeto. Aécio ensaiou recuperação. A campanha deu início à tentativa de "popularizar" a candidatura do PSDB, exibindo artistas e atletas que o apoiam. Mirou no eleitor das classes "C" e "D" - essa última com maior dificuldade. Aécio teve evento em favela, no Rio de Janeiro, ao lado do ex-jogador Ronaldo. Nos jornais, foi publicada uma lista de cem formuladores e gestores de várias áreas, dizendo-se "100% Aécio". 

Aécio começou a gravar os programas sem texto escrito. "Eu ouço muito. É o que eu tenho vontade de falar. Não tenho orientação de marqueteiro. É o meu feeling. (...) O norte político sempre foi meu. Mas ouvi muito. Ouço muito e tomo a decisão." O tucano enfrentava outro problema: o risco de derrota no próprio Estado, Minas Gerais. 

Poucas horas depois da notícia da morte de Campos, seu candidato a governador, Pimenta da Veiga, reuniu em seu apartamento, no bairro nobre de Lourdes, o ex-governador e candidato ao Senado Antonio Anastasia e um pequeno grupo de pessoas próximas a Aécio. Fizeram cálculos e conjecturas sobre o que esperar a partir daquele momento, considerando a entrada de Marina no jogo.

Quatro anos antes, ela havia assustado os tucanos de Minas. Entre os eleitores de Belo Horizonte, Marina surpreendeu ao ser a candidata a presidente mais votada no primeiro turno, batendo o então candidato do PSDB a presidência, José Serra, e Dilma, do PT. Mas a avaliação no grupo de Aécio naqueles primeiros dias após o acidente era que Marina teria neste ano um período efêmero de glória eleitoral e só. 

Minas era vista como um cenário a parte no mapa eleitoral tucano. Era o colégio eleitoral - o segundo maior do país - onde Aécio teria vitória garantida. Lideranças do PSDB diziam que Minas daria "vitória histórica" a Aécio e uma vantagem de quatro a cinco milhões de votos sobre Dilma.

Seu problema era fora de Minas, segundo a avaliação dos aliados. O publicitário Paulo Vasconcelos, que trabalhara com ele em outras eleições, insistia que o primeiro adversário de Aécio era o fato de ser pouco conhecido no Brasil. Iniciou a campanha com um percentual de 80% de eleitores no país que diziam não conhecê-lo. Campos enfrentava o mesmo problema, até maior.

Com uma rotina intensa de viagens pelo país desde o ano passado, Aécio fez, até semanas atrás, pouca campanha em Minas. A convicção era que em seu território, palanque, carreata e corpo a corpo eram dispensáveis. Mas não eram. Quando Marina virou candidata, ele foi atropelado não só no país, mas também em Minas. Pesquisa Ibope divulgada em 1º de agosto mostrava que ele tinha 41% das intenções de voto dos mineiros, Dilma tinha 31% e Campos, 5%. No fim de agosto, Aécio havia recuado para 33%; Dilma ficou nos 31% e Marina apareceu com 20%. 

No início de setembro, o Datafolha mostrou Aécio atrás de Dilma entre os mineiros e empatado com Marina. Nacionalmente, ele estava isolado em terceiro, na faixa dos 15%. O que se previa em sua campanha era que ele teria entre 23% e 25% naquele período. Marina havia virado estuário de voto útil anti-PT, que ia em parte para Aécio.

"Nós nos preparamos para uma campanha e estamos disputando outra", sintetizou o presidente do PSDB de Minas, deputado federal Marcus Pestana. "O avião do Eduardo caiu na nossa campanha", diz o ex-deputado Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB), ex-prefeito de Vitória (ES).

Em baixa nas pesquisas, Aécio tinha ainda que vitaminar seu candidato ao governo de Minas, Pimenta da Veiga (PSDB). Aécio mudou sua rotina da campanha e desde o início do mês vem todas as semanas ao Estado. Sua presença resultou em melhora nas suas intenções de voto, mas o candidato do PT, Fernando Pimentel, deve vencer no primeiro turno, diz o Ibope.

Em meados de setembro, quando Aécio teve pequena reação nas pesquisas, sua equipe esperava uma "curva de crescimento" de dois a três pontos. Em viagem do Rio de Janeiro a Linhares (ES), em 15 de setembro, Aécio estava cansado e cochilou por mais de meia hora. Dormira pouco à noite. "Foi uma sinfonia de choro", disse, referindo-se aos gêmeos Orgulhoso, exibiu fotos dos filhos no celular. 

Na manhã de domingo, momentos antes de batizá-los uma cerimônia numa igreja de São João del Rei (MG), Aécio posou para fotógrafos ao lado de Letícia. Ele com Bernardo nos braços; ela com Júlia. "Sou ou não sou um vitorioso? Não preciso nem disputar eleição."

Arrancada de Aécio frustra boa parte da imprensa.


Aécio dominou a batalha das redes sociais, com duas hashtags: #Aecio45Confirma e a engraçadíssima #AecioSambandonaDilma.

O empate técnico obtido ontem pela candidatura de Aécio Neves (PSDB) frustra em grande parte o colunismo político que fazia previsões funestas sobre o resultado das urnas. Aécio deu a volta por cima, a militância pela primeira vez está a postos (ontem o tucano venceu a batalha da internet, com o maior número de citações) e aos poucos, nesta reta final, até mesmo a máquina do partido começa a ajudar, o que não é normal no PSDB.
 
Ontem, ao final do debate na Globo, de onde saiu amplamente vitorioso, Aécio Neves demonstrou confiança na ida ao segundo turno, em entrevista coletiva após o debate da TV Globo, na noite desta quinta-feira. — As pesquisas apontam na possibilidade concreta e cada vez maior de estarmos no segundo turno. Curva da nossa candidatura é ascendente. Sempre acreditei na consistência da nossa proposta. Sou desde sempre oposição a tudo isso que vem acontecendo no Brasil nós últimos anos. As informações que tenho de tracking já mostram um empate numérico (entre ele e Marina).

Sem citar as principais adversárias, a presidente Dilma Rousseff (PT) e a candidata do PSB, Marina Silva, Aécio afirmou que representa "o melhor projeto para o Brasil". — Temos o melhor projeto para o Brasil. Não foi construído no improviso e nem significa a continuidade desse modelo que nos trouxe a mais perversa das heranças: crescimento pífio, recessão técnica na economia, inflação alta, perda de credibilidade e denúncias de corrupção que não cessam nunca. 

Ao ser questionado sobre "a possibilidade pequena" de ficar fora do segundo turno, Aécio brincou e lembrou as adversidades enfrentadas ao longo da campanha: — Essa possibilidade pequena a que você (repórter) se refere é música para os meus ouvidos, depois do que nós andamos passando por aí. Não penso em nova eleição, penso nessa eleição. (com informações de O Globo)

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O BRASIL À BEIRA DO PRECIPÍCIO





Inflação elevada, recessão, escândalos por todos os lados, e Dilma é líder nas pesquisas. Como pode ser isso?, pergunta Rodrigo Constantino em artigo no jornal O Globo:


Como ainda ter esperanças no eterno “país do futuro” quando vemos que a presidente Dilma, depois dos novos escândalos da Petrobras, continua como favorita na corrida eleitoral? Não só isso: a delação premiada do importante ex-diretor Paulo Roberto Costa, chamado de “Paulinho” por Lula, não fez um único arranhão na candidatura da presidente. É um espanto!

Quando estourou o escândalo do mensalão em 2005, muitos acharam que era o fim de Lula e do PT. Os tucanos julgaram melhor deixá-lo sangrando até as eleições em vez de partir para um pedido legítimo de impeachment. Lula foi reeleito. A economia ia bem, graças principalmente ao crescimento chinês.

Em 2010, Lula decidiu iluminar seu “poste”, e Dilma, sem jamais ter vencido uma eleição na vida, foi alçada diretamente ao posto máximo de nossa política. Havia vários escândalos de corrupção divulgados pela imprensa, mas nada disso adiantou. A economia estava “bombando”, no auge da euforia com o Brasil. E, como sabemos, é a economia que importa, certo?

Mas o que dizer de 2014, então? Os escândalos só aumentaram, a imagem de “faxineira ética” virou piada de mau gosto, e até a economia mudou o curso, derrubando o mito de “gerentona eficiente”. Já estamos em recessão, apesar de uma inflação bastante elevada. Não obstante, Dilma ainda é a líder nas pesquisas. Como?

É inevitável concluir que o povo brasileiro ou é extremamente alienado, ou não dá a mínima para a roubalheira. Quem aplaude o atual governo ou não sabe o que está acontecendo, ou está ganhando DINHEIRO com o que está acontecendo. O PT conseguiu banalizar a corrupção. Muitos repetem por aí que todos os partidos são corruptos mesmo, então tanto faz: ao menos o PT ajudou os mais pobres. Vivem em Marte?

Esses que adotam tal discurso são coniventes com o butim, são cúmplices dos infindáveis esquemas de desvio de recursos públicos. Querem apenas preservar sua parcela na pilhagem. E isso vai desde os mais pobres e ignorantes, que dependem de esmolas, até os funcionários públicos, os artistas engajados que mamam nas tetas estatais, os empresários que vivem de subsídios do governo.

Desde que a máfia respingue algum em suas contas bancárias, tudo bem: faz-se vista grossa aos “malfeitos”. Uma campanha sórdida, de baixo nível, mentirosa como nunca antes na história deste país se viu, difamando, apelando para um sensacionalismo grosseiro, nada disso parece incomodar uma grande parcela do eleitorado. Ao contrário: a tática pérfida surtiu efeito e Dilma subiu, enquanto Marina Silva caiu. A falsidade compensa.

Vários chegaram a apontar a vantagem de Argentina e Venezuela terem mergulhado no caos com o bolivarianismo, pois ao menos a desgraça alheia serviria de alerta aos brasileiros. Afinal, o PT vive elogiando tais regimes e os trata como companheiros próximos, aliados ideológicos. Ledo engano. Nem mesmo a tragédia de ambos os países despertou o povo brasileiro de sua sonolência profunda.

O brasileiro é como aquele urso polar que passa meses hibernando. A ignorância é uma bênção, dizem, mas só se for para os corruptos populistas. E pensar que uma turma chegou a se empolgar com as manifestações de junho de 2013, quando o gigante supostamente havia acordado. Só se for para pedir mais Estado, mais do veneno que assola nossa nação. O gigante é um bobalhão...

Não pensem que culpo apenas ou principalmente o “povão”, os mais pobres e ignorantes que, sem dúvida, compõem a maioria do eleitorado petista. Não! Nossa elite também é culpada. Nossos “formadores de opinião” ajudaram muito a trazer o Brasil até esse precipício, sempre enaltecendo o metalúrgico de origem humilde ou a primeira mulher “presidenta”.

Ou então delegando ao Estado a capacidade de solucionar todos os nossos males, muitos deles criados pelo próprio excesso de intervenção estatal. Temos uma elite culpada, que adora odiar o capitalismo enquanto usufrui de todas as benesses que só o capitalismo pode oferecer.

Com uma elite dessas, realmente não precisamos de inimigos externos ou de desgraças naturais. O que é a ameaça islâmica ou um simples furacão perto do estrago causado por uma mentalidade tão equivocada assim por parte daqueles que deveriam liderar a nação? Nossa elite idolatra o fracasso.

Roberto Campos foi certeiro ao constatar que, no Brasil, a burrice tem um passado glorioso e um futuro promissor. Quer maior prova disso do que todos esses anos de PT no poder? 

Mas parece que ainda não foi o suficiente. O brasileiro quer mais! Quer dar um passo adiante nesse precipício...

PSDB reúne provas para pedir cassação das candidaturas de Dilma e Pimentel

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Depois de ANUNCIAR que acionarão a Justiça por uma investigação rigorosa sobre indícios da utilização dos Correios em benefício da campanha da presidente-candidata Dilma Rousseff, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, e o candidato tucano ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga, começaram a reunir provas para pedir a cassação dos registros de candidatura da petista e do candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel.
Os tucanos vão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido de investigação judicial eleitoral e ao Ministério Público Federal para que as duas instituições apurem se os Correios boicotaram deliberadamente o envio de malotes de campanha de Aécio como forma de favorecer a presidente-candidata na corrida presidencial.
As denúncias levantadas pelos tucanos levam em conta depoimentos de eleitores que não receberam material de campanha de Aécio mesmo após o candidato ter contratado o serviço, no dia 25 de agosto. Neste contrato, estava prevista a distribuição de 5.634.000 santinhos de Aécio no interior de Minas, base de apoio do candidato e colégio eleitoral considerado prioritário para a candidatura tucana. Pelo documento, os kits de campanha deveriam ser entregues até o dia 10 de setembro e, em alguns casos, a 100% da população de cidades pequenas e médias em Minas, como o município de Esmeraldas, com cerca de 60.000 habitantes.
O corpo jurídico da campanha de Aécio já conseguiu mapear pelo menos 1.000 endereços, contratados como destino dos malotes pelo tucano, em que eleitores confirmam que não receberam nenhum material de campanha do PSDB. A campanha reúne depoimentos e dados pessoais dos eleitores supostamente lesados pelos Correios para embasar os pedidos de cassação dos registros de candidatura. De acordo com o candidato Aécio Neves, que cumpriu agenda nesta quarta-feira nas cidades de Mogi das Cruzes (SP), Juiz de Fora (MG) e Governador Valadares (MG), uma das provas seria a afirmação dos Correios de que poderiam “reenviar” o material. Para ele, isso seria a admissão de que a empresa pública reteve os kits de campanha e não os distribuiu aos eleitores, conforme contratado. Com base nesses indícios, a campanha do PSDB aponta que já existem evidências de abuso de poder político e econômicos, desvio da autoridade dos Correios e utilização de empresa pública em benefício de partidos e candidatos.
Antes de carreata na cidade de Governador Valadares, Aécio insinuou que as suspeitas de uso político dos Correios são como um novo capítulo de um grande esquema de desvirtuamento de instituições públicas, a exemplo do que já aconteceu com a descoberta de um esquema milionário de corrupção na Petrobras. “As denúncias em relação à utilização da empresa dos Correios são extremamente graves. Estamos recebendo centenas de denúncias. Se se comprovar isso, é um crime sem precedentes na história política de Minas”, disse. “É um escândalo. Agora são os Correios. Antes era a Petrobras”, criticou o candidato do PSDB ao governo de Minas. O tucano, que foi ministro das Comunicações no governo FHC e, portanto, hierarquicamente superior aos Correios, disse que há evidências de “uso despudorado” da empresa pública para fins eleitorais.
O tom das acusações do PSDB sobre a estatal subiu após divulgação de vídeo, pelo jornal O Estado de S. Paulo, em que o deputado estadual Durval Ângelo (MG) diz que a presidente-candidata Dilma Rousseff só chegou à liderança nas intenções de voto porque “tem dedo forte dos petistas nos Correios”. “Não basta fazerem o que fizeram na Petrobras. Essa forma de governar do PT, se apropriando do Estado como se fosse seu patrimônio, tem que ser encerrada e os responsáveis exemplarmente punidos”, afirmou Aécio em agenda na cidade de Juiz de Fora.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Entrevista com Dilma, ônibus e cheque sem fundo - Oval Nacional 20/08

Música de Rap contra o PT faz sucesso na internet

Deputado do PT revela esquema nos Correios para ajudar campanha de Dilma...



E você amigo eleitor tem conhecimento da corrupção desenfreada em todos os setores da administração petista e ainda vota neles? Mais um esquema de fraude eleitoral divulgado pelos criminosos, na maior cara de pau e você ainda apóia elegendo esses canalhas. Se você apóia atos dessa natureza, é um corrupto e um canalha a mais contribuindo para a permanência desses cupins no poder. 

Faço uma pergunta ao povo ordeiro brasileiro. Qual é a providência que a Justiça eleitoral vai tomar diante do fato escandaloso, comprovado pelos inimigos da lei, conforme o vídeo em tela. É realmente um país de faz de contas, sob o comando de corruptos, dando proteção aos corruptores, na esfera judicial, parcialmente corrompida. 

Todas as vezes que essa corja e bando de canalhas petistas são pegos roubando e fraudando, como já de costume, acusam os outros daquilo que eles praticam. 
Até que ponto iremos chegar e ninguém se manifesta ou coíbe as traquinagens costumeiras. 

A quem iremos pedir socorro? Ao Papa, aos órgãos internacionais, ao Ministério Público, ao Supremo Tribunal Federal, a Jesus? A quem mesmo, responda? Aos militares, ou seja, as Forças Armadas? Sei, é por isso que eles têm medo, não querem ouvir falar e detestam os militares, principalmente àqueles que fizeram parte da Revolução Redentora de 1964.

Com tudo isso acontecendo em suas barbas, você bobo, cara pálida, apaninguado dos petralhas, ocioso, preguiçoso, comedor de moscas, corrupto, ainda vota nesses abutres e cupins da nação? Agindo assim, considero-os inimigos da pátria, malfeitores, vermes e traidores do povo honesto e ordeiro brasileiro. 

Somos nós cidadãos honestos, que trabalhamos todos os dias e pagamos impostos altos, para você comer migalhas, beber, utilizar drogas, nos matar, fazer meninos e votar neles. Você acha certo? 

Não sou contra alimentar que tem fome, nem ajudar quem necessita. Mas sou contra a perpetuação da miséria de um povo, na dependência total de um governo populista, mentiroso, criminoso, aproveitador e oportunista, que quer permanecer eternamente no poder, à custa da miséria dos seus súditos e vassalos.

É como posso adjetivar e qualificar no momento esse desgoverno traquino e de esquerda revolucionária, que quer implantar um regime espúrio aos moldes de Cuba e outras mazelas ditatoriais, contrariando o pensamento cristão (aceitam Cristo) de 90% (noventa por cento) do povo brasileiro. 
Governo sério é governo que gera empregos e renda para o seu povo. País sério é país com educação, ordem  e progresso. 

Se você é conivente e adora essa turma de corruptos, por favor, peça uma passagem sem volta para morar em países que praticam a corrupção como lei, empobrecem o seu povo, e os tem como meros escravos, tais como Cú ba, Merdezuela, Coréia do Norte e outros. Deixe-nos em paz! Sumam bandidos corruptos! Sumam cupins da nação! Sumam comunistas duma figa! Deixem o nosso país crescer e o seu povo viver feliz.

OAB-DF nega reativação do Registro de Advogado de Joaquim Barbosa.


Presidente da OAB-DF pede rejeição de registro de advogado para Joaquim Barbosa
Em parecer encaminhado para a comissão de seleção, Ibaneis Rocha afirma que ex-ministro do STF "não atende aos ditames do Estatuto da Advocacia".
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Distrito Federal, Ibaneis Rocha, pediu a rejeição do registro de advogado do ex-presidente do Superior Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa. 
Aposentado desde o final de julho, Barbosa solicitou a reativação do documento no último dia 12. 
Em parecer encaminhado na última sexta-feira para a comissão de seleção, que julgará se concede ou não o registro, Rocha afirmou que Barbosa “não atende aos ditames do Estatuto da Advocacia”. 
O colegiado é formado por doze conselheiros e decidiu, hoje 30/09/2014, pela não aceitação do pedido de Barbosa, numa das maiores injustiças já vistas no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil.

COMENTO: Como podemos ter um país decente, com gente decente, profissionais decentes, advogados preparados, experientes, éticos e decentes?
Reputo Joaquim Barbosa como um homem de bem. Um jurista inteligente, competente, justo, honesto, sério, disciplinado, dotado da capacidade de se indignar diante da injustiça. É um exemplo para os juristas e Bacharéis em Direito do Brasil. Um homem do qual a OAB deveria se orgulhar de te-lo em seus quadros.

Levar Aécio para o segundo turno, vencer o PT e botar esta quadrilha na cadeia!


Hoje explodiu mais um escândalo de corrupção organizado e gerido pelo PT. Nos fundos de pensão. Em conexão com o mesmo doleiro Youssef que roubou a Petrobras debaixo das barbas de Dilma Rousseff, pelas mãos de Paulo Roberto Costa, o diretor preso que dava autógrafos carinhosos e íntimos nas costas presidenciais em eventos da estatal. Envolve os Correios que, ontem, foram denunciados por usar a máquina pública para eleger Pimentel e Dilma Rousseff em Minas. É questão de honra levar Aécio ao segundo turno. Vencer as eleições. E limpar o país desta raça podre e nojenta, desde bando de ladrões e corruptos que se esconde por trás de um partido político. A reportagem abaixo é de O Globo.

A Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, que revelou a relação entre o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, começa a esbarrar em possíveis ramificações nos fundos de pensão de funcionários das estatais. Controladas por dirigentes indicados por partidos da base do governo, essas entidades acumulam prejuízos em operações financeiras complexas e parecem obedecer a uma coordenação externa para fazer os mesmos investimentos controversos.

A PF abriu uma nova frente de investigação para apurar se investimentos feitos por fundos de pensão em empresas ligadas a Youssef foram influenciados pelo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. O GLOBO revelou que o advogado Carlos Alberto Pereira Costa, um dos principais auxiliares de Youssef, disse em depoimento que Vaccari frequentou uma empresa em São Paulo, entre 2005 e 2006, para tratar de negócios com fundos de pensão com um operador do doleiro.

Domingo, o jornal “Folha de S.Paulo” revelou que a PF encontrou e-mails em computadores de pessoas ligadas a Yousseff atribuindo à influência de Vaccari a aplicação, em 2012, de R$ 73 milhões das fundações Petros e Postalis, dos funcionários da Petrobras e dos Correios, na empresa Trendbank, que administra fundos de investimentos, causando prejuízos às fundações. Vaccari nega participação. Em maio, O GLOBO já havia mostrado que Postalis teve prejuízo ao aplicar R$ 40 milhões num fundo no Banco BNY Mellon por meio de uma gestora de investimentos indicada a dirigentes da fundação por operadores de Youssef, em 2012.

A complexidade e o grande número de operações, muitas delas feitas de forma indireta por meio de fundos que fazem outros investimentos, dificultam a identificação dos prejuízos dessas fundações, que administram as contribuições de funcionários das estatais e pagam os benefícios complementares aos aposentados dessas empresas. Os negócios suspeitos já revelados mostram que os interessados em lesar os fundos usam como estratégia a capilaridade e a divisão dos riscos entre vários fundos. 

Um caso emblemático é a quebra do Banco BVA, em 2013, cuja falência foi formalmente pedida no início deste mês. Apuração do Banco Central apontou indícios de conluio entre dirigentes do BVA e da Petros na formulação de operações fraudulentas. No entanto, mais de 70 fundos de pensão de funcionários de estatais, estados e prefeituras perderam dinheiro no BVA comprando principalmente títulos lastreados em empréstimos dados pelo BVA a empresas com poucas condições de pagamento. Compraram juntos R$ 2,7 bilhões diretamente ou por fundos de investimento ligados ao BVA.

PREJUÍZOS COM DEBÊNTURES DO GALILEO
Nesse tipo de papel, se o credor não paga numa ponta, o investidor (no caso o fundo de pensão) perde na outra. Petros e Postalis estão entre os que mais perderam DINHEIROno BVA. Os dois fundos são protagonistas de outro fracasso: compraram R$ 100 milhões em debêntures do Grupo Galileo, mantenedor da Universidade Gama Filho, que fechou as portas insolvente no ano passado. A Petros comprou 25% dos papéis e o Postalis ficou com os outros 75%, contra a regulação que limita aos fundos a aquisição de até 25% de emissões de títulos.

Postalis e Petros têm muito mais em comum do que péssimas aplicações. O atual presidente do Postalis, Antonio Carlos Conquista, foi executivo da Petros entre 2003 e 2009, quando o fundo de pensão era dirigido por Wagner Pinheiro, atual presidente dos Correios, que o indicou para o Postalis. O fundo de pensão dos Correios é dividido entre o PT, que indicou o presidente, e o PMDB, que indicou os outros diretores, inclusive o financeiro. A Petros segue sob domínio exclusivo do PT, embora as diretorias sejam divididas por dois grupos: o dos ex-sindicalistas bancários e o dos petroleiros, todos oriundos da CUT, braço sindical do PT.

NO POSTALIS, ROMBOM DE R$ 1 BILHÃO
Com um patrimônio de R$ 6,8 bilhões, bem menor que o da Petros (R$ 60 bilhões), o Postalis tem sofrido mais com a má gestão. Os prejudicados são os 140 mil participantes, o maior contingente entre as fundações de estatais. Em 2012, o Postalis passou a cobrar contribuição adicional dos participantes e pensionistas para cobrir um rombo de R$ 1 bilhão, cuja metade foi assumida pelos Correios. Agora, segundo funcionários, novo déficit atuarial chega a R$ 2,2 bilhões.

A Previc, órgão do Ministério da Previdência que fiscaliza as fundações, é considerada lenta nas investigações, que não são transparentes e geralmente terminam em punição leve. Em agosto, a Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap) e outras entidades pediram à Previc uma intervenção no Postalis. — A diretoria da Previc nos informou que a reposta só virá no fim de outubro ou em novembro — afirmou MARIAInês Capelli, presidente da Adcap. A Previc se recusou a informar que medidas toma sobre o Postalis, alegando, em nota, que “não trata publicamente de situações específicas, em face da necessária preservação de fatos e dados envolvidos em possíveis processos administrativos.”

Em nota, o Postalis informou que reestruturou sua CARTEIRA DE INVESTIMENTOS da fundação, privilegiando títulos públicos, e negou influência de Youssef. A fundação considera natural que vários fundos de pensão participem de um mesmo investimento, já que são grandes investidores no mercado. O mesmo argumento foi usado pela Petros, que também negou influência política e disse que as avaliações de investimento são estritamente técnicas. A Petros diz não ter investido diretamente no BVA e diz ter recuperado 90% do que investiu em operações estruturadas pelo banco, mas não informou o valor.

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