quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

6ª Economia, com incomPTência na Educação, adianta?

Soa como deboche a celebração midiótica de que o Brasil supera a Inglaterra e se torna a sexta economia mundial. Piada sem graça por dois motivos graves. Primeiro, a renda per capita do brasileiro corresponde a um terço da renda do cidadão inglês e demoraríamos uns 20 anos, se nada der errado, para atingir o padrão de vida deles. Segundo, é sacanagem falar em desenvolvimento em um País com nosso desqualificado nível de educação básica.

Os principais problemas da educação estão justamente no ensino básico, principalmente, no médio. Do total de 63,4% dos jovens com 16 anos que concluíram o ensino fundamental em 2009, apenas 26,3% tiveram aprendizado adequado em português e 14,8% em matemática. Do total de 50,2% dos jovens com 19 anos que terminaram o ensino médio, apenas 29% demonstraram aprendizado adequado em português e 11% em matemática.

Outro sinal do caos no ensino. A tal Prova ABC de 2011 revelou que apenas 53% dos alunos que concluíram o 3º ano do ensino fundamental aprenderam o que era esperado em leitura e 43% em matemática. Pior que a deles só a situação de 3,7 milhões de crianças e jovens (de 4 a 17 anos) ainda fora da escola – conforme dados alarmantes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009.

Os números indicam que o Brasil cultiva milhões de analfabetos funcionais. Pessoas que não sabem ler de verdade. Têm pouca ou nenhuma capacidade de interpretar a realidade. Estudantes mal formados não conseguem raciocinar com lógica, por deficiência matemática e lingüística. São sujeitos despreparados para a vida e para o mundo do trabalho.

Para agravar ainda mais o quadro básico de deseducação, desde criancinhas, os jovens são massacrados por métodos de ensino imbecilizantes, focados na “decoreba” e no adestramento, que só contribuem para a consolidação do senso comum modificado – a base de “pensamento” da maioria dos midiotas facilmente “mobilizados” ideologicamente. Assim temos, de sobra, massas de manobra - e não cidadãos.

O governo Dilma e Fernando Haddad no Ministério da Educação Capimunista (MEC) foram tão incomPTentes que sequer conseguiram aprovar, este ano, o Plano Nacional de Educação (PNE), criado pela Lei 10.172, em 2001, para estabelecer um programa decenal para a educação no País, com a fixação de diretrizes e metas, além de estratégias para concretizá-las.

Dilma e Haddad também foram altamente incomPTentes na aplicação da Lei 11.738, que instituiu o piso nacional dos professores. Ninguém sabe como o piso será reajustado em 2012. Em abril passado, o Supremo Tribunal Federal julgou constitucional sua aplicação, apesar da gritaria de prefeitos e governadores.

Em janeiro, o Brasil ganha de presente um novo ministro da Educação Capimunista. Vem aí Aloizio Mercadante. Mas o filho do General Oliva (conhecido linha-dura dos tempos da dita-mole) não vai aplicar no MEC o modelo de ensino de qualidade e eficiência dos Colégios e Instituições Militares.

Mercadante usará o ministério apenas para seu plano pessoal, como escadinha para uma candidatura a governador de São Paulo, vice-presidente ou, quem sabe até, Presidente da República, em 2014. A Educação que se dane! A sindicalagem petralha só usa a bandeira da educação para melhorar o salário de parasitas que fingem dar aula na máquina pública que ensina ninguém – a não ser bobagens ideológicas. PT, Lula Dilma e a PQP não têm estratégia, de verdade, para a Educação no Brasil.

Por isso, é pura safadeza propagandear a retórica de que somos agora a sexta economia mundial, com um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 2,51 trilhões – conforme dados do Centro de Pesquisa para Economia e Negócios do Reino Unido. O FMI (Fome Miséria e Ignorância) adverte que apenas em 2032 o Brasil poderá alcançar o padrão de vida hoje desfrutado pelos britânicos (em crise). Isto porque temos uma renda per capita de apenas US$ 12.916 – segundo dados do mesmo FMI.

A atual propaganda desenvolvimentista não passa de picaretagem com números manipulados teoricamente. Na prática, se continuarmos submetidos ao desinvestimento e à desqualificação na Educação Básica, jamais atingiremos o padrão de vida dos súditos da Rainha.

No máximo, continuaremos sendo a eternamente rica colônia de exploração, mantida artificialmente na miséria e ignorância, para que a Oligarquia Financeira Transnacional continue nos explorando – como bem faz há mais de 500 anos. Os poderes globalitários devem estar rindo da nossa cara... Até quando, nos midiotas, vamos deixar? Responda quem puder e quiser...

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