quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Os Fernandos de Dilma Rousseff e seus 'malfeitos'


Fernando Pimentel

As enchentes de janeiro parecem que provocaram um desmonoramento que fez desaparecer o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Desde que 'O Globo' revelou suspeitas de prática de tráfico de influência em suas atividades de consultoria, que lhe renderam R$ 2 milhões em 2009 e 2010, o 'bombardeio' da mídia sobre ele era bastante intenso. Quando se esperava que a 'faxineira' Dilma Rousseff também desse uma 'vassourada' em Pimentel, a decepção foi geral. A presidente Dilma já havia sido mais suave com os ministros de partidos de maiores bancadas na 'base aliada', mas quando chegou a vez de um integrante do PT e seu antigo companheiro de armas, o que passou a se observar foi uma forte blindagem patrocinada pelo Palácio do Planalto. Primeiramente, um verdadeiro rolo compressor impediu que Fernando Pimentel comparecesse a qualquer comissão do Congresso Nacional para prestar esclarecimentos sobre suas 'consultorias' sem contrato nem relatórios. Depois, para fugir da imprensa, integrou duas vezes a comitiva de Dilma em viagens ao exterior, culminando com o sumiço de Pimentel em Genebra, na Suíça;

Fernando Bezerra
Por coincidência e muita sorte, um xará de Fernando Pimentel no ministério, Fernando Bezerra, Ministro da Integração Nacional, passou a ocupar bastante espaço na mídia por conta do uso de verbas destinadas à prevenção contra enchentes, que não foram repassadas como deviam aos Estados que haviam sido alcançados pelas chuvas em 2011, priorizando seu Estado, Pernambuco, com cerca de 90% dos recursos, objetivando alavancar sua candidatura a prefeito da capital Recife este ano ou a governador do Estado em 2014, além de outras 'jogadas' que beneficiaram um filho seu que é deputado federal, que teve todas as suas emendas ao Orçamento liberadas na totalidade e em tempo recorde. Com isso, o ministro/consultor ficou sumido do noticiário;

Fernando Haddad
Pois não é que um outro Fernando também tem deixado o Pimentel de lado. Agora é o ministro da Educação, Fernando Haddad (aquele do Enem vazado), que também ocupa espaço na imprensa, tudo por conta de sua pré-candidatura a prefeito de São Paulo, imposta ao PT e patrocinada pelo ex-presidente Lula, que não se conforma com as constantes derrotas de seu partido para candidatos do PSDB paulistano.Com isso, Fernando Haddad fala todos os dias sobre seu ministério ou sobre sua candidatura. Outras vezes, o nome dele é focalizado por Aloízio Mercadante, seu provável sucessor. Também através da senadora Marta Suplicy o nome de Fernando Haddad em à tona, visto que ela era candidata, mas Lula deu nela um 'chega pra lá' e lançou Haddad. Ontem, o Palácio do Planalto comentou que a presidente Dilma solicitou que Fernando Haddad não renunciasse agora ao ministério e esperasse a reforma ministerial que deve acontecer no final deste mês;

Fernando Collor
Como se pode ver, são dois Fernandos ofuscando Fernando Pimentel, que ainda tem a forte proteção de Dilma Rousseff, que não quis demiti-lo nem forçá-lo a 'pedir para sair'. Todavia, quando o Congresso Nacional retornar do recesso diversos parlamentares não vão deixar Pimentel sossegar, cobrando por todas as vias possíveis explicações sobre suas 'consultorias', que resultaram em contratos de 'clientes' junto à Prefeitura de Belo Horizonte, da qual foi prefeito e onde tem forte influência. Não foi só coincidência. E o interessante é que no Senado Federal tem um outro Fernando que agora faz parte da 'base aliada' e que no passado também foi 'caçado' pela imprensa e depois 'cassado' pela opinião pública, mas que hoje certamente será um ardoroso defensor dos Fernandos que hoje estão em tanta evidência. Eles se merecem...

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