quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Escolas militares se destacam entre as 30 melhores do país no Ideb.

Das 30 melhores escolas públicas do país, dez são militares. Na capital mineira, uma estrutura pouco comum nas escolas públicas do país: academia, quadra, piscina, pista de atletismo e até aulas de equitação.


Desigualdade se combate com educação de qualidade para todos. Entre os resultados do Ideb, divulgados na semana passada, um chama a atenção. Das 30 melhores escolas públicas do país, dez são militares.
A escola com maior nota em Goiás aposta na disciplina. Os estudantes precisam estar devidamente uniformizados e passam pelos olhos atentos de uma policial militar.
“Não pode ser esmalte escuro, tem que ser cores discretas, maquiagem tem que ser discreta”, conta.
Até dentro das salas eles são monitorados para que nada saia do controle. “No começo não gostava de usar farda. Mas acaba gostando. Se não tiver regra, não vai ser um colégio com disciplina”, explica a estudante Christielly Ramos.
A organização ajudou a colocar o Colégio da Polícia Militar de Anápolis entre as melhores escolas públicas. A meta prevista no último Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, era 5. Mas o grupo atingiu média de 6,7.
Os colégios da Polícia Militar, mantidos pelos estados, oferecem vagas para filhos de PMs e para a comunidade. Em Manaus, a escola da Polícia Militar foi a melhor do Amazonas.
Instituições ligadas ao Exército Brasileiro também se saíram bem na prova que avalia o Ensino Fundamental. Três colégios militares ficaram entre os 10 melhores, do sexto ao nono ano.
Curitiba foi um dos destaques, com nota 7. Salvador e Belo Horizonte conseguiram 7,2. Na capital mineira, uma estrutura pouco comum nas escolas públicas do país. Academia, quadra, piscina, pista de atletismo e até aulas de equitação.
Toda essa estrutura é importante para o desenvolvimento e desempenho dos alunos. Mas a escola também investe, e muito, na parte pedagógica: 85% dos professores são pós-graduados e muitos têm mestrado ou doutorado.
“Têm processos rigorosos de montagem de aulas, de planejamento do ano letivo, avaliações, apoio pedagógico”, explica o Cel. Marco Antônio Souto de Araújo, diretor de ensino Colégio Militar de BH.
A disciplina é rígida. O processo seletivo também. Fora os filhos de oficiais - que têm vaga garantida -, a população civil tem que passar por um teste. A média é de 70 candidatos por vaga.
“Além dessa questão de estudo, tem a questão disciplinar e tem a questão que o colégio tem muita abrangência na arte, esporte. Então, é um colégio que te envolve de todas as maneiras”, conta Maria Fernanda Brito Pimenta, estudante.

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