domingo, 24 de julho de 2016

'Falta seriedade', diz Moro em decisão sobre pedido da defesa de Lula.



SOMOS TODOS SÉRGIO MORO

 

Os advogados do petista pleitearam que o juiz responsável pelos processos da Lava-Jato se declarasse suspeito para julgar o ex-presidente.  

Não prosperou o pedido da defesa de Lula para que o juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava-Jato, em Curitiba, se declarasse suspeito para julgar os processos contra o petista. Moro negou, nesta sexta-feira, o pleito, respondendo, no despacho, que a defesa "confunde sua inconformidade com as decisões judiciais com causas de suspeição". 

Os advogados de Lula afirmaram que Moro é suspeito porque ordenhou "ilegalmente" condução coercitiva, buscas e apreensões e interceptações telefônicas contra o petista. Também reclamaram do levantamento do sigilo dos grampos envolvendo Lula e acusam Moro de ter julgado previamente o processo em um documento de explicações enviado ao STF. 

Moro rebateu os argumentos. Disse que, "a fiar-se na tese da defesa, bastaria ao investigado ou acusado, em qualquer processo, representar o juiz por imaginário abuso de poder, para lograr o seu afastamento do caso penal". O juiz concluiu observando que "não há fato objetivo que justifique a presente exceção", sendo apenas "irresignação com as decisões do julgador". 

A defesa também entende que Moro não pode comandar os processos, porque teria relação com veículos de imprensa, motivou a publicação de livros, participou de eventos de entidades como a Lide e o Instituto dos Advogados do Paraná, apareceu em pesquisas eleitorais como oponente de Lula à presidência da República e cuida só dos processos da Lava-Jato.

Moro replicou ponto a ponto, sempre encerrando a resposta com a mesma sentença: "Falta seriedade à argumentação da Defesa Excipiente no tópico, o que dispensa maiores comentários".


 

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