terça-feira, 21 de junho de 2011


E agora Cabral?

A vida é engraçada mesmo.
Semana passada o governador Sérgio Cabral chamou os bombeiros que estavam em greve no Hellp de Janeiro de VÂNDALOS.
Hoje ele precisa da corporação para ajudar na busca dos corpos do acidente de helicóptero que vitimou a nora dele. E mais seis pessoas.
Não importa se os bombeiros que estão nas buscas sejam da Bahia, Maceio, Roraima ou São Paulo...
Talvez ele agora compreenda a importância do trabalho que eles fazem pela sociedade.

Dilmês erudito.


 Celso Arnaldo captura a presidente no show de dilmês erudito: ‘Não é possível chamar o governo de que está garantindo roubalheira’
Num dos seus piores momentos em quase seis meses de governo, Dilma Rousseff foi capturada por Celso Arnaldo em Ribeirão Preto. Sorte dos leitores, presenteados com um dos melhores momentos do grande caçador de cretinices.Confira:
POR CELSO ARNALDO ARAÚJO
O nome da seção do Blog do Planalto já não é bom: “Atividades da presidenta”. Soa esquisito. Na verdade, quem soa sempre esquisito é a presidenta – mas esquisito mesmo é o assunto principal da entrevista dada em Ribeirão Preto: o “Regime de Contratação Especial para as Obras da Copa”, como ela diz. O nome da maracutaia é esse mesmo? Como a Professora Doutora que nunca foi, nem nunca poderia ter sido, pois só pôde ser presidente, ela começa a explicar o inexplicável com uma pergunta retórica de caráter pedagógico:
– O quiquié que foi chamado de, é, sigilo de orçamento?
Você quer mesmo saber por que a Câmara aprovou, a pedido do governo, a tática do “treino secreto” para o timaço que está na jogada da Copa de 2014? Ouça a presidenta com atenção, como o Tinga ouve a preleção do Felipão:
“Trata-se do seguinte. É inclusive integrante das melhores práticas do OCDE e da União Europeia. Pra evitar que a pessoa que está, o licitante, né, quem está fazendo a oferta, utilize a prática de elevação dos preços e de formação de cartel, qual é a técnica que se usa? Você não mostra pra ele qual o seu orçamento. Mas o, quem te fiscaliza sabe direitinho qual é o valor. Aí cê faz a licitação. Aí quiqui acontece? Ele não vai saber qual é o preço que cê acha que pode pagar. Isso significa que ele vai dar um preço menor. E se der fora de orçamento, o órgão de controle sabe que deu fora do orçamento. E além disso ocê explicita o orçamento na sequência. Eu lamento a má interpretação que se deram (sic) a esse ponto.”
Depois dessa explicação meridiana, cartesiana, republicana, é mesmo de se lamentar a interpretação que “se deram” ao Regime Diferenciado de Contratações. É verdade que, nessa defesa da tática RDC feita pela presidente, houve farta distribuição de caneladas, furadas e bolas murchas pelos craques que atendem pelos nomes de “pessoa”, “cê”, “ocê” e “ele”: quem é quem nesse jogo?
Mas só mesmo por má-fé, ou má informação, alguém poderia desconfiar da lisura na contratação no escuro de obras desse vulto no Brasil. Se nos Pan-Americanos de 2007 foi aquela roubalheira desenfreada, e era tudo às claras, que tal darmos uma chance ao não-sabido?
Ficou ainda algum lado do campo desguarnecido? Dilma reforça a defesa:
“Em momento algum se esconde o valor do órgão de controle, tanto interno quanto externo (…) Segundo: quem não sabe o valor é quem está dando o lance. Puqui que ele não sabe? Porque se ele souber que eu dou, vamos supor, vamos fazer uma hipótese, vamos supor que ele ache que é cem, um número cem, vamos supor que no orçamento do governo teja, esteja, 120. A hora que ele vê que é 120 o valor mínimo, ele vai pra 120. Este foi um recurso que nós usamos pra diminuir os preços das obras da Copa. Não há da parte do governo nenhum interesse em ocultá. Pelo contrário, de quem que não se oculta? Não se oculta da sociedade, depois que ocorreu o lance, e não se oculta, antes do lance, dos órgãos de controle.”
Transparência é tudo e mais um pouco. Tente superar as barreiras linguísticas quase instransponíveis do dilmês. Atenha-se ao conteúdo implícito nas entre(mal traçadas)linhas: pela primeira vez, um presidente da República admite que, pelo regime normal de concorrências públicas, já que o RDC é uma exceção absoluta, o que custa 100 sempre sai por 120, no mínimo. E o governo sempre paga. Agora, no escuro, o que é 100 vai custar 100 – e Jair Bolsonaro vai passar o domingo que vem todinho na Avenida Paulista.
Mas a confissão explícita não alivia Dilma. Ao contrário — a presidenta está indignada:
“Eu sinto muito essa, essa má interpretação daquele artigo. E acredito que nada, é, que pode ser corrigido, porque as pessoas conversando elas esclarecem e cada uma vai explicar do que que entendeu, aonde que tá o problema, aonde que tá, porque também tem limite, não é possível chamar (sic) o governo de que está garantindo roubalheira ou qualquer coisa assim. Isso foi negociado com o TCU”.
“Chamar” o governo de que está garantindo roubalheira?
Não conheço ninguém que fale português e tenha dito isso.
Terá sido o Joseph Blatter?

segunda-feira, 20 de junho de 2011


Mercadante encabeçava o esquema dos aloprados do dossiê de 2006



Para quem "não sabia", como o presidente de facto e "palestrante" de fachada, ou já esqueceu, como a maioria, ficou provado mais uma vez que a maior fraude eleitoral (até então) da história de nosso país, que entre outras coisas garantiu a "reeleição" turbinada a bolsa-voto, era encabeçada pelo atual "Doutor" (por bancada governista na Unicamp) e Ministro da Ciência e Tecnologia (?!?) Aloízio Mercadante.  

Se estivéssemos numa Democracia, seria mais um motivo para impeachment do governo mais imoral que o Brasil já teve (o governo Dilmula). Mas como vivemos num regime petralha, uma latrocracia consolidada há mais de 8 anos, as perspectivas se estreitam.


A podridão do PT não tem limites.

A reportagem da Revista Veja deste domingo nos “premia” com mais uma grotesca patifaria de gente do PT envolvendo diretamente nada menos do que o Sr. Aloizio Mercadante,  denunciado como mentor e beneficiário de maracutáias que seriam executadas contra o Sr. José Serra.
Curioso é que, no pano de fundo, ao longo da citação dos envolvidos, sempre aparece o nome do mais sórdido político de nossa história como próximo de fulano, amigo pessoal do empresário beltrano, ou que teve o sicrano como segurança, e aí por diante.
Fulano, beltrano e sicrano são bandidos ou foram feitos bandidos participantes do escândalo denunciado.
É claro que o submundo da Justiça no país, na época, não permitiu um aprofundamento de investigações que trouxesse ao público o nomes desses canalhas da corrupção e da prevaricação e, para variar, a impunidade dos patifes se fazendo presente novamente, situação que nos leva a fingir que acreditamos que algo vai mudar com a atual e vasta denúncia sobre os picaretas lacaios do maior deles.
No Circo do Retirante Pinóquio, doutor e professor Honoris Causa da patifaria da política, qual continuará sendo o papel padrão do contribuinte, que é quem paga por toda essa sacanagem?
- Ser um palhaço,
- Ser um imbecil,
- Ser um cúmplice da destruição do país ou
- Ser um covarde e omisso?
Piores do que todos nós, que presenciamos a explícita patifaria das relações público-privadas, são os subornados, os milhares de canalhas esclarecidos de todas as profissões que se aproveitaram da Fraude da Abertura Democrática e jogaram todos os seus resquícios de dignidade, honra, honestidade, moralidade e patriotismo dentro de um vaso lotado dessa bosta chamada petismo e deram descarga. 
É rigorosamente isso  o que vem sendo feito sempre que aparece uma denúncia que possa destruir o castelo de cartas da sacanagem da política que domina o país; mandam tudo para o esgoto da degeneração público-privada e deixam o caso para os seus protetores dessa Justiça podre que manda para a cadeia para ser espancada uma mãe  que roubou um tablete de manteiga para passar no pão do seu filho, mas não consegue nem ameaçar de prisão o descarado – com nome e endereço certos e conhecidos –ladrão de crucifixo do acervo do poder público.
- Tem alguém da gang dos quarenta e um na cadeia? Em breve serão todos soltos com a prescrição forçada das acusações mais graves.
- Obrigado STF, agradece a bosta do petismo.
Somente faltou destacar um pequeno detalhe: estamos sendo desgovernados pela terceira vez pelo PT que não tem mais medo de perder qualquer eleição, pois no Paraíso dos Patifes governado por Covis de Bandidos e controlado por Sindicatos de Ladrões o poder está nas mãos sujas deles sem sentirem nem pressentirem qualquer tipo de ameaça de uma sociedade omissa e covarde.
Pois bem, nessa corruptocracia em que vivemos podem escolher democraticamente seus papéis. O voto em bandidos continua sendo preferencial e livre, protegido por lei.

sábado, 18 de junho de 2011

Ladrão defende ladrão

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou plateia de petistas para sair em defesa do prefeito de Campinas, Doutor Hélio (PDT), durante evento em Sumaré (SP), na manhã deste sábado (18). 

A mulher do político, Rosely Nassim, e o vice-prefeito Demétrio Vilagra, que é do PT, são acusados pelo Ministério Público de Campinas de fraude e desvio de verbas da prefeitura. Fonte: Folha.com

Lula disse também que os adversários achincalham o PT.

Assim como José Dirceu, Lula novamente sai em defesa de um aliado corrupto. Não podemos nos esquecer da série de corruptos que Lula vem defendendo durante anos. Alguns deles são Silvinho do PT, réu confesso, José Dirceu, José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor de Mello, Paulo Maluf, Jader Barbalho, Erenice Guerra, Antônio Palocci, Cesare Battisti, e a lista é interminável.
Lula se aliou ao que há de mais podre na política brasileira.

Nunca na história deste país um presidente se aliou a tantos corruptos e assassinos.
O que achincalha o PT não são os membros da oposição, é o comportamento antiético, imoral e desonesto de seus integrantes.

Nunca na história deste país um partido político abrigou tantos corruptos como o PT.
Ou o Brasil acaba com o PT ou o PT acaba com o Brasil.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Nordeste sem ONGs estrageiras.

Por que não tem ONGs no Nordeste seco? Você consegue entender isso?
Vítimas da seca. Quantos? 10 milhões.
Sujeitos à fome? Sim. Passam sede? Sim. Subnutrição? Sim
ONGs estrangeiras ajudando: Nenhuma.
Índios da Amazônia.Quantos? 230 mil
Sujeitos à fome? Não.Passam sede? Não. Subnutrição? Não
ONGs estrangeiras ajudando: 350.
Provável explicação: A Amazônia tem ouro, nióbio, petróleo, as maiores jazidas de manganês e ferro do mundo, diamante, esmeraldas, rubis, cobre, zinco, prata, a maior biodiversidade do planeta (o que pode gerar grandes lucros aos laboratórios estrangeiros) e outras inúmeras riquezas que somam 14 trilhões de dólares.
O nordeste não tem tanta riqueza, por isso lá não há ONGs estrangeiras ajudando os famintos.
Tente entender: Há mais ONGs estrangeiras indigenistas e ambientalistas na Amazônia brasileira do que em todo o continente africano, que sofre com a fome, a sede, as guerras civis, as epidemias de AIDS e Ebola, os massacres e as minas terrestres.            
Agora, uma pergunta: Você não acha isso, no mínimo, muito suspeito?            
É uma reflexão interessante.

Lula defende o tirano Kadafi e ataca Sarkozy em reunião com embaixadores.

FotoLULA E SEU ÍDOLO KADAFI: ELES SE ENCONTRARAM QUATRO VEZES
O ex-presidente Lula revela-se um morde e assopra com aliados aparentemente amigos. Há pouco, em jantar com embaixadores africanos em Brasília, Lula atacou o presidente francês Nicolas Sarkozy - com quem teve boas relações de governo - para agradar a um dos anfitriões, o embaixador da Líbia, Salem Ezubedi. "Quando o cara viu que caiu nas pesquisas, lançou logo um ataque militar", disse Lula aos presentes, sobre o apoio militar da França à OTAN nos ataques a cidades libianas na tentativa de derrubar o ditador Muammar Kadafi, que o ex-presidente brasileiro visitou em seu primeiro mandato. O encontro restrito ocorre na casa do embaixador de Angola, Leovigildo da Costa e Silva, no setor de Embaixadas da capital. Quando presidente, em visita oficial a Líbia, Lula chamou o tirano Kadafi de "meu líder, meu irmão, meu ídolo". Os dois se encontraram quatro vezes

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Fantasia e realidade (Dilma ainda não disse a que veio)







O primeiro quadrimestre da Presidência Dilma Rousseff dava a entender que teríamos um governo novo. Parecia que ela queria, discretamente, libertar-se do seu criador. O processo brasileiro tão clássico da rebelião da criatura contra o seu criador iria se repetir. Setores da mídia e da política nacional passaram a apostar nesse rompimento. Para isso era essencial realçar os méritos da presidente, sua competência, sua pertinácia e seu tirocínio. Tudo o que ela parecia fazer era motivo de largos elogios.
Porém, mais uma vez, a realidade sobrepôs-se à fantasia. Primeiro, com a inoperância governamental. Nenhum projeto do governo federal está com o cronograma em dia. Os tão falados "gargalos" não só permanecem, como foram ampliados. A equipe ministerial é de uma incapacidade raramente vista na História republicana brasileira. Ou os ministros são omissos ou, quando são notados, os motivos são as constantes trapalhadas. A presidente acabou ficando perdida em meio à burocracia oficial e demonstrou uma enorme dificuldade gerencial, sem saber destacar o que era relevante e fundamental para o País das questões comezinhas do cotidiano administrativo. Confundiu seriedade com minúcia digna de um dono de armazém. Dessa forma, o governo está paralisado, somente o que funciona é o que foi herdado da gestão anterior. E, claro, com tempo de validade restrito. Afinal, a conjuntura mundial vai mudando e novos desafios são apresentados ao Brasil.
Nestes cinco meses, a presidente ainda não conseguiu apresentar ao País o que pretende fazer. Ela administrou o varejo, ampliou o número de Ministérios (como se a quantidade dos então existentes fosse pequena) e requentou programas já conhecidos. As propostas apresentadas durante a recente campanha eleitoral foram arquivadas. Dessa forma, evidentemente, não foi possível dar a sua cara ao governo. E não pode dizer que encontrou dificuldade com a oposição.
Politicamente, deve ser recordada a crise entre o governo e o PMDB. A razão mais explícita foi a votação do Código Florestal. O então ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, bateu boca com o vice-presidente da República, Michel Temer. Coisa ao estilo de um fim de feira, na hora da xepa, e não de um governo que se apresentava como sólido, com uma base congressual consolidada. A presidente confundiu energia presidencial com indisposição para negociação e isolamento com dedicação administrativa.
A inexperiência política colaborou para aumentar a tensão. Quando foi obrigada a chamar o ex-presidente Lula para apagar o incêndio, resolveu um problema imediato, mas criou outro muito maior. Desvelou para o Congresso Nacional que não consegue resolver uma crise rotineira da base. Divergências são comuns entre Executivo e Legislativo. Querer cobrar um comportamento de absoluta obediência e subserviência dos partidos da base leva necessariamente ao enfrentamento e quem perde - na atual composição de forças - é o Executivo. Tanto que o PMDB acabou saindo como vencedor.
A demora para solucionar a crise gerada pelas denúncias que envolveram o ex-ministro Palocci reforçaram a sensação de que Dilma pode estar caminhando para um processo de sarneyzação da Presidência. E sem a perspectiva de um Plano Cruzado. Convenhamos que é muito cedo. Mal completou cinco meses de mandato. Para piorar ainda mais, só falta o tema da sucessão, em 2014, começar a ocupar o noticiário político. Se isso ocorrer, Dilma estará seguindo os passos de Epitácio Pessoa. Eleito em 1919, meses depois o assunto não era mais o seu governo, mas a sucessão presidencial, que ocorreria somente em 1922. O próprio Estadão criou uma seção fixa do jornal para tratar do tema.
É evidente que, no caso Palocci, Dilma estava com as mãos atadas. O ex-ministro fazia parte da cota pessoal de Lula. Ela tinha, primeiro, de negociar com o padrinho, antes de demitir o afilhado. Mas o padrinho endureceu e tentou manter Palocci a qualquer custo. A estratégia lulista de aguardar o parecer - já sabido - do procurador-geral da República foi um fracasso. O fulcro da questão não era legal, mas principalmente ético. E aí apenas restou aguardar a solicitação de demissão.
A designação de uma figura politicamente anódina para a Casa Civil tende a congelar a crise política. Era a hora de nomear alguém de peso, que permitisse dar novo fôlego ao governo. Mas a presidente ficou temerosa de não ter o domínio absoluto da Casa Civil. E é justamente essa obsessão, a de controlar tudo o que acontece no Palácio do Planalto, que acaba enfraquecendo a sua ação. Dilma não entendeu que um governo democrático tem de delegar funções e autoridade. A concentração do mando na presidente não é demonstração de força, muito ao contrário. Mostra fraqueza e desconfiança no desempenho dos seus ministros.
As últimas quatro semanas confirmaram o que era evidente para qualquer observador com um mínimo de criticidade. O governo é frágil, tem uma base congressual gelatinosa, comunica-se muito mal com a população e vive ainda com base no prestígio adquirido pela gestão presidencial anterior. Ninguém consegue identificar um programa governamental que esteja caminhando bem e represente a nova administração. E as pesquisas de opinião devem demonstrar, daqui para a frente, o crescimento do sentimento de frustração entre seus eleitores.
Tudo indica que o governo ganhará novo fôlego nas próximas semanas. A ministra da Casa Civil deverá ser momentaneamente transformada numa grande especialista em administração pública. Será elogiada pelos motivos mais banais, típicos de um país onde não há debate político. Logo a máscara vai cair. Novamente o imperativo da realidade política vai se impor. E a crise tende a continuar, ora mais aguda, ora mais amena. O problema é que governo não tem um projeto para o País.

Polícia prende José Rainha, do MST, um dos protegidos da Maria do Rosário, do José Eduardo Cardozo e da CNBB. Desviou dinheiro da reforma agrária.

Deputados do PT, PSOL e PV protestando no plenário da Câmara. Um dos mortos era um assassino foragido da polícia e fantasiado de "ambientalista extrativista". Um dos membros da lista de proteção era José Rainha, preso hoje pela PF por ter desviado dinheiro da reforma agrária.

Há duas semanas , atrás a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, junto com Comissão Pastoral da Terra, da CNBB, as ONGs estrangeiras que infestam o país protegendo a biopirataria e o agronegócio internacional, rumaram para o Pará, para ligar mortes ocorridas lá com a aprovação do Código Florestal. Criaram uma lista de "ameaçados", mesmo que entre os mortos houvesse um assassino que havia matado um oponente a pauladas. Na lista dos "protegidos", uma surpresa: José Rainha, um dos bandidões do MST, com mais de uma dezenas de crimes na folha corrida, responsável direto por toda a sorte de invasões e destruições, especialmente no Pontal do Paranapanema.
 
Sabem o que aconteceu hoje, segundo o Estadão?

Em operação iniciada nesta quinta-feira, 16, a Polícia Federal prendeu o líder sem-terra José Rainha Júnior, no Pontal do Paranapanema. Ele é acusado de desvio de dinheiro público destinado a programas de reforma agrária. Agentes da Polícia Federal de São Paulo e de Presidente Prudente cumpriam mandados de prisão também contra dirigentes do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Estado de São Paulo.
Ainda no início desta manhã, foi detido o superintendente do Incra em São Paulo, Raimundo Pires da Silva, e pelo menos dois coordenadores regionais do órgão. As ordens de prisão foram expedidas pela Justiça Federal de Presidente Prudente em processo que apura o desvio de recursos da reforma agrária.

Em abril, a Justiça Federal aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público contra José Rainha, atualmente à frente do MST da Base, por desvio de recursos voltados a assentamentos no Pontal do Paranapanema. Outras oito pessoas foram acusadas do mesmo crime. A Operação Desfalque da PF cumpre ao todo dez mandados de prisão temporária, sete mandados de condução coercitiva e treze mandados de busca e apreensão nas cidades paulistas de Andradina, Araçatuba, Euclides da Cunha Paulista, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Sandovalina, São Paulo e Teodoro Sampaio. 

A investigação iniciada há dez meses foi desenvolvida com acompanhamento do Ministério Público Federal. Em nota, a PF afirmou que o grupo acusado usava associações civis, cooperativas e institutos para se apropriar de recursos públicos destinados à manutenção de assentados em áreas desapropriadas para reforma agrária.

Poderá o PT levar Dilma à renúncia, entregando o país ao PMDB?

O PT abriu guerra contra Dilma Rousseff. E quando o PT briga com o PT, o Brasil só tem a ganhar. Colocando  Dilma contra a parede, os companheiros podem, em gesto extremo, levar a presidente à renúncia, colocando Michel Temer no comando do país. Se recuar mais, neste momento, Dilma vira o que deveria ter sido: apenas a marionente e o poste do Lula. Vejam matéria abaixo, da Folha de São Paulo.

Dois dias após a posse de Ideli Salvatti na articulação política, o PT na Câmara, liderado pelo presidente da Casa, Marco Maia (RS), decidiu afrontar o governo com propostas que contrariam a presidente Dilma Rousseff. Com aval dos principais líderes partidários, Maia disse que incluirá na pauta de votação a regulamentação da emenda que obriga gastos mínimos com a saúde (emenda 29) e indicou que tocará discussões para fixar o piso salarial para bombeiros e policiais (PEC 300). Juntas, as duas medidas representam um impacto anual próximo a R$ 58 bilhões, despesa extra que contraria a necessidade de economia na área fiscal.

O PT da Câmara se ressente de ter perdido espaço na cozinha do Planalto ao não conseguir manter um deputado do partido na Secretaria de Relações Institucionais. Ao retomar a discussão dos dois temas, Marco Maia cumpriu a vontade da maioria das legendas aliadas e deixou claro seu descontentamento com o governo. Causou surpresa no Planalto o fato de até líderes petistas terem apoiado o gesto, caso de Paulo Teixeira (SP), no comando da bancada. Até mesmo o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), que foi preterido por Dilma na escolha para a articulação política, disse ver com "com naturalidade" a inclusão das propostas.

ENDOSSO
A emenda 29, segundo o presidente da Câmara, será votada até o dia 15 de julho. Já a PEC 300, proposta que enfrenta resistência dos governadores, fica para o segundo semestre, após ser discutida por comissão. No plenário da Câmara, petistas endossavam ontem a decisão, sob o argumento de que a destinação de recursos para a saúde é uma bandeira da esquerda. Segundo o secretário de comunicação do PT, André Vargas (PR), "essa é uma proposta dos movimentos sociais, do PT". "A própria presidente Dilma prometeu aprovar a emenda 29 na marcha dos prefeitos", disse o presidente do PT-MG, Reginaldo Lopes. Há no governo quem veja o movimento como um revide à escolha de Ideli para a articulação no lugar de um deputado petista, o seu antecessor Luiz Sérgio (RJ). A transferência dele para o Ministério da Pesca foi encarada como sinal de desprestígio da Câmara. Na avaliação do Planalto, o problema não é levantar essas propostas, mas incluí-las na ordem do dia em um momento político delicado como o atual. O Executivo ainda se recupera de sua primeira crise com a saída de Antonio Palocci da Casa Civil.

quarta-feira, 15 de junho de 2011



Lula desiste de viagem para a Itália

FotoCASO BATITISTI FEZ LULA TEMER REAÇÃO DE ITALIANOS
O ex-presidente Lula cancelou sua viagem à Itália no final deste mês por medo de manifestações políticas e populares contra sua decisão de não extraditar o terrorista italiano Cesare Battisti. A visita de Lula tinha como objetivo apoiar a candidatura do brasileiro José Graziano da Silva à direção geral da FAO, órgão da Organização das Nações Unidas para agricultura e alimentação. O ex-presidente participaria ainda de um seminário sobre agricultura em Roma no dia 24. Porém, Lula poderia passar a ser um obstáculo à vitória de Graziano para suceder o senegalês Jacques Diouf, já que o governo e as instituições italianas não aceitam a decisão sobre Battisti.
 Pois bem, dessa maneira, o Bagulhão de Caetés já começa a colher os "dividendos" de sua "brilhante" decisão sobre o facínora Cesare Battisti.
Devido à safadeza feita em benefício do assassino, o porcão barbudo agora se tornou 'persona non grata" na Itália e por isso não poderá nem chegar perto da "Bota". Isso é o que resulta de medidas mal pensadas, tomadas por quem deveria ter sido faxineiro de presídio, em vez de Presidente da República. Chora, Bagulhão, chora!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Qual o ponto fraco do governo Dilma?

Quem acompanha as vicissitudes das mudanças em três ministérios, com pouco mais de cinco meses de governo (uns 10% do mandato), provavelmente dirá que é a coordenação política.
O governo perdeu seu primeiro ministro (Antonio Palocci), afastou o responsável pelas Relações Institucionais (Luiz Sérgio), premiando-o com o ministério da Pesca, e nomeando uma senadora com cinco meses de mandato para a chefia da Casa Civil e uma ex-senadora, que até havia pouco comandava a Pesca, para o ministério de Relações Institucionais.
Nesse processo, a presidente desgrudou-se precocemente do seu antecessor, arranhou a bancada do seu partido na Câmara, tornou-se mais dependente do seu aliado principal, o PMDB, e trouxe para suas mãos a tarefa de negociar projetos e nomeações com o Congresso e os partidos, com vistas a revitalizar o processo de loteamento político herdado do governo anterior.
São quatro consequências de efeitos incertos, mas dificilmente positivos para os rumos do seu mandato. 
A fraqueza maior do atual governo, no entanto – o que certamente reforça suas dificuldades políticas –, é não saber bem a que veio, o que quer, para onde vai.
Até agora não mostrou capacidade para estabelecer objetivos verdadeiros, antecipar-se aos problemas, planejar, fazer acontecer além da comunicação e da publicidade.
Recebeu essa herança do governo anterior e reforçou-a.
O demonstrativo dessa tese está nos tropeços da infraestrutura – aeroportos, portos, estradas, energia – ou nas frustrações da Saúde, do Saneamento e da Educação (cujo ministério dedica-se a fazer trapalhadas e a tentar consertá-las).
Essas políticas sociais universais são indispensáveis ao combate estrutural à pobreza, apesar de terem sido escanteadas nos últimos oito anos.
Coisas como “Brasil sem Miséria” e “Programa de Vigilância de Fronteiras” ou algo assim, por exemplo, são puros factóides destinados a ganhar um passageiro espaço gratuito nos jornais de TV.
O único programa interessante até agora anunciado – a ver se sai do papel e dos comerciais – é o Pronatec, voltado ao ensino técnico. Interessante se realizado, mas não original: trata-se de um “Ctrl C/Ctrl V” do Protec, apresentado pela oposição na campanha do ano passado e satanizado pela candidata do PT.
*Por José Serra

Se o PAC fosse privado, a "gerenta" seria colocada no olho da rua. Virou a "presidenta" da República.

Da Folha de São Paulo:

O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) concluiu apenas metade do que estava previsto em seu lançamento nas áreas em que os recursos eram aplicados pelo governo ou por estatais. É o que aponta o TCU (Tribunal de Contas da União) em seu relatório sobre as contas do governo de 2010. Segundo o TCU, a média de execução orçamentária do programa chegou a 88%, mas esse percentual só foi alcançado por causa do desempenho do setor privado, que superou o previsto.

De acordo com o órgão, em três setores (saneamento, habitação popular e recursos hídricos) o PAC - programa gerenciado em quase todo o governo passado pela atual presidente, Dilma Rousseff- concluiu menos de 10% do previsto. Quando o programa é dividido por áreas, apenas 4 entre as 16 conseguiram finalizar 2010 com desempenho acima do previsto -o que, segundo o TCU, denota eficiência no gasto.Entre elas, três funcionam com recursos públicos usados pela iniciativa privada (total ou parcialmente): rodovias, habitação de mercado e recursos do Fundo da Marinha Mercante. Em estradas, o governo encerrou 2010 anunciando ter concluído obras num total de R$ 43 bilhões. Mas R$ 19 bilhões são concessões de rodovias, com obras feitas ao longo de 25 anos -de acordo com o TCU, R$ 2,2 bilhões foram de fato gastos.

A maior crítica do relatório, contudo, está no setor de habitação de mercado -como são chamados os financiamentos obtidos por famílias e empresas para comprar ou construir imóveis. Sozinho, esse setor concluiu R$ 217 bilhões, sendo responsável por quase metade de todos os gastos do PAC anunciados pelo governo (R$ 444 bilhões). "A dificuldade reside em aceitar esses valores como tendo sido aplicados na infraestrutura brasileira, porque eles não o foram de fato", diz o relatório do TCU.

Já no setor habitacional, que era de responsabilidade efetiva do governo, o PAC teve seu pior desempenho.A previsão em 2007 era que governo gastasse R$ 16,9 bilhões nessa área, mas conseguiu concluir apenas 2%, atingindo 24 mil famílias. Os valores não incluem o Minha Casa, Minha Vida, criado depois do PAC. A análise específica desse programa mostra que o governo conseguiu chegar à meta de 1 milhão de contratos. Ainda assim, só 238 mil unidades ficaram prontas -das quais 92 mil são para famílias que recebem até três salários mínimos. O relatório também mostra que os problemas que o país vive com aeroportos poderiam ter sido resolvidos pelo PAC, em 2007. Dos R$ 3 bilhões para reformas no setor, apenas 10% tinham gastos encerrados em 2010.

A favelização dos nossos índios.

Artigo publicado na Folha de São Paulo, intitulado "Questão indígena":

A QUESTÃO indígena no país, quando do julgamento do caso da reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima, foi objeto de um novo ordenamento. Dando ganho de causa a alguns grupos indígenas, o Supremo Tribunal Federal, ao mesmo tempo, estabeleceu um conjunto de diretrizes que deveria passar a orientar o processo de identificação e de demarcação de terras indígenas. Duas questões se impõem aqui: a avaliação do que está acontecendo em Roraima e se essas novas orientações estão ou não sendo efetivamente seguidas pela Funai (Fundação Nacional do Índio). Quando da demarcação da reserva Raposa/Serra do Sol, ela foi saudada pelos ditos movimentos sociais como uma grande solução, que equacionaria todos os problemas.Vozes mais sensatas já advertiam para os problemas daí decorrentes, como o abandono de populações mestiças e de brancos, deixando indígenas desempregados (edição de 1º deste mês, de "Veja").

No entanto, as vozes da Funai, do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) e de ONGs nacionais e estrangeiras foram mais fortes, impondo uma situação que está se traduzindo pelo desamparo dessa região.Apostaram tudo na questão fundiária, como se fosse possível reverter a aculturação e a miscigenação indígenas, de séculos, e os índios pudessem voltar a ter uma vida igual à dos seus antepassados, anterior ao contato com os "brancos". O problema essencial dos indígenas não é fundiário, mas social. Hoje, possuem terras, porém faltam saúde, emprego, agricultura, pontes e estradas. Muitos dos indígenas, antes empregados, vivendo numa sociedade culturalmente mesclada e matrimonialmente miscigenada, migraram para as favelas de Boa Vista. Em vez da volta a uma utopia de uma comunidade originária, observamos o aumento da miséria e o deslocamento para áreas urbanas.

Os agricultores que foram desapropriados não tiveram suas posses e títulos de propriedade reconhecidos. O governo muito alardeou que eles seriam justamente indenizados, mas a realidade é bem outra. Suas terras foram consideradas como "tradicionalmente indígenas", o que significa que o valor da indenização já não se faria pelo valor da terra nua, mas somente pelas benfeitorias. Ficaram sem terras e sem dinheiro. As questões mais urgentes das populações indígenas dizem respeito à saúde, à educação, ao trabalho e à moradia, em condições que lhes permitam uma plena integração à sociedade. Necessitam de igualdade de oportunidades. Seu problema é social, exigindo políticas públicas adequadas, sem as quais tudo ficará reduzido a uma questão meramente fundiária, que já exibe sua falta de sustentação.

Contudo, a Funai e os ditos movimentos sociais não extraem nenhuma lição do que está acontecendo, repetindo as mesmas fórmulas ultrapassadas e, mais do que isso, desconsiderando a súmula do STF que disciplina a política indigenista. Por exemplo, a Funai, com o apoio de ONGs nacionais e internacionais, não reconhece o "fato indígena", a saber, a ocupação efetiva dos indígenas em determinado território quando da promulgação da Constituição de 1988.Continuam identificando terras indígenas pelo país afora, a partir de um certo conceito de ocupação imemorial, em regiões que, de há muito, não são mais indígenas. Se assim não fosse, Rio de Janeiro e Salvador deveriam ser as primeiras terras indígenas a serem demarcadas.

Tampouco é respeitada a decisão do STF que não mais permite a ampliação de terras indígenas, pois as existentes, uma vez demarcadas, indiretamente também demarcaram as áreas limítrofes como não indígenas. Eventuais problemas demográficos remetem igualmente a problemas sociais, que deveriam ser enfrentados por políticas públicas, como a de compra de terras pelos governos estadual e federal. Os agricultores não podem ser as vítimas nem os responsáveis pela miopia dos órgãos públicos. Urge que as decisões do STF sejam respeitadas, sob pena de o Brasil continuar refém de problemas que só se multiplicam, produzindo insegurança jurídica e abandonando socialmente os indígenas. Uma súmula vinculante é cada vez mais necessária.

KÁTIA ABREU (DEM-TO), 49, senadora e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

A arte de seguir em frente