terça-feira, 19 de novembro de 2013

Naquela cela está faltando ele.

Naquela cela está faltando ele.


Ainda falta um: Lula.
 
Dois dias após chegarem a Brasília para cumprir as penas recebidas por causa de sua participação no esquema do mensalão, os 11 condenados do processo entraram oficialmente ontem no sistema prisional brasileiro. A partir de agora, a Justiça analisará os recursos que eles apresentarão para voltar a seus Estados e para conseguir permissão para trabalhar fora da prisão de dia, uma possibilidade para os que estão no regime semiaberto.
 
Este é o caso do ex-ministro José Dirceu, do deputado licenciado José Genoino (PT-SP) e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Outros dois condenados, o ex-deputado federal Romeu Queiroz e o ex-tesoureiro do PL (hoje PR) Jacinto Lamas, também estão neste grupo. Os cinco agora dividirão uma cela no Centro de Internamento e Reeducação, ala do Complexo Penitenciário da Papuda para detentos do semiaberto. Segundo a Folha apurou, eles acharam a nova instalação melhor.
 
O operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza, e outros três presos em regime fechado ficarão numa das duas penitenciárias da Papuda, junto com outros detentos. As duas mulheres do grupo foram encaminhadas inicialmente ao 19º Batalhão da Polícia Militar do DF, também dentro da Papuda. A decisão foi do juiz Ademar de Vasconcelos, da Vara de Execução Penal do DF.
 
No local para o qual os petistas foram transferidos, que abriga 1.500 detentos, os condenados podem trabalhar para reduzir a pena. É um dia a menos para cada três trabalhados em oficinas de marcenaria, lanternagem e funilaria ou em trabalhos agrícolas. Eles podem circular durante o dia --no regime fechado, só haveria o banho de sol de duas horas diárias, como os petistas tiveram ontem, vestidos com uniformes brancos fornecidos pela Papuda.
 
Com isso acaba a polêmica fase inicial do cumprimento da pena dos condenados. Como os presos ficaram o fim de semana todo sob custódia provisória da PF, seus advogados acusaram o STF de cometer ilegalidades na prisão.
 
O ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF e relator do caso, expediu as cartas de sentença na madrugada de domingo. O juiz Vasconcelos, designado por ele para encaminhar os presos, passou o domingo e ontem preparando a execução da pena, determinando para onde cada condenado iria. Barbosa não conseguiu concluir até ontem a análise dos recursos apresentados pelos condenados no processo do mensalão. Por isso, não expediu novos mandados de prisão, como era esperado. Além dos 11 que já estão presos, Barbosa analisa o caso de outros sete condenados. (Folha de São Paulo)

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