domingo, 9 de outubro de 2011

Financial Time: A Tia Dilma dá conselhos à União Européia de Nações.


Subject: Fwd: Financial Times ironiza governo brasileiro.

Texto reproduzido no Financial Times ironiza mania do governo

brasileiro de sair distribuindo conselhos ao mundo

Pois é… Nem todo mundo cai na conversa, não é? E certa saliência

arrogante já começa a chamar a atenção. A Reuters publicou uma espécie
de editorial, reproduzido no site do Financial Times, que ironiza os
conselhos da “Tia Dilma” (aqui, em inglês) para a União Européia:
“Dilma: agony aunt to the EU”. Mais ou menos isso: “Dilma: os
conselhos da tia”.

Logo no primeiro parágrafo, uma paulada: o texto lembra que a líder do

país que está em 152º no ranking do Banco Mundial (do melhor para o
pior…) das nações com o pior e mais pesado sistema tributário tenta
dar conselho aos outros. Pois é… A carga deve fechar 2011 em 36,5% do
Produto Interno Bruto (PIB). E a Rousseff do Brasil já avisou: mais
dinheiro pra saúde só com mais impostos.

O texto lembra que tem sido prática constante do governo brasileiro

distribuir conselhos ao mundo. E cita o caso do ministro Guido
Mantega: “Depois de ter sido alçado à fama graças a seu discurso sobre
‘guerra cambial’, Mantega propôs, no mês passado, um plano meio maluco
de resgate da Zona do Euro pelos BRICs”. E o texto emenda: “O problema
é que ele não consultou os outros países, como a China, que detém a
maior parte dos títulos da dívida”. Segundo o texto da Reuters, até os
nativos por aqui ficaram surpresos que o Brasil se oferecesse para
salvar economias como a da Itália, cujo PIB per capta é o triplo do
seu próprio…

O conselho, afirma o editorial, “além de irrealista, soou hipócrita”,

uma vez que Dilma falou “sobre a necessidade de combater o
protecionismo” uma semana depois de ter elevado o IPI de carros
estrangeiros em “gritantes 30 pontos percentuais”. Também ironiza a
censura do Brasil aos países que mantêm desvalorizadas sua moeda,
lembrando as constantes intervenções do Banco Central no mercado de
câmbio.

O texto até dá uma colher de chá ao governo. Lembra que, embora seja

fácil zombar desses conselhos, eles vêm num momento de estabilidade do
país. Conclui: “Com um dos sistemas financeiros mais saudáveis do
mundo, grande capacidade para implementar medidas anticíclicas de
estímulo à economia e reservas cambiais sólidas, não é de estranhar
que o Brasil se sinta no direito de sair dando conselhos por aí, ainda
que malucos”.

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