A VEJA e seus brilhantes profissionais, mais um vez, estão de parabéns pelo retrato fiel e acabado dos intestinos dessa democracia parva concebida pelo Lulla virgulino de Garanhuns merecedor do premio NOBEL DO CRIME e seus asseclas para nos fazer de otários. Nela, todos são bandidos, incluindo aí os que não são. Todos são venais. Todos fáceis de comprar no mercado negro das almas espúrias que cercam o reinado deste ladravaz. Todos tem alguma culpa em cartório, que possa ser usada como objeto de chantagem. Não vê quem não quer. Cegados pela mortadela pública e amedrontados pelas meias mazelas que acabaram por desembocar nessa coisa podre que movimenta nossas instituições, não vejo tanto espanto no comportamento do maior meliante que este país já pariu em sua política troncha. Vejo sim a ineficiência, a cumplicidade, a malemolência de nossas instituições. Há um sinal ainda mais perigoso no ar, quando um ministro de um dos poderes da república precisa do registro dessas mazelas na imprensa que ainda presta. E por que não deram voz de prisão para o meliante ? Sempre porque a coisa não é tão simples quanto se parece. Sempre porque vivemos numa democracia relativa, relativisada ainda mais pelo corpo mole das instituições que a defendem. Temem o quê ? Movimentos populares que não enchem uma kombi ? 103% de popularidade comprada ? Fim da boquinha, do lencinho e do lanchinho ? Fala sério. Toda essa gente é paga, direta ou indiretamento COM O NOSSO DINHEIRO. Quando ouço falar em “defesa da governabilidade”, imediatamente associo à pergunta: E a defesa da moralidade, onde fica ? O grande filho da luta mais uma vez tentou passar a mão na banda do guarda, na cara larga. Tentou aplicar um “perdeu, bandido”. E mais uma vez assistimos o silêncio pusilânime das “oposições”, que de oposição à bandalheira não tem absolutamente nada. Mais uma vez as grandes redes de tv silenciam diante do crime e do criminoso impune. Mais uma vez não dão voz e sinergia para os que ainda insistem em viver num país que preste. Essas figuras abjetas, sinistras, vagabundas, perspassam a democracia brasileira para torná-la um eterno circo de horrores. Uma mancha na história. Uma farsa esquerdolenta e vigarista. Uma carteirada no guarda, a gosto de todos os postulantes daquela cadeira, sejam eles de que colorido político forem. Todos se achando no direito de tripudiar do povinho ignorante que lhes garante o voto em troca da dentadura nova, da laqueadura para evitar dez filhos de oito pais diferentes, dos cinquenta contos de pinga depositados no sonho de plástico em que se transformou essa vergonha de nação de encostados na teta. O meliante se insurge como o chefe dessa camarilha. O defensor dos oprimidos. O negociador. Uma triste figura que, ainda hoje, vende lugar na foto para o outro bando se sentir importante e atuante. Este é o ponto. Bandidos acobertando bandidos. Nada mais que isto .O resto é o desespero de quem sabe que seu final está mais próximo do que o julgamento do mensalão. A doença, venceu. Lamentável esse final, mas puniu pela voz a quem fez dela a sua arma maior. Ele faz agora as suas últimas bravatas para marcar posição até no final. É o seu jeito escroto de ser. A vida será sempre sábia com todos nós.Ele não seria exceção, como não foi.
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