segunda-feira, 14 de maio de 2012

O NOSSO EXÉRCITO




A Academia Militar das Agulhas Negras havia realizado a Manobra Escolar de 2005, o exercício de campanha que coroava o ano letivo. A situação geral vivida pelos executantes foi concebida num quadro de combate da resistência. O exercício comportou o emprego de aproximadamente 2500 militares, homens e mulheres, de todas as Armas, Serviço de Intendência, Serviço de Saúde e Quadro de Material Bélico. Eles atuaram em uma área de 2400 quilômetros quadrados, em trechos de vários municípios do Vale do Paraíba, Serras do Mar e Mantiqueira, como Falcão, Bocaina de Minas, Itatiaia, Resende, Quatis, Arapeí, São José do Barreiro e Areias, pequenas cidades dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Durante os trabalhos executados, os oficiais, cadetes e praças travaram inúmeros contatos com o povo, tanto nas Ações Cívico-Sociais (ACISO) realizadas em cidades e vilarejos, quando pessoas carentes receberam apoio de saúde e outras benesses, mas também durante as simulações de combate, todas executadas dentro dos padrões preconizados pelo Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro (SIMEB).

Mas o que ressaltou nestes contatos foi a extrema boa vontade das pessoas com os militares. Jovens, velhos e crianças participaram das atividades e ajudaram a tropa de muitas maneiras, mostrando sua confiança no Soldado de Caxias.

Um capitão, que estava numa base de combate no sopé do Pico da Pedra Selada, relatou o seguinte:

Precisávamos de uma casa durante algumas horas, para fazermos um determinado trabalho. Procurei um cidadão, morador de uma pequena fazenda, e perguntei-lhe se ele conhecia, nas imediações, alguma casa abandonada, mesmo em ruínas, que pudéssemos usar.

Ele respondeu que me emprestaria a casa onde estávamos, na qual ele morava com a sua família.

Disse-lhe que agradecia, mas de modo algum iríamos incomodá-lo, ainda mais que precisaríamos da casa às cinco horas da manhã.

Então ele falou o seguinte:

- Capitão, eu saio quatro horas para tirar leite das vacas. Amanhã vou levar comigo toda a família e vou deixar a casa com o senhor!

E assim foi feito.

Este não foi um caso isolado, em outros lugares aconteceram coisas semelhantes. Todos queriam ajudar os soldados; todos queriam vê-los, sempre demonstrando amizade e grande confiança no Exército, como ficou evidenciado no exemplo citado.

Por que, num mundo onde imperam a violência e a desonestidade, as pessoas de bem confiam nos Soldados de Caxias?

Confiam porque os Soldados de Caxias são integrantes do Exército Brasileiro, BRAÇO FORTE E MÃO AMIGA!

Quando chega a seca, o soldado transporta e distribui a água e o alimento, que de outro modo não chegariam aos necessitados.

Se a ponte cai, o soldado rapidamente constrói outra.

Se a dengue ataca, o soldado mata o mosquito.

Se o rio transborda o soldado salva vidas.

Se outros países estão em dificuldades, o soldado ajuda na Força de Paz.

Construindo açudes, estradas de rodagem, estradas de ferro, pontes e viadutos, o soldado sempre está presente.

Garantindo a lei e a ordem, protegendo as famílias, as mulheres, as crianças e os idosos, o soldado nunca falha.

Ao mesmo tempo, vencendo grandes dificuldades, o soldado estuda e se adestra, ficando em condições de defender a pátria, mesmo contra um inimigo mais forte.

O povo brasileiro sabe de tudo e por isto confia!

Mas se isto alegra nossos espíritos, também coloca sobre nossos ombros grande responsabilidade, pois não podemos faltar a esta confiança.

O soldado é o portador da grande tocha de fogo que, nas horas de desespero, sempre ilumina a Nação e cuja luz é produzida no cadinho do patriotismo e da integridade.

Portanto, soldado, prepare-se e não falhe, porque o Brasil não sobreviverá sem você e sem o seu Exército!

BRASIL ACIMA DE TUDO.

Mario Hecksher é Coronel de Infantaria Reformado.

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