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Respeitar os pais é uma das poucas leis que o povo judeu recebeu ainda antes da Outorga da Torá e antes dos Dez Mandamentos.
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Surge um nova vida e o pai e a mãe foram responsáveis por esse presente. A concepção e o nascimento de um filho é uma dádiva de DEUS, e quem gerou um descendente (filho) perpetuando a espécie, merece um tratamento especial e digno de respeito. Quem não respeita os pais, também não será respeitado pelos filhos.
Infelizmente, hoje em dia são poucas as crianças que obedecem ou respeitam os pais devidamente. Um pouco (ou muito), pode se dizer, os próprios pais são culpados. Vivemos numa época onde cada um quer as coisas para si e poucos pensam no próximo. Muitos filhos crescem em lares onde os pais fazem tudo para eles, sem exigir absolutamente nada em troca. As crianças entendem com isso que não há limites e de repente começam a exigir mais e mais, como se fossem os donos do lar.
Mas não fazemos nenhum favor para nossos filhos agindo desta maneira. Se for necessário, pode-se mostrar para os filhos os versículos da Torá que falam do respeito e temor (reverência) devidos aos pais - duas vezes nos Dez Mandamentos (Êxodo 20:12 e Deut. 5:16 e mais uma vez em Levítico 19:3).
Nessa data recebemos os parabéns de muitas pessoas amigas que conheceram e vivenciaram o nosso empenho, dedicação, trabalho, e o nosso amor pelos nossos filhos. Contra fatos não existem argumentos. E o fatos existiram durante um período cheio de alegria e emoções. Não guardamos nenhum rancor de nossos filhos, por fingirem esquecer a figura de um pai sofredor, que no seu dia, não é lembrado nem por meio uma simples mensagem, mesmo sabendo que somos unidos eternamente pelos laços sanguineos. Felicidades a todos nesse grande dia, é a nossa resposta.
Nenhum pai (ou mãe) faz nenhum favor a seus filhos ao tratá-los como príncipes, cumprindo cada desejo deles. Uma criança deve ter a obrigação de ajudar no serviço do lar, fazendo algo para os pais como trazer um simples copo de água ou chá; ajudar no preparo dos alimentos, nas compras, etc.
Uma criança deve ouvir a palavra "não", mas não um "não" que vai ser desprezado. Um "não" que realmente significa "não". Isto é possível somente quando o "não" não torna-se constante, nem é usado para tudo. É possível usar "sim" em vez de "não" como por exemplo quando a criança quer um biscoito (e é antes do almoço) ou quer dormir na casa de um amigo (e você acha que indo dormir tarde não conseguirá acordar em tempo no dia seguinte), em vez de dizer "não", deve-se dizer "sim, depois do almoço" ou "sim, no final de semana", etc.
Ao passo que a criança vai crescendo, se ela sabe que os pais são a única autoridade no lar e não os filhos, irá respeitar e obedecê-los. Mas se desde pequena tudo que ela quer ela ganha, como terá limites?
E quando não querem deixar-lhe fazer o que quer, começa a responder e falar sem respeito - isto se chama "chutspá" (ousadia). Uma criança que fala com os pais desta forma deve ser interrompida imediatamente! Ela tem um dever, uma mitsvá, de respeitar os pais, e nós temos um dever, uma mitsvá, de ensinar este respeito. Faz parte das obrigações dos pais de educar que vai além de proporcionar os meios para seus estudos.
A criança que fala em voz alta com seus pais deve-se firmemente dizer a ela para repetir a mesma coisa em tom de voz normal e com educação. Lógico que se os pais falam assim não dá para exigir mais nada. Primeiro temos que ser um exemplo! Se a criança prossegue com desrespeito, deve-se pedir para ela se retirar até se acalmar e sugerir que ela aproveite o "brake" para treinar como falar com os pais. Isto não é fácil e portanto muitos pais desistem e se entregam, realizando os desejos das crianças.
Pode-se estudar com os filhos mais sobre este assunto do Código da Lei Judaica ou nas obras de Maimônides e outros grandes sábios.
Nós temos que fazer a nossa parte. O resto está na mão de DEUS.
Ainda sobre kibud Av Vaem, o respeito dos filhos a seus pais, um filho é obrigado a dar respeito mesmo se não recebe nada dos pais, pois a mitsvá de respeitar os pais não é para retribuir tudo que fizeram por nós, mas simplesmente pelo fato de ser seu pai ou sua mãe, mesmo que não tenham praticado nada em prol de seu filho, mesmo assim merecem seu respeito.
Isto se aprende do fato que respeitar os pais é uma das poucas leis que o povo judeu recebeu ainda antes da Outorga da Torá e antes dos Dez Mandamentos. Foi logo na saída de Egito. O motivo foi para transmitir esta idéia que o respeito pelos pais não depende de nenhum favor que fazem por nós, pois lá no deserto os pais não fizeram praticamente nada pelos filhos - a comida caía dos céus em forma de maná; a bebida fluía de uma rocha que acompanhou o povo; as roupas cresciam junto com as crianças e eram arejadas e renovadas constantemente pelas nuvens Divinas que cercaram o acampamento durante os 40 anos de peregrinação.
Em nenhum lugar a Torá fala sobre obedecer os pais, somente respeitar. Em outras palavras, a Torá permite e às vezes obriga um filho a desobedecer (por exemplo, se os pais não o deixam cumprir as leis da Torá, pois neste caso, os pais também têm que obedecer a ordem Divina), porém nunca a desrespeitar os pais.
Respeito aos pais inclui: levantar-se quando o pai entra, não sentar em seu lugar, cuidar de suas necessidades básicas como alimentá-lo, vesti-lo, não contrariar ou dizer que está errado, etc.
Respeito dos pais para com seus filhos
Assim como se deve respeitar qualquer ser humano, o mesmo se aplica a nossos filhos - eles também são seres humanos. Às vezes esquecemos deste ponto e chamamos a atenção dos filhos ou brigamos com eles ou até rebaixamos ou castigamos eles na frente de amigos ou vizinhos. Isto é realmente uma falta de respeito para com os filhos.
Sempre que nos achamos no direito de criticar um filho (e é bom pensar antes se a critica é absolutamente necessária, se vai surtir efeito, se não seria melhor elogiar um ato positivo desta criança ou de outra que está fazendo o que é certo no momento; se depois de tudo isso, os pais ainda acham que deveriam criticar algum ato) é bom lembrar que deve ser feito entre quatro olhos - justamente para manter o respeito.
Filhos aprendem mais através de exemplos do que com instruções e palavras. Um filho que recebe respeito também o saberá dar.
De tudo que foi dito, atentando para o lado biológico, humanitário e cristão, concluimos que todo filho tem o dever de amar e respeitar o seu pai, sem desprezo, mesmo que ele não tenha conseguido um elevado "status social", ou se tornado um marginal diante da sociedade. Os filhos que desprezam os pais jamais serão felizes em suas vidas. O tempo passa e algum dia terão respostas e surpresas desagradáveis que nunca esperavam acontecer.
Não é necessário estarmos ao lado dos nossos filhos ou pais para dizer-lhes que os amamos e adoramos de coração. As vezes à presença constante não significa muita coisa em termos de carinho e amor. A distânca gera saudades e lembranças dos nossos entes queridos, e quando nos encontramos é uma verdadeira felicidade.
Muito obrigado aos nossos amigos por entenderem a nossa mensagem nesse belo dia. Desejo a todos muitas felicidades ao lado dos seus pais, entes queridos e amigos. Para àqueles que não tem mais os seus pais com vida, concito-os a orar por eles, elevando as suas almas para o nosso pai eterno - "DEUS"
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