domingo, 19 de janeiro de 2014

$urrealismo que detona a Petralhada




O PT precisa fazer, urgentemente, uma aliança eleitoral com o Facebook ou com o Twitter – e não com o PMDB e demais partidos da base amestrada, se quiser não perder a reeleição de forma fragorosa. Nas redes sociais, a petralhada leva muita pancada, em suas maiores fragilidades: o Mensalão (e tudo ligado a corrupção), a inflação (e tudo a ver com o aumento dos preços e do custo de vida) e a falta de credibilidade no exterior (que gera notícias negativas, aumento do dólar, fuga de investidores e retirada de apoio de quem poderia bancar a milionária campanha).

A petralhada sobre uma pressão $urrealista. Assim mesmo, escrita com o cifrão. O símbolo foi adotado por um movimento no Facebook. O $urreal ganha fama denunciando os aumentos abusivos de preços no País da Copa da Fifa. A página “Rio $urreal – Não Pague” apresenta motivos reais para deixar qualquer um PT da vida... Um prato de strogonoff a R$ 80, misto quente a R$ 30, banana com sorvete a R$ 31 e croissant a R$ 14 estão entre os valores extorsivos cobrados no Rio de Janeiro. Eis a economia “Real”...

Sorte nossa que, mesmo mobilizada por uma espécie de fundamentalismo político, beirando o fanatismo pseudorreligioso, a petralhada é facilmente detonada na Era dos Smartphones. Os seguidores do petismo perdem a guerra on line – embora tenham um caríssimo exército de militantes mobilizado para atacar e defender na internet. Só ontem, José Genoíno, José Dirceu, Marta Suplicy, Dilma Rousseff e o sumido Presidentro Lula apanharam muito nas redes sociais.

Os petralhas tentam contra-atacar as derrotas políticas reais, no mundo virtual, criando factoides. Nos recentes tempos das manifestações de ruas, manipularam seus amestrados Black Blocks para exibir truculência e esvaziar os protestos. Agora, a malandragem de ocasião é o “rolezinho”. Os tais movimentos sociais mobilizam seus seguidores e eles marcham para a gloriosa luta de classes contra os tais “ricos que se divertem nos pobres”. O ato de terror psicológico funciona. Shoppings recorrem à Justiça ou fecham as portas – prejudicando todo mundo. A insensatez da politicagem petralha consegue uma vitoriazinha de pirro.

O que a petralhada mais teme é que o troco venha na reeleição. A vaca vai para o brejo com a mistura fatal de Mensalão, Inflação e descrédito geopolítico. A perda de sustentação da Oligarquia Financeira Transnacional – que manda nos negócios do mundo e controla o Brasil –iguala os petralhas aos perus na Natal. Eles já morrem de véspera. Por isso, o desespero os leva à gritaria. Na proximidade do previsível desastre de outubro, o pânico dos petralhas será ainda maior. A deslealdade, a falta de ética e o grau de mentiras também aumentarão até a eleição perdida.

Com o calcanhar de Aquiles seriamente danificado (pela corrupção, pela carestia e pela desconfiança), o PT vai começar a experimentar a temporada de traições –que já começou quando o PSB decidiu lançar Eduardo Campos em dobradinha com a ex-petista Marina Silva. Agora, quem costeia o alambrado para romper o casamento de aluguel é o PMDB. Para piorar, a turma de José Sarney, Michel Temer, Renan Calheiros, Sérgio Cabral, Moreira Franco e outros menos votados conta com a ajuda de petistas mais desesperados e mais infiéis ainda. O PT do Estado do RJ avisou que desembarcará dos 700 cargos que aparelha na gestão Cavralzinho. Tudo para apostar na arriscadíssima eleição do lindinho Lindberg Farias (outro que nem tem mais calcanhar de Aquiles, de tanto desgaste com denúncias de corrupção).

A traição no Rio de janeiro tende a repercutir no resto do Brasil. O movimento aloprado da petralhada vai repercutir nas frágeis alianças nos outros estados. Dilma não quer dar o sexto ministério ao PMDB. Assim, o caldo vai entornar. Os eternos governistas do PMDB ficarão à vontade para pular a cerca, investindo no Eduardo Campos ou no Aécio Neves. Tanto faz um ou outro. Qualquer marionete serve aos controladores do mundo. E o poderio econômico elege quem lhe convier. Ainda mais no cassino eleitoral das urnas eletrônicas sem direito à contagem impressa de votos numa auditoria.

O Poder Real Globalitário já definiu que o Brasil deve ter um governo com cara de socialista Fabiano a partir de 2014. O negócio é tirar o PT, trocando-o por um grupo menos desgastado. Quarta-feira que vem, Dilma Rousseff baixa no Fórum Econômico Mundial, em Davos, para tentar reverter o enterro programado do PT. Vale tudo... Qualquer negociata... Ou um entreguismozinho disfarçado de concessão ou parceria – para esconder privatarias...


Dependendo do que Dilma oferecer, na bacia das almas, aos donos do mundo, quem sabe ganha um fôlego... Porém, recuperar a credibilidade da equipe e da política econômica é missão quase impossível. As bases para a bolha brasileira já estão formadas. Inadimplência ou desistência de negócios são tragédias concretas. Uma mínima volatilidade externa detona o caos por aqui. Começa no setor automobilístico, já assombra o imobiliário e contamina o resto. Só os banqueiros se julgam acima do bem e do mal... Será? Até quando?

Para Dilma pensar na alcova, vale a pena reproduzir a reflexão de um empregado da Petrobras em recente mensagem aberta à presidência da estatal de economia mista – claramente prejudicada pela governança petralha: “Prejuízo maior virá para todos, porque o resultado está aí, não só no valor das ações, mas também na entrega do Presal, no endividamento crescente da Petrobras, na importação crescente de combustíveis, no retorno da inflação, no aumento do desemprego e da violência urbana, enfim, a única coisa que governantes financiados por grupos estrangeiros têm para dar”.

Nação subdesenvolvida, com soberania relativa e sem poderio bélico, o Brasil tem de aguentar uma realidade política e econômica de dependência e submissão. Só doido aposta em um país sem infraestrutura, sem educação, com mão de obra desqualificada e cara, com tendência especulativa inflacionária, com juros altíssimos, carga tributária absurda, com um pibinho aquém do necessário e desejável, e com um sistema em que a corrupção, a vagabundagem e as variadas modalidades de golpismos fazem parte do DNA da maioria do povo e dos três poderes republicanos.

Por isso, seja quem vencer a eleição para marionete presidencial já sabe que terá de mandar o calcanhar de Aquiles do País para a fisioterapia intensiva. E sem a garantia de cura do câncer institucional que comanda um sistema Capimunista. Aqui se misturam os defeitos do capitalismo de Estado autoritário com as promessas e práticas cínicas do assistencialismo pretensamente comunista.

Infelizmente, somos um Paraíso Perdido. Um País lindo nas belezas naturais, maravilhoso nas potencialidades, mas horroroso na execução concreta das coisas certas. Em resumo, o Brasil é uma autoenganação. O País do futuro, na vanguarda do atraso, governado pelo crime organizado.

Enfim, o Brasil parece um vaso sanitário de ouro, tampa de diamante, mas com uma descarga que não funciona, num ambiente cultural, política e economicamente escatológico.

A equipe de limpeza ainda é muito tímida nas atitudes e propósitos para limpar tanto lixo, formulando e executando um Projeto de Nação para o Brasil.

Eis o dramático $urrealismo tupiniquim. O inferno procura pelo Diabo. Mas prefere não começar pelo Maranhão, para não tornar a tarefa tão fácil. E muito menos por Brasília, onde sobra demônio para pouco purgatório... 

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