quinta-feira, 27 de outubro de 2016

DESEMPREGO

      



DESEMPREGO

Desemprego é a falta de trabalho. As pessoas perdem a chance de trabalhar para obter renda, estimular o consumo, ativar a produção. A carência de atividade remunerada enfraquece o mercado, fecha postos de trabalho, gera dispensas. Desemprego.
O desemprego é analisado sob quatro ângulos. Desemprego cíclico, sazonal, friccional e o estrutural. Todos produzem efeitos destruidores.
O desemprego cíclico é fruto de crises, principalmente a econômica. Provêm da recessão, desaceleração, baixa produção, poucas vendas e irregular arrecadação de impostos. A recessão não é rápida. É duradoura.
O sazonal é vivenciado na zona rural, via oscilação da oferta e procura de vagas. É costume na agricultura, principalmente no corte da cana de açúcar. Entre a moagem e a entressafra.
O desemprego friccional se assemelha ao emprego temporário. Descontente com o baixo salário, o trabalhador, geralmente jovem, pede demissão e vai buscar coisa melhor na praça. Sem temer dias parados.
Todavia, o mais problemático do desemprego é o estrutural. Modelo do atual cenário brasileiro. A recessão fechou postos de trabalho, parou fábricas, reduziu a produção, disponibilizou milhões de trabalhadores ociosos. Sem renda fixa. Tumultuando o país.
A fila de desempregados nas ruas vive crescendo, à procura de vagas. Sem achar. São pais de família necessitados, vítimas da desestabilidade econômica, atônitos com a escassez de trabalho e o excesso de candidatos. O problema é a incapacidade do Estado na solução do grave problema.
Atualmente, como a massa de desocupados excede as expectativas, a situação indica que a atividade produtiva brasileira está desaquecida. A economia fraqueja. Obriga as fábricas a paralisar máquinas, prejudicando o bem-estar social.
A População Economicamente Ativa do país, segundo registros do IBGE, marca 79 milhões de cidadãos. São pessoas em idade de trabalhar. Representa o quantitavo de empregados e os desocupados.
O desemprego é analisado sob vários aspectos. A baixa qualificação do trabalhador, a substituição do homem pela máquina e o quadro exposto nas crises.A baixa qualificação do trabalhador é o retrato do Brasil. Pela insuficiência de trabalhador capacitado, sobram vagas para determinadas funções.
Houve época, quando a economia avançava em tecnologia, que a substituição do homem pela máquina era constante. Bastava acionar a máquina para expulsar o funcionário do serviço. Fechando postos de trabalho e abrindo vagas. Fórmula muito utilizada pelos bancos.
O Banco do Brasil, alegando necessidade de reduzir o excessivo quadro de funcionários que custa R$ 3 bilhões parte para a reestruturação. 
O plano é incentivar o PDV-Plano de Demissão Voluntária para diminuir o quadro de funcionários de 110 mil para somente 90 mil bancários.
Diversos fatores determinam o grau de desaquecimento do mercado. O crescimento da pobreza empurra a violência para o alto, gerando desagregação social. 
Juntando os desarranjos sociais à queda de consumo, ao crescimento da carga tributária e aumento dos encargos de trabalho, surge o pretexto de reduzir custos nas empresas através da demissão. Daí o desemprego em alta, apresentando dados alarmantes.

Josemir Moraes (vamos mudar o Brasil)

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