Hoje, o Editorial da Folha questiona a falta de reformas nos primeiros 100 dias de governo, na linha do post que publicamos ontem, afirmando que a presidente administra o Brasil como se fosse um mercadinho:
Mais preocupante, talvez, é a falta de um programa de governo que vá além da gestão cotidiana. Receou-se na campanha que o esmagador predomínio governista no Congresso Nacional ensejasse alguma aventura autoritária; pergunta-se hoje o que a presidente pretende fazer com tamanha maioria. As reformas previdenciária e tributária continuam à espera de um governo disposto a realizá-las.
Hoje, no Brasil, infelizmente, os corruptos históricos e os piores vagabundos da política são a única proteção que restou para conter ímpetos antidemocráticos. Melhor do que está não fica, o que, por vias tortas, garante a estabilidade da nossa democracia. Esta esmagadora maioria governista foi construída em torno de benesses, fisiologismo, loteamento de cargos, não a partir de um programa de governo. Tanto é que o que vimos, nos primeiros 100 dias deste governo medíocre, foi o esquartejamento do estado para distribuição metódica e calculada aos aliados, com o objetivo de garantir um projeto de poder, sem nenhuma mudança. Torçamos para que não haja ouro público suficiente para pagar um pouco mais aos corruptos históricos e aos piores vagabundos da política que ora protegem o estado de direito, convencendo-os a aprovar leis que restrinjam as liberdades individuais, como várias que estão na boca do forno, à espera do melhor momento. Para o PT e para a esquerda, estas são as reformas que interessam.Para o bem do país, que falte dinheiro.
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