O empresário Eike Batista encerrou esta segunda-feira 6,8 bilhões de reais mais pobre. O motivo foi a reação negativa aos números divulgados pela OGX, a petrolífera de Eike, na última sexta-feira (15/4). As ações ordinárias da empresa (OGXP3, com direito a voto) fecharam a segunda em queda de 17,23%, cotados a 16,26 reais por papel. Em dólares, as perdas de Eike, hoje, somaram 4,3 bilhões, considerando um câmbio de 1,591 real por dólar. Em março, a revista Forbes avaliou a fortuna de Eike em 30 bilhões de dólares. O montante o colocava como o oitavo homem mais rico do mundo – e o número um no Brasil.
O nono colocado, na lista da Forbes, era o indiano Mukesh Ambani, com 27 bilhões de dólares. Ambani preside o Reliance Industries, o maior conglomerado industrial da Índia. O Grupo EBX, holding de Eike que controla seus negócios, detém 62% da OGX. A participação está em nome da Centennial Asset Mining Fund Llc. Na sexta-feira, a fatia da OGX atribuída a Eike valia 39,395 bilhões de reais. Com a forte queda desta segunda, essa participação passou a valer 32,598 bilhões de reais.
O mau humor do mercado com a OGX é baseado no relatório de recursos divulgado pela empresa na sexta-feira. O documento foi elaborado pela consultoria independente DeGolyer & MacNaughton (D&M), especializada em petróleo e gás. A D&M avaliou os recursos potenciais e contingentes da OGX em 10,8 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). O volume é superior aos 6,8 bilhões de boe divulgados em setembro de 2009, com base na mesma consultoria. O problema, segundo o mercado, é a distribuição dos recursos divulgados na semana passada. Na Bacia de Campos, por exemplo, onde a D&M avaliou 5,7 bilhões de boe, muito do petróleo estimado ainda tem um algo grau de risco.
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