Somente nos dois últimos anos de seu governo, o ex-presidente Lula distribuiu mais de R$ 61 bilhões do contribuinte brasileiro para 27 países, a maioria na América Latina, sendo oito na África, para além de algumas das mais tenebrosas ditaduras, como Líbia, Síria e Irã. Parte expressiva dos recursos saiu do Brasil por meio de financiamento do BNDES, para obras tocadas por empreiteiras favoritas do governo.
A lista dos 27 países aos quais Lula deu dinheiro causou perplexidade nos senadores, até nos governistas, da Comissão de Assuntos Econômicos. A indignação dos senadores também decorre do fato de que os R$ 61 bilhões terem deixado os cofres públicos sem autorização do Senado. Oficialmente, o BNDES admite “desembolsos” de US$ 1,2 bilhão na América Latina e de US$ 906 milhões na África. Ou R$ 3,38 bilhões. Os R$ 61 bilhões destinados por Lula aos 27 países em dois anos é um valor superior à soma das transferências para os Estados, no período.
A propósito da visita de Lula à Associação dos Bancos do México, lembrei da inauguração do Banco Azteca do Brasil, do bilionário mexicano Ricardo Salinas, ocorrida em Pernambuco em março de 2008, evento prestigiado pela presença do presidente Lula. O presidente iniciou seu discurso justificando sua participação: “Não é habitual no Brasil um presidente da República inaugurar uma agência bancária ou uma loja comercial, a não ser que seja banco público”. De vez em quando, nós vamos inaugurar coisas do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal. Mas quando eu conversei com o Ricardo Salinas, em Brasília, e ele me dizia da vontade que tinha de entrar com o Banco Azteca no Brasil e tentar criar uma nova cultura de bancarização popular e, ao mesmo tempo, contribuir para reduzir as taxas de juros aqui no Brasil para o consumo popular, eu fiquei com entusiasmo”. Pois bem: de acordo com o Banco Central, o banco mexicano era responsável pela maior taxa média do crédito pessoal: 18,33% ao mês, ou 653,60% ao ano. Creio que o Lula vai ao México é para receber um prêmio...
Aos poucos, os podres do governo petralha do molusco 51 vão aparecendo. Vejam esse trecho de uma matéria da Folha de São Paulo de hoje: "Investigações da PF (Polícia Federal) e do TCU (Tribunal de Contas da União) apontam fraudes na duplicação da BR-101, no Nordeste, orçada em R$ 2,5 bilhões, informa reportagem publicada na Folha deste domingo,3/4/2011." Era assim que as coisas se desenrolavam sob a batuta do grande maestro do roubo. E agora, ante novas denúncias, como devemos escrever? "Ali Babá e os quarenta ladrões" ou "Ali Babá e os 41 ladrões"? O fato é que Ali Babá é "O cara"...
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