quinta-feira, 20 de março de 2014

Aécio diz que explicações de Dilma sobre rombo de U$ 1 bilhão da refinaria de Pasadena "são pouco convincentes". E que é preciso "investigar a fundo".


Dilma e o petista José Sérgio Gabrielli: ela "assinou embaixo" da compra da refinaria que deu prejuízo de U$ 1 bilhão de dólares. Agora diz que não leu e não sabia.

O provável candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, afirmou na manhã desta quarta-feira, 19, que as explicações dadas pela presidente Dilma Rousseff para a operação de compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006, "são pouco convincentes" e que é preciso "investigar a fundo" o negócio. Reportagem do Estado revelou que Dilma votou a favor da transação com base em um resumo feito pelo ex-diretor internacional da Petrobrás Nestor Cerveró.

A refinaria foi comprada em duas etapas. Já era considerada obsoleta quando o conselho presidido por Dilma avalizou a compra, há oito anos. Mais tarde, após uma disputa judicial, a Petrobrás se viu "obrigada" a comprar a outra metade da refinaria, o que custou ao final US$ 1,2 bilhão. Em nota, Dilma justificou que baseou sua decisão em um resumo que ela classifica de "falho" e "omisso". Na ocasião, a presidente era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás.

"As explicações são pouco convincentes e é preciso que essa questão seja investigada a fundo", disse o tucano, que classificou o caso de "extremamente grave". Ele afirmou que vai fazer na tarde desta quarta um pronunciamento da tribuna do Senado com medidas a serem tomadas pela oposição. Para Aécio, a revelação mostra a "irresponsabilidade" das decisões da Petrobrás, que, segundo ele, perdeu mais da metade do seu valor patrimonial nos últimos anos. Ele disse que a questão é"ainda mais grave" por envolver Dilma.

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), afirmou na tarde desta quarta que a revelação do voto de Dilma é mais um elemento que desconstrói a imagem de "grande gerente" da presidente. Ele lembrou que o partido já apresentou representações para que o Ministério Público investigasse a operação. (Estadão)

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