Cara a cara com a polícia de choque, os grevistas do metrô de São Paulo contam com a ação violenta dos “black blocs” financiados por Brasília para a arruaça e o vandalismo em São Paulo. (Foto: AP/Nelson Antoine)
A justiça brasileira declarou ilegal a greve dos empregados do metrô de São Paulo, movimento oportunista incitado pelo governo federal e pelas centrais sindicais para tornar a vida do paulistano um inferno – o que em parte conseguiram --, há dois dias da abertura da Copa do Mundo da FIFA.
Poucas horas antes do anúncio, os grevistas, reunidos em assembleia geral, votaram pela manutenção da greve, a quatro dias do início do Mundial na cidade. O Tribunal do Trabalho regional de São Paulo exigiu que o sindicato dos metroviários pusesse fim à greve sob pena de multa diária de cem mil reais (cerca de 30.000 euros).
REAJUSTAMENTO SALARIAL
No sábado, eles ameaçaram continuar a greve durante toda a Copa do Mundo caso não obtivessem sucesso com suas reivindicações salariais. Para a perturbar gravemente o acesso à Arena Corinthians, onde será disputado na quinta-feira o jogo de abertura Brasil x Croácia, perante mais de 60.000 espectadores, bem como a presidente Dilma Rousseff e onze chefes de Estado.
Os grevistas exigem um reajuste salarial de pelo menos 12,2 % em razão do aumento da extensão do percurso. Rejeitaram, na sexta feira, a última contra oferta de 9,5 % feita pelo governo do Estado de São Paulo.
O movimento prejudicou a megalópole brasileira de 20 milhões de habitantes, já habitualmente congestionada, causando um indescritível caos na quinta e na sexta feira: com quase 250 km de engarrafamento por excesso de veículos na hora do ‘rush’, com filas intermináveis de paulistanos em torno dos pontos de ônibus onde ainda hordas de grevistas e “black blocs” enfrentaram os policiais numa verdadeira batalha de rua.
*AFP e o jornal francês ‘Le Monde’ - Traduzido por FRANCISCO VIANNA
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