Lindbergh, um especialista em Petrobras, até livro lançou sobre o tema. Segundo Paulo Roberto Costa, ele também é um dos autores mais expressivos do Petrolão.
O senador petista Lindbergh Farias (RJ) anda à beira de um ataque de nervos. Citado como um dos beneficiários do Petrolão, com dinheiro proveniente da roubalheira do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), aparece várias vezes na delação premiada de Paulo Roberto Costa. O ex-cara pintada e atual cara de pau confirma que esteve com o ex-diretor da Petrobras, mas a sua história é uma piada. "Lindinho" diz que não foi procurar o corrupto, que foi procurado por Costa, que se ofereceu para arranjar doações para a sua campanha.
Segundo ele declarou ao Estadão, foram realizados apenas três encontros com o ex-diretor em janeiro deste ano para uma ajuda na elaboração do programa de governo. Como ele estava com dificuldades para arrecadar fundos, Costa teria se oferecido para entrar em contato com empresas que fariam essas doações. "A gente discutiu naquele dia sobre conversar com empresas para fazer doações legais para nossa campanha, mas isso não aconteceu porque logo depois ele foi preso", justificou.
Ora, quem acompanhou a campanha no Rio de Janeiro sabe que Lindbergh foi rifado pelo PT. Dilma ficou neutra no estado, apoiando Pezão, Garotinho, Crivella e quem mais aparecesse. O senador petista sempre esteve na rabeira nas pesquisas, sem nenhuma chance de ir ao segundo turno. Sua candidatura foi uma teimosia pessoal. Diante deste quadro, por que Paulo Roberto Costa apoiaria de forma espontânea a sua candidatura? Não é mais lógico que o petista tenha procurado o homem do dinheiro na Petrobras, na tentativa de viabilizar financeiramente a sua campanha?
Ontem o senador Lindbergh, num gesto midiático e patético, foi à Procuradoria Geral da República pedir para que sejam aceleradas as investigações da Operação Lava Jato, "para separar o joio do trigo". Ora, o petista sabe que existe um recesso no Judiciário e que as denúncias serão feitas apenas em fevereiro de 2015. Alguém deveria informar ao petista que não existe "trigo" nesta questão. Só existe "joio". E que ele não tenha pressa, pois a sua hora vai chegar. Ah, vai!
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