sábado, 20 de dezembro de 2014

Oposição deve ao país um balanço da Copa.



Final de ano é época de balanço. O fiasco dentro do campo não pode fazer com que esqueçamos o fracasso da Copa do Mundo para a economia do país. E a Oposição deve ter coragem de fazer este balanço didático e pedagógico. É preciso deixar gravado na memória dos brasileiros a corrupção sem freios que chegou a superfaturar o Mané Garrincha, em Brasília, em mais de R$ 400 milhões, segundo o Tribunal de Contas do Distrito Federal. É preciso deixar registrado para a história a promessa das obras que não foram feitas, mais aquelas que não foram finalizadas, além das várias que tiveram seus preços inflados pela corrupção. Mas há outras mentiras como a de que haveria um enorme ganho com a movimentação turística. Pois bem. Mesmo recebendo um milhão a mais de turistas, que deixaram aqui U$ 2,5 bilhões segundo estimativas nunca fechadas, esta conta continua aumentando o seu déficit. Em novembro, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora com o que os estrangeiros gastaram aqui dentro fechou com U$ 17,1 bilhões de saldo negativo, contra U$ 16,6 bilhões em novembro de 2013. No ano da Copa, o prejuízo já aumentou em U$ 500 milhões! Diante da magnitude deste número, vemos o quanto este evento foi inócuo e o quanto de lorota havia nos estudos da FGV, Sebrae e Ministério do Turismo. A Oposição tem a obrigação de contar a história real da Copa do Mundo, no que se refere ao fiasco econômico. Até porque vem aí a Rio 2016, que vai custar ainda mais caro. Todos os indicadores apontam para a repetição dos mesmos erros. É dever da Oposição dar o grito de alerta.

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