(O Globo) A 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba começa a ouvir nesta segunda-feira 13 testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público Federal em seis ações relativas ao escândalo da Petrobras.
No grupo, o destaque é a geóloga e ex-diretora da estatal Venina Velosa, que acusa a presidente da empresa, Graça Foster, de ter sido avisada sobre os casos de corrupção. Sua audiência está marcada para amanhã. Além dela, a Justiça também ouvirá os empresários Augusto Mendonça Neto, do Grupo Toyo Setal, e Júlio Camargo, da Camargo Corrêa, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.
Os demais depoentes são o doleiro Leonardo Meirelles, a contadora Meire Poza, Carlos Alberto Pereira da Costa, que foi sócio de Youssef, e Marcelino Guedes Ferreira Mosqueira Gomes, ex-presidente da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Mauro Grecco, funcionário do setor jurídico da Camargo Corrêa, declinou de ser testemunha pelo vínculo empregatício com a construtora, mas ainda não é certo que não comparecerá.
As outras três testemunhas trabalharam na investigação. São o delegado Márcio Adriano Anselmo e dois funcionários da Petrobras que trabalharam nas Comissões Internas de Apuração da estatal, Gerson Luiz Gonçalves e Pedro Aramis de Lima Arruda.
Ontem, diante de entrevista concedida por Leonardo Meirelles à “Folha de S.Paulo”, o procurador Deltan Dallagnol disse que, se ficar provado que Youssef não listou todos seus bens na delação premiada, como sugere Meirelles, há risco de ser declarada quebra de acordo e serem reduzidos benefícios que ele obteve. As provas, porém, seguiriam válidas.
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