terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Golfando… Ou: Faltam apenas 10 dias!

Lula “inaugurou” ontem a pedra fundamental do novo prédio da UNE, aquela ex-entidade estudantil, agora comprada pelo PT pela bagatela de R$ 45 milhões. É barato se a gente considerar certo simbolismo histórico, mas muito caro caso se avalie o que a entidade produz. A cada “inauguração”, Lula costuma expelir um discurso que há de nos envergonhar no caso de a vergonha na cara voltar a se espalhar no país assim como ocorreu com a dengue — talvez fosse o caso de nomear José Gomes Temporão, então, ministro da Vergonha na Cara…
Referindo-se a Lindberg Faria, ex-presidente da UNE e senador eleito pelo PT, Lula golfou:
“E vejam que engraçado: eu fui oito anos presidente da República e não tive um aumento. Ele nem tomou posse e já teve um aumento para R$ 26 mil por mês. Só ele e o Tiririca têm sorte, e eu tive um azar tremendo”.
Lula é a naturalização do escândalo, encarado como coisa normal, servindo ainda à chacota. Se me perguntassem qual é o mal maior de existir um PT na política brasileira e de seu líder máximo ser Lula, a minha resposta seria esta:
“O PT é mestre em transformar em crime o mérito de seus adversários e em transformar em mérito os seus próprios crimes”.
Em tempo: Lula esqueceu de incluir entre os seus ganhos a indecorosa Bolsa Ditadura que ele recebe pelos dias que passou preso, sem que tenha sofrido um arranhão — felizmente — e sem jamais ter deixado de receber o salário que lhe pagava o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. A cadeia serviria para construir a sua mitologia e ajudaria a escrever a biografia daquele que chegaria à Presidência. Era um investimento. E nós pagamos por isso.
Homens e mulheres costumam trabalhar pensando, sim, no seu bem-estar, mas, acima de tudo, no dos filhos. Como não lembrar que a família Lula da Silva foi aquinhoada pela sorte? Fábio Luiz da Silva, o Lulinha, recebeu uma bolada da Telemar logo no começo do primeiro mandato do Apedeuta. A empresa resolveu investir R$ 10 milhões na Gamecorp. O ex-monitor de Jardim Zoológico se transformou num empresário de sucesso. A então Telemar, hoje Oi, era (e é) concessionária de serviço público, e um dos seus sócios é o BNDES, um banco público.
Segundo uma moralidade convencional, é escandaloso que uma empresa como essa invista num empreendimento do filho presidencial. Mais tarde: Lula mudaria uma lei  do setor de telecomunicações só para legalizar a compra da Brasil Telecom pela Oi. Mas vocês sabem: as virtudes dos outros são vícios, e os vícios de Lula — e descendência — são virtudes.
E ele ainda não disse tudo o que vai em seu estômago. Faltam 10 dias

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