ALUSIVO AO DIA DA CAVALARIA
Desde os primórdios da civilização, o homem busca combater o seu inimigo em condições de superioridade. Desse imperativo, surgiu a palavra “akva”, de origem sânscrita, cujo significado é combater em vantagem de posição, originando, dessa forma, a Arma de Cavalaria. Na antiguidade, essa vantagem era conseguida por meio do uso de plataformas empurradas por guerreiros. Mais tarde, com a ação caldeadora do tempo, as plataformas foram sendo substituídas por elefantes, camelos e cavalos.
A Cavalaria esteve presente nos principais acontecimentos da história da humanidade, mas nasceu, efetivamente, durante a atuação dos cavaleiros númidas a serviço de Cartago. Teve importante papel nas Guerras Púnicas e durante a batalha de Canes. Sua glória, no entanto, fez-se conhecer com grandes chefes militares, como Alexandre, Anibal, Gengis-Khan e Átila, que a utilizaram como uma arma decisiva no combate. Mas tarde, coube a Gustavo Adolfo, Frederico II e Napoleão, definirem o emprego clássico da cavalaria moderna, atribuindo as missões que caracterizam, até os dias atuais, a sua atuação noscampos de batalha.
No Brasil, a Cavalaria tem como patrono o Marechal Manoel Luís Osorio. Nascido em 10 de maio de 1808, na Fazenda Nossa Senhora da Conceição do Arroio, atual Município de Osório – RS, desde cedo aprendeu a dominar os animais que lhe serviam de montaria. Logo se fez ginete. Para estudar se fez soldado. De soldado a marechal jamais teve descanso. Das refregas pela consolidação da Independência até a Guerra da Tríplice Aliança, sempre se destacou pela sua coragem, lealdade, nobreza e simplicidade. Ninguém soube melhor que ele comandar esquadrões, regimentos e exércitos no fragor das batalhas. Se muito dele foi dito, mais ainda ele nos disse. Legou-nos ensinamentos que subsistem no tempo, geração após geração, como “É fácil a missão de comandar homens livres; basta mostrar-lhes o caminho do dever”, ou “A farda não abafa o cidadão no peito do soldado”.
Eis a síntese da vida de um dos maiores heróis da Pátria, o marechal Osório, Marquês do Herval, “O Legendário”.
Hoje, atuar em largas frentes, precedendo as forças terrestres, prover a segurança para os exércitos, e realizar manobras envolventes e profundas, são as missões consagradas da Arma de cavalaria.
Além disso, flexibilidade, capacidade de manobra, ação de choque, comunicações amplas e flexíveis, potência de fogo e proteção blindada, são características que lhe conferem grande importância no campo de batalha tridimensional e não linear, cada vez mais letal e dinâmico.
O aperfeiçoamento das armas, decorrente da rápida evolução tecnológica dos últimos anos, não descaracterizou a “Arma dos Reis”. Ao contrário, ampliou suas possibilidades por meio da agregação de inovações nas modernas plataformas de combate. A cavalaria se reafirmou como meio nobre e indispensável para decidir as batalhas.
Seja montada em elefantes, camelos e cavalos, seja no bojo dos modernos carros de combate como os M60 e os Leopard, seja nas asas de helicópteros de reconhecimento e ataque, a Cavalaria continuará sendo a Arma dos horizontes largos e profundos, a vanguarda dos exércitos, capaz de conduzi-los, de forma avassaladora, à vitória final.
“CAVALARIA! CAVALARIA! TU ÉS NA GUERRA A ESTRELA GUIA DOS EXÉRCITOS.”
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