A presidente Dilma Rousseff está sendo aguardada na cidade de João Pessoa, onde participa da entrega de certificados a 1.600 alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Antes mesmo de chegar, a presidente é alvo de um até o momento silencioso protesto liderado pela Confederação Nacional de Associações de Moradores, que acusa a Medida Provisória 633, em discussão no Congresso Nacional, de “acabar com os direitos dos mutuários brasileiros”.
Milhares de panfletos distribuídos na entrada de uma casa de shows, onde ela é esperada, diz que a MP é “uma traição ao povo brasileiro”. Os folhetos afirmam também que Dilma de “estar contra o povo brasileiro". “Na Paraíba e em todos os estados, os mutuários sofrem com casas e apartamentos,que estão ameaçando desabar, porque foram construídos com muitos defeitos. O único recurso, que o povo tem é cobrar das seguradoras, que recebem as prestações, que consertem as suas casas”, diz o texto.
O material diz ainda que o governo Dilma “ficou do lado das seguradoras e contra o povo, ao fazer a MP 633”. O grupo reclama da MP porque “o governo Dilma e as seguradoras querem forçar os mutuários a fazer acordos que vão reduzir o dinheiro do conserto em mais de 70 por cento”.
De acordo com o mutuário José Lima Freire, as casas financiadas pelo governo sofrem problemas que vão do material de má qualidade empregado na construção a falhas estruturais. Todos os mutuários entrevistados pelo GLOBO, no entanto, moram em conjuntos anteriores ao programa Minha Casa Minha Vida.
A MP 633 surgiu devido à avalanche de ações de mutuários contra o Sistema Financeiro de Habitação, calculada em 350 mil e procedentes de todos os estados, que podem render prejuízo de R$18 bilhões ao governo, conforme cálculos de especialistas. A aprovação da lei pode render uma grande economia para o governo. Mas segundo os mutuários, um grande prejuízo para eles.( O Globo)
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