Sem dúvida alguma, três senadores foram os mentores da CPI da Petrobras no Senado, como forma de abafar as investigações na Petrobras. Agindo por uma cartilha chavista, Renan Calheiros, Gleisi Hoffmann e Humberto Costa tentaram massacrar o direito da minoria de realizar a investigação. Não conseguindo o seu intento, por decisão do STF, montaram um circo para impedir que a CPI Mista do Senado e da Câmara fosse instalada. Não conseguiram também. Aí decidiram abrir uma CPI chavista no Senado, onde o governo vai manipular os depoimentos e evitar que a roubalheira na Petrobras seja investigada. Não é só luta política que move estes senadores que não fariam feio no Congresso da Venezuela. Eles são beneficiários diretos de doações de empreiteiras envolvidas nos escândalos, conforme pode ser visto abaixo.
Humberto Costa (PT) recebeu, em 2012, R$ 500 mil da Construtora OAS, uma das principais empreiteiras da superfaturada refinaria Abreu e Lima que está sendo construída em Pernambuco, estado de origem do senador. A CPI deverá investigar negócios da OAS com empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef, da ordem de R$ 1,2 milhão. Em 2010, o senador pernambucano também recebeu R$ 1 milhão da Camargo Corrêa S.A. que, por sinal, repassou R$ 12 milhões para o doleiro Youssef. Apenas por estes dois fatos ( há mais!), dá para entender a defesa que Costa fez da CPI da Petrobras no Senado.
Gleisi Hoffmann (PT) é uma das maiores beneficiárias das doações de construtoras envolvidas nas falcatruas da Petrobras. Assim como Costa, recebeu, em 2010, R$ 1 milhão da Camargo Corrêa e R$ 500 mil da Construtora OAS, ambas, como se viu acima, envolvidas diretamente nas falcatruas da Petrobras. Mas no caso da senadora paranaense ainda há outra doação vinculada aos escândalos na estatal. Ela também recebeu R$ 250 mil da UTC Engenharia que, além de atender a Petrobras de forma privilegiada, é sócia do doleiro Yousseff em um hotel na Bahia.
Renan Calheiros (PMDB) é um figurão. Tem parte do feudo da Petrobras, indicando diretores e postos-chave na companhia. É o avalista de Sérgio Machado, presidente da Transpetro, que aparece nos caderninhos de Paulo Roberto Costa como beneficiário de comissões pagas por negócios com a estatal, segundo o Estadão. Nestor Cerveró, o diretor afastado da Petrobras por ter feito toda a negociação de Pasadena, também seria indicado por Renan. Além disso, o senador alagoano recebeu, em 2010, R$ 100 mil da UTC Engenharia e outros R$ 90 mil da Braskem, onde a Petrobras é sócia minoritária.
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