Interessantes as denúncias da Folha de S. Paulo sobre o pagamento de propaganda em publicações fictícias, vinculadas à Laujar Empresa Jornalística S/C Ltda, com sede registrada num imóvel fechado e vazio, em São Bernardo do Campo (SP).
Essa empresa aparece em 11º lugar num ranking de 1.132 firmas que, desde o início do governo Dilma, receberam recursos públicos para veicular propaganda do governo em diários impressos.
Embora esteja à frente de empresas responsáveis por publicações de ampla circulação no país, como o gaúcho “Zero Hora” e o carioca “O Dia”, a Laujar não publica nenhum jornal. Os títulos da companhia beneficiados pela Presidência inexistem em bancas do ABC Paulista, onde supostamente são editados, não estão cadastrados em nenhum órgão e não aparecem em cadastros municipais de jornais aptos a fazer publicidade de prefeituras.
Além disso, exemplares enviados à Presidência como provas da existência das publicações foram forjados. A Laujar mandou as supostas edições do dia 15 de março de 2011 do “Jornal do ABC Paulista”, “O Dia de Guarulhos”, “Gazeta de Osasco”, “Diário de Cubatão” e “O Paulistano”. Todas elas têm os mesmos textos, sendo que uma das “reportagens” contém declarações do então ministro do Trabalho, Carlos Lupi, dadas no próprio dia 15, o que torna impossível a impressão ter ocorrido na data informada nos jornais.
Também há registros de pagamentos efetuados pela Caixa Econômica à empresa, vejam só como é fácil tirar dinheiro do governo, quando se sabe o caminho das pedras…
O mais interessante da matéria, porém, foi o dono da Laujar, Wilson Nascimento, dizer que o dinheiro que recebeu é menor do que o informado pelo governo. Portanto, faltou denunciar o cúmplice no esquema do Planalto, que ficaria com a diferença.
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