quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Solidariedade imprescindível.


 Falte uma palavra. Se possível, um manifesto. Ao menos uma declaração de solidariedade a José Dirceu, mais até do que a José Genoíno e a Delúbio Soares.


Da parte de quem? Do Lula. Afinal, sabendo ou não sabendo das lambanças do mensalão, trata-se de seu ex-chefe da Casa Civil, seu braço direito, comandante da primeira campanha e capitão do time. Sem precisar avançar críticas ao Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente está devendo um gesto de apoio a José Dirceu. Dizer que não assistiu à sessão do julgamento só piora as coisas.

Condenado a dez anos e dez meses de prisão, ainda se ignora quando a pena de José Dirceu começará a ser cumprida. Pode não demorar muito, pode estender-se até meados do ano que vem, mas a hora dele ser amparado pelo ex-chefe é agora. Ou foi na noite de segunda-feira. A alternativa do silêncio demonstrará o lado obscuro das relações humanas, tão comum entre nós desde que o mundo é mundo.
Importa menos, no caso, se José Dirceu é culpado e mereceu a condenação. Não pode ser lançado pelo dono do barco como carga ao mar em meio à tempestade. Tem direito à solidariedade do primeiro-companheiro.



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