segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Auxiliar do operador do PT na Petrobras vai devolver R$ 252 milhões. E quanto será que o chefe dele roubou para financiar este governo corrupto desde 2003?


Pedro Barusco, bagrinho de José Dirceu na Petrobras, vai devolver R$ 252 milhões. O tubarão era Renato Duque. 

O braço direito do ex-diretor de serviços da Petrobras, Pedro Barusco, fechou um acordo de delação premiada com procuradores da Operação Lava Jato no qual se comprometeu a devolver US$ 97 milhões, o equivalente a R$ 252 milhões hoje. Pedro Barusco foi gerente-executivo de engenharia da Petrobras e, como o seu chefe, o então diretor de serviços Renato Duque, chegou ao cargo por indicação do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT) --o que Dirceu nega. 

Duque foi preso na última sexta-feira (14) e está na carceragem da PF em Curitiba. Barusco escapou por ter feito o acordo para contar o que sabe em troca de uma pena menor. Autoridades suíças bloquearam US$ 20 milhões que ele tem num banco do país. Sem citar nomes, o procurador-geral da República Rodrigo Janot disse à Folha que um funcionário da Petrobras apanhado na Lava Jato se comprometera a devolver US$ 100 milhões.
Duque e Barusco são considerados pelos investigadores da Lava Jato como os principais operadores do PT na Petrobras no período entre 2003 a 2012.  O ex-diretor de abastecimento, Paulo Roberto Costa, disse à Justiça que 3% do valor líquido dos contratos assinados pela diretoria de Duque eram repassados ao PT. A diretoria de serviços cuidava de projetos e licitações de grandes obras, como a refinaria Abreu e Lima e o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). O custo dessas obras deve superar os R$ 200 bilhões. 

Dois delatores da Lava Jato, Julio Camargo e Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo, disseram ter pago R$ 95 milhões a Duque e a Barusco em nome de empreiteiras para conseguir os contratos de cinco obras. O montante de US$ 97 milhões é o maior valor a ser devolvido nos pactos de delação já assinados na Lava Jato. Se confirmado, também é o maior valor já recuperado pelo governo brasileiro em operações contra a corrupção. No caso de desvios do ex-prefeito Paulo Maluf, por exemplo, o país conseguiu reaver US$ 32 milhões. 

Folha não localizou Barusco. Por meio de sua assessoria, Duque disse que as acusações são decorrentes de falsas delações. Sobre Dirceu, afirma tê-lo conhecido em 2003: participaram de uma reunião institucional e eventos sociais. Dirceu, via assessoria, disse que nunca teve relacionamento com os executivos.(Folha de São Paulo)

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