A semana encerrou com o PT, derrubado pelo Mensalão, dando provas de golpismo explícito. A alta direção deste partido criminoso, comandado por corruptores ativos, abriu fogo contra o Supremo Tribunal Federal, que julgou os mensaleiros à luz do dia, com transmissão ao vivo para todo país, além de investir contra a Imprensa que nunca deixou o crime ser esquecido.
Seu poderoso chefão, José Dirceu, incitou, nos bastidores, uma revolta contra a Democracia e o Estado de Direito, desde já acatada pelos sindicatos mensaleiros, a quem Lula distribuiu centenas de milhões, transformando-os nas milícias do PT. Triste espetáculo a convocação enviada por Lula à Dilma, para que abandonasse o governo - em evento fora da agenda e escondido da opinião pública - e viesse ter com ele em São Paulo, onde montaram um balcão de negócios para comprar e vender apoios para o segundo turno das eleições muncipais. Ministérios, diretorias, cargos de confiança e verbas públicas foram distribuídas a aliados de ocasião.
O PT, depois de dez anos no poder, não mais precisa do Mensalão com dinheiro roubado dos cofres públicos em esquemas com laranjas. Agora ele se dá e viabiliza pela pena presidencial, na forma de portarias e atos administrativos. O PT banalizou a corrupção, sofisticou a distribuição de propinas, oficializou o uso de recursos públicos para alcançar seus fins políticos e partidários. Infelizmente, o Mensalão do PT não será fator decisivo para definir as eleições. Não o foi no auge da crise, quando Lula, em vez de ser cassado, foi reeleito pela inação de uma oposição quer preferiu deixá-lo sangrar. O resultado foi o fortalecimento das práticas sujas do PT e a transformação de Lula em artíficie poderoso que elegeu um poste para Presidente.
Portanto, fica o alerta. Se a oposição, especialmente em São Paulo, que é o que interessa, seguir a linha antiga de campanha, vai perder a eleição. As primeiras pesquisas já indicaram isso. O que pode mudar o quadro é uma campanha baseada em valores, feita olho no olho com eleitor. Que o PSDB esqueça o marquetinzinho caquético, caduco e derrotado que vem utilizando. Que pare de olhar para pesquisas enlatadas e vá para a rua prescrutar o coração das pessoas. Que faça uma campanha didática, sem medo de manchetes de jornal. Sem medo de colunistas chapa-branca. Sem medo de editoriais maliciosos.
Ponte, viaduto, trem, metrô, clínica, escola, mutirão da catarata, no fundo, ninguém está nem aí para isso. O debate vira em obras pela pobreza das propostas dos candidatos. O mundo melhor que as pessoas desejam está bem além destas quinquilharias acessórias, oferecidas por todos e não cumpridas por nenhum. Não tenham dúvida que 99% dos paulistanos não querem o kit gay. Não tenham duvida de que a maioria dos paulistanos não querem cotas por cor. Não tenham dúvidas que grande parte dos paulistanos não sabe dos escândalos que o PT está envolvido. É hora de falar abertamente. É hora de falar a verdade. É hora de papo reto e franco. Sem patrulhas, sem medo, sem aceitar a pauta corriqueira das campanhas eleitorais. Chega de trololó, José Serra. Não queremos, mais uma vez, sermos derrotados pela sua teimosia e pela sua arrogância.
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