quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Duda Mendonça livre para as rinhas de galo.



 

Com as últimas cenas do julgamento do mensalão, parece que estão armando um grande circo para consagrarem Marcos Valério como o maior vilão dessa estória seguindo com a sua condenação e de toda a sua ala. Enquanto que, livrando o apostador de brigas de galo, abre consequências para que toda a ala polí tica do mensalão seja inocentada. Fortalecendo o ex primeiro-ministro de Lula que já considerava-se como se fosse o presidente de fato, e assim era respeitado por todos.
Deputados federais, agentes públicos e até os outros ministros eram tratados como seres inferiores por José Dirceu. Sua arrogância era tão famosa quanto temida por todos. Ele gostava de ser tratado como superior e adorava tratar os demais como subalternos. E não bastava serem subalternos, havia uma necessidade de uma submissão manifesta e absoluta. Ainda persiste José Dirceu com seus arroubos intoleráveis de pura arrogância. Ele continua achando que está acima da lei, ampliando sua demonstração de arrogância com a nação, sugerindo aos PeTistas que resistam à imprensa e ao Poder Judiciário brasileiro, deixando claro sua paixão por menosprezar as Instituições e sua idolatria pelo poder.
Estranho o silêncio e a cegueira dos articulistas e demais redes sociais tucanas em não comentarem ou enxergarem a grande e perigosa vitória do ministro revisor do mensalão Enrique Ricardo Lewandowski com a absolvição de Duda Mendonça e Zilmar Fernandes, acusados de lavagem de dinheiro e evasão de divisas e condenados pelo ministro relator do mensalão e futuro primeiro presidente negro do STF, Joaquim Barbosa. Desconcertado, o relator acusou o revisor de ser incoerente e depois de dizer que poderia reformular seu voto, atribuiu sua vexatória derrota a PGR por ter levado uma denúncia mal feita, atacando e afirmando que  o MP deve aprender a formular uma denúncia. Como já disse: ao atacar a PGR, contradiz as próprias razões quando condenou outros réus com base na mesma denúncia que hoje reputa inépta. Se levarem uma denúncia mal feita ao STF, caberia ao relator absolver os julgados e não criticar o MP. Agora a culpa de ter perdido a condenação é do MP.
O perigo da absolvição de Duda Mendonça e Zilmar Fernandes abre precedentes para o ingresso de recursos, principalmente do então ministro de Lula da Casa Civil, José Dirceu. Tinha certa convicção que, transitado em julgado o mensalão, as penas aos condenados seriam de acordo ao artigo 33 do Código Penal que favorece ao apenado cumprimento da pena em regime semiaberto, se forem condenados em até 4 anos, ou superior a 4 anos e que não exceda a 8 anos.
E agora com Duda Mendonça livre para apostar em rinha de galos, fortalece o recurso de ingresso de embargo de declaração e recurso de medida cautelar para melar o transitado em julgado do mensalão quando o acórdão for publicado no Diário Oficial de Justiça de todos que forem condenados. E nada me surpreenderá se houver reformulação das Sentenças e todos esses políticos condenados sem provas, saírem livres e aclamados pela PeTesada como heróis resistentes a mídia golpistas e a as arbitrariedades.
Aguentar o Zé Dirceu livre e solto para desfilar suas verborragias será um grande golpe à aqueles que ainda acreditam nas instituições brasileiras.
E aí veremos como será o comprimento da régua de muitos e principalmente dos fundamentalistas tucanos como os Reinaldos Azevedos, que hoje classificam o Min. Joaquim Barbosa como um herói nacional e futuro presidente do Brasil, podendo, amanhã, passar a classificá-lo como qualquer coisa vil e esculachados.
Sinceramente estou torcendo para que eu esteja completamente redundantemente redondamente enganado, mas, pelo que já vi nesses cenários vis, sinto cheiro de orégano na armação de um grande circo.

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