A presidente Dilma abriu as portas da Granja do Torto para hospedar o ditador cubano Raúl Castro, que a imprensa insiste em chamar de presidente. A oposição reagiu. PSDB, DEM e PPS criticaram duramente esse privilégio, esse tratamento diferenciado que Cuba recebe do governo petista:
Durante o dia, os opositores de Dilma questionaram o benefício. O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), criticou o que considera tratamento diferenciado.
“Essa distinção por Cuba, depois de ter criado um programa de importação de médicos para financiar a ditadura cubana, garante a Raul Castro tratamento concedido apenas para outro ditador, o presidente da Venezuela e afilhado político de Hugo Chavez, Nicolás Maduro, nesses 12 anos de governo do PT. Essa simpatia por Cuba faz eco com o alinhamento do governo petista ao Foro de São de Paulo, união de países de cunho populista, autoritário e bolivariano, caso da Ilha dos Castro, da Venezuela e da Bolívia”, disse Mendonça Filho, em nota.
O PPS também questionou a hospedagem de Castro. O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), apresentou requerimento de informações à Mesa da Casa para que o ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, sobre o caso.
“Com tantos chefes de estado no país para reunião dos Brics e Unasul, causa estranheza o fato de somente Raul Castro ter sido convidado para se hospedar em residência oficial brasileira. É bom lembrar que a diplomacia brasileira sempre trabalhou com a imparcialidade. Para mim, isso nada mais é que um alinhamento político da administração petista com o governo cubano, que persegue dissidentes políticos, defende a censura e o cerceamento social”, disse.
A presidente Dilma tentou se justificar. Alegou ser questão de reciprocidade. E ainda chamou de preconceito a crítica: “Se alguém tem preconceito com Cuba, não misture o preconceito com essas relações que são relações diplomáticas de alto nível”.
Sim, “presidenta”, temos “preconceito” (na verdade é um pós-conceito) contra ditaduras assassinas, que mantêm milhares de presos políticos, que tratam o povo todo como gado, que espalham miséria e opressão por meio século, que treinam terroristas do mundo todo, que servem de trampolim para traficantes de drogas.
Há aqueles que, em vez de preconceito, nutrem profunda simpatia por gente dessa laia. Gostam de fazer afagos em tiranos assassinos. Adoram negociar com eles, financiar com o dinheiro dos pagadores de impostos regimes nefastos desse tipo, importar seus escravos, usar o BNDES para bancar reformas portuárias.
Entende a diferença? Há um abismo moral intransponível entre um lado e o outro. Uns abrem as portas da casa para tiranos; outros preferem bater a porta na cara desses assassinos.
Rodrigo Constantino
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