Líderes do PT e do PSB fizeram elogios e cortejaram o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em um ato político pela reforma agrária realizado na noite desta quinta-feira (13), em Brasília. O ato político fez parte da programação do 6º Congresso Nacional do MST, que ocorre nesta semana em Brasília, e teve presença de políticos de diversos partidos, como do PSOL e do PDT. Mas os representantes do PSB e do PT fizeram os discursos de abertura.
Apesar de o congresso do MST ter sido marcado por duras críticas à gestão Dilma Rousseff, apontada como "a pior" para a reforma agrária, coube ao governador petista Tarso Genro (Rio Grande do Sul) e ao presidente do PT Rui Falcão reaproximar a legenda do MST. O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que intermediou um encontro dos sem-terra com a presidente Dilma nesta quinta-feira (13), também marcou presença no evento, mas não foi anunciado na saudação inicial do MST.
Também petista, o governador do DF, Agnelo Queiroz, era esperado mas não compareceu. Ele cedeu gratuitamente ao MST durante essa semana o ginásio Nilson Nelson, cuja diária de aluguel para eventos sem fins lucrativos custa R$ 500.
O PSB do governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos marcou presença com o governador do Amapá, Camilo Capiberibe, e com a deputada federal Janete Capiberibe (AP). O governador foi convidado pelo MST para fazer o discurso de abertura. "Nosso grande desafio na Amazônia é desenvolver a agricultura familiar e proteger o meio ambiente. Nessa luta, estamos olhando na mesma direção", afirmou.
Em entrevista à Folha na semana passada, um dos líderes do movimento, João Pedro Stedile, afirmou que Campos deve ganhar votos dos sem-terra, já que houve uma decepção do movimento com o desempenho de Dilma na reforma agrária.
Tarso Genro afirmou que "o povo brasileiro é devedor do MST". "Se é verdade que aqui no Brasil, em algum momento o movimento popular teve influência nas grandes decisões políticas do Estado, não podemos esquecer que o MST esteve sempre na raiz, no impulso e na direção política desses movimentos", disse.
Apesar do tom político do evento, o MST divulgou que não foram convidados os pré-candidatos à Presidência para não dar "caráter eleitoral" ao ato. O evento teve a presença ainda de representantes de outras entidades como CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Greenpeace. (Folha Poder)
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