Quando o País se mobiliza para combater o crack, uma droga devastadora que já escraviza cerca de dois milhões de brasileiros, segundo estimativas de especialistas, o novo secretário nacional Antidrogas, Pedro Abromovay, comporta-se como um “secretário nacional pró-drogas”, saindo em defesa - irresponsável - da descriminalização dos “pequenos traficantes” e também dos usuários. Ingênuo, apenas ignorante ou dotado da “má fé cínica” e da “obtusidade córnea” do conselheiro Acácio, da obra genial de Eça de Queiroz, o novo secretário acabou mostrando o caminho das pedras para a bandidagem: em vez de grandes quantidades, é só o traficante dividir a droga em pequenas quantidades. Desse modo, segundo a dica de Abramovay, os “aviões” ou “mulas” do tráfico ficariam livres de punição e os grandes traficantes teriam garantido o seu “produto”. Nem Fernandinho Beira-Mar como “secretário nacional Antidrogas” imaginaria algo tão engenhoso.
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