No Brasil, os vencimentos de militares não resistem a comparação aos demais salários no serviço público. Para dirigir carros oficiais, por exemplo, um motorista do Senado ganha até R$ 19 mil, enquanto o comandante de fragata da Marinha recebe R$ 8 mil. Na Câmara, há ascensorista recebendo R$ 10 mil para pilotar elevador; na FAB, um piloto de jato de combate Mirage percebe R$ 7.428 por mês. Brutos.
Sem ralar muito o diretor que chefiou a garagem do Senado ganha o dobro dos R$ 12,1 mil pagos a um General de Brigada que comanda uma Brigada de Carros de Combate Blindados.
Sem ralar muito o diretor que chefiou a garagem do Senado ganha o dobro dos R$ 12,1 mil pagos a um General de Brigada que comanda uma Brigada de Carros de Combate Blindados.
A desmobilização das Forças Armadas vem acontecendo há muito tempo. Teve seu início de destroçamento no governo FHC. Antigamente ainda sobrava um balde de cal para caiar os meios fios e tronco de árvores dos quartéis para os festejos de fim de ano. Hoje nem isso. A tropa cumpre jornada reduzida, pois não há dinheiro para alimentação. A forma mais avassaladora de desmanche é o arrocho salarial, fazendo dentre outros estragos, a saída de oficiais capacitados para a iniciativa privada.
As comparações com o legislativo e judiciário, em termos de salários, são hilariantes. No Poder Judiciário, um servidor iniciante de nível superior, já percebe importâncias maiores do que oficiais egressos das academias militares.
Lamentável, pois nas tragédias brasileiras quem conclamamos para auxiliar de forma brilhante são sempre as Forças Armadas, as quais mostram entusiasmo e responsabilidade no cumprimento das missões diversas e adversas a que são destinadas, previstas na nossa constituição.
Na construção de estradas por esse imenso país, o Exército Brasileiro, representado pelos Batalhões de Engenharia, dão um exemplo de capacidade de trabalho e honestidade, com um serviço feito com credibilidade, sem maracutaias, inerente aos militares, diferenciando de outros. Ainda são o nosso porto seguro em matéria de retidão e competência, mas estão na UTI.
Os militares não podem fazer greve nem associar-se a sindicatos, só esperam angustiadamente pela bondade dos representantes dos poderes competentes, para reporem as perdas salariais sofridas e tentarem viver dignamente com as suas famílias.
É sabido que o salário dos Militares Federais começou a degringolar no governo do ex-presidente FHC, que alterou a Lei de Remuneração dos Militares por meio da Medida Provisória (MP) nº 2215-10 de 2001, a qual retirou sumariamente diversas vantagens financeiras dos militares.
Com esta famigerada MP, cujo Relator era o ex-Senador (falecido) Romeu Tuma (que nada fez para retificar os erros ou eliminar as aberrações da MP em tela, que injustiçou os militares), deu-se o início a humilhação e ao revanchismo contra os militares. Foi feita naturalmente com o intuito de nivelar por baixo à classe, achatando os seus salários e, por conseguinte diminuir o seu status social.
Com esta famigerada MP, cujo Relator era o ex-Senador (falecido) Romeu Tuma (que nada fez para retificar os erros ou eliminar as aberrações da MP em tela, que injustiçou os militares), deu-se o início a humilhação e ao revanchismo contra os militares. Foi feita naturalmente com o intuito de nivelar por baixo à classe, achatando os seus salários e, por conseguinte diminuir o seu status social.
Pois bem, como já foi dito, no momento tudo que acontece em nosso país, convocam de imediato às Forças Armadas para sanar o problema, desviando a sua finalidade constitucional, como se elas fossem remédio para todos os males.
É hora dos militares, pelos seus chefes, começarem a externar ao novo governo, a necessidade de valorizar essa classe tão sofrida e pisoteada nos últimos tempos, concedendo-lhes melhores salários.
É hora dos militares, pelos seus chefes, começarem a externar ao novo governo, a necessidade de valorizar essa classe tão sofrida e pisoteada nos últimos tempos, concedendo-lhes melhores salários.
As Forças Armadas podem passar mil anos sem serem empregadas, mas não podem passar um minuto sem estarem preparadas. A valorização, o investimento e o preparo têm que ser feito prioritariamente no homem. O material e os equipamentos utilizados pelo homem são secundários.
Um militar mal remunerado, com certeza diminuirá o empenho no cumprimento das missões recebidas, quando ele pensa em si e no sofrimento da sua família. O orgulho, o garbo e o amor pela nossa pátria aumenta quando estamos de barrigas cheias. Exércitos não marcham com os pés nem lutam com as mãos: marcham com a barriga e lutam com armas. ...
Esperamos que os nossos representantes, na Câmara de Deputados e no Senado Federal, façam alguma coisa o mais rápido possível, em termos de reposição de perdas salariais sofridas, para sanar a aflição e o desespero que estão passando os militares das Forças Armadas e seus familiares.
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